Avatar: A lenda de Mira - Livro 4 - Fogo escrita por Sah


Capítulo 22
Uma história passada




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Riku

 Eu ouvi quando ela falou com Zunder. Eu não deveria ter ficado tão surpreso quando ela saiu escondido. Eu tentei me forçar a ficar acordado, mas no fim eu dormi por duas horas. E quando eu acordei ela não estava lá.

Se eu fiquei chateado? Pessoas normais ficam chateadas, eu fico com raiva. Uma raiva muito menos intensa que o de costume, mas ainda assim raiva. Eu não preciso mais contar até 10 para esse sentimento de dissipar. Até 5 basta. Isso é uma grande evolução para mim. Eu conto devagar e me levanto. A porta está fechada. Isso é óbvio. Mas, isso não é o suficiente para me impedir.

Eu toco a maçaneta de metal e a forço. Ela é feita de um metal muito vagabundo. Assim que eu esquento a minha mão ela se deforma. Eu aumento cada vez mais. Chegando perto do meu limite. O cheiro de ferro fundido começa a ficar evidente. Assim eu paro.  Com um chute eu consigo abri-la. Não tem ninguém me vigiando. Isso é decepcionante. Seria bom sair daqui a força.

Mesmo com essa raiva, eu ainda me preocupo com ela. Muito mais do que um dia eu me preocupei com alguém. Ela não está bem. E eu acho que isso está afetando sua capacidade de julgamento, pelo menos é o que eu espero. 

Quando ela desmaiou na minha frente, eu senti um sensação de desespero que eu nunca senti antes. Eu congelei, não consegui ajuda-la. E esse sentimento de culpa também permeia os meus sentidos.

Eu ando por aquele corredores vazios procurando qualquer um. Qualquer pessoa que eu possa forçar a me falar aonde ela está.  Eu ouço passos vindo a minha direção. Eu me preparo. Estou pronto para ir contra qualquer um. Porém os guardas que passam não reparam muito em mim. Eles olham para mim e me cumprimentam com um toque no quepe.  Eu olho para as minha roupas. Ainda uso as roupas velhas e encardidas da polícia. E isso parece ser suficiente para um disfarce.  É o destino me impedindo de lutar, só pode ser isso.

Sair daquele prédio foi fácil, tão fácil que eu sai pela porta da frente. O problema foi quando eu percebi que eu não sabia para aonde ir.

Eu preciso encontrar alguém que saiba para onde ela foi. E apenas um pessoa me vem a  cabeça. Zunder.

Entrar de novo no prédio foi mais difícil do que sair.

— Eu preciso falar com o Zunder. – Eu disse para uma mulher que ficava no balcão da entrada. Porém ela me ignorou.

— Se quiser falar com o general mande um oficio da sua delegacia.

Ela ainda acha que sou um policial.

— Eu estava ai. Você me viu entrar e sair.

Ela me encarou.

— Não me lembro de você.

Eu suspirei e tentei contar.

—- Você vai chamar aquele cara agora. Se não...

— Se não o que? Você quer que eu chame a segurança?

Minhas pontas dos dedos entraram em combustão.

— Você não tem ideia de como eu quero que você faça isso. Pode chamar. Eu vou queimar tudo.

Ela não me levou a sério. Porém um soldado  que passava no momento parou para nos escutar se aproximou de mim.

— Sabe o que vai acontecer se você explodir aqui? Você não só vai preso. Eles vão te levar para um laboratório. Aonde vão te testar e te matar lentamente. Você acha que eles não sabem como lidar com dobradores de fogo?  Eles são especialista nisso.

Ouvir ele dizer aqui me fez parar. Eu o encarei e não o reconheci imediatamente.

— Quem é você?

— Me encontre lá fora. Em 15 minutos.

Foi o suficiente para me fazer esperar.

Ele claramente usava um uniforme de alta patente, porém seu rosto não dizia o mesmo.

— Você roubou esse uniforme? Você não é um soldado de verdade.

Ele levou um dedo a boca.

— Shii! As pessoas podem acreditar no que você diz. É difícil de acreditar que sou um soldado?

Olhando para a sua fisionomia feliz e relaxada. Muito diferente de todos os outros soldados que eu já vi.

— Sim.

— Isso me magoa. Mas, sim. Eu sou um soldado.

Ele me deixava desconfiado. Só que naquele momento. Eu tinha que me controlar.

— Eu preciso ver Zunder. Eu preciso encontrar a Mira.

— Podemos conversar sobre isso em outro lugar?

Eu não tive escolho a não ser a segui-lo. Entramos em uma espécie de restaurante, que estava caindo aos pedaços. Sentei em uma cadeira bamba.

