Eles pedem para que eu não chore, encostam suas frias mãos espectrais em meus ombros e sussurram que assim é melhor, porque eles não se importam. Desde Ísis, com suas falsas condolências, até Set, cheio de reclamações sobre a chuva que cai no que ele acredita ser seu deserto.

Mas Geb é a Terra, ele é tudo o que se estende gloriosamente entre deuses e mortais, ele é aquilo que é bom e é meu marido, e nada nunca esteve mais distante do que ele.

As vezes vejo uma árvore tão grande que parece capaz de alcançar o céu, e eu sei que esse é o jeito dele de dizer que sente minha falta, mas por mais alta que seja, nunca me alcança. E então eu choro, choro sobre o deserto porque conheço suas origens, mas também choro porque, ao menos assim, minhas lágrimas o tocam.