Amazed escrita por vanprongs


Capítulo 1
It Just Keeps Getting Better.


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu, um pouco atrasada para o Valentine's Day, mas ao menos voltei, certo?
Bem! Espero que vocês gostem dessa Jily que eu fiz especialmente para o dia de hoje - é água com açúcar mesmo que a fanfic que tenha vencido na enquete tenha sido com smut. Sinto muito desapontar vocês, mas prometo compensá-las em breve hihi.
Desejo de coração que o dia de vocês tenha sido incrível, porque cada uma de vocês merece ♡

E tenham uma boa leitura, lembrem-se de me falar o que acharam!



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Forever and ever

Every little thing that you do

Baby I'm amazed by you

 

Aquele momento era, de fato, um dos mais excêntricos que ele já tinha vivido — porém o jovem sempre havia sonhado com isso. Esperar pela ruiva havia enfim valido a pena, e James teria sua chance de provar que havia mudado e não era mais o Maroto Inconsequente, ele era melhor. Suspirou ansioso ao passar as palmas das mãos suadas contra o tecido escuro da caça de uniforme que usava e em um gesto que o moreno já não tentava mais controlar, levantou o braço esquerdo e passou a mão por seus cabelos, deixando-os bagunçados.

A espera o estava deixando maluco, mas esperar por Lily Evans sempre valia a pena.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1972.

Era engraçado pensar que ele estava fazendo aquilo, Potter tinha conhecimento de que muitas de suas atitudes faziam a ruiva nascida trouxa o repudiar e mesmo assim havia decidido lhe dar alguns bolinhos que havia conseguido com os Elfos que trabalhavam na cozinha do castelo. Lembrou-se do que sua mãe lhe disse inúmeras vezes:

“Não há nada que uma boa refeição não resolva.”

Mesmo que naquele momento ele pensasse que Evans lhe jogaria os bolinhos nos cabelos e rolaria os olhos grandes e verdes, distanciando—se dele o mais rápido que pudesse.

— Jay… Eu não acho que isso vá dar certo — Sirius Black, um dos meninos que James dividia o quarto informou.

— São só bolinhos — o magricela de óculos deu os ombros animado, caminhando lado a lado com o outro grifinório. — Quem não gosta de bolinhos?

— Dado que estamos falando da ruivinha… Ela não gostaria que eles fossem entregues por você — Black zombou e ouviu o amigo bufar. — Qual é, você não se importa tanto com isso, certo?

— Cale a boca, Six — Potter resmungou ao voltar a ter seu foco em seus pés e a chegar no Salão Comunal de uma vez.

Ele estava certo, no final das contas.

Seus cabelos escuros estavam cheios de glacê branco, rosa e de chocolate. Sua respiração estava frustrada e havia um sorriso vencedor nos lábios infantis da menina.

— Espero que lembre—se, Potter, eu não quero nada vindo de você — Lily disse de forma severa, com seus braços sardentos cruzados em frente ao corpo e uma sobrancelha arqueada.

James não lhe respondeu, afinal não daria mais sobre o que os alunos mais velhos rirem dele, mas naquele dia ele se prometeu uma coisa:

Lily Evans ainda sorriria com um presente seu no Dia dos Namorados.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1973.

Ao invés de bolinhos esse ano James havia trazido algo de sua casa, havia aproveitado as Festas de Final de Ano para encontrar em suas coisas o livro de contos que sua mãe sempre lia para ele quando era mais novo.

O moreno sorria confiante ao andar vagarosamente com as solas de seus sapatos arrastando-se pela grama, seus pequenos dedos apertaram o livro e puxou o ar, estava determinado a fazer aquele um dia melhor do que o ano passado.

Mas James não era assim tão sortudo, e ele sabia disso.

Subiu, apressadamente, as escadas que o levaria ao corujal e deixou seu melhor sorriso tomar conta de seus lábios quando ao chegar perto da porta observou sua ruiva favorita encostada em um dos pilares, olhando para o céu. O vento frio chocava-se contra o rosto dela, fazendo com que Lily sorrisse de forma suave.

— Uh… Evans? — lhe chamou com certa cautela.

Cada um dos músculos do rosto sardentos se contraiu, Potter mordeu a bochecha e balançou a cabeça antes de começar a se aproximar, com certo cuidado, dela.

— Eu lhe trouxe isso — comentou antes de esticar seu braço e deixar a capa de Os Contos de Beedle o Bardo a mostra. — Soube que queria um exemplar desses e bem — deu os outros como se não fosse muita coisa. — Eu não o usava mesmo.