— Não se se você percebeu que as coisas não andam muito bem aqui na União.

— Isso não me interessa. 

— Mas, deveria. Seu futuro e de sua amiga dependem disso.

Tive que me forçar a escutar o que ele tinha para dizer.

— Você sabe que cada região aqui nesse país tem a sua própria soberania. Porém , apesar disso cada uma tem o dever de seguir uma cartilha de governo, que todas estão abaixo do exército, e por ventura do Marechal.  O que eu vou te falar é um segredo de Estado. Se souberem que eu te disse isso, é meu pescoço que está em jogo.

— Então por que você irá me dizer?

— Por que você é uma das fagulhas que precisamos para tudo explodir e vir a tona.

Ele se ajeitou e pediu a uma mulher um copo de água quente.

— Você quer alguma coisa?

Eu apenas neguei com a cabeça.

— Zunder só quer a sua amiga por que ela irá ajuda-lo a provar que ainda é o Avatar. Parece estranho, mas a notícia que o Avatar Haru voltou não chegou á muitos lugares.  Zunder precisa dessa prova de poder para fazer o máximo possível de governadores ficarem ao seu lado. Já que poucos sabem da morte do Marechal, quando essa notícia vir a tona ele precisa estar preparado para enfrentar ás varias facções que existem no exército e que  brigarão por sua liderança. Já que por causa da quase guerra com Republic City, ele perdeu muita força e influência.

Tudo isso era confuso demais. E eu não me importava com nada disso.

— Ele levou sua amiga para a casa do líder dos dragões vermelhos.  Uma das famílias que fizeram esse país ser o que é hoje. Ele está atrás do apoio deles. 

Parece que finalmente ele disse uma coisa importante.

— E aonde fica essa casa ?

— Não se preocupe. Terei o prazer de te levar lá. 

Seu sorriso não desapareceu por nenhum momento. Está claro para mim que ele pertence à uma dessas outras facções.  Mas, quem se importa?

Suni

Meus nervos estavam a flor da pele. Como havíamos chegado nisso? No nosso desespero para encontrar a Mira havíamos sido parados por um pequeno esquadrão militar. Eles estavam analisando nossos documentos, quando notaram que eles não eram verdadeiros.

— Isso deve ser algum erro. – Sina tentou conversar.

Nós podíamos ter tentando fugir. Mas, com tudo o que aconteceu eu não estava muito confiante. Pelo menos se tivéssemos sendo levados para a capital. Porém eu só nos sentia afastar cada vez mais.

Já sem esperanças. Alguma coisa aconteceu no caminho. O caminhão que estava nos levando foi atacado.

Só ouvíamos os gritos e barulhos de pancadas. Um cheiro de pólvora nos atingiu. Eu não sei o que estava acontecendo mas, eu não sei se eu tinha forças para me defender. Desde ontem eu não conseguia mais sentir o metal. Era como se eu nunca tivesse o dobrado. Eu ainda sentia pequenas vibrações nos meus pés. Só que nada parecido com o que era antes.

Quando a porta se abriu eu vi pessoas muito diferentes do que eu havia imaginado. Eram em sua maioria mulheres e crianças.

Um garoto bem  menor que a gente nos olhou bem.

— São eles? – Uma mulher  perguntou a ele

— Acho que sim. Com certeza é ela. – Ele apontou para mim.

— Você conhece essa gente? – Meelo perguntou.

Eu apenas neguei com a cabeça.

Nós saímos do caminhão e vimos que os soldados que haviam nos pego estavam caídos no chão. Será que eles estavam mortos? Isso me deixou mais aflita.

— Não se preocupe.  Estão apenas feridos.

Isso era estranho. Quem eram essas pessoas? Como elas me conheciam?  Eles estavam armados e amarraram os soldados um contra o outro.

— Isso não está certo. Quem são vocês? O que querem? – Sina teve coragem de perguntar.

— Não se precipite, senhor mensageiro. Estamos aqui para ajuda-los. Pelo menos por enquanto. Estamos tão curiosos  quanto vocês. O que três cidadãos de Republic City fazem aqui? – Falou o garoto.

Eles sabiam muito mais do que deveriam.

— Se vocês sabem quem somos. Sabem também o que podemos fazer. – Sina os ameaçou.

— Eu falei para não se precipitarem. É difícil esconder alguma coisa da nossa rede de pessoas. Assim que vocês chegaram já tivemos nosso primeiro contato. Não se lembra? Dobradora de Terra?

Me lembrar?  Sim. Eu me lembrava.

— O mãos leves?!  O garoto que havia tentando em vão me roubar! Não se lembram? Eu falei para você Meelo. Como era mesmo o seu nome. Azar?

