Mr. & Mrs. Black escrita por pnsyparkinson


Capítulo 4
Capítulo Três.




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Sirius estacionou na frente de um prédio sem nome, de frente para o rio, e depois dirigiu a um pequeno escritório no pavimento térreo. A placa do lado de fora informava: Black Engenharia. Ali, pelo menos até onde sabiam as pessoas em geral, o moreno era apenas um um cara como outro qualquer, no comando de uma empresa de engenharia com negócios pelo mundo todo. 

— Bom dia Narcissa - disse para a recepcionista, que também era uma de suas primas. Ela e o marido Lucius comandavam o escritório-fachada. Lá o casal formava uma dupla simpática e amigável, mas pobre do tolo que subestimasse suas capacidades, já que muitas vezes os dois serviam também de guarda-costas e mensageiros. Sirius os tratava excepcionalmente bem por isso. 

E talvez por Narcissa fazer cookies de chocolate maravilhosos. 

— Bom dia, Sr. Black - disse a loira, profissionalmente — Problemas? 

— Infelizmente foi o que me disseram - comentou Sirius, coçando a nuca — O que tem para mim? 

A secretária mexeu em uma das gavetas, retirando de lá um envelope de papel pardo. 

— Um pedaço de cartão de embarque, recibos de táxi, contas de hotel... e também temos as novas especificações para a barragem - disse Narcissa, entregando uma planta enrolada juntamente do envelope.

— Ótimo, valeu. Vou dar uma olhada nisso tudo - comentou enquanto atravessava o corredor que levava o homem até sua própria sala. 

Já estava na metade do caminho quando James surgiu em sua frente, cantarolando uma  musiquinha qualquer. 

— Ei James, alguma novidade? - Black questionou, no fundo não queria realmente saber se o amigo tinha alguma coisa para contar, apenas queria que ele parasse de cantar. 

— Nah,  mesmas coisas de sempre... só pessoas que precisam morrer - deu de ombros, lembrando da razão pela qual atacou o moreno de cabelos compridos no corredor — Então Six, vou fazer uma reuniãozinha esse fim de semana lá em casa, sabe? Clube do Bolinha e essas coisas, aparece lá. 

— Tudo bem, se Marlene não se importar... - disse Sirius, e após isso seguiu para sua sala, mas antes disse conseguiu ver a imagem de Potter balançando a cabeça em negação quando o chamou outra vez — O que foi, Potter?

— Quer meu celular emprestado? Caso você precise ir no banheiro ou sei lá, tomar um café e precise consultar a Marlene primeiro - provocou, balançando o aparelho celular entre os dedos. 

Sirius apenas  revirou os olhos, e sem responder o outro seguiu seu caminho.

[...]

Black entrou em sua sala e fechou a porta, girando a chave na fechadura. Respirou fundo ao observar a decoração vintage e simples, que lhe convinha muito bem. O local era desobstruído, eficiente e parecia parte do cenário de um filme antigo do James Bond. Ali era onde o homem conseguia se concentrar, e era ali também que as coisas realmente aconteciam de verdade. 

Ele jogou o envelope e a planilha sobre uma pilha de documentos, que sequer haviam sido lidos. Sentou em sua cadeira giratória e estofada, puxando o braço de um pequeno guindaste que servia de decoração. Observou quando o painel que revestia uma das paredes retrocedeu, dando espaço para uma gigantesca TV de plasma que exibia a logomarca da empresa.

— Bom dia - disse calmo, esperando que o reconhecimento de voz fosse rápido daquela vez. 

Alguns segundos depois o rosto de uma mulher elegante, de cabelos escuros e olhos expressivos surgiu ali. Era sua chefe, mais conhecida como Mamãe. 

Sirius se ajeitou na cadeira, surpreso por vê-la ali. Aquela mulher era capaz de transformar o mais sanguinário dos assassinos em um bebê chorão com apenas um olhar. 

— Olá, Sirius — Mamãe disse em sua voz aveludada e escura — Muitas baixas essa semana!

O homem estreitou os olhos, pensando se deveria encarar aquilo como um elogio. Optou por ficar em silêncio, esperando.

