O Segredo da Casa escrita por benihime


Capítulo 10
Merecido Descanso – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver uma coisa muito interessante e divertida que imaginei ser super legal de acontecer.
Será uma mega surpresa para apenas aqueles que lerem ;)
Desfrutem o/



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Com uma semana de sobra até a reunião de exorcistas, na qual Natsume, Natori e Matoba precisariam apresentar seu relatório (o qual decidiram manter os amigos de Natsume de fora), todos decidiram retornar à cidade para descansar.

Todos caminhavam pela cidade onde moravam juntos. Os youkais que haviam ajudado no trabalho já haviam voltado a suas moradas e agora era a vez de eles irem descansar em suas casas. No caminho, eles encontraram Touko e Shigeru indo para casa com algumas compras.

— Touko-san! Shigeru-san! – Natsume gritou pelos dois.

— Takashi-kun! – Touko foi até ele – Quando você voltou? – Touko reparou nos muitos amigos atrás dele – Nossa quantos amigos! Esse acampamento deve ter sido divertido.  

— Voltamos agora de manhã.  – ele respondeu rindo imaginando que não podia contar a ela que estavam enfrentando um feiticeiro das trevas ao invés de acampar.

— Isso é ótimo. – Shigeru se juntou a Touko – Compramos bastante comida, então por que todos não vem jantar em casa? Poderiam dormir lá depois para continuarem a aproveitar as férias. – ele deu a ideia.

— Am... Bem... – Takashi tentava dizer algo a respeito da sugestão de Shigeru. Não podia levar dois exorcistas para dormir em sua casa, já que com certeza receberia muitos youkais durante a noite; além do que, por conta disso, seus amigos não conseguiriam dormir.

— Vamos! Takashi-kun, nos apresente no caminho, está bem? – Touko sorriu gentil e animada.

— Não vai ter problema com todos nós? – Shibata perguntou tímido.

— Não se preocupe! Com mais pessoas a comida fica mais gostosa. – Shigeru sorriu dando sua opinião.

— Vamos. A comida da Touko-san é ótima. – Natsume convidou todos também e decidiu resolver a visita dos youkais na casa depois.

Os amigos, Matoba e Natori se entreolharam e decidiram aceitar a oferta. Natsume ajudou Touko e Shigeru a levar as compras até em casa e apresentou todos para os dois. Na frente da casa, Seiji parou e ficou observando com Natori.

— Ele recebe youkais nessa casa!? Tem muita energia aqui. – Seiji não podia acreditar. Não era a primeira vez que chegava perto da casa de Natsume, mas a energia do portão para dentro era forte.

—  Eu já entrei aqui antes. Pelo que saiba ele talvez receba youkais na casa sim. – Natori concordava com a expressão surpresa e inconformada de Seiji.

— Sim eu os recebo aqui. E não quero que vocês dois façam qualquer coisa para provocar aqueles que me procuram. – Natsume apareceu atrás dos dois que se surpreenderam – Agora vamos entrar. – ele continuou andando enquanto os dois exorcistas ficaram paralisados.

— Matoba-san! Natori-san! Venham, vamos entrar. – Touko os chamou ao longe e os dois foram entrar e esperar para ver como seria a noite na casa.

Já dentro da casa, Natsume os convidou para subir até seu quarto enquanto Touko e Shigeru estavam na cozinha. Natsume já estava preparado para segurar Seiji e Natori caso houvessem youkais em seu quarto; porém, quando entraram, não havia um vestígio sequer da presença deles.

— Podem entrar. Fiquem a vontade. – Natsume abriu mais a porta e todos foram entrando.

— Finalmente voltamos. – Nyanko-sensei ia até o armário de Natsume, abria, retirava os doces que tinha escondidos e depois se acomodava em sua almofada.

Todos repararam na naturalidade com que o gato usava o quarto de Natsume, porém, Natori reparou algo no armário que o menino não deveria ter.

— Natsume! – a voz grossa do exorcista vinha acompanhada de uma séria expressão – O que é isso? – ele tentava se conter enquanto segurava uma garrafa de sake.

— Meu sake! Natori cuidado com ele! – Nyanko-sensei veio as pressas tirar a garrafa das mãos do exorcista.

— Nyanko-sensei! Já disse para não guardar estas coisas no meu quarto! – Natsume agarrou o gato pela cabeça e começou a dar-lhe bronca enquanto verificava o que mais tinha escondido.

Os amigos começaram a rir da cena que se formava. Natsume retirava as garrafas de sake e os doces do armário, enquanto Nyanko-sensei reclamava e tentava se soltar da força que Natsume fazia em sua cabeça e Natori suspirava aliviado em saber que nada daquilo pertencia a Natsume.

— Takashi-kun! Hora de jantar! Traga seus amigos! – Touko chamava e Nyanko-sensei escapava pela porta.