— Azari! – Ele falou irritado.

— Isso! Era isso mesmo. Como você me encontrou aqui?

— Eu disse que temos uma rede de pessoas. Foi fácil descobrir coisas sobre vocês. Vocês não são nada discretos. Sorte de vocês que esse governo é tão cego como uma porta.  

Eu me sentia aliviada ao vê-lo. Ele me passava uma segurança estranha. Como aquele garotinho podia ter articulado tudo isso? Mas,  o que eles queria conosco?

— Mas, o que vocês querem? – Foi Meelo que perguntou, antes que eu mesma falasse.

— Bem. Coisas interessantes estão prestes a acontecer.  E vocês estão no centro delas.  Só queremos estar perto o suficiente para nos aproveitarmos disso.

Ela falava como um adulto. Suas intenções eram claras e sombrias.

Seja como for eles nos libertaram e nos ajudaram. E por causa deles estávamos em direção a capital.

Mira

Eu me levantei rápido. Eu precisava ir embora.

—Aonde você está indo?  Meilin perguntou.

— Embora. Eu tenho coisas para fazer.

— Mas, você não pode. Papai teve que fazer muitas coisa para que você continuasse aqui.

— Eu tenho problemas para resolver.  

— Parece que você não está entendendo. Você não precisa mais se preocupar. Papai vai resolver tudo.

Ver ela fala como uma menininha mimada me encheu a paciência.   Eu a ignorei totalmente e me levantei. Procurei uma saída naquele quarto e vi que a porta estava trancada.

— Espero que eu não seja uma prisioneira nesse lugar.

— Você não é. Só que por enquanto precisa de descanso.

Eu peguei a maçaneta com força e pude sentir o chão. Seria muito útil dobrar metal, mas, eu não tenho muito jeito com coisas precisas. Assim com muito cuidado eu tento fazer com que as pedras no chão subam um pouco. Empurrando a porta para cima.

Mas, eu esqueci. Eu não consigo fazer isso com jeito. Eu não consigo controlar direito. E como se todas as aulas com a Suni não tivesse acontecido. A porta é jogada para cima com força, a madeira racha, para os lados e o barulho  é alto.

Olho para Meilin ela parece chocada demais para me impedir. Eu não queria que eles soubesse assim. Muitas coisas devem estar passando pela cabeça daquela mulher. Porém não tenho tempo para isso.

Ando rápido em direção a saída, porém eu não sei como sair daqui. Não é tão grande e complicado quanto era o palácio presidencial, porém eu perco o fôlego mais rápido e ando cada vez mais devagar. Até que eu ouço vozes vindo de uma das salas.

— Não adianta Zunder. Ela vai ficar aqui por enquanto.  Eu preciso saber se ela se lembra.

Eles estão falando de mim? Eu me lembrar? Me lembrar de quê?  Eu fico curiosa, mas eu não posso deixar que isso me impeça de continuar a procurar a saída.

Eu queria conhecê-los. Essa é uma parte da minha vida que eu não conheço. Porém eu fiquei aqui por tempo demais. Eu preciso cumprir meu acordo com Zunder, eu preciso principalmente encontrar o Riku.  Depois disso eu posso voltar e saber mais sobre a vida dos meu pais.

Chego em um corredor sem saída. Estou pronta para dar a volta quando eu vejo o meu avô. Ele não parece nem um pouco satisfeito.

— Meilin disse que você tinha saído. Ela não te disse para descansar?

— Disse mas, eu preciso ir embora. Tenho que encontrar algumas pessoas.

Ele coloca a mão na cabeça.

— Você se parece conosco, porém parece que herdou a personalidade ruim daquela mulher. Eu já resolvi tudo. Volte para o quarto e descanse. Um medico virá te examinar mais tarde.

Ele não falou nada sobre a porta. Parece que Meilin ainda não havia contado. Mas, acho que era questão de tempo. Eu não sabia o que ele faria com essa informação.

— Eu já disse que eu não posso.

Eu olhei nos olhos daquele homem, olhos tão familiares, tão iguais, mas ainda sim diferentes aos do meu pai. Eu vi um centelha de raiva irradiar em sua face. Uma raiva assustadora. Que me fez ficar toda arrepiada. E um medo estranho tomar conta de mim.

Eu olhei para baixo. Não queria mais encarar os seus olhos.

— Vá agora – Ele ordenou para mim.

Eu andei em sua direção passei por ele e fiz meu caminho de volta. A porta ainda estava destruída, e o chão irregular.

— Você pode fazer tudo voltar ao normal? – Meilin disse quando me viu. – Não queremos que ele  veja isso.

