Breaking The Habit escrita por Lara AppleHead


Capítulo 2
Capítulo 2 - Unstoppable


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a mais um capítulo!
Espero que gostem!
•Capítulo Betado (✅)
•Capitulo Não-Betado ( )



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[...] Eu sei como enganar essa cidade. Eu faço isso até o pôr do sol e através da noite. Eu te direi o que você quer ouvir.

Coloco minha armadura, e te mostro o quanto eu sou forte. Coloco minha armadura e vou te mostrar quem eu sou... Sou incontrolável, sou um Porsche sem freios. 

Sou invencível, ganho todas as batalhas. Sou tão poderoso! Não preciso de baterias para lutar. Sou tão confiante. É, estou incontrolável hoje.

Derrotado, só choro quando eu estou sozinho agora. Você nunca verá o que eu estou escondendo. Me escondendo lá no fundo. É, eu sei, já ouvi essa história que mostrar seus sentimentos é a única maneira de fazerem as amizades crescerem. Mas só que eu tenho muito medo agora.”

Sia - Unstoppable

 

Bulma analisava a tela do notebook à sua frente, sentada em uma das caldeiras altas da ilha da cozinha. Concentrada demais, não percebeu que Vegeta estava parado na soleira da porta. Ele, a fim de ser notado, pigarreou alto. 

— Nossa que sust... — Bulma mal conseguiu terminar de falar. Ela ficara impressionada com o saiyajin vindo em sua direção. Nunca imaginou vê-lo sem aqueles trajes militares, e sem todas aquelas manchas e sujeiras de batalhas anteriores. Estaria mentindo se não tivesse o achando atraente de alguma forma. Tentando evitar ruborescer na frente dele, levantou-se rápido e disse:

— Vou pegar alguma coisa para você comer. Aliás, que baita susto me deu. Nem vi quando chegou. 

Vegeta sentou-se à mesa e falou:

— Ser silencioso é primordial para pegar um inimigo desprevenido em guerra. Se você fosse uma guerreira e escandalosa do jeito que é, seria morta no primeiro minuto de combate. 

Bulma, que vasculhava algo na geladeira, exclamou:

— Certo, mas não estamos em combate. Estamos em minha casa, pode ficar à vontade. — Ela colocou na mesa alguns sanduíches, um resto de uma torta de avelã com chocolate e uma jarra de suco de laranja. Vegeta comeu tudo com voracidade. 

— Quer mais? — Bulma perguntou. O saiyajin apenas fez que não com a cabeça. Ela pegou a louça e pôs na pia.

— Ok, acho que já podemos conversar. 

Vegeta sentia-se incomodado vestindo aquelas roupas terrestres e, ainda mais, quando percebia os olhares de Bulma sobre ele. Reclamou:

— Antes de qualquer coisa, preciso saber o que fez com a minha armadura. Um príncipe não pode usar esses trapos. 

— Eu peguei. Ou que sobrou dela, é claro. — Bulma gargalhou. Contudo, Vegeta ainda mantinha o semblante fechado. — Estava bastante danificada. Pretendo refazê-la com materiais similares, terá a mesma resistência do que a anterior. E, se quer saber... Fica bem vestido assim — disse sem perceber o quão aquele comentário havia soado malicioso, pediu a Kami que Vegeta não tivesse notado.  

O olhou mais uma vez de soslaio. Apenas para se certificar daquela afirmação. E sim, ela tinha toda razão. O moletom que ele usava só delineava ainda mais o corpo musculoso dele. "Contenha-se. Seu namorado estará de volta em poucos dias. Além do mais, ele é o alienígena malvado, lembra?", sua consciência lhe alertara, porém, o lado Bulma de ser falava mais alto: "Ah, mas só olhar não é pecado", ela sorriu internamente. E recompondo-se de seus devaneios, tratou logo de mudar de assunto. 

— Tenho mais ou menos uma noção do porquê ter mudado de ideia, e de ter aceitado ficar hospedado em minha residência. Para você deve estar sendo um martírio ficar nesse mundo sem poder voltar para o seu... — Bulma não sabia que o saiyajin não tinha mais um planeta e tampouco um lugar para onde voltar.

— Humpft — Ele cruzou os braços esperando que ela prosseguisse. 

