Nossa última chance - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Boa noite e boa leitura meus amores ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754768/chapter/38

— Você vai é pra cadeia!! - falou sem medo e de onde Maria estava saiu e se agarrou a Victória em desespero. - Some por um mês e acha que pode chegar assim e levar a minha filha?

— Não só posso como vou. - olhou para a filha e depois voltou seus olhos a ele. - Eu estava em uma operação com meu marido e por isso não dei maiores explicações, se aquelas pessoas descobrissem que eu tinha uma filha iriam vir atrás dela e eu não precisava de mais um problema, mas você é um desgraçado e estragou tudo!!! - o empurrou.

— Pouco me importa o que seja que esteja fazendo!!! O que importa pra mim no momento é a segurança da minha filha e ela não vai com você!! - virou pra ir até sua menina. - Se tanto a quer com você vá a policia. - riu com sarcasmo.

Cristina odiava perder o controle da situação e respirando pesado ela pegou a arma apontando para ele. Victória se desesperou e Maria gritou.

— Cuidado papai!!!

E ele só teve tempo de virar e sentir o impacto contra si e os gritos de desespero foram ouvidos... Maria correu para o pai sem medo assim como Victória que respirava pesado, abaixaram e Cristina foi segurada por dois homens que avançaram nela para impedir que mais tragédia acontecesse.

— Meu amor... - Victória estava em completo desespero e ele a olhou.

— Está tudo bem. - segurava o braço. - Foi de raspão. - sentou com a ajuda dela e olhou a filha. - Meu amor, você está bem? - a trouxe para seus braços.

— Papai... - foi o único que consegui dizer e o agarrou ainda mais forte deixando suas lágrimas rolarem.

— Eu estou bem!!! - beijou seu cabelo e olhou Cristina a frente.

— Maldito!!! - começou a chorar sabendo que estava mais que encrencada com o tiro. - Isso não vai ficar assim!!! - gritava se debatendo.

Ele nada disse apenas tratou de acalmar tanto a Victória quando a Maria que não desgrudou dele. A polícia logo chegou e ela foi levada em Custódia. Frederico foi para o hospital e ao chegar lá pediu que também examinassem Maria e Victória, ela não foi contra já que sentia um desconforto terrível no pé da barriga.

Victória contou ao médico todo o nervoso que passou e ela levou uma bronca, já que sabia que não podia e que sua gravidez ainda era de risco. Ela apenas aceitou tudo que ele disse e depois de ouvir o coração de seus bebês foi medicada e aguardou por Frederico e Maria que logo entrou no quarto indo a cama e deitando em seus braços.

— Você esta bem, meu amor? - beijou seus cabelos.

— Eu estou... - suspirou e acariciou a barriga dela. - Você está bem? Os bebês? - estava preocupada e a olhou.

— Estamos sim!! - tocou o rosto dela que ainda estava vermelho. - Foi só um susto e já vamos pra casa. - falou cuidadosa e ela sentou na cama.

— O que vai acontecer com minha mãe? - abaixou o olhar e Victória segurou em sua mão.

— Provavelmente ela irá ficar presa por um tempo. - não queria que ela sofresse ainda mais. - Mas não se preocupe que no final tudo vai dar certo!!! - a puxou novamente para seus braços. - Você está segura agora e ela não vai fazer mal algum a você.

— Ela nunca tinha me batido... - começou a chorar. - Eu fiquei com tanto medo...

— Já passou meu amor!!! - olhou Frederico entrar pela porta. - Vamos todos para casa e ficaremos bem.

— Sim... - se apertou mais a ela com cuidado.

Victória chamou seu amor e Frederico caminhou até elas, estava com uma tipoia no braço e tinha levado alguns pontos, mas dava graças a Deus por não ser nada mais grave. Frederico beijou a boca de seu amor e os cabelos de sua menina, estava de alta e elas também, só precisava que o médico viesse para tirar o soro de Victória.

— Você está bem? - ela o olhou todo conferindo se estava mesmo bem.

— Estou sim!!! - sorriu e deu mais uns quantos selinhos nela e logo acariciou sua barriga. - Está tudo certo por aqui?

— Sim, foi só o nervoso... - deu um meio sorriso. - Eu os ouvi e eles estão bem!!!

Ele sorriu empolgado e ao mesmo tempo com uma pontada de ciúmes por não ter ouvido os filhos.