Eu vi no rosto da minha tia um medo genuíno. Eu senti um pouco de pena dela. E assim com muito esforço. Muito mesmo. Eu coloquei aquelas pedras no lugar.

— Não posso fazer nada pela porta. Me desculpe. – Eu disse exausta.

Elas suspira.

— Espero que ele não venha nessa parte da casa. Sabe, ele não é uma pessoa fácil. Descobrir as coisas assim, o faz ficar muito irritado.

Pela primeira vez desde que eu cheguei, aquela mulher falou a verdade. Fisicamente possuíamos traços até que parecidos. Ela era minha tia afinal, porém eu estava começando a notar diferenças gritantes entre nós duas.

— Você pode deitar se quiser, ou mesmo ficar sentada. Eu só queria conversar um pouco com você. E finalmente cumprir a minha promessa com Kirina.

Ao ouvir o nome da minha mãe toda a minha atenção se voltou para ela.

— Você vai falar mal dela? – Eu perguntei.

— Não. Longe disso. Eu só quero te falar a verdade.

Eu fiquei quieta. Queria ouvir tudo o que ela tinha para me dizer.

—Quero te contar um pouco de como os seus pais se conheceram, e você vai entender o por que Iroh fugiu daqui...  O relacionamento entre  Kirina e Iroh não podia começar da pior maneira.  Você já deve saber que Iroh foi um general, mas quando ele estava prestes a subir de patente ele conheceu sua mãe. Ele trabalhava em um dos esquadrões de controle civil, e  Kirina pertencia a um grupo de desordem, os Errantes.  Kirina havia sido presa  várias vezes. Ela sempre era solta por não conseguirem provar seu envolvimento com essa resistência. Até que uma vez ela foi presa por ele.  Iroh era muito parecido com o meu pai antigamente. Rígido e nervoso, ele não tinha muita paciência ...

Pensando , meu pai é assim até hoje. Porém ele não tem essa aura ruim que tem o meu avô.

— Iroh perdeu a paciência diversas vezes com ela.  Muitas mesmo. – Meilin dizia isso com um pequeno sorriso. Parece que essas lembranças eram boas.

— Só que por algum motivo ele não conseguia ir contra ela. Kirina tinha o espirito livre, era tagarela e podemos dizer assim muito irritante. Totalmente ao contrário de Iroh.  Me lembro dele reclamar dela por diversas vezes. Porém sempre que ela era detida, ele mesmo dava um jeito de sumir com as provas e libertá-la. Era um jogo que ele gostava, porém não admitia. Eu não sei quando o relacionamento dos dois mudou, mas sei que eles tinham alguma coisa quando o meu Irmão subiu de patente e teria que ir trabalhar nas fronteiras. Ele não ficou nenhum pouco feliz com isso. E assim ele me pediu um grande favor. Tomar conta da Kirina enquanto ele estivesse longe.

Eu não conseguia nem piscar. Minha tia dizia tudo tão calmamente, e eu estava envolvida cada vez mais em suas palavras.

— Kirina era uma garota especial. Não digo isso da boca para fora. Ela realmente tinha alguma coisa que a tornava diferente de todas as outras. Seu pai trabalhou por dois anos longe da capital, e mesmo assim o amor dos dois estava mais forte do que antes. Eu ajudei os dois no que eu pude. Mas, não demorou muito para o meu pai descobrir.  Você percebeu que ele tem alguns pensamentos muito retrógados. Ele realmente acredita na pureza do seu sangue, e queria que Iroh fosse igual a ele.  Iroh já tinha a vida toda planejada por ele. Kirina foi uma curva que ele não preveu.  Kirina tinha algumas premonições. Era assim que ela chamava. Eu pesquisei, e soube que existem pessoas como ela.

— Iluminadas? – Eu disse sem perceber.

— Isso. Essa era a palavra. Também vi que pessoas assim são mais comuns em pessoas originárias dos Nômades do Ar, e não achei nenhuma informação de pessoas assim em toda a história da Nação do Fogo, claro exceto os Avatares. Quando ela ficou grávida, ela logo soube que tinha que ir embora. Não só por causa da minha família. Mas, por alguma coisa que ela sentia sobre você.  Iroh e Kirina discutiram muito. Iroh não acreditava em nada do que ela dizia. Ele dizia que ia dar um jeito , que iria convencer o meu pai. Porém Kirina não cedeu. E disse que ia embora com ou sem ele. Foi uma decisão difícil, não sei muito dos detalhes. Mas, Iroh conseguiu arrumar tudo,  conseguiu sair com vocês duas daqui muito rapidamente.  

Era como se eu soubesse disso tudo, e tudo estava adormecido na minha mente. Eu já havia ouvido essa história, porém por que eu não me lembrava? O que estava travando a minha memória?


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