 A azulada arrastou uma cadeira até ficar ao lado de Vegeta. Ele engoliu em seco com aquela aproximação. O cheiro adocicado dela invadia sem permissão o olfato apurado dele, fazendo que ele não soubesse como agir por um momento. 

— Então, pensando nisso... Estou reformando a nave que era do seu amigo Nappa. — Ela disse, virando o notebook para ele analisar como ficaria o projeto depois de pronto. — Mas quero pedir algo em troca. — Bulma o fitou.

— Ok, pode falar... — Ele suspirou profundamente.

— Não machucará e nem vai ameaçar ninguém enquanto estiver aqui. Desse modo, poderei trabalhar o mais rápido possível para concertar a nave sem ter que me preocupar com o bem-estar de todos. Então, assim, poderá sair logo da Terra. 

As palavras de Bulma afetaram Vegeta, mais do que ele gostaria. Aquilo ecoou dentro dele como um solavanco de um golpe certeiro. 

— Já que vamos negociar, quero que você me faça uma nave maior! — respondeu, sem demonstrar como aquilo o afetou.

— Mas eu já havia começado a trabalhar nessa. Por que uma nave maior? Levará mais tempo para ficar pronta... — Ela ficou sem entender. 

— Tenho alguns amigos que deixei na base de Freeza, pretendo resgatá-los — Mentiu. Na realidade ele queria uma nave maior para recrutar soldados, para juntos reivindicarem a posição de imperador do universo. — Faça isso e eu prometo a você, terráquea, que eu estarei fora do seu planeta antes que perceba! — Ele respondeu entredentes. O saiyajin se levantou bruscamente e deixou Bulma sozinha na cozinha. 

♦♦♦

Vegeta entrou no quarto ainda bufando de raiva. O saiyajin nutria uma vontade enorme de aceitar somente a nave de Nappa e sumir de vez. Desde que havia retornado à vida, sabia que algo dentro dele havia mudado. Algo despertara sensações das quais ele nunca havia sentido. Em outra época ou até mesmo há algumas horas atrás não permitiria se deixar abalar com o que aquela humana havia dito. "Poderá sair logo da Terra..." Então por que aquelas palavras pesaram tanto, não era isso o que ele mais queria? Sair depressa daquele lugar de gente fraca? Por uma fração de segundos em que esteve com aquela maldita terráquea, pensou em reconsiderar o seu plano, pensou até que poderia ficar. Mas aquelas palavras só diziam o que ele já sabia: todos o queriam longe. 

Talvez, em muitos anos, estivesse experimentando pela primeira vez o que era de fato a rejeição, e, por conseguinte, a solidão. "Mas não por muito tempo" respondeu pra si mesmo. "Você é o soberano de sua raça. Não pode perder tempo com esses sentimentos terráqueos que só o atrapalham e o desviam de seu objetivo de se tornar o imperador do universo", repetiu aquilo como um mantra até adormecer. 

♦♦♦

Nos quase oito meses que se passaram, Bulma se dedicou o máximo ao projeto da nave. Tudo estava saindo como planejara. Nos primeiros meses, Vegeta até ajudava dando sugestões e escutava quando alguma alteração em uma parte do projeto precisava ser feita. Mas em um dia, sem mais e nem menos, as coisas desandaram de vez. Vegeta não só havia parado de cooperar com a construção da nave como tinha passado a ignorar por completo.

O saiyajin sempre acordava antes do amanhecer para ir treinar, quando chegava tarde da noite pegava algo pra comer na cozinha e se recolhia no quarto. Fora as vezes que ele passava algumas semanas recluso nas montanhas. Bulma tinha se convencido que o problema era com ela, pois em algumas ocasiões ele almoçava de maneira amigável com seus pais, mas só bastava aparecer para ele simplesmente levantar e sair. A azulada já havia se contentado que seria assim até o dia dele ir embora. 

Entretanto, naquele final de semana Bulma pulou da cama mais cedo do que de costume. Pual, Oolong, Chichi, Gohan, Kuririn, Yajirobe e o resto de seus amigos já a aguardavam na sala. Era sábado, e naquele dia seria realizado um tea-break, onde falariam sobre as esferas do dragão que, no caso, só faltava encontrar apenas uma para que pudessem reviver Goku e os outros. 