— Temos uma "Prioridade Um" — ela continuou —, e por essa razão preciso de suas habilidades especiais. 

Não demorou para que os dados do alvo aparecessem na tela. Nome, idade, fotos de todos os ângulos. A biografia completa. 

— O nome dele é Greyback — informou Mamãe — Também conhecido como "Tanque".

— Tanque? — disse Sirius, quase não conseguindo conter o riso — Ele parece um adolescente.

A chefe contraiu os músculos da face, aparentemente não estava para brincadeiras. O assunto era realmente importante para ela. 

— O seu adolescente - disse ela, com a voz falsamente gentil — É uma ameaça direta à firma. Sob custódia da DIA. Vão entregá-lo para uma conexão via helicóptero, a uns vinte quilômetros ao norte da fronteira com o México - terminou de explicar, inclinando levemente o lábio em uma tentativa falha de sorriso — Quero você lá, de modo que nosso alvo não troque de mãos.

Sirius se inclinou para conseguir ler melhor todas as informações que estavam dispostas na tela. Ele observou bem os olhos de Greyback, focando-se em tentar decifra-lo. Para Sirius, as pessoas podiam mentir, trapacear e fingir serem aquilo que não são, mas os olhos sempre as denunciavam.

E bastou olhar para os olhos de Fenryr para saber que ele era um babaca. 

"Fenryr Greyback", pensou, "bem-vindo ao último dia de sua vida".

[...]

Marlene havia escolhido como base de operações o casebre de uma mineradora, velho e empoeirado, disposto no topo de uma das enormes colinas rochosas em algum lugar do deserto. Só Deus sabia onde, um local entre a fronteira dos Estados Unidos com o México.

Ela vasculhou a área com um  par de binóculos, mas não conseguia ver nada além de quilômetros e mais quilômetros do que parecia ser areia escaldante. A morena sentia um peso pairando por suas costas por conta daquela atmosfera solitária e vazia do deserto, de certa forma aquilo havia mexido com ela. McKinnon saiu de seus devaneios quando uma nuvem de poeira chamou sua atenção, fazendo com que seus olhos de falcão focassem no que causava aquele alvoroço. 

— Alvo chegando - cantarolou para os outros membros da equipe, que ouviam sua voz pelo rádio. 

— Entendido - respondeu Lily.

Marlene sorriu, afinal, aquela era a hora de entrar em ação.

O plano era de fácil execução para ela, já que antes a morena já tinha conectado um timer box relativamente simples nos cabos de mineração que se estendiam até o chão do deserto. Ela havia definido a área através de seu laptop, por meio de uma imagem tridimensional onde se viam os pontinhos brancos: uma ampla armadilha por onde logo passaria a caravana. Era uma espécie de ratoeira gigante.

O comboio entraria nela e BUM, jamais sairia de lá. 

Esperou para que a presa se aproximasse antes de colocar o restante do plano em ação.

— A carga já está pronta - informou — Detonação em primeiro contato.

As imagens na tela do laptop fizeram com que um sorriso se formasse nos lábios carnudos da morena. Eles seguiam diretamente para sua armadilha. Não levaria um minuto. 

Planejamento minucioso, posicionamento perfeito, trabalho de equipe impecável... tudo se resolveria rápido e logo todos poderiam voltar para suas casas, com o sabor do sucesso em seus paladares. 

Foi o que McKinnon pensou até perceber que aquilo tudo era como uma sopa. Pois naquele exato momento parecia que uma mosca havia pousado em sua sopa. Ela ajustou o binóculo e não viu nada além de areia, até que o carrinho esporte apareceu de novo.

O estranho voou sobre o topo de uma duna de areia, sumiu no horizonte e reapareceu na duna seguinte. 

Uma maldita sopa.

— Que droga é isso, Lene? - perguntou Lily pelo fone, preocupada — Uma ameaça? Algo que devemos nos preocupar?

— Talvez só alguém fazendo esportes de areia - a morena balançou a cabeça irritada. Estreitou os olhos quando o veículo se aproximou o suficiente para que ela pudesse enxergar o motorista. O babaca usava capacete, óculos de proteção e um  maldito cachecol que tremulava com o vento. Ao que parecia nunca havia se divertido tanto.

