Avatar: A lenda de Mira - Livro 4 - Fogo escrita por Sah


Capítulo 16
Um velho conhecido




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754477/chapter/16

Mira

Eu respiro fundo e tento assimilar o que estava acontecendo. Olho para a Suni e com o olhar eu peço para ela tentar de novo.

— Não há mais ninguém aqui. – Ela para no momento em que ia dizer : Pelo menos ninguém vivo.

Meu coração se aperta. Eu não vou conseguir sobreviver a mais uma perda. A mais uma tragédia que aconteceu por minha culpa. Por que eu não ajudei? Aquilo martela no fundo da minha alma. É uma culpa que me persegue desde a morte da Hina, e que agora vai me destruir.

As lágrimas que estavam se formando desde antes, agora caem pelo meu rosto.

Não consigo ver o que acontece em volta. Eu apenas ouço a comoção, a surpresa daquelas pessoas. Mas, nada daquilo importa.

Eu me ajoelho no chão e aperto minhas unhas nas palmas das mãos. Eu não estou conseguindo suportar a dor que só aumenta.

Eu sinto a mão de Suni no meu ombro.

— Mira?

Eu a ouço chamar, mas eu não tenho coragem de olhar para ela.

— Mira. – Ela me chama de novo.

Dessa vez ela me chacoalha.

— Olhe de uma vez!

Eu levanto minha cabeça e eu o vejo.

Suas roupas estão quase destruídas, e seu cabelo está negro pelas cinzas. Porém ele caminha entre os escombros.

— Como? – Eu pergunto.

Ele anda devagar e segura uma bola peluda e negra em seus braços.  

Eu me levanto rapidamente e corro em sua direção.

Eu o abraço com força.

— Quanto tempo se passou? – Ele me pergunta.

— Seu idiota! – Eu respondo – Você é a pessoa mais burra que eu conheço!

Eu o solto e vejo que a bola de pelo ficou entre nós.

— Eu precisa busca-lo.

Era um gatilo. Uma coisa pequena e peluda.

— Ele estava preso em um dos armários dos fundos. Não tinha tanta fumaça lá, então eu consegui aguentar. Acho que bati o meu recorde.

Ver ele falando com tamanha tranquilidade me faz ficar com raiva.

Eu bato algumas vezes no seu ombro.

— Idiota. – Eu continuo a dizer.

Ouço uma salva de aplausos. Nós olhamos para trás e vemos todos a nossa volta nos aplaudindo.

— Isso é incrível. – Eu ouço Meelo dizer.—Mas, também um grande problema.

Problemas, sim. Mas naquele momento nós conseguimos salvar algumas pessoas, e aquilo foi suficiente para ignorarmos o que estava prestes a acontecer.

Riku entregou o animal para a garotinha que ele havia salvo anteriormente. Ela o agradeceu, mas ele ignorou.

— Da próxima vez não esqueça o seu amigo. – Ele disse como um sermão.

Fomos para a casa do velho. A tempestade foi diminuindo ao longo da madrugada, assim de manhã, exceto pela destruição causada, não havia nenhum sinal dela.

Dormimos feito pedras, todos nós.

Não fomos para os nossos trabalhos. O velho mesmo preferiu ficar em casa o dia todo. Ele não disse nada a respeito do que havia acontecido.

Riku acordou depois do meio dia. Ele estava com um aparente bom humor.

— Podemos treinar hoje. – Ele me disse quando nos encontramos.

Quase que eu disse para ele : Finalmente! Mas, me contive depois dos últimos acontecimentos treinar, não era uma coisa que passava pela minha cabeça.

— Você precisa treinar, para da próxima vez você conseguir me ajudar.

Eu olhei para ele um pouco intrigada.

— Isso soa como uma desculpa. Você só quer lutar, só isso é o bastante para você me treinar.

— Bem, parece que você me conhece mais que eu mesmo.

Ele estava diferente. Era uma coisa sutil, mas o jeito que ele me olhava e se comportava estava até mais civilizada que antes.  Diferente do Riku dopado, ou do Riku psicótico, essa era uma versão dele, que ele estava cada dia mais aprimorando.

