Ode aos desafortunados escrita por Angelina Dourado


Capítulo 15
O Poema e o Verso


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Para combinar com esse clima de idade média nada melhor que mais um capítulo de Ode aos Desafortunados não é mesmo? Rindo, mas chorando por dentro.
Brincadeiras - ou lamentos - a parte, o importante é não perder a esperança e continuarmos unidos. É preciso progresso, não regressão.
Outro capítulo mais curto que o normal, gostaria de ter sido maior por conta do tempinho que se deu desde a última atualização, mas este já era previsto para ser um capítulo menor que os outros de qualquer jeito. Em compensação, afirmo que os próximos são bem... Avassaladores eu diria.
Boa leitura pessoal! ^-^



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As pessoas e o mundo tornavam-se mais hostis conforme a histeria da morte se alastrava feito ratos no esgoto pelo reino. Portões eram trancados, corpos jogados do alto de torres, pais deixavam seus filhos à míngua pelas florestas, fogo se alastrava pelas ruas por incêndios acidentais ou suicidas, as portas de igrejas destroçadas pelos pedidos de misericórdia. O povo matava-se com medo da morte.

Desde então, a floresta começava a parecer mais convidativa e pacífica se comparada aos lares dos homens. Lobo, frio e fome não mais causavam tanto medo como costumavam, por ora parecia melhor correr os riscos da natureza do que os da humanidade.

E até que tivessem provisões para tal aventura eremita, Loki e Friedrich preferiam seguir pelos caminhos mais inóspitos da Grã Bretanha até York. Por mais que da forma que a música tocava, as grandes cidades eram onde se concentravam os maiores perigos, fazendo com que ambos começassem a repensar a ideia. Contudo, a floresta não poderia abriga-los para sempre, e os pequenos vilarejos devastados pela inundação de infortúnios não possuíam mais os materiais que precisavam repor para o ofício. Precisavam arriscar a ida em um grande centro, mesmo com o risco de lhe custarem a vida ou a liberdade.

Um rio percorria pelas redondezas, sendo possível ouvir o seu fluxo correndo mesmo sem ser visto. Era um dia sem nuvens, com os raios de sol passando com delicadeza entre as copas das árvores. Naquele clima sereno, Friedrich perdeu parte de sua concentração enquanto segurava a pena molhada de tinta próxima às folhas amareladas de seu caderno, fazendo sua mente voar para outro rumo e começando a caligrafia de forma despretensiosa. Havia gasto tanto tempo tentando corrigir o que havia de errado em seus cálculos e anotações, que sua consciência deu um basta sem pedir permissão, navegando de forma serena pelas ondulações da página.

Parou de escrever na terceira linha da única estrofe caligrafada, analisando com as sobrancelhas unidas o que acabara de exprimir em tinta. Um poema, sobre Loki. Friedrich mordeu o lábio em agonia, analisando o que havia feito quase que inconscientemente. Por Deus, sequer era poeta! Aquele homem dominava seus pensamentos de forma ameaçadora para suas intenções sacras. Num ato de quase desespero Friedrich riscou com brutalidade por cima das letras, não dando atenção para o desperdício de tinta e espaço no papel, muito menos para os sentimentos colocados nas letras, ou ao narrador que não teve chance de espiar os versos.

Ignorar tais emoções não estava funcionando, tal constatação assustava o antigo frade.

O que estou fazendo de errado? Por mais quanto tempo o Senhor estenderá tal teste a minha fé?

Perguntava-se melancólico levando as mãos até o rosto, esquecendo-se por completo no que estava fazendo anteriormente e retornando ao estado de culpabilidade que carregava constantemente desde então.

A alguns passos de distância e alheio ao que acontecia, estava Loki enraivecido correndo atrás do cão, tentando recuperar o gorro roubado pelo animal e andando em círculos pelo campo aberto. Tropeçando enquanto era feito de idiota pelo animal saltitante que via tudo como uma brincadeira.  Só conseguiu recuperar a peça quando o cão acabou soltando-a sem querer, fazendo Loki se jogar no chão para que fosse o primeiro a pegar. O animal até voltou os seus passos para tentar buscar seu achado, mas recuou logo em seguida quando o dono tentou agarrá-lo. Correu em círculos ao seu redor com a língua para fora, como se achasse graça de tudo aquilo.