— Oba! Camarão empanado! – o gato desapareceu em um piscar de olhos.

— Estamos indo! – Natsume respondeu – Vamos comer primeiro e depois eu arrumo esta confusão. – ele deu um sorriso e todos riram novamente.

Na cozinha, todos se deliciaram com o jantar que Touko fizera e, observando melhor o comportamento de Seiji, ela e Shigeru notaram a dificuldade que tinha em saber a distância e profundidade dos objetos a mesa.

— Matoba-san, você tem problemas para enxergar? – Shigeru abordou – Esse curativo em seu olho não deve ajudar muito. – Shigeru e Touko estavam preocupados com a dificuldade que ele parecia ter.

Como responderia? Ele tinha um selo em seu olho para que um youkai poderoso não viesse devorá-lo; mas não tinha como dizer aquilo e não parecia haver uma desculpa boa para ocasião.

— É uma tradição na família dele, mas ele não gosta muito que perguntem sobre isso. – Natsume inventou na hora a primeira coisa que veio a sua mente e saiu atropelando as palavras.

Os dois ficaram na hora com vergonha e se desculparam. Seiji achou a desculpa que Natsume inventou na hora até que boa e confirmou a Touko e Shigeru que estava tudo bem – já que ambos não sabiam do assunto. Natori começou a rir da expressão desesperada e de alívio que Natsume fizera e conseguiu levar todos a rirem junto.

Um divertido jantar e agora uma boa noite de sono estava garantida. Tudo parecia correr bem até ali e Natsume não se preocupou com mais nada na hora de dormir com todos em seu quarto. Pelo menos era o que ele achava. Na noite o som de sua janela estalando e seu nome sendo chamado o despertaram já sabendo o que viria.

Os amigos estavam acordados também, Natori tinha pego alguns talismãs e chamado seus shikis e Seiji já estava com talismãs em mãos para enfrentar os youkais que sentia.

— Acalmem-se todos! Eu sei quem são. Ninguém faça nenhuma besteira por favor! Não quero problemas. – Natsume se levantou e foi até a janela verificar as visitas da noite.

Haviam muitos youkais ali! Todos esperaram seu retorno para pedirem seus nomes de volta e agora estavam em fila na janela de seu quarto para tê-los.

— Ahhhh.... – ele suspirou cansado – Está bem. Mas entrem apenas um de cada vez e não se aproximem dos meus convidados. – Natsume foi firme no que disse e os youkais assentiram fazendo fila.

— Mas ele não aguenta devolver tantos nomes de uma vez né? – Kitamoto sussurrou com Nishimura e os amigos.

— Verdade. Ele vai desmaiar logo no primeiro eu acho. – Nishimura concordava.

— Nyanko-sensei, ele faz isso toda noite? – Tanuma questionou o youkai.

— Faz sim. É a coisa mais comum de se ver. – Nyanko-sensei deitava em sua almofada para esperar Natsume terminar – Todos as noites, praticamente, aparecem youkais que pedem seus nomes de volta e o Livro dos Amigos fica mais e mais fino. – o gato mudou de humor no final e gritou – Quando o Livro for meu vai estar muito fino! – ele se debatia nervoso.

— Então é por isso que ele chega com sono na escola. – Sasada se expressou também – Ele usa os poderes a noite, fica cansado, não dorme muito bem e depois acorda cedo para o colégio. – ela explicou sua opinião.

— Assim qualquer um ficaria morto de cansaço mesmo. – Taki concordava e todos os amigos também.

Natori e Seiji apenas se encaravam enquanto viam a cena se desenrolar em que Natsume devolvia o primeiro nome. O Livro revelava o nome, ele devolvia, uma luz branca os envolvia e nela Takashi via as lembranças de Reiko, a luz desaparecia, o youkai também e Natsume tombava cansado.

Mas aquele havia sido o primeiro de muitos que estavam na espera. Shibata decidiu dar um apoio a ele e os amigos ajudaram colocando mais almofadas em volta, trazendo algo para que tomasse e usando leques para mantê-lo durante o processo.

Shuuichi tinha certeza que ele desmaiaria depois de tantos youkais e acabaria com febre, então decidiu pegar uma bacia e enche-la de água gelada. Seiji separou alguns panos – já que Natori pedira sua ajuda – e depois apenas ficou assistindo a forma como Natsume usava o Livro e seus poderes.

E foi como esperavam. Natsume devolveu todos e desmaiou sem forças enquanto recebia broncas de Nyanko-sensei por ter dado mais nomes do livro embora. Aquilo tinha sido demorado e ainda tomaram conta de Natsume pela noite. Ninguém dormiu direito no final, mas, ainda assim, estavam felizes em compartilhar dos momentos que o amigo sempre teve medo de revelar.


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Notas finais do capítulo

É isso meus amigos!
Ainda tem mais da história, mas ainda estou escrevendo.
Então pf aguardem pacientemente



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