— Certo, então vamos!

Sem falar com ninguém, nós fomos até a clareira no alto do penhasco. O que nós não esperávamos era uma plateia.

Assim que começamos,  algumas crianças menores que a gente surgiram e se sentaram distante.  Suspeito que elas nos observam há um tempo, e com o que aconteceu na madrugava, elas finalmente tiveram coragem de aparecer.

— Acho que nunca estivemos escondidos. – Riku me diz ao perceber as pessoas nos olhando.

— Isso me deixa aflita, mas também aliviada.

— Eu estarei preparado, mas, por enquanto você também precisar estar.

Ele se ajeitou e se posicionou na minha frente.

— Agora, eu quero que você faça uma chama pequena no seu polegar. – Ele me disse.

Chama no polegar? Como eu faço isso?

Ergui o meu dedo e me concentrei.

— O que está esperando? – Ele me perguntou.

Eu olhei de cara feia para ele.

— Eu estou tentando!

Fiquei olhando para o meu dedo por alguns minutos. Enquanto isso eu podia sentir o ar a minha volta, os meus pés sob a terra e a água do mar que batia no fundo do penhasco.  Só que nada de fogo. Nada mesmo.

— Isso não funciona. – Eu disse simplesmente

Ele suspirou fundo.

— Vai funcionar ser você tentar! – Ele disse se exaltando.

— Eu disse que eu estou tentando!

Eu comecei a perder a paciência cedo demais. Isso não funcionava. Ele não explicava direito o que deveria ser feito.

— Mas, o que é que eu tenho que fazer?

— Só uma chama, não há nada mais básico que isso!

— Você sabe que eu nunca fiz isso!

— Tá bem. Vamos do ínicio. – Ele finalmente compreendeu.

Ele se sentou no chão.

— Vai ser como nas aulas inúteis da escola.

Eu me sentei a sua frente.  Ele sorriu levemente, mas logo fez a sua melhor cara de tédio.

— Eu não tenho ideia do que acontece com as outras dobras, mas o fogo, ele deve vir de dentro. Já ouvi de alguns professores, que talvez a dobra mais parecida, seja a do ar. Que seu corpo e o propulsor de tudo isso.

O que ele dizia estava começando a fazer sentido. Quando eu dobro o ar, eu até posso moldar o ar a minha volta, inverter correntes ou fazer pequenos redemoinhos, porém grande parte da dobra vem das minhas mãos, ou mesmo dos meus pés. Eu os sinto formigar, e com isso eu posso impulsionar rajadas de vento.

Me levanto e coloco a palma das minhas mãos para cima. E sinto elas formigarem, só que dessa vez eu penso no fogo, em como seria dobrar o fogo, só que o que eu recebo em troca é uma briza que se forma em cima das minhas mãos.

— A sensação não é a mesma.

Eu olho para frente e vejo Suni e Meelo caminhando até nós.

— Foi o que minha tia disse. Que dobradores de fogo tem outra sensação.—Ele continuou.

— Sensação? – Eu olhei para o Riku. – O que você sente quando você dobra o fogo?  

Riku ficou pensativo, ele passou a mão pelos seus cabelos e coçou a cabeça.

— Eu não sinto nada de mais. E como se fosse automático, quase como respirar.

Eu cerrei os meus olhos. Treinar com ele é impossível. 

— E como foi quando você dobrou pela primeira vez? – Meelo perguntou.

Meelo sempre tinha as perguntas certas.

— Pelo o que eu lembre, eu só explodi.

— Bom, isso é bom. Então você sentiu raiva? – Meelo continuou.

— Não é bem raiva. Raiva eu sinto quase todo o tempo. Mas, foi como se eu tivesse chegado no limite, e a dobra fosse o último estágio dessa minha raiva.

Meelo coçou o seu cabelo recém cortado.

— Imagino que não seja a mesma coisa para todos. Acho que tem haver com o emocional. Mas, como você conseguia dobrar mesmo com os inibidores?

— Era mais uma coisa de reação. Eu estava dopado, quase nas nuvens, mas ainda era eu. Eu ainda sentia tudo, mesmo com a distância meu corpo reagia igual.