Bulma cumprimentava um a um, quando foi pega de surpresa por uma criança namekuseijin que se agarrou em suas pernas, apavorada. Agachando-se, ela perguntou:

— O que foi, querido? — O pequeno namekuseijin apenas apontou para o lado oposto. Bulma viu Vegeta sair da mansão, despreocupado.  Pela maneira que estava vestido, ele iria treinar. Bulma pediu licença aos convidados e correu atrás do saiyajin, não poderia perdê-lo de vista, daquela vez ele não escapava. 

Tocando-o no braço, a azulada franziu o cenho. 

— Você prometeu que não ameaçaria ninguém!

Vegeta piscou algumas vezes sem entender nada, até que olhou para trás e viu o pequeno namekuseijin esconder-se atrás de Gohan. 

— Humpft. Não tenho culpa se esses vermes verdes são uns medrosos — respondeu, ríspido. 

A garota Briefs sabia que aquela poderia ser uma das últimas chances de falar com o saiyajin, decentemente, antes que ele partisse. Então pediu um pouco hesitante:

— Gostaria de te mostrar uma coisa. Poderia vir comigo, por favor? 

— Não posso, estou ocupado. — Ele deu de ombros e continuou andando. Bulma teve que se esforçar para o acompanhar. 

— Prometo que irá gostar. — Bulma falou um tanto ansiosa. 

— Não vai me deixar em paz até que eu diga sim, não é mesmo? — perguntou, sério.

Bulma aquiesceu, sorridente. Permanecendo com os olhos fixos nos dele, falou em alto e bom tom:

— Pessoal, podem ir para o jardim. Mamãe e papai estarão lá para recebê-los! — Ela sorriu e acenou para os seus amigos. — Eu os vejo daqui uns dez minutos. 

— Bulma deve ser a mulher mais corajosa da Terra para ter que lidar com o Vegeta. — Pual comentou com o Oolong, enquanto se dirigia com os demais para o local indicado.

A azulada escutou Vegeta resmungar em um idioma que não conhecia, enquanto ele a acompanhava. Durante todo o trajeto da sala até o laboratório, todos os namekuseijins esquivavam-se assustados do caminho do saiyajin. Em contrapartida, ele atraía todos os olhares curiosos e lascivos das funcionárias e também de alguns funcionários. 

— Veja! — Ela apontou na direção da nave. Alguns ajustadores da corporação acertavam a fiação e outros davam os últimos reparos com solda na fuselagem. Toda estrutura da nave era de fato impressionante. O veículo deveria ter mais ou menos uns cinco metros e oitenta de altura, dez metros de largura e com setenta e cinco metros de comprimento.

Vegeta olhou transparecendo indiferença, mas na realidade tinha ficado boquiaberto com o feito da jovem cientista, feito esse, que deixaria o mais brilhante engenheiro de Freeza para trás. 

— Quantos dias até tudo ficar pronto? — indagou. 

— Dois no máximo. — Ela respondeu.

— Aquela era a nave do Nappa? — Vegeta notou que ao fundo tinha mais outra nave em perfeito estado. 

— Sim, eu decidi terminá-la. Espera um minutinho aqui. — Bulma correu e pegou uma caixa que estava em cima de sua escrivaninha, e o entregou em seguida. Aquele ato da azulada o pegou de surpresa. 

— O que é isso? — Ele ficou meio sem jeito com o pacote em suas mãos. 

— Era pra ser um presente de despedida. Eu deveria ter te dado antes, mas como você me evitou praticamente o mês inteiro... 

Ficou sem reação, nunca ninguém havia lhe dado um presente. Nem mesmo no planeta Vegeta, tudo que ganhasse teria que ser por mérito próprio. Dentro da caixa havia uma jaqueta e calça de uma malha especial, um par de botas e luvas e, por fim, uma armadura construída a partir de um material ultrarresistente. 

— Você poderia vestir agora. Será melhor do que a roupa que está usando. — Bulma o olhou de cima abaixo. O saiyajin usava uma regata colada, um short igualmente colado e tênis. 

— Não mesmo, garota! — retrucou. 

