O Segredo da Casa escrita por benihime


Capítulo 8
Um Plano e Uma Mente Brilhante


Notas iniciais do capítulo

Pessoal!
Chegou a hora de compreendermos o Kuroumaru e darmos um pouco de risada.
Além de fecharmos com chave de ouro esse trabalho dos nossos exorcistas.



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Enfurecido por estar cercado e sem ter para onde correr Kuroumaru começou a esbravejar irritado e ameaçando todos.

— Eu pego vocês! Maldição! Eu vou acabar com todos, pegar o Livro e trazer minhas criaturas de volta. – ele liberava uma quantidade absurda de poder e a atmosfera mudava.

Sem esperar pelo pior, Seiji atirou contra ele e Natori e Natsume usaram seus talismãs para feri-lo junto de Hiiragi, Urihime e Sasago. Uma fumaça densa e venenosa foi erguida e todos entraram na defensiva. Ele não podia ter saído ileso, mas a luta ainda não tinha acabado.

Repentinamente, todos ouviram Natsume gritar e os youkais afastaram o veneno rapidamente. Sem vista do garoto, Natori e Madara se desesperaram.

— Natsume!? – eles chamavam juntos.

— Aqui em cima! – todos seguiram a voz e avistaram Natsume no ar passando perto de Seiji – Matoba-san, pegue! – ele gritou e arremessou o Livro dos Amigos nas mãos de Seiji.

O exorcista não acreditava que o menino lhe jogara o Livro para segurar. O garoto sequer estava mais com força para se mover direito e ainda confiou a ele algo tão precioso assim? Matoba realmente nunca se cansaria do menino e suas ações.

Me solte! – Natsume juntou forças para acertar uma cotovelada forte bem no estômago de Kuroumaru.

A ideia deu certo e ele soltou Natsume – este começou a cair em direção ao declive da montanha. Madara voou depressa para pega-lo e o menino caiu sobre os pelos do youkai.

— Sensei, depressa! – Madara entendeu de imediato o que Natsume queria fazer.

Ele mordeu Kuroumaru com força e o sacudiu até arremessar contra o chão em meio aos outros youkais – estes não tardaram em acabar o serviço.

Madara voltou ao chão e Natori ajudou Natsume a descer do enorme youkai branco. Reiko desfez sua barreira e todos correram na direção deles.

— Natsume!!!! – todos gritavam juntos e ele recebia abraços e broncas de todos sempre sentindo seus ferimentos doerem um pouco.

A comoção ia aos poucos cessando e todos se acalmavam, os youkais já buscavam seus companheiros que ficaram para trás e Reiko decidiu se pronunciar.

— Agora eu sei o que ele queria fazer. – ela recebeu todas as atenções – Ele sempre foi muito inteligente e possuía um poder extraordinário, mas sua personalidade era cruel e instável. Por este motivo ele foi impedido de conquistar reconhecimento e ter seu nome registrado em suas descobertas ou atividades. Uma pessoa como ele nunca poderia ser dada como exemplo na época. – ela suspirava – Ele se voltou para seu maior interesse: a magia negra e os feitiços proibidos. Muito feliz por se aprofundar nesse meio, ele desapareceu dos cercos usuais de exorcistas, monges e pessoas com poderes espirituais. Seu grande desejo sempre foi usar criaturas das trevas para dominar aqueles a seu redor, realizar qualquer experimento que quisesse e subjugar todos que um dia duvidaram dele ou o ameaçaram. – ela encarava as cinzas negras que o vento carregava – Quando conseguiu um deus negro para si, ele começou a criar seres a partir de seu poder. Mas as cinco criaturas nunca teriam uma forma física definitiva, pois vieram das sombras. – ela despertou a surpresa e o susto de todos – Para fazer isso, existe um ritual que exige poderosos sacrifícios para ter sucesso. Era isso que ele queria fazer. Dar vida a suas sombras e usar os youkais que tinha no Livro dos Amigos. – ela terminou suspirando pesado e com todos estáticos.