Eles conversavam tentando achar uma razão. Porém eu não sentia nada assim. Eu ficava com raiva, claro, porém lidar com essa emoção o tempo inteiro? Não era uma coisa que eu sentia. Muitos me chamam de pavio curto, e esquentadinha, mas são coisas de momentos.

Toda essa falação estava me chateando, e por causa desse  turbilhãoo de emoções das últimas semanas eu estava ficando com dor de cabeça.  Suspirei alto o suficiente para ser ouvida.

— Isso não está levando a lugar nenhum. – Eu falei.

Meelo ficou pensativo.

— Essa deveria ser sua dobra original, a primeira a se despertar. Mas, por que isso não aconteceu? Por que foi diferente com você? – Ele se perguntou.

— Bem, isso é uma coisa que eu também queria saber.  Até entendo por que a primeira foi a água.  Eu quase morri naquele dia que tudo começou, e a única coisa que podia me salvar foi ela.

— E quando você dobrou o ar? Você fez alguma coisa assim? 

— Bem, ela já vinha dando indícios antes, mas quando eu dobrei verdadeiramente, eu salvei algumas pessoas.

— Acho que isso faz sentido, é mais uma razão de necessidade. O fogo só vai despertar quando você precisar dele.

O que ele disse me deixou incomodada e frustrada,

— E por que eu não consegui fazer nada no incêndio?

— Você por acaso tentou? 

Eu fiquei recordado o que havia acontecido, eu ajudei da forma que eu pude, mas, nem cogitei dobrar o fogo.

Me emburrei.

— Quer saber, eu não quero mais treinar. Tudo isso está me chateando.

Quando eu falei, eu senti. Pessoas, várias pessoas estavam subindo a colina.  A terra tremia devagar, passos firmes e pesados.

Suni também pareceu sentir.

— Espero que sejam os moradores. – Eu disse para ela.

Ela me se virou para mim e assentiu. Apertou os punhos e esperou.

Meelo e Riku ficaram em alerta assim que falamos. Riku sorriu e alongou o pescoço. Meelo parecia tenso.

Quando vimos o primeiro uniforme entendemos o que estava prestes a acontecer.

— Soldados. – Riku disse sem tirar o sorriso do rosto.  

Era uma tropa inteira, quase 60 homens. Eles haviam nos descoberto. Eu sabia que depois da ontem nada disso seria segredo por muito tempo, mas eu não imaginava que tudo aconteceria tão rápido.

Pudemos ver os seus quepes em instantes. Era carmin, da mesma cor da bandeira da União. Não haviam siglas da qual podíamos identificar. Mas de uma coisa sabíamos, não eram da guarda da cidade.

Um deles tinha duas insígnias no peito, e nas suas ombreiras , sua patente se sobressaia. Era um capitão.

Eles se enfileiram a distância. Tinham noção do que poderia acontecer.  O capitão falou alguma coisa para o restante, e um soldado se colocou a frente. Parecia que ele viria até nós.

Ele era uma cópia do restante. Talvez, um pouco mais baixo. Quando ele estava perto percebemos que ele não era muito velho. Talves tivesse a idade do Sina.

E Sina, quando ele soubesse o que estava acontecendo, ele teria um ataque. Mas, sei que se ele tivesse aqui, as coisas poderiam ser resolvidas de outra forma.

— Não faça nada Riku! – Eu gritei para ele assim que eu senti a temperatura aumentar. Ele estava pronto para atacar.

Ele se virou. A insatisfação estava estampada na sua cara.

— Isso não vai ser resolvido com diálogo ou qualquer baboseira.

— Mas, se atacarmos teríamos que fugir novamente.

Ele pareceu pensar. E se desarmou.

— Se eu perceber qualquer coisa, eu vou atacar, e ninguém vai me impedir.

Meelo andou em direção ao guarda. Ele era o único que tinha condições no momento.

O rapaz fez uma saudação a ele, e eles conversaram. Não pudemos ouvir, mas instantes depois Meelo voltou.

— O que eles querem? – Suni foi a primeira a perguntar.

Meelo suspirou.