— Com tantos tanquinhos de areia pelo mundo ele precisava vir brincar logo no meu! - McKinnon grunhiu, batendo as mãos enluvadas nas pernas.

Olhou preocupada para o laptop, o carrinho aparecia como um pontinho indo da esquerda para a direita e seguia diretamente para a armadilha. 

— Vai disparar as cargas, pare agora. Pare, pare, pare... - olhou cada vez mais tensa, mordendo o interior da bochecha. 

Ela respirou fundo quando o estranho parou a poucos centímetros do gatilho, esvaziando o ar de seus pulmões. Torceu para que o cara desse o fora, mas ele parecia ter outros planos. 

O motorista fez uma manobra, girando o buggy praticamente em seu próprio eixo e isso fez com que a roda traseira tocasse levemente no feixe de laser. No entanto, como em diversas situações da vida, esse "levemente" valeu como um inteiramente e no segundo depois o laptop da mulher entrou em modo de alerta. As luzes verdes indicando que a carga havia sido ativada e explodiria em trinta segundos.

— A contagem regressiva iniciou, eles estão na linha de fogo? - perguntou Lily, com a voz alta.

— NÃO, eles não estão! Preciso reprogramá-las, as cargas vão explodir cedo demais! - exclamou, novamente nervosa.

O mais rápido que pôde, Marlene pegou o timer box e começou a trabalhar, desconectando os fios, tentando anular os comandos que tinham sido programados para serem executados. A tarefa era árdua e complexa, não uma coisa que deveria ser feita com pressa.

Mas tempo era uma coisa que ela não possuía naquele momento. 

Com muito suor e concentração conseguiu interromper a explosão. A mulher olhou para o estranho, procurando saber onde ele estava. Para seu azar, o homem havia pulado para fora do carro e olhava em torno de si próprio. De repente abriu uma maleta prateada. 

— Sistema de mísseis? - Marlene falou consigo mesma, sem saber ao certo como agir — Um lanche? - fez uma expressão incrédula, vendo o homem retirar o que parecia ser uma fatia de torta da maleta — Você é um agente inimigo ou um aventureiro, cara? - resmungou, ainda observando-o atentamente. 

[...]

Sirius observou o comboio pelo par de binóculos, estavam se aproximando rápido. Sabia que estavam em algum lugar com a fronteira do México, mas não sabia a localização exata. Estava estacionado no topo de uma duna de areia e de lá tinha uma visão privilegiada da estrada. Os carros estavam longe o suficiente para que o moreno pudesse fazer um lanche, então retirou de sua maleta uma fatia de torta de limão meticulosamente embrulhada em papel filme, cortesia de sua esposa Marlene. O calor do deserto era escaldante e Black sentia a boca salivar por uma marguerita, o que o fez buscar o cantil cheio de uísque que havia levado consigo, imaginando beber um copo gelado de tequila. 

Saboreou a torta que a esposa havia feito e quase gemeu de prazer, sentindo o recheio derreter no céu de sua boca. Das coisas que a morena cozinha, aquela torta era uma das poucas que Sirius realmente gostava. Tinha um gosto de noites quentes em lugares distantes, como o Caribe ou até mesmo Bogotá. Saiu de seus pensamentos e balançou a cabeça, voltando a se concentrar na missão. 

Não era uma das mais difíceis, mas Black não gostava de falhar. Se orgulhava de fazer tudo com perfeição, mesmo os trabalhos mais simples, mas isso não significava que ele não podia se divertir um pouquinho. 

— Então... - disse, imitando a voz de um locutor de futebol — Nosso belo comboio já está em campo. A atração principal é um navegador fortemente armado, senhoras e senhores, bem no centro da fila. Osso duro de roer, o cara. O que você acha, Sirius? - perguntou, jogando sobre o ombro um morteiro Javelin CLU de 76mm. 

Olhou para os carros em movimento, ainda um tanto distantes e respondeu a si mesmo — Bem, Bob, vou tentar a sorte com o Javelin - sorriu, ativando a mira a laser. Procurou pelo alvo antes de seguir a sua encenação. 