— Os ouviu sozinha? - falou como se estivesse bravo. - Isso está errado!!!

Ela começou a rir.

— Veja Maria como seu pai é. - Maria os olhava. - Um ciumento que nem num momento como esse deixa de me atentar!!! - estava já mais calma e levava um sorriso no rosto.

Era falar dos filhos e tudo melhorava para todos, Maria sorriu com eles e ficaram ali conversando por mais um tempo. Logo a enfermeira veio e Victória foi liberada, passaram em uma lanchonete e ela comprou lanche para todos, estava faminta e Maria também, nem esperaram chegar em casa para comer tudo.

Frederico ria e mordia dos das duas sabendo que quando chegasse em casa teria que dividir o seu com os quatro que eram um bando de fominha. Maria e Max já estavam em casa quando eles chegaram, Victória achou melhor não dar grandes detalhes a eles que sentaram para comer e como previsto foi uma bagunça só e eles riram muito distraindo Maria.

Quando tiveram um tempo a sós, Frederico ligou para o advogado e se informou sobre o caso de Cristina, não seria nada fácil mais ela pagaria pelo que tinha feito. Frederico sabia que seria difícil para a filha, mas Cristina se mostrava perigosa e ele tinha medo por ela e por sua família, aquele tiro no braço era somente uma amostra do quanto ela estava perturbada e precisava de ajuda.

Depois de desligar o telefone ele foi até seu amor e sentou com ela colocando a cabeça em suas pernas, eles se olharam e ela o tocou no rosto não podia mais imaginar sua vida sem  ele. Tinha vivido tantas coisas em tão pouco tem que Frederico chegar a sua vida tinha sido uma luz no fim do túnel. Um recém divórcio e ela não imaginou poder amar novamente, mas ali estava ela rendida aos encantos de Frederico.

— Eu te amo!!!

Ele sorriu e abaixou beijando seus lábios mais sentiu dor e voltou a sua posição, ela com dificuldade sentou e ficou ao lado dele.

— Eu também te amo. - falou rindo.

— Me desculpe amor. - tocou o braço dele. - Acho melhor a gente descansar um pouco!!!

— Amor, me beija que a dor passa e eu vou ficar novinho. - falou safado. - É só meu braço que está doendo, o resto do corpo a gente pode usar. - gargalhou e ela junto a ele.

Victória foi para o colo dele e com cuidado sentou o beijando na boca, era tão bom estar ali em seus lábios que quando o beijo se iniciava e suas línguas se encontraram eles não queriam mais deixar de se beijar. Ela ofegou sentindo o corpo pegar fogo e as mãos dele em carícias por seu corpo a deixava ainda mais quente e ela o soltou.

— Amor, não podemos... - as bochechas já estavam vermelhas. - O médico disse que pelo menos hoje eu deveria ficar quieta. - acariciava o rosto dele dando leves beijinhos.

— Esse médico só me fode!!! - falou passando as mãos no cabelo. - Vamos pelo menos tomar um banho juntos então?

Ela riu do jeito dele e o beijou mais um pouco antes deles levantarem e irem para o quarto. Os filhos estavam vendo filme e eles aproveitaram para ter um momento de silêncio e carícias, apenas os dois e o amor que sentiam um pelo outro...

(...)

MESES DEPOIS...

Cristina foi julgada e condenada a cinco anos de prisão, os advogados dela eram bons mais não o suficiente para livrá-la da cadeia, ela não gostou nada do resultado, mas ali estaria segura por um tempo enquanto o marido resolvia suas vidas. A guarda de Maria foi definitivamente para Frederico que então conseguiu respirar mais aliviado sabendo que ela estava pagando pelo que fez e sua menina estava segura a seu lado.

A vida entre eles estava seguindo maravilhosamente bem, Victória com sua enorme barriga quase não saia mais de casa já que aos seis meses quase sofreu um aborto e o médico a proibiu de tudo para que conseguissem chegar até o fim da gravidez. Ela estava apavorada nos primeiros meses, mas logo se adaptou a nova rotina e sorria percebendo o quanto os filhos lutavam para vir ao mundo.

Ela tinha tudo ali em suas mãos e mesmo com algumas dificuldades e limitações seguiam sim felizes e juntos que era o que mais importava para eles. Frederico se dividia entre a vida no campo e a cidade, já que Victória precisava de acompanhamento semanal. Tinha dia mais puxado que o outro, mas ao chegar em casa e receber todos os sorrisos de seus amores o fazia ter energia para continuar aquela jornada dupla.