— Eles parecem não saber quem somos, o que é um alívio, mas eles souberam o que aconteceu no incêndio. Sabem que há dobradores entre nós. Querem conversar com o policial que salvou aquela família.

— Querem falar com o Riku? Isso é uma loucura. – Suni disse segurando um riso estranho.

— Mas, por que tanta gente? Por que eles vieram com esse batalhão?

Meelo olhou para eles.

— Eles parecem estar sempre na defensiva. Mandaram um cabo para falar comigo por que acharam que íamos atacar sem conversar. E bem eles não estavam totalmente errados. – Ele olhou diretamente para o Riku.

Isso não é nada bom. Eu e Riku temos um histórico com soldados da União do Fogo. Eles sabem como parar um dobrador de fogo quando necessário.  Eles não são de conversa, eles simplesmente sequestram.

Eu neguei com a cabeça.

— Isso não é alguma coisa que eles fazem. Eles não conversaram quando levaram eu e o Riku para aquele Navio.

Aquelas lembranças passam pela minha mente. Lembro que foi a primeira vez que eu falei com o Espirito do Rio, e lembrar disso faz o meu coração se apertar.

— Sem conversa. Você ouviu a Mira. Ou nos livramos deles, ou vamos com eles. Não existe meio termo.

Eu senti o ar ficar quente de novo. Teria como pará-lo? Riku parecia estar quase em chamas novamente.

Só que de repente ele parou.  Ele encarou duas pessoas que surgiram. Um era um dos guardas que o acompanhou antes, e o outro era a garotinha, que ele havia salvo.

Eles jogam sujo. A garotinha apontava para ele. Confirmando quem tinha a salvo.

— Se não tem o que fazer. Eu vou conversar. – Ele disse quase dando de ombros.

Eu não confio nesse lado do Riku. Ele podia até estar pressionado pela presença da menina, mas eu sabia que quando as coisas apertassem, ele não ligaria para isso.

— Eu vou com você! – Eu disse.

Meelo fez que ia reclamar, mas ele sabia que não ia adiantar.

— Tomem cuidado. -- Ele disse por fim.

Andamos a passos lentos em direção a tropa.

Quando chegamos o capitão fez uma pequena reverência. E eu pude ver um sorriso de satisfação em seu rosto.

— Muito obrigada por terem vindo. – Ele disse visivelmente feliz.  – É um honra para todos nós.

Eu olhei em volta e via que os soldados realmente pareciam felizes. O que estava acontecendo?

— Nos desculpem pela recepção. É que todos queriam ver o herói de ontem

— Que porcaria está acontecendo? – Riku disse sem rodeios.

O capitão não parecia surpreso.  

— O general disse que você se comportaria assim. Que por causa da falha da missão. Você estaria frustrado, e estava autorizado a nos atacar caso necessário.

O que ele falava não fazia sentido. Missão que missão ? O que estamos perdendo nessa trama toda?

— Agora, o general pediu que eu o levasse para a capital. Ele mesmo quer te dar as congratulações.

Eu fiquei desconfiada. Nada do que ele dizia fazia sentido. Tudo cheirava a armadilha.

— Claro, então por que você não me leva até o general?

Quando o Riku disse, eu quase me desesperei. Que porcaria ele estava fazendo?

O capitão sorriu quase em extâse.

— Claro, claro!

Eu olhei para trás. Suni e Meelo pareciam tão confusos como eu.

Assim eu e Riku fomos levados pela tropa até o porto da cidade. 

— E o trem? – Riku disse para um deles.

— Não se preocupe, um herói como você não pode ir junto com os demais.

Assim de barco voltamos até a capital. Imagino que Meelo já havia avisado os outros.

O navio estava cheio de soldados. Muito mais do que havíamos imaginado. Estávamos numa situação muito ruim. Ruim de verdade.

— Eu não sei o que você pretende com isso. – Eu sussurrei para ele.

— Nem eu.  

Os soldados o cumprimentavam como um herói. Eles estavam ignorando a minha presença. Me vendo apenas como uma acompanhante. E de certa forma isso era bom. O que quer que eles estavam planejando, não tinha haver com o fato de eu ser o Avatar. 