O comboio já estava suficientemente perto e então Sirius Black deu a ultima mordida na torta de limão. 

[...]

Todas as dúvidas de Marlene se dissiparam quando ela viu o lobo solitário das dunas alojar um morteiro sobre o ombro. O homem estava caçando mas para o azar dele, a morena também estava.

Ela esbravejou ao olhar a cena. Havia posto em prática um plano perfeito e não deixaria que o James Bond falsificado destruísse seu trabalho. 

— Não é um qualquer, temos outro jogador em campo - alertou a equipe, mantendo a calma. 

Um momento de silêncio se fez presente, ela sabia que Lily já estava analisando as  imagens transmitidas ao vivo, e também sabia o que se passava pela cabeça dela. As duas tinham estudado na mesma aula de assassinos profissionais. Naquela circunstância, tudo indicava uma única coisa: abortar missão. 

McKinnon podia ouvir os segundos se esvaindo. Podia ouvir Evans mordendo a própria língua, se privando de qualquer palpite. A morena media freneticamente todas as opções quando, de repente, viu o intruso se preparar para atirar.

— Esse cara vai eliminar o alvo antes dele chegar na zona de fogo! - disse Lily, pelo menos era isso que a ruiva achava.

Marlene retirou das costas o rifle com silenciador que levava consigo, passando a bandoleira sobre a cabeça, se preparando para atirar. 

O lobo solitário mirava em seu alvo, e Marlene também. Ela estava mirando nele. 

— Não vai,  não - respondeu para Lily,. Fim das discussões, hora de agir. 

E sem esperar mais um segundo sequer a morena apertou o gatilho.

[...]

Mais fácil impossível, Sirius pensou. A mira do morteiro seguia o alvo sem dar nenhuma trégua e o moreno estava empolgado. Assoviou uma música qualquer enquanto esperava o alvo terminar seu caminho, indo diretamente para suas mãos. Ele analisou o quadro geral e percebeu que ainda havia tempo para dar mais uma mordida na torta, porém grunhiu quando viu a areia caindo em cima da fatia. Black se abaixou para cobri-la melhor quando um barulho incomodativo, parecido com um mosquito passou perto de si. 

— Que porra... - se jogou no chão, tento areia invadindo sua boca quando executou tal movimento. Ficou ali por um instante, sentindo a orelha latejar. A bala tinha passado de raspão e sua orelha ardia como o inferno, sangrando um pouco. 

A primeira reação de Sirius foi agradecer por sua cabeça ainda estar sobre o corpo, a segunda foi ficar extremamente zangado. Havia mais alguém ali e ao que parecia não era nada amigável. Alguém que conseguia vê-lo pelas costas. 

[...] 

— Intruso eliminado - McKinnon informou para a equipe — Estamos de volta ao jogo. 

A morena se gabou mentalmente, apenas com um tiro tinha incapacitado o oponente e para sua felicidade, ele já não representava nenhuma ameaça. Ela gostava de pensar que, na maioria dos casos, era suficientemente aberta para negociações. Exceto quando o assunto era trabalho. 

Ninguém se metia no caminho de Marlene McKinnon-Black.

A mulher estalou os nós dos dedos e voltou a atenção para o comboio que se aproximava.

[...]

Sirius examinou a área de onde supostamente a bala havia vindo, não encontrando nada além de um casebre abandonado. Ele bufou, mas algo naquela casa caindo aos pedaços lhe chamou a atenção. Um vulto esguio acabara de se movimentar lá dentro, passando pela porta. No deserto não havia onde se esconder, portanto decidiu executar a única coisa possível para a ocasião: eliminar a ameaça.

Black limpou a mira do morteiro e mirou no casebre. Por fim ele disparou, vendo a boca de fogo cuspir uma ogiva sedenta de calor. Dez metros adiante a coisa tomou vida, deitando uma esteira de chamas e rugindo deserto a fora em busca do infeliz que se escondia naquele casebre.

— Vamos lá bebê, pegue aquele panaca.  

[...]