— Você acha que eu vou aceitar restos seus, Potter? — a ruiva urrou.

Talvez ela ainda estivesse nervosa por conta da última pegadinha com Snape.

— Bem… — o magricela começará a se defender, mas parou quando viu a expressão de poucos amigos da ruiva.

— De qualquer modo, Severus me deu esse livro no meu aniversário, não o quero mais — soou rude antes de passar por ele e bater seus ombros. — Você deveria desistir, Potter — murmurou antes de sair do corujal.

— Nunca — ele sussurrou antes de estalar a língua dentro da boca.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1974.

Era o terceiro Dia dos Namorados e ele não havia planejado nada, a noite anterior havia sido de lua cheia e Remus estava mais agitado do que antes.

James saiu da enfermaria às três horas da tarde daquele dia, andou pelo castelo a fim de tomar um tempo para si e admitir que aquele ano não conseguiria fazer nada demais, até que viu um furacão ruivo passar por si, esbarrando em seu ombro e sem se importar em pedir desculpas, sem que Potter pudesse pensar suas pernas deram meia volta com seu corpo e então ele seguiu Lily até a Torre de Astronomia.

— Saia daqui, Potter — a ruiva resmungou chorosa.

— Não até você me falar o que aconteceu, Lily.

— Eu já lhe disse que é Evans, Potter — disse em um tom pesado e o moreno segurou a risada.

— Evans-Potter só depois que nos casarmos — comentou divertido e a ouviu bufar.

— Por favor, James, me deixe sozinha, esse seria o melhor presente que você poderia me dar no dia de hoje — soltou ao olhar para os próprios pés esticados em frente ao seu corpo.

— Tudo bem… — murmurou, segurando o sorriso que quis surgir quando ouviu seu nome sair pela primeira vez dos lábios dela.

O terceiranista sabia que não estava tudo bem, sabia que se fosse Severus ou Marlene, a ruiva o deixaria ficar ali, mas ele não ousou se importar com aquilo.

Lily Evans havia o chamado de James, e aquilo era um grande feito.

Antes de voltar para seu Salão Comunal, onde passaria o resto de sua tarde, Potter passou pela cozinha e pegou alguns chocolates. Com certo jogo de cintura convenceu Marlene a deixá-los em cima da cama da amiga e então foi para seu dormitório, jogando-se contra sua cama.

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1975.

Era um final de semana, enfim. James estava sentado em uma das mesas do Hog’s Head Inn e observava, de forma rabugenta, Lily e Amus conversarem e rirem um para o outro. Era o segundo ano que eles poderiam ir para Hogsmead, o décimo não que ele recebia da ruiva. Bufou e ouviu Sirius reclamar ao seu lado.

— Se for para você passar toda nossa tarde observando esses dois, você poderia dividir uma mesa com o Snivellus — disse azedo e arrancou um suspiro de Lupin.

— Não irrite Prongs, por favor Padfoot — o pequeno licantropo disse.

— Sei que a qualquer momento fumaça pode sair por suas orelhas, mas está triste demais essa situação — Black disse e ouviu Peter concordar. — Até Wormtail concorda.

— Calem a boca — Potter disse antes de se levantar e começar a andar para fora do PUB, virou sua cabeça para ver os amigos e levantou as sobrancelhas com um sorriso debochado nos lábios. — Vocês vem comigo ou terei que falar para Mary e suas amigas que desistimos de encontrá-las?

De fato era irritante ver Lily com Diggory, ainda mais quando o outro era tão egocêntrico quanto a ruiva gritava que James era, mas o moreno não deixaria aquilo acabar com sua diversão de sábado.

Ao menos foi o que ele conseguiu fazer até a hora de voltar para o castelo, caminhar atrás dos dois grifinórios rindo e empurrando-se levemente pelos ombros o fez querer vomitar, e ficar estranhamente mais estressado que antes.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1976.

James procurava Lily por todo lugar.

Desde o acontecido no jardim no início do ano letivo, o moreno se sentia culpado ao vê-la chorar pelos cantos. Mesmo que seu Lírio se fizesse de forte em meio às pessoas, o moreno sabia que ela se escondia de todos para colocar a dor para fora e Potter se sentia culpado, de certa forma, pelo que Severus Snape havia dito.