— Venha, não seja ingrato! Eu passei a noite trabalhando nela. Como eu vou saber se precisa de ajustes, se não usar? Pode se trocar no meu escritório, primeira porta a esquerda.

Vegeta rolou os olhos em completo desgosto. “Por que é tão difícil dizer não para ela?”. Lembrou-se que foi assim desde dos primeiros dias em que chegou naquele planeta. No momento em que viu Bulma correr em sua direção, se perdeu completamente nos malditos olhos azuis da terráquea no minuto seguinte. Até tentou recuar, quando ela estupidamente lhe ofereceu hospedagem. Quem diabos convidaria um alienígena sanguinário para ficar alguns dias morando debaixo do mesmo teto? “Ou ela era muito louca ou muito corajosa”, ele pensou no mesmo instante em que se perguntava se valia a pena tentar descobrir em que tipo de armadilha estava caindo ou que tipo de encanto ela havia lançado para deixá-lo tão hipnotizado.

Para Vegeta, aceitar o convite de Bulma não foi o mais sensato a se fazer a princípio, pois sempre, de algum jeito, a terráquea conseguia o que queria da parte dele. Pouco a pouco aquela garota com um poder de luta de dar inveja a um inseto, foi o quebrando sem precisar mover um músculo, foi fazendo-o esquecer dos seus objetivos, fazendo-o querer ficar, ficar somente com ela. Bulma havia se tornado seu ponto fraco e o saiyajin sabia disso, tanto que decidiu se manter afastado até o dia que pudesse sair de vez da Terra, talvez assim, se livrasse daquela loucura momentânea. Sim, para ele era loucura estar começando a se apaixonar por uma simples humana.

— Vamos! O que está fazendo parado aí? Não seja estraga-prazer. — Vegeta a escutou insistir novamente. Após se vestir viu que aquele traje sim era digno de uma realeza, mas não falaria nada, pois aquela garota terráquea ficaria ainda mais metida do que já era.

♦♦♦

Whis saboreava um prato que ganhara em um planeta vizinho, o gosto não era dos melhores, porém, não podia se dar ao luxo de sair para procurar algo mais apetitoso na vastidão do universo, pois Bills, que dormia há pouco mais de quarenta anos, estava prestes acordar se bem o conhecia. 

Antes do anjo terminar sua refeição foi interrompido pelo o barulho da porta se abrindo. Na sua frente, Bills se encontrava apenas de pijama esfregando os olhos ainda sonolento. 

— Bom dia, senhor Beerus — falou sorrindo. Pela cara de seu discípulo, ele havia saído da cama já com seu habitual mau humor e aparentemente faminto. 

— O que há de bom, Whis? Eu tive um sonho estranho com um ser muito poderoso... Só que agora eu não consigo me lembrar qual era o nome dele. — Bills parecia inquieto — Talvez seja uns dos meus sonhos proféticos. 

— Relaxa, tolinho. Foi só um sonho bobo. Se lembra daquele sonho "profético" — Whis fez aspas com os dedos — do qual você conheceria seu ídolo favorito? — O anjo comentou. 

O gato ranzinza semicerrou os olhos na direção do anjo que mal conseguia segurar o riso. 

— Eu sei. Não precisa me lembrar disso — disse apático — Só que dessa vez eu sinto que é diferente, é como se fosse uma premonição. Quando eu o encontrar quero ver se ainda vai ficar debochando de mim. 

— Meu caro senhor Beerus. Não estou debochando, mas os seus sonhos ultimamente têm sido pouco confiáveis. Aliás, não quer provar um pouquinho de cauda de enguia do planeta M-87? — Whis falava sem dar muita atenção. Basicamente, era sempre a mesma história: Bills acordava de um longo cochilo e lhe contava sobre algum sonho mirabolante. Portanto, o anjo já estava mais do que acostumado com aquele tipo de conversa ao longo dos séculos. 

— Argh, isso fede. Acho melhor eu ir procurar o peixe-oráculo.

Bills rodou o palácio e boa parte do grande jardim ornamentado do lugar à procura do Peixe-óraculo, sem sucesso. O Whis que o acompanhava já pensava em fazê-lo desistir, pois certamente, aquela história não ia dar em nada. Já até imaginava como seria um tormento escutar Beerus resmungar o resto do dia.