Cada fibra do corpo de Marlene estava concentrada no comboio, ela era capaz de visualizar Fenryr Greyback empertigado naquele utilitário como um príncipe. A morena soltou um riso nasalado quando lembrou de uma professora que lhe deu aula na sexta série, a mulher sempre criticava sua incapacidade de concentração. McKinnon tinha feito seu dever de casa e estava pronta para tirar de letra aquela prova.

Estava com os olhos vidrados no SUV quando um barulho quebrou sua concentração. Algo parecido com um wuuumpf

E ela sabia o que aquilo significava, poder de fogo fenomenal.

Numa olhada rápida pôde constatar que o destino de tanto fogo era seu endereço atual, o casebre. Um meteoro reluzente vindo diretamente em sua direção, e ela estava prestes a recebê-lo na cara. 

Por mero instinto, se jogou nas rochas da colina. 

[...]

O velho casebre se desmanchou em um milhão de pedacinhos. Sirius engoliu em seco, e admirado, olhou para o objeto que ainda fumegava em suas mãos. 

O intruso havia sido eliminado com sucesso, mas o barulho da explosão denunciou sua presença. O comboio parou, receoso, manobrando para voltar. 

— Não, ninguém vai embora daqui - Sirius disse baixo, ele ainda tinha uma chance de cumprir sua missão.

E sem pestanejar, recolocou no ombro o confiável morteiro e mirou novamente.

[...]

A força da explosão tinha levantado Marlene no ar e quando caiu no chão já não estava mais com seu rifle. A primeira coisa que ela procurou foi o laptop, se afastando de forma trôpega do casebre em chamas. 

Chutou a areia quando constatou que o computador portátil também estava perdido. Se pudesse encontrá-lo, talvez ainda houvesse uma chance de sucesso. Ou ele teria sido destruído pelas chamas? 

[...]

Antes que Black pudesse atirar, o deserto tremeu com  uma súbita explosão. Ele nunca tinha passado pela experiência de um terremoto antes, mas se fosse qualquer coisa parecida com aquilo, ainda que remotamente, ele faria de tudo para evita-los futuramente. O impacto o jogou no chão, nuvens de poeira eclipsavam o sol. Quando o céu finalmente clareou, ele ficou de pé, ainda meio zonzo e coberto de areia. Olhou para ambos os lados tentando entender o que tinha acontecido.

Seu rival provavelmente havia implantado uma espécie de campo minado no deserto, preparado para explodir quando o comboio passasse por ele. Um artifício que Sirius admirou, um truque que ele mesmo já havia usado dezenas de vezes.

Suspeitou que o sistema do inimigo estivesse programado para operar no automático, e com seu ataque ao casebre havia iniciado tudo. O único problema era que, alertado por essa desavença, o comboio já partia em direção oposta. 

Sirius estava furioso. Seu dia tinha sido arruinado.

Ele não fazia a menor ideia de quem aparecera ali para estragar seus planos, sequer sabia se o agente inimigo estava vivo ou morto. Fosse como fosse, estava determinado a descobrir o nome do sujeito. Black jurou que, quando o encontrasse, faria se arrepender amargamente do dia em que tinha nascido.

Isso é, se já não estivesse morto.

Estava pronto para sair dali quando um ponto de luz piscando chamou sua atenção. Nos escombros do casebre havia um laptop, e inacreditavelmente ainda funcionava. Contente com sua descoberta, Sirius correu para buscá-lo.

[...]

"Aquele maldito!", pensou Marlene. A morena não esperava uma missão difícil e muito menos concorrentes desconhecidos. Sua equipe era criteriosa, organizada e estava sempre muito bem preparada. Teriam tirado tudo aquilo de letra se não fosse o estranho comedor de torta entrando em seu caminho.

Aquela falha havia os feito passar por meros amadores e McKinnon não estava nada satisfeita. Ela não queria pensar no que seu chefe diria diante de seu retumbante fracasso. 

Antes de sair de lá, Marlene prometeu uma coisa a si mesma. Custasse o que custasse, ela descobriria o nome daquele sujeito. E faria com que ele se arrependesse de tê-la conhecido. 


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