Sua busca cessou quando passou por um dos corredores pouco frequentados pelos alunos e então uma porta surgiu do nada.

O maroto parou e encarou a porta sem outra reação que não fosse choque, suas mãos dentro dos bolsos da calça e as sobrancelhas arqueadas o faziam questionar a existência daquela sala.

Ela não estava em seu mapa.

Acostumado a entrar em qualquer lugar onde não era chamado, o apanhador da grifinória abriu a porta misteriosa e passou por ela, vendo um grande salão com sofás e caixas, observou uma garota sentada em um dos sofás próximos à parede, abraçando suas pernas contra seu corpo, e suspirou ao reconhecer Evans.

— Uh, Evans?

— O que… — a voz chateada cessou ao ver quem estava em sua frente. — Potter.

— Sei que talvez eu seja a última pessoa que você queira por perto, mas…

— Pode ficar — murmurou antes de passar as mangas da camisa pelo rosto, secando as poucas lágrimas que haviam ficado ali.

— É Dia de Valentim — James disse com um pequeno sorriso. — Que sala é essa?

— É a Sala Precisa — a ruiva sorriu de forma leve a tentou ao máximo ser simpática com ele, meses já haviam se passado e sabia que não poderia culpá-lo por algo que Severus havia dito. — Ou Sala Vai e Vem, ela é secreta e acaba nos dando o que precisamos — deu os ombros e suspirou. — Eu precisava de um lugar para me esconder, e você?

— Estava te procurando — disse sem medir as palavras e a viu ficar com as orelhas vermelhas. — Não queria que você ficasse mais tempo sozinha.

— Marlene tem feito esse trabalho por você — Evans riu baixo e mordeu o lábio inferior, seus olhos verdes encontraram com os castanhos do menino. — Eu estou bem, James.

— Chorando em uma sala secreta em pleno domingo? — perguntou cético com as sobrancelhas arqueadas — Posso notar.

A menina revirou os olhos e ajeitou seu corpo no sofá ao que James sentou-se ao seu lado.

— Sei que Severus não merece que eu chore pelo que aconteceu, mas não posso evitar de ficar triste — informou, colocando uma mecha de seu cabelo avermelhado atrás da orelha. — Ele era meu melhor amigo.

— Precisamos rever suas amizades então, Lírio.

— Cale a boca, Potter — Lily resmungou e Potter deu uma pequena risada. — Não ouse me mandar calá-la para você.

— O que? — o menino de óculos colocou sua mão em cima do peito, forçando uma expressão chateada. — Eu não ia falar nada, Evans.

Aquela tarde de domingo fora a primeira que eles ficaram tranquilos, rindo como se suas vidas dependessem disso e esse fora o melhor presente do apanhador para ela: uma tarde onde eles eram apenas duas pessoas, se conhecendo melhor, onde uma guerra não estava para acontecer e ela podia ficar um pouco em paz.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1977.

Evans finalmente havia dito sim.

Ela iria com ele para Hogsmead. Eles passariam aquele dia juntos.

Como amigos, ela disse.

Mas aquilo só fazia com que James a olhasse ainda mais maravilhado, depois de tanto tempo ele finalmente conseguia ficar no mesmo lugar que ela sem ser chamado de quatro olhos irritante ou ter seu ego comparado ao tamanho da cabeça da Lula Gigante.

A verdade é que Potter preferia apagar aquele ano de sua mente, já que tudo no ‘não-primeiro-encontro’ dera errado e Lily fora embora bufando e xingando até a terceira geração dos Potter.

Talvez tudo tenha acontecido porque algumas meninas deram em cima do apanhador e ele riu para elas, como sempre fazia. Ou porque Amus aparecera e então James agira de forma ridícula.

Bem… Pelo menos ele sabia quais erros havia cometido.

Naquela noite de São Valentim ele pedira para Marlene e Alice levarem uma caixa de chocolates para a ruiva, que não havia lhe respondido até aquele minuto, alguns socos foram dados na porta de seu dormitório e o moreno levantara de forma lenta, abrindo-a em seguida.

Para sua surpresa a sardenta de olhos verdes estava parada em sua frente, com uma expressão pouco feroz e pouco divertida.

— A próxima vez que você quiser me levar para sair no dia de São Valentim, prove que você não é o neandertal que eu sempre pensei que você fosse, idiota — resmungou e soltou a respiração de forma estressada.

Lily colocou-se na ponta nos pés e encostou seus lábios no canto da boca de Potter.

— Até amanhã, James.