O druida levantou-se agitado, batendo a grama de suas roupas e analisando o gorro babado em suas mãos. Ao menos não estava em farrapos, mas o longo rabicho estava completamente mastigado.

— Maldito... – Murmurou zangado olhando do gorro para o cão a alguns passos de distância o encarando curioso. – É de você mesmo que estou falando seu ladrão!

O animal não pareceu se importar com o insulto.

Loki arrumou o cinto que havia ficado ao contrário naquela confusão, dando uma olhada pelo campo e encontrando o companheiro ao longe rodeado por pinheiros. Parecia pensativo, mesmo naquela distância Loki conseguia reconhecer o olhar carrancudo que Friedrich costumava ter quando estava naquele estado de intensa introspecção. Se indagou se deveria interromper suas divagações ou deixá-lo com os próprios enigmas.

De repente sentiu um odor estranho, com cinza e fumaça que preencheram os seus pulmões. Virou seu pescoço procurando afoito ao redor, surpreso com tal manifestação em um dia bonito como aquele, avistando ao longe e além das árvores um filete de fumaça negra que subia até os céus.

Imagens pintadas de dor e angústia passaram por sua mente em quadros retratados com luto e desespero, sintomas de lembranças cravadas a ferro em sua memória. Viu-se mergulhado em tal transe por um momento, antes de voltar à realidade e se dar conta que aquilo foi há muito tempo. Respirou fundo, ainda de coração pesado com as lembranças que jamais iriam embora e de um passado que não era capaz de mudar, rumando a passos apressados até o parceiro a sua espera.

Friedrich começava a guardar seus materiais de escrita quando Loki apareceu. Assim que ele notou sua presença pode notar uma grande urgência em seus olhos felinos.

— Creio que há fogo aqui por perto.

— Na floresta?

— Não sei, mas acredito que seja melhor vermos. Precisamos saber se devemos correr ou se há alguém precisando de ajuda. – Havia dúvida e medo em suas palavras, que eram compreensíveis para Friedrich que sem dizer mais nada se levantou acompanhando Loki.

Andavam com o olhar atento, preocupados com a possibilidade de estarem diante de um incêndio no bosque, impossível de ser controlado pelas mãos humanas. À medida que avançavam o cheiro de fumaça impregnava mais ainda no ambiente, com uma fina nuvem de fumaça começando a se formar ao redor e ficando cada vez mais espessa como neblina. Uma estrada começou a se formar aos seus pés e não muito adiante as árvores tornaram-se mais esparsas, dando espaço a campos de cultivo esperando para serem trabalhados. Estranhamente, alguns animais perambulavam praticamente sem rumo por cima da terra, sem ninguém para vigiá-los ou para notar que haviam fugido.

Dali puderam avistar a origem do fogo, com a fumaça negra e as chamas saindo de dentro de uma pequena casa no interior do vale. Correram até o local, parando no limite da fina cerca de madeira que circundava a propriedade. Poderiam facilmente pular, mas mantiveram-se naquela distância por segurança, dado que o fogo parecia consumir todo o interior do lugar.

— Acha que há ainda alguém? – Friedrich indagou alarmado, procurando entre as frestas se havia alguma pessoa dentro da casa. Loki que ficara paralisado de medo por tal imagem, saiu de seu transe ao ouvir a questão do outro.

— Eu não sei, mas creio que o único jeito é buscarmos por ajuda. – Não foi preciso dizer mais nada, se olharam em cumplicidade e seguiram correndo pela estrada, procurando com extrema urgência por qualquer sinal de vizinhança. Medo e ansiedade percorriam suas veias, preocupados pela chance de vítimas causadas pelo fogo tão difícil de ser controlado. Os incêndios eram inimigos cruéis e fortes contra os tetos de palha e madeira das construções humanas, da qual mesmo com baldes de água podiam perdurar por tempo demais.

Pararam quando a estrada se transformou em uma bifurcação, em que seguia para o oeste ou somente seguia-se em frente. Arfavam por conta da corrida, olhando um para o outro em dúvida de para que lado seguir. Aquele parecia ser um feudo esparso e sem grandes muros, talvez por ter poucos habitantes, ou por priorizarem um cultivo de maior escala. Sejam quais fossem as condições daquela propriedade, não estavam colaborando naquele momento.

— Vá por ali, deixe que eu siga em frