Nossa última chance - Tekila escrita por Débora Silva


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

"É mais frequente conhecer as pessoas corajosas nas pequenas coisas do que nas grandes."



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Victória arregalou os olhos com a audácia dele e pegou sua camisa tapando os seios e naquele momento as crianças entraram no quarto.

— O que é isso, mãe? - perguntou a vendo daquele modo.

Maria analisou a cara de Victória e depois olhou o pai e disse com toda a certeza que tinha dentro dela.

— Você a atacou, pai?

Victória não entendeu aquela pergunta e olhou novamente para ele e esperou uma resposta para aquela pergunta que tinha um peso enorme, como assim ele atacava mulheres? Frederico a olhou e depois olhou a filha dizendo...

— O que é isso, Maria?

— É pai, ataca ela como ataca as outras que eu bem vejo o senhor dizendo: - Eu vou comer você hoje! - falou se esquecendo que estava frente a uma estranha.

Victória o olhou e quis rir isso queria dizer que o homem era um "comedor". Frederico suspirou por mais que tomasse cuidado com ela a filha sempre estava ali atenta e ouvindo o que não podia.

— Eu já falei pra você não ficar ouvindo atrás das portas! - olhava firme pra ela. - Eu não a ataquei, minha filha.

— É seu pai não me atacou! - sorriu.

— Mas porque está sem blusa mãe? - Max chegou perto dela porque queria defender a mãe daquele homem.

— Meu amor, mamãe estava apenas trocando a roupa molhada e esse senhor entrou eu nem vi que a porta estava aberta o erro foi meu. - ela olhou Frederico. - Me desculpe!

— Tudo bem! - sorriu safado ela tinha seios lindos. - Eu deveria ter batido também, mas estava com as mãos ocupadas!

Max olhou desconfiado para Frederico e se emproou todo como um pavão e disse apontando o dedo:

— Não entre mais no quarto da minha mãe assim, ela é uma dama e merece respeito de nos homens! - Vick sorriu do filho toda orgulhosa.

Frederico queria rir mais não fez estava tomando um esporro de uma criança e era até engraçado o jeito dele falar.

— Me desculpe rapaz, não vou mais fazer!

— Eu te desculpo dessa vez!

Frederico sorriu e com apenas um aceno de cabeça saiu do quarto junto a filha e Max foi até a porta e fechou voltando a olhar a mãe dizendo apenas com o olhar que não tinha gostado da cena que presenciou. Victória suspirou e o olhou.

— Mamãe, só ia tomar banho meu filho! - falou com calma.

— Eu não gosto que outro homem te olhe! - falou logo. - Só meu pai pode ainda!

Victória foi até ele e abaixou ainda tapando os seios e disse:

— Nem seu pai e nem ninguém vai me olhar porque eu não quero que me olhem! - foi firme. - Não foi porque ele quis apenas um acidente porque a porta estava aberta!

Max suspirou com aquela declaração.

— Tudo bem mãe!

Victória o puxou e o beijou muito depois foi para o banheiro enquanto ele subia na cama e deitava para ver alguma coisa na televisão e Victória iniciou seu banho e demorou mais que o normal e ali recordou de uma das muitas brigas que teve com seu marido.

Inicio da lembrança...

Victória estava no meio de um evento beneficente quando viu seu marido ao longe conversando com uma mulher loira e bem provocativa ela não gostou nada os dois riam de algo que ele dizia a ela e na primeira oportunidade ela se aproximou era seu marido e não iria permitir que ele ficasse tocando braço e mão de outra em sua frente e ainda mais com todas aquelas pessoas ali.

— Atrapalho? - ele a olhou e cessou o sorriso.

— Estamos conversando! - disse sem se importar que estava dando mais importância a uma estranha que a ela. - Já acabou seu evento? - sorveu de seu copo.

— Ainda não, mas eu posso conversar com você um minuto? - olhou a mulher de cima a baixo com desdém.

Ele suspirou.