 

 

VALENTINE’S DAY. ANO 1978 (ATUAL).

A porta da Sala Precisa se abriu, Lily tinha em seu corpo um vestido azul e uma jaqueta que a protegia um pouco do vento gelado que podiam sentir dentro do castelo. Eles sorriram um para o outro antes de James se aproximar e puxar o corpo da ruiva contra o seu, sentindo o aroma de morangos exalar dos cabelos dela.

— Eu senti sua falta — murmurou ao esconder seu rosto no pescoço cheio de sardas, fazendo-a soltar uma gargalhada gostosa antes de passar seus pequenos braços pelo pescoço dele e ficar na ponta dos pés.

— Nós acabamos de fazer a ronda, James — Evans murmurou e ele soltou um muxoxo de reclamação. — Por Morgana, você parece um velho resmungão, cale a boca.

— Cale-a para mim, Evans — ele disse quando nivelou seus rostos e mostrou um sorriso debochado em seus lábios.

A ruiva revirou os olhos em diversão e aproximou seus lábios aos dele, em um movimento lento deixou que sua língua passasse pelo lábio inferior do moreno e levou suas mãos até os cabelos dele. O maroto continuou com o contato visual, porém apertou um pouco mais a cintura da garota, quando Lily resolvera passar seus dentes pelos lábios dele e puxá-lo com pouca força. Ela soltou uma risada breve contra a boca dele e sentiu-o girá-la no ar antes de iniciar um beijo necessitado.

Eles estavam juntos. Não juntos, juntos. Ninguém exceto Sirius e Marlene sabiam. Talvez Remus, Peter e Dorcas. Mas mais ninguém. E naquela noite Prongs queria mudar aquilo. Ele queria que as noites que ele tinha com sua ruiva fossem mais longas, que ele pudesse segurar sua mão em público e até mesmo lhe roubar um beijo ou outro no meio do corredor ou do Salão Comunal.

Ter a oportunidade de viver com Lily daquela forma, ainda mais próximos e confidentes, era como um sonho e era incrível como ele se apaixonava ainda mais por ela, era como se a ruiva tocasse cada pedacinho de seu coração e toda vez parecia ser a primeira vez. Tudo o que James queria era que eles continuassem se surpreendendo, se envolvendo e que aquele sentimento continuasse só melhorando.

— James, eu… — a voz de Lily pôde ser ouvida quando o beijo cessou, eles se olharam com um pequeno sorriso nos lábios e a ruiva virou o rosto, toda a coragem de dizer as três palavras se dissiparam.

Era impossível que alguém como James Potter amasse alguém como Lily Evans.

— Evans — ele começou a falar, puxando o rosto da ruiva e fazendo-a o encarar. — Eu sei e amo você também — completou convicto e sorriu. — No primeiro dia de São Valentim eu prometi a mim mesmo que eu faria você sorrir com um presente meu, e eu sei que ainda não cumpri essa promessa… Porque há nada que eu possa lhe dar agora que vá lhe fazer sorrir — uma pequena ruga surgiu no meio da testa da sardenta. — O que foi?

— Você acabou de me dar a única coisa que me faria sorrir, idiota — a nascida trouxa confessou e sentiu-se ficar vermelha. — Pare de rir de mim, Potter — resmungou ao ouvir a risada do moreno.

— Não tenho culpa que você consegue ficar ainda mais bonita quando fica toda vermelha — deu os ombros e sentiu um tapa em seu ombro. — Você é muito agressiva, Lil.

— Cale a boca, Potter. — murmurou ao tentar unir seus lábios.

Mas naquele momento o moreno virou seu rosto divertido e os olhos verdes o encararam incrédulos.

— Então, Lily, você aceita depois desses sete dias dos Namorados, finalmente ser minha namorada?

A ruiva o encarou com uma expressão fechada e fechou os olhos, segurando-se para não bufar.

— Que foi? — o moreno perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Achei que já estava claro que sim, Potter, eu quero ser sua namorada.

Antes que James pudesse falar qualquer coisa a monitora chefe uniu seus lábios, em um beijo calmo.

E então seus corpos se tornaram um naquela noite, de uma forma diferente do que em todas as outras; e aquela noite fora uma pequena promessa.

Passariam o resto de suas vidas juntos, para sempre e sempre.

 


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Notas finais do capítulo

Ei, você chegou até o final!
Que tá me falar nas reviews o que achou?
See ya, van prongs.



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