Reencontro escrita por Lucca


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Atendendo a pedido, um pouquinho do que foi a noite que se seguiu ao encontro singular preparado por Kurt que terminou com Jane tendo sua aliança de volta.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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Jane acordou nua na cama, mas assim que abriu os olhos, só uma preocupação tomava conta dos seus sentidos: a aliança.  Ela olhou imediatamente para sua mão, procurando se certificar da realidade vivida na noite passada. Não, não foi um sonho. A aliança estava lá no seu dedo. Mesmo já bem mais acordada, ela continuou não sentindo falta das suas roupas. Na verdade, na cama com Kurt, ela sempre fazia questão que não houvesse nada entre os dois, nem mesmo roupas.  Então, ela se virou bem devagar. Ele dormia pesado.

Céus, ela tinha conhecido o mundo e a si mesma nos últimos anos, mas era só nele que Jane encontrava seu porto seguro, com certeza não existia um final feliz para ela sem Kurt. A vontade de tocá-lo era imensa, mas ela conteve-se, ele tinha o direito de descansar. Se aproximando mais um pouco, até restar pouco mais de um centímetro entre eles, e inalou o cheiro dele tentando se inundar daquilo. Por vários minutos, Jane ficou ali imóvel para não acordá-lo, mas com seu olhar percorrendo cada detalhe do rosto dele até que seusolhos se abriram ainda muito sonolentos:

—Oi _ ele disse fechando os olhos novamente e já puxando o corpo dela para o seu para um novo cochilo._ Bom dia?

Ela riu.

— Oi. Bom dia._ ela sussurrou de volta_ ainda é cedo.

Percebendo o quão acordada ela estava, Kurt se esforçou em reabrir os olhos:

— Está tudo bem?

—Sim, claro.

— A quanto tempo você está acordada?

— Já faz um tempinho. Eu...eu estava pensando em nós. Ou melhor, sobre mim mesma e você.

Aquelas palavras caíram sobre ele como o pior dispertador da face da terra.

— E a que seus pensamentos te levaram, Jane?

Ela tocou o rosto dele e sorriu tentando suavizar o impacto errado que suas palavras tinham causado.

— Eu te amo...

— Eu também te amo, mas acho que não é isso que você está querendo me dizer, não é?

— Kurt..._ela olhou para o alto buscando a melhor forma de dizer aquilo_ Acho que esse foi o único sonho que eu teimei em manter nos meus piores momentos: te dizer ‘eu te amo’. Mas na loucura que é a minha vida, até isso escapou de mim, porque quando eu digo que te amo, parece que as palavras não são capazes de alcançar o que eu sinto. É imenso, Kurt. É único. É incomparável com qualquer outro sentimento ou experiência que eu tenha tido. Tem um lugar muito especial aqui dentro do meu coração que é só seu e é só quando estou perto de você que eu me sinto realmente completa, em paz. Nunca, nunca e nunca me senti assim com outro cara.

Ele respirou aliviado e sorriu, correndo o dedo indicador pelo rosto dela:

— Eu sempre achei que não precisava que você colocasse em palavras o amor que eu via nos seus olhos. Foi por isso que nunca te cobrei isso. Mas... você não imagina o quanto é bom ouvir tudo isso.

E colou seus lábios nos dela para um beijo eternizasse o momento, permitindo que os dois desfrutassem um do sabor do outro.  Quando voltaram a precisar de ar, ele se afastou, apertou seus olhos e disse:

— Eu acho que você deveria fazer isso com frequência. Gostei disso._ e a puxou pra cima dele._Posso te cobrar?

Ela riu e se sentou sobre o quadril dele, levantando os olhos com expressão de dúvida:

— Hum... eu aceito se fecharmos o pacote completo: encontros, a gente flertando, o sexo e a minha declaração... Não, não, espere! Acho que isso pode ficar melhor: encontros, a gente flertando, uma bomba que a gente desarma no último minuto, o sexo e a minha declaração de amor que será cada vez mais apaixonada, eu prometo!

A risada alta de Kurt diante da menção à bomba ecoou por todo o cômodo. Jane adorava vê-lo assim, mas levou a mão até sua boca tentando conter uma dispersão ainda maior do som:

— Hei, é madrugada! Os vizinhos...

— Acho que você já acordou o andar todo essa noite. As reclamações pela manhã serão inevitáveis.

A cara de espanto de Jane só aumentou a diversão de Kurt:

— Eu não acordei ninguém!

— Acordou sim. Mas eu entendo que você não tenha tido a noção exata do volume de seus gemidos. Você parecia muito envolvida na situação pra ter qualquer reação racional. _ Kurt fez questão de apimentar seu comentário com olhares e tom de voz de quem estava absolutamente no controle quando fizeram amor.

Jane resolveu entrar no jogo:

— É, não posso negar que meu marido me tira completamente da realidade quando quer. _ e correu as mãos suavemente pelo peito dele, parando os dedos em movimentos circulares sobre seus mamilos._ Mas esse é um jogo para dois e eu ainda posso inverter essa situação._ então, ela remexeu o quadril fingindo apenas se acomodar, mas na verdade descobrindo nitidamente os efeitos de seus toque e palavras sobre Kurt. _ A menos que você queira voltar a dormir e deixar o jogo pra outro dia...

