Tsuna se senta na borda do céu, vendo as galáxias dançarem debaixo de seus pés. Atrás de si, as construções do passado se erguem em mármore, ouro, pedra, ferro, madeira e papel, imateriais e materiais, se destruindo e se refazendo conforme o passado é lembrado, escrito e apagado.

A sua frente, as estrelas brilham. O futuro é escuro e vazio, com alguns poucos pontos brancos que podem ser sóis ou buracos negros. Não há como saber  e isso faz Tsuna sorrir.

Ele está no meio deles, entre o Passado e o Futuro, na única estação concreta daquele universo de caos. O seu mundo é pequeno, não tão grandioso quanto o de seus colegas e há apenas uma árvore para lhe fazer companhia e lhe proporcionar segurança. Mas ela faz seu trabalho bem, protegendo-o com seus galhos grossos e fortes, e sussurrando-lhe histórias e verdades dos mais variados tipos, abrindo o mundo a seus olhos.

Tsuna gosta de seu tempo nas beiradas do universo, embora raros e finitos, eles alegram os momentos na Terra. Curam as feridas e limpam as lágrimas trazidas por uma vida como Dame-Tsuna, o garoto inútil que não consegue fazer nada.

Porque aqui, neste mundo tão irreal e real ao mesmo tempo, ele não é Dame-Tsuna, ele não é nem mesmo Sawada Tsunayoshi. Aqui, neste raro e infinitamente finito momento, ele é o Presente e tudo que importa é o Agora.