O barco estava mais para um navio pequeno. Acomodaram-nos em uma pequena sala perto do convés. Levamos a metade do tempo para chegar a capital. Assim que eu pus os pés na terra, eu senti a lava embaixo de nós. Era uma sensação estranha.

Fomos por caminhos bem diferentes que da última vez. Entramos em um carro militar e fomos levados até um dos prédios em bloco.  Tudo pareceu passar muito rápido. Sem mais perguntas ou conversas. Pareciam que o único objetivo daquelas pessoas era levar o Riku até ali.

Ficamos novamente sozinhos em uma sala de espera.

— Sina vai nos matar. – Eu disse o óbvio.

— Nos já fizemos coisas piores, bem pelo menos eu fiz, e ainda estou inteiro.

Eu não tive como não sorrir.

— Espero que você tenha um plano melhor do que apenas atacar.

— Teria sido pior se eu não tivesse vindo. Isso levaria a perguntas desnecessárias  Pelo menos eles acham que eu sou um dobrador de fogo comum. Que não há nada além disso. No mínimo tentaram me recrutar a força. Coisa que eu já estou acostumado. Republic City não é tão diferente assim.

Parando para pensar, no medo que colocam na gente a respeito da União do fogo, não é nada tão diferente do que acontece no nosso próprio país.  Fomos recrutados a força. Não há muito opções para dobradores. Ou você trabalha para o governo ou é forçado a se esconder.  Cada vez vejo mais semelhanças entre as duas nações.

O lado de dentro daqueles prédios, não era muito diferente do que de fora. Tudo muito reto e cinza. Com salas com pouco móveis e nada de decorativo.  Nos sentamos em bancos duros e no ofereceram  água quente. Arg, eu odiava água quente. Mas, mesmo que eu gostasse, eu não poderia beber nada. Poderia muito bem estar envenenado.

Esperamos durante muitos minutos. Riku estava até que bastante calmo. Mas creio que eu o ouvi contando até 10  lentamente. Ele estava se segurando.    

— O general está pronto para recebê-lo.

Um soldado disse olhando para nós.

Nos levantamos.

— Só ele. O general quer falar a sós com o garoto.

— Isso está fora de cogitação. – EU falei alto.

— Você não está entendendo sua posição. Deixamos que viesse, para que ele se sentisse mais a vontade.

Eu dobrei o pescoço para o lado e cocei o alto da minha cabeça.

— Riku? – Eu olhei para ele.

— Tudo bem. Eu vou. Me espere aqui.

Isso era uma coisa que eu não iria fazer.

— Então você não vai! – Eu disse me impondo.

Eu vi que ele balançou a cabeça, não sei se ele estava desacreditado ou estava se divertindo com essa situação.

— Isso não é uma coisa que você pode decidir. – Ele disse já andando.

Se eu fiquei brava? Claro que fiquei, mas a preocupação era muito maior que esse sentimento.  Eu me sentei novamente e aguardei. Mas, se eu não tivesse nenhuma resposta em 10 minutos, eu iria atrás dele. E não havia nada que conseguiria me impedir.

Havia um relógio na sala de espera. Eram mais de 18 horas quando chegamos e haviam se passado apenas cinco minutos. Foi apenas o tempo necessário para que vários guardas passassem pela porta em direção ao destino de Riku.

— O general está te aguardando. – Um deles abriu a porta em minha direção.

Eu respirei fundo e fui com ele, cercada por todas aquelas pessoas.

Riku estava em uma sala em que a porta principal era feito de um material de metal, haviam um aviso colado nela.

— Porta corta fogo. – Eu me ouvi dizer.

Eu engoli em seco.  E entrei.

Havia muita fumaça la dentro. Quase não consegui ver.

Riku estava sentado em uma cadeira fumegante. E o tal general, era um rosto conhecido afinal.

— Que bom que você pode se juntar a nós – Ele disse em minha direção.

— General Zunder - Eu disse lembrando do meu primeiro ano como dobradora.  Quando eu conheci e lutei contra o falso avatar da União do fogo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Avatar: A lenda de Mira - Livro 4 - Fogo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.