— Medo de perder? _ ele provocou, subindo as mãos pelas coxas dela e segurando forte na sua cintura._ Você já percebeu que estou mais que pronto pra outra partida.

Jane suspirou com um sorriso malicioso no canto dos lábios. Suas mãos deteram as dele:

— Eu disse tudo que eu sinto por você..._ então elevou as mãos dele até laterais da cabeça, segurando forte enquanto se inclinou para sussurrar no ouvido de Kurt _ agora eu vou te MOSTRAR o quanto eu te amo.

Ela começou com um beijo nada casto na boca dele que se estendeu em por todo o pescoço e orelhas. Ao soltar suas mãos, seu olhar dizia claramente para que Kurt não ousasse tomar alguma iniciativa porque ela estava no comando.

Ela continuou distribuindo toques e beijos por todo o corpo dele. Existia algo tão profundo e, ao mesmo tempo, tão excitante na forma como ela fazia isso. De repente, ele percebeu que ela dava atenção especial a cada local que já havia sido ferido em campo desde que eles se conheceram. Isso bastou para derrubar  a frágil e tênue barreira que ele tentava construir para se proteger das dores que ela já lhe tinha causado.

Totalmente entregue ao momento, Kurt fechou os olhos e se permitiu sentir tudo o que ela queria e da forma como ela queria.  Ele estava realmente disposto a não interferir e deixá-la ser sua guia por aquelas sensações. Suas mãos se agarraram violentamente aos lençóis para resistir ao desejo enorme de tocá-la principalmente depois que seus lábios alcançaram seu pênis. E novamente ela sabia como enlouquecê-lo, tirando toda a sua racionalidade e o jogando à mercê das suas vontades.

Ele foi forte até atingir o limite que o próprio prazer lhe impôs. Ir além daquilo significaria chegar ao êxtase sem ela. Não havia como deixar de intervir a partir dali.

— Janie..._ ele tentava articular as palavras. Incrível como ele não lembrava seu próprio nome naquele momento, mas o nome dela o latejava por todo seu corpo _ Meu amor, pare.

Ela ignorou completamente o pedido e seguiu se deliciando dele.

— Janie, não! Por favor..._ ele suplicou levando a mão até seus cabelos.

Ela parou por um instante, estabeleceu uma conexão com o olhar dele e deu uma sensual piscadinha, e já retomou as carícias.

Então ele se viu completamente hipnotizado pela sintonia entre o que via e sentia. O prazer que varria seu corpo se envolveu com um turbilhão emocional que ele nem sabia como tinha nascido e explodiu de forma tão intensa que não deixou espaço para mais nada. Ele deixou sua cabeça cair nos travesseiros, ainda incapaz de pensar ou sentir qualquer coisa que não fosse Jane.

Jane se arrastou por cima do corpo dele, lhe deu um beijo suave, recostou a testa na dele e disse:

— Eu te amo tanto, Kurt.

Ele abriu os olhos e respondeu:

— Eu também, eu amor. Eu também...

Então, ela se aproximou de seu ouvido e sussurrou:

— Game Over.

Ele sorriu. Era um fato inegável. Ela venceu. Então repetiu:

— Game Over.

O som do riso dela próximo ao seu pescoço enquanto ela se aconchegava nele era tão divino quanto o prazer que ela acabava de lhe proporcionar. Ele a abraçou com força:

— Janie, você se lembra daquela noite no SIOC, após a invasão da Sandstorm, na cela de Roman, quando você me disse que tinha medo que Remi voltasse?

Ela se agarrou ainda mais a ele:

— Sim..._ foi tudo o que conseguiu responder num fio de voz.

— Eu acho que muito de Remi já voltou.

Jane sentiu um frio percorrer sua espinha. Ela vinha lutando ardentemente contra essa constatação nos últimos meses. Então, tomou fôlego procurando força para a pergunta necessária. Mas antes que pudesse verbalizar qualquer coisa, o toque da mão de Kurt direcionou seu rosto para o dele:

—  Eu estou adorando isso, sabia?_ ele disse

Ela levou a mão até o rosto dele e respondeu:

— Que bom, Kurt, porque o meu amor por você só aumenta. E eu sou melhor com você. Quando estamos juntos eu sinto que posso transformar cada um dos meus pesadelos num momento bom se eles baterem à minha porta.

— Eu também sou melhor com você, Jane. _ e entrelaçou seus dedos aos dela._ Eu tenho certeza que seremos fortes para superar qualquer obstáculo. Por nós.

— Por nós.


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Notas finais do capítulo

Os momentos mais íntimos desses dois devem povoar a imaginação de todos os fãs. Eu nunca fico satisfeita com o que escrevo porque a escrita fica aquém desse casal fantástico. Por isso, perdão pelas falhas.

Obrigada pela leitura.



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