Naquela manhã, Victória despertou sentindo seu corpo todo doer faltava apenas três semanas para que os bebês chegassem e a casa estava em festa. Com muito custo ela conseguiu se levantar, mas a dor foi tão aguda que ela berrou se apoiando no móvel fazendo com que Frederico viesse correndo do banheiro.

— O que foi? - estava pelado e todo molhado.

— Em outro momento essa seria a melhor visão. - falou sofrendo, mas não pode deixar de comentar.

Ele se aproximou dela e nem se quer sorriu preocupado com o grito de seu amor.

— Eu estava no banho...

— Precisamos ir ao hospital... - falou o cortando.

— Tudo bem. - a sentou na cama. - Eu vou me vestir rapidinho.

Ela assentiu e tocou a barriga acariciando enquanto respirava fundo, Frederico não demorou nada a se vestir e voltou a seu amor. Com calma os dois saíram do quarto e desceram, saíram de casa e o motorista os levou para o hospital. Victória sentia como se facas a rasgassem por dentro e o motorista chegou o mais rápido possível.

Ela foi levada assim que chegaram no hospital o médico já a esperava e eles entraram juntos, ela sentia que não era algo bom e não deixou de segurar a mão de Frederico um minuto se quer. O médico começou os exames e depois de um longo silêncio olhando o aparelho de ultrassom ele disse:

— Precisamos tirar seus bebês dai. - os olhou. - Não podemos mais arriscar.

Victória no mesmo momento começou a chorar e olhou para Frederico que beijou seus cabelos e logo olhou o médico.

— Tem algum risco? - a garganta estava seca.

— Se eles continuarem aí dentro sim!!! - foi direto.

— Não está na hora. - ela falou com medo.

— Victória, falta apenas três semanas, um deles está com os batimentos fracos e...

— Nós estamos preparados. - Frederico o cortou não querendo mais ouvir. - Meu amor, está na hora. - beijou seus lábios. - Eu não vou te deixar um minuto se quer.

— Eu estou com medo... - soluçou e ele a abraçou com cuidado.

— Vai dar tudo certo e eles precisam de nós dois com urgência. - falou com um sorriso e tentando deixar o momento mais leve. - Só isso explica a pressa.

Ela respirou fundo e o médico já falava com sua equipe para preparar tudo. Victória segurava a mão de Frederico com força e somente soltou quanto ele teve que ir se vestir e ela foi levada para a sala de parto. Tudo preparado para uma cesariana, ela ainda se mantinha presa na mão de Frederico que acariciava seu rosto a todo o momento secando suas lágrimas.

Foram apenas minutos e o primeiro choro foi ouvido os deixando afobada e ao mesmo tempo emocionada. Frederico queria gritar, mas se controlou para esperar o segundo choro que veio dois minutos depois, um pouco mais fraco mais mostrando que era cheio de vida. O médico sorriu e disse:

— Parabéns Victória e a novidade é que não são dois meninos e sim uma menina e um menino. - sorriu mais ainda. - Pelo jeito estávamos vendo sempre o herdeiro.

Frederico soltou uma gargalhada sem se conter ela deixou mais lágrimas rolar por seu rosto.

— Eu quero vê-los. - queria a certeza que eles estavam mesmo bem.

— Só um minuto e você irá conhecer os dois. - falou todo apaixonado por sua profissão e logo voltou ao procedimento para finalizar.

Frederico olhou seu amor e a beijou na boca por várias vezes e ela o retribuiu sem conseguir parar de chorar. As enfermeiras vieram uma de cada lado e Frederico se afastou para ver melhor os filhos e sem conseguir se conter chorou assim como os bebês que já queriam o que eram de direito, as enfermeiras aproximaram os dois e Victória os beijou muito sendo reconhecida por eles.

— Oi meus amores. - eram tão perfeitos. - Minha Laura. - olhava sua menina encantada e depois olhou para Frederico. - Já escolheu o nome dele?

Frederico o pegou nos braços e o beijou com todo amor do mundo e sorriu.

— Bernardo Sandoval Rivero. - falou com orgulho e olhou sua menina. - Oi minha pequena Laura.

Os olhos da pequena foram direto para ele que sorriu e nada mais precisou ser dito... Só o amor foi sentido de todos os modos...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossa última chance - Tekila" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.