Kuroumaru ainda combatia os poderes de Reiko, mas estava ficando difícil. Então decidiu fazer seu plano andar. Ele usou o talismã negro que carregava para invocar um poder que fez Reiko gritar e se ajoelhar. Agora as coisas seriam difíceis de verdade!

O grito de Reiko deixou Madara louco e o fez liberar seus poderes e assumir sua real forma. A presença dos poderes do youkai imediatamente chamaram a atenção de Kuroumaru e deduraram a localização de Natsume, Natori e Matoba.

Kuroumaru prendeu Reiko em uma pedra e enviou a sombra que se ocultava em seu colar para atacar seus visitantes indesejados. Os três não tinham como enfrentar aquilo e Natsume não estava conseguindo fazer Madara se acalmar por nada no mundo. Ele avançou sozinho contra a sombra sem ligar para seus expectadores.

— Natori-san e Matoba-san! – Natsume chamou a atenção dos exorcistas – Vocês conseguem pegar a pedra com a alma da Reiko? Eu preciso fazer o Nyanko-sensei parar! – Natsume deu a ideia decidido a executa-la.

— Interessante. – Seiji não se cansava de assistir as ações de Natsume.

— Natsume, você tem noção do quanto isso vai ser perigoso? – Natori jamais se conformaria com a capacidade de se meter em problemas do menino.

— Vai ficar tudo bem. Se alguém aqui pode parar o Nyanko-sensei, esse alguém sou eu! – o argumento era mais que verdade e convenceu os dois, que imediatamente seguiram para cumprir seus deveres.

[Natsume e Madara]

O grande youkais branco atacava sem se preocupar com qualquer outra coisa. Já havia conseguido algumas feridas e sequer sabia o que estava atacando! Apenas sabia que queria muito destruir.

Em ponto de ataque ele avançou novamente sobre a criatura ferida; contudo, neste movimento, Natsume se agarrou a seus pelos e procurou subir para perto de sua cabeça para alcançar suas orelhas.

Os movimentos bruscos e brutos de Madara sacudiam Natsume de forma violenta pelos lados e o fazia bater em algumas paredes da casa. Ele tinha logo que parar seu guarda-costas. Mas mesmo que chamasse incessantemente e já estivesse na altura das orelhas de Madara, o youkai não reagia.

Um movimento de Madara para arremessar a sombra longe fez Natsume se chocar contra a ponta de uma madeira. O cheiro do sangue de Natsume e o grito de dor que deu quando a madeira raspou em sua perna imediatamente fizeram Madara reagir.

 A sombra estava do lado de fora e Madara checava se Natsume estava bem. Aquilo foi péssimo! E mesmo assim o menino sorria para Madara, contente por voltar a lucidez.

[Shuuichi e Seiji]

Shuuichi combinava seus shikis com os tiros de Seiji na tentativa de que um deles conseguisse separa-lo da pedra onde Reiko estava. Kuroumaru não dependia de sua sombra para lutar! Ele tinha vários feitiços consigo e alguns talismãs de exorcismo. Quem aquele homem realmente era estava atormentando demais Natori e Matoba durante a luta

No decorrer do combate, Seiji percebia que tinham que se apressar! Os sons de que Natsume estava com problemas estavam tirando o foco total de Natori da luta. Se cometessem um pequeno erro, estriam perdidos ali.

Seiji então decidiu fazer as coisas de forma mais bruta. Ele fez Natori usar seus shikis contra Kuroumaru e atirou diretamente na pedra onde Reiko estava. Sucesso! Natori agora segurava a pedra onde Reiko estava e os dois saíram correndo para alcançar Natsume.

Era claro que Kuroumaru não permitira aquilo facilmente. Para detê-lo os dois usaram feitiços explosivos para fazer uma parte da casa cair sobre ele. Isso deviria mantê-lo ocupado algum tempo.

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Natori e Seiji o encontraram apoiado no jardim com um curativo improvisado na perna que ainda sangrava. Madara estava com ele e não apresentava sinais de que mudaria para sua forma de gato tão cedo! Precisava se certificar de proteger Natsume.

— Natsume! Você esta ferido!? – Natori imediatamente se preocupou com ele.

— Eu vou ficara bem. Foi apenas um arranhão na perna. – ele deu um sorriso forçado e fez carinho no focinho de Madara para acalma-lo.

Natori percebeu que era mentira que estava tudo bem, mas naquela situação não teria tempo de discutir com Natsume ou dar-lhe a devida bronca. Seiji cortou toda conversa quando alertou que tinham companhia e os três viram Kuroumaru reaparecer diante deles.

— Agora eu pego vocês exorcistas! – Kuroumaru gritava nervoso e liberando poder até prestar mais atenção em Natsume – Você é parecido com ela. Você lembra a Reiko garoto! – ele se pronunciou e parou surpreso encarando Takashi.

— O que é agora? Eu escuto isso bastante dos youkais perto da minha casa. – ele não podia dizer que era o neto dela para aquele maluco nunca.

— Então os boatos eram verdadeiros. Natsume, o detentor atual do Livro dos Amigos, é realmente real! O Livro esta com você e você irá me entregar. – o olhar cruel e frio vinha acompanhado de um sorriso sínico e uma risada apavorante.

Matoba não podia acreditar! Natsume tinha algo tão poderoso assim com ele? Ou aquele feiticeiro louco estava fora de si? Natsume era apenas uma criança e nunca poderia possuir tal coisa. Natori paralisou em meio a revelação da verdade enquanto Madara e Takashi não conseguiam ter nenhuma reação ali.

— Nunca! – Natsume respondeu firme – O Livro dos Amigos não é uma ferramenta para fins ruins e benefício próprio! Ele é a importante herança de minha avó e eu pretendo devolver os nomes dos youkais escritos nele! – ele não hesitou em dizer o que queria!

Seiji e Natori mal acreditavam na coragem de dizer aquilo e no quão louca a ideia de devolver os nomes no livro parecia.

— Devolver os nomes!? Você é louco! Desperdiçar algo assim tão poderoso e útil por um desejo sem sentido? Nunca! Eu pegarei a força o Livro já que você insiste. – Kuroumaru fez a pretensão de avançar.

— Natori-san e Matoba-san, segurem!!!!! – os dois exorcistas não compreenderam de imediato – Venha, Misuzu! – o grito foi acompanhado do acumulo imediato de poder youkai.

Em segundos, Misuzu estava ali junto do grupo de youkais que sempre andavam com Natsume e mais alguns que conhecia. A explosão de fumaça venenosa resultou em Kuroumaru perdendo todos de vista e na fuga bem sucedida de todos. Porém, o real problema estava apenas começando.