— Por que não disse isso antes? – Seiji imediatamente queria uma explicação para ela não ter dito tudo isso logo e Reiko o encarou pensativa e em dúvda.

— Você esqueceu de novo não foi Reiko? – Madara parecia acostumado aquela atitude e recebeu uma risadinha travessa como resposta. As expressões de desapontamento imediatas ao diálogo, fizeram com que todos rissem sem parar.

As risadas seguiram até Benio se aproximar.

— Natsume, nós encontramos estes pingentes. O que deveríamos fazer com eles? – ela perguntou já que as sombras não podiam ser ignoradas ou tratadas de maneira comum.

 - Nós precisamos terminar este trabalho direito. Precisamos dar um fim naquele deus e nesses talismãs. – Natori deu o veredicto.

— Vamos tentar usar o Livro. – Seiji e Natori olharam Natsume – Eu sinto que os nomes deles estão nele. As vezes quando devolvo os nomes, os espíritos são purificados diretamente e em outras ocasiões isso não acontece. Se vocês se encarregarem de purificar quem precisar eu me encarrego da devolução dos nomes e terminamos. – a ideia parecia ótima e Natori não pode deixar e estar feliz pelo crescimento de Natsume – Apenas preciso saber se o deus também está no livro. – ele olhou para Reiko.

— Eu não tenho certeza do nome dele, mas escutei algo no final da minha luta aquele dia. Por precaução eu escrevei aquele nome no livro. – ela foi sincera.

— Então este vamos ter que exorcizar por conta própria provavelmente. – Seiji se dirigiu a Natori que assentiu suas palavras. Depois o exorcista se inclinou perto de Natsume e lhe entregou seu Livro sorrindo (a cena parecia até uma alucinação de tão incomum, mas ninguém disse nada no final).

Eles se posicionaram para fazer a última coisa que faltava no serviço. Natori e Seiji estavam no círculo perto de Natsume que continuava recostado em Madara. Com tudo pronto eles começaram.

— Aqueles que me protegem, revelem seus nomes para mim. – Natsume recitava seu feitiço e as páginas se moviam. A primeira página parou e ele arrancou, a segunda página, a terceira, a quarta e depois o livro continuou a folhar até parar em uma quinta página, que ele também arrancou.

Aquilo era um bom sinal! Significava que todos tinham seus nomes no Livro e seria uma grande ajuda para acabar o trabalho. Natsume dobrou os papéis e segurou nos lábios.

— Eu devolvo seus nomes: Suiryuu (a imagem de um dragão oriental surgia e era completamente desenhado em tons de azul), Kazekiri (um grande pássaro perolado surgia de outro amuleto), Hitora (um grande tigre envolto em chama ascendia junto dos outros espíritos), Tsuchikame (uma grande tartaruga em tons escuros de verde desparecia na luz junto dos outros três espíritos) e Noroi (o deus negro apareceu, mas não foi embora com os outros espíritos). Peguem! – a visão espetacular de Natsume devolvendo os nomes não tinha preço e foi um deleite para todos os presentes.

Ele em seguida largou-se nos pelos de Madara completamente esgotado e exausto, tentando ao máximo observar até o fim o trabalho de Natori e Matoba.

— Digam meu nome! Kusarikami! – o deus gritou dentro do círculo e os dois exorcistas disseram juntos no feitiço o nome que entregara.

O deus que ascendia embora era um deus antigo que perdeu a fé do homem e se tornou um deus caído, que com o tempo foi amaldiçoado e recebeu um nome diferente. Todos estavam exaustos e ainda tinham que sair daquela montanha. Mas não podia voltar daquele jeito.

— Finalmente acabamos. – Natori olhava Seiji e os dois ofegavam tentando se recompor.

— Que bom. – as palavras de Natsume saíram fracas e finais. Ele desmaiou nos pelos de Madara e todos foram checar se estava bem; já que o que sempre acharam ser uma crise de anemia era algo muito mais sério.


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Notas finais do capítulo

Sim, como eu avisei alguns capitulos atrás, os diálogos da Reiko são mais longos de propósito.
Mas sem cansar todos e com uma boa dose de explicações necessárias.



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