Nossa última chance - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 32
Capítulo 32




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— Estou aqui para te dizer que tenho uma proposta para você! - ele continuou a encará-la. - Quero que aceite ver Maria duas vezes por ano nas ferias da escola e assim você não precisa mover processo algum e eu continuarei morta para essa cidade medíocre. - o encarava altiva e dona da verdade.

Frederico respirou fundo e colocou as mãos no bolso.

— O que te faz acreditar que vou aceitar essa proposta absurda?

— O direito de ter sua filha a seu lado ou novamente ficar sem ela! - ficou de pé. - É pegar ou largar! - e eles ficaram se encarando...

Victória não podia acreditar no que estava ouvindo de Cristina, não podia ser verdade que ela estava usando sua folha pra chantagear Frederico, ela sabia que ele fraquejaria já que filhos era seu ponto fraco e ela levantou quando ele ia falar e tomou a frente.

— Você acha mesmo que pode entrar dentro de minha casa e exigir alguma coisa a meu marido? E pior ainda o ameaçar com a sua filha? Você não tem vergonha nessa sua cara não? - A voz era baixa mais de um poder que somente Victória sabia usar. - Ele não vai "pegar" essa sua proposta! - falou com deboche.

Cristina a encarou sentindo seu corpo todo retesar a mulher estava a peitando e pagando pra ver do que ela era capaz e ali naquele momento entendeu que qualquer negócio que fosse tratar ali seria diretamente com a grande Victória Sandoval e ela sorriu.

— Vejo que aqui quem veste as calças é você! - sorriu mais ainda aquilo era um tiro para o ego de Frederico e ela o conhecia muito bem ou achava que o conhecia. - Então é com você que tenho que negociar!

Victória sentiu vontade de vomitar, a mulher tinha um deboche na voz que a irritava de tal forma que em outro momento arrancaria aquele deboche no tapa, mas era o momento de ganhar aquela "guerra" com palavras e ela deu dois passos para frente e parou ao lado de seu amor.

— Aqui não a o que negociar, Cristina! - a olhou dentro dos olhos. - Sua filha não é um animal negociável, podemos tratar da melhor maneira e que seja justo para todos nós, Frederico passou dez anos sem a menina e você quer vir aqui e impor a ele que veja a menina somente duas vezes no ano? - negou com a cabeça. - Você pode estar morta em todos os cantos, mas se ousar ameaçar a Frederico ou meus filhos eu mesma vou fazer questão de te deixar bem viva pra acabar com sua raça.

Não estava brincando com suas palavras e se Cristina tinha ido ali com a intensão de coagir a Frederico, ela iria voltar com o "rabo" entre as pernas. Ali ela não era nada e se ela queria guerra ela teria porque Victória não iria deixar que ela saísse por cima ainda mais se tratando do bem estar de uma criança.

— Aqui quem faz as regras somos nós e não vocês! - quase nem piscava a encarando. - Agora vamos sentar e conversar sobre a pequena por que o que você quer não presta para nós e Frederico já passou tempo de mais sem ela. - cruzou os braços. - Então o que vai ser?

Cristina era tão debochada que sorriu mais ainda, gostava de pessoas assim como Victória que tinha fibra e peito para impor a sua vontade assim como ela, era um diabo em pessoa e sabia que se ela quisesse também Seria e era mesmo melhor tê-la como aliada do que como inimiga. Sentou ao lado de seu marido novamente e Victória sorriu sentando também, puxou Frederico e ele sentou ao lado dela com um sorriso tinha tanto orgulho de seu amor.

Por mais de quarenta minutos eles ficaram ali discutindo os termos e a divisão de tempo com Maria, Frederico algumas vezes se alterou, mas Victória o controlou porque com grito nada iria se resolver e por fim eles se despediram e Cristina se foi com seu marido. Victória olhou para Frederico e o abraçou deitando sua cabeça em seu peito e respirou profundo sentindo o coração dele acelerado.

— Você acha que ela vai me aceitar? - falou num suspiro e ela sorriu.

— Meu amor, você é o melhor pai do mundo e amanhã quando ela chegar vamos saber se ela vai gostar de você ou não. - o olhou nos olhos cheia de amor. - Você vai acertar com ela também e vamos aproveitar muito essa semana dela aqui com a gente e mostrar a ela o que é ser uma família.

Ele sorriu e tocou o rosto dela cheio de amor e a beijou com gosto, Victória o retribuiu segurando seu corpo bem junto ao dela, não podiam fazer amor, mas seus corpos pediam por aquela comemoração e ela o soltou ou não resistiriam e sorriram em um cumplicidade. Maria desceu as escadas e os abraçou toda curiosa.

— A gente tem uma irmã e vai ficar com a gente uma semana? - falou mostrando que tinha ouvido a conversa.

— Ouvindo a conversa de adulto? - Victória a encarou.

— Mãe, vocês adultos nunca querem contar nada pra gente, então eu ouvi sim! - nunca mentia e eles mesmo não querendo riram.

— Isso é feio e não quero mais que faça ou vai ficar de castigo. - Victória a corrigiu. - A coisas que crianças não devem saber e não quero mais que faça isso! - Maria nem piscava olhando a mãe. - Nunca mentimos para vocês e quando for pra contar a gente vai chamar vocês e contar!

Maria suspirou e piscou algumas vezes.

— Me desculpe, mamãe, eu não vou mais fazer, mas eu estava muito ansiosa! - Frederico a pegou no colo. - Eu só queria saber quem era essa tal de menina que tem meu nome!

Frederico riu alto sabia que a filha era bem ciumenta e seria difícil para que ela aceitasse uma irmã.

— Minha filha, você vai se acostumar! - ele caminhou para subir e Victória o acompanhou. - Todo mundo dessa casa vai acostumar com ela!

— Eu não sei não em pai! - deitou toda manhosa no ombro dele. - Eu não gosto de dividir, só com Max!

Eles riram e entraram no quarto e Max veio tô lindo e sentou no colo da mãe e eles contaram de Maria o que não foi bem recebido pelos dois e depois de muita conversa eles foram colocaram os dois para dormir e foram para o quarto. Frederico e Victória aproveitaram o banho para namorar e logo estavam dormindo um nos braços do outro...

(...)

MANHÃ SEGUINTE...

Como combinado as dez da manhã a campainha tocou e Frederico como já andava ali pela porta correu para abrir, mas respirou não poderia mostrar tanta ansiedade e depois de alguns segundos abriu a porta e olhou a pequena ali com olhos tão vivos quantos os de Cristina.

Maria estava assustada e quando o viu virou para a mãe de imediato e chorando gritou.

— Eu não quero ficar aqui com esse homem, eu quero o meu pai, o meu pai! - gritou e Frederico sentiu seu coração partir a olhando chorar e gritar aquelas palavras.

Era uma nova batalha a se vencer e ele conseguiria porque era pai e o amor sempre vence...


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