— Eu já volto!

Victória não acreditou no que estava ouvindo dele e saiu na frente caminhando para sua sala e ele no meio do caminho a pegou e a prensou contra a parede.

— Me solta! - se debateu.

— O que foi? Vai ficar fazendo cena?

Ela rosnou de ódio se debatendo para se soltar e ele a fez entrar em uma das salas abertas e a soltou.

— Você me deve respeito! - quase gritou. - Eu sou sua esposa não vou admitir que fique cortejando outra mulher na minha frente. - estava puta de brava.

Ele riu na cara dela.

— Você é uma idiota porque não vai curtir seu sucesso e me deixa em paz!

Victória sentiu suas mãos tremerem e sem pensar avançou nele sentando tapa e um pegou em seu rosto que o deixou tão furioso que ele revidou ali foi só a primeira vez que ele bateu nela...

Fim da lembrança...

Victória se deixou chorar a vida tinha cobrado um preço alto naquele casamento e ela nunca mais queria em hipótese alguma passar pelo menos e tinha decretado nunca mais amar um homem como um dia amou seu marido um amor que deixa marcas tão profunda que deixa de ser amor e cuidado para serem manchas, angustias e medo de ter que sempre se preocupar quando viria o próximo tapa.

[...]

A noite chegou e com ela um jantar onde somente as crianças conversavam e se conheciam ainda mais estavam tão ligados um no outro que poderia se dizer que se conheciam de uma vida toda e Victória gostava daquela proximidade, pois seu menino era tão solitário quase não tinha ninguém como amigo na escola e isso a preocupava um pouco, mas com Maria era diferente ele estava solto e tão leve que enquanto comia ela sorria com a conversa dos dois.

Frederico também observava os dois e vez ou outra olhava Victória sorrir queria decifrar aquela mulher linda e de olhar tão distante, ele era um garanhão e ter uma égua de tão boa qualidade ali em seu pasto o deixava todo cheio de imaginação. Quando o jantar terminou, eles colocaram as crianças para dormir e ao saírem juntos do quarto a luz acabou e ela se assustou não gostava de escuro e a chuva ainda estava forte lá fora.

— Meu Deus! - falou apreensiva.

— É a senhora não deu sorte mesmo, até ontem fazia um sol de queimar "coco"!

— Eu nunca tive muita sorte na vida então isso não faz diferença! - deu de ombros.

Estava escuro, mas ele ainda conseguia ver a silhueta dela e se aproximou um pouco mais.

— A senhora quer tomar um vinho? Tem cara de quem não dorme cedo e como estamos sem energia e esse tempo de frio um bom vinho ajuda a esquentar e esquecer um pouco das coisas! - ele falou todo educado com ela sem a rudez de sempre.

Victória pensou por alguns segundos e resolveu aceitar a tempos não tinha um momento assim de tranquilidade como estava sentindo naquele momento.

— Tudo bem!

Frederico deu o braço a ela para que andasse junto a ele naquela casa escura e desceram para o andar de baixo e ele parou na sala.

— Fique aqui que vou até a adega pegar o vinho!

Um clarão se formou e ela sentiu o coração disparar e disse:

— Eu vou junto!

Ele sorriu sentindo o medo dela.

— Tudo bem!

Frederico voltou a estar ao lado dela e eles foram até a adega e entraram com um pequeno lampião que ele pegou para que clareasse o caminho e ele a deixou parada ali e buscou um bom vinho para eles e foi quando ouviu a porta bater.

— A porta bateu? - ele disse de uma das fileiras.

— Sim! - ela o respondeu cheia de medo.

— Puta merda! - ele falou e ela arregalou os olhos.

— O que foi? - sentia o coração bater ainda forte e o viu passar por ela dizendo.

— Essa porta só abre com chave!

Victória quase caiu na escada indo atrás dele.

— Não podemos ficar presos aqui! - falou com desespero e ele apenas suspirou com o jeito dela...


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