Correndo até um pequeno arvoredo, Bills encontrou o minúsculo profeta.

— Me diga, peixe, sobre a profecia que me falou há quarenta anos atrás. 

— Não lembro. — Peixe-oráculo respondeu, pacificamente. 

— Como não lembra! — Bills rosnou.

— Eu avisei — disse Whis.

— Era sobre um ser muito poderoso. Uma divindade eu acho... — O Deus gato insistiu.

— Ah, sim — disse o peixe tremendo de medo — O Deus Super Sayajin, lembrei agora — gargalhou sem jeito. 

— Está vendo, Whis. — Bills sorriu vitorioso — Agora, onde podemos encontrá-lo? 

— Vejamos. — Whis pegou o seu cajado e avistou um pequeno planeta. — Encontrei dois saiyajins na Terra. 

— Terra? Não conheço. Quanto tempo até lá? 

— Vinte minutinhos. — O anjo sibilou. 

— Nossa que longe! O que estamos esperando? Vamos! 

♦♦♦

Bulma se divertia com os amigos, quando sua mãe chegou na companhia de dois seres diferentes. 

— Bulminha, filha. Chegou mais dois convidados. 

— Mas eu não os convidei, mamãe. 

Whis tomou a frente. 

— Deixe que eu me apresente adequadamente. Eu sou Whis e este ao meu lado é o senhor Bills — disse, gentil. 

— Muito prazer, sou Bulma Briefs. Mas posso perguntar o que fazem aqui? 

— Sim, claro. Procuramos um saiyajin. — Bills cutucou de leve o anjo, que se corrigiu. — Um Deus Super Saiyajin. 

— Deus super saiyajin? Nunca ouvi falar, mas tem aquele garotinho ali, ele é um saiyajin. — Bulma direcionou o olhar para Gohan, que agora lhe sorria de boca cheia. 

— Ele não me parece um deus. — Bills falou, decepcionado. 

— Eu avisei, Bills. Não há nenhum Deus. Mas claro, quem usaria um nome desse. Eu, particularmente, achei cafona — comentou de maneira blasé. 

— Tem também o Vegeta, talvez ele conheça quem vocês estão procurando. — disse a jovem Briefs. 

— Vegeta? O príncipe Vegeta? — perguntou Bills. 

— Ele saiu, mas se quiserem podem ficar para esperá-lo. Estamos oferecendo um tea-break, fiquem à vontade. — Bulma sorriu. 

♦♦♦

Vegeta voava há algumas horas, e logo já se aproximava das montanhas, as quais ele sempre realizava seus exercícios de treinamento. De repente, sentiu o corpo se retesar no ar. Um ki assustadoramente poderoso havia surgido do nada e parecia estar no mesmo local que Bulma residia. 

— Vegeta! 

Uma voz soou distante, mas era como se estivesse dentro de sua cabeça. Senhor Kaioh do Norte lhe falara por telepatia. 

— O quê? — Vegeta parecia confuso. 

— Precisa ajudá-los! Bills, o deus da destruição, está na Terra. 

— Não tenho nada a ver com os assuntos dos terráqueos. Pare de falar comigo! 

— Se não fizer nada, ele irá explodir todo o planeta — suplicou Senhor Kaioh. 

— Eu não me importo! Saia da minha mente agora! — Ele vociferou. 

"Eu não me importo?" Vegeta se perguntou por um instante. "Sim, eu não me importo. Esses terráqueos me odeiam, por que eu deveria arriscar a vida por eles? Roubarei a nave de Nappa e fugirei o quanto antes desse planeta". Novamente, aquela sensação de dúvida sobre quem ele estava se tornando o invadia. Desde quando seres fadados a morrer, mediante a suas insignificâncias, mereciam ajuda de um príncipe frio como ele?

Ter retornado a vida tinha lhe causado um efeito colateral. Era como se a mente de Vegeta estivesse dividida em dois lados, um que buscava fazer as coisas certas e o outro que o inclinava a fazer coisas perversas apenas para não demonstrar fraqueza. E era esse lado cruel que o dominava no momento.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ah, não se esqueçam de conferir a playlist da fic e conheçam a música que dá nome ao capítulo! http://bit.ly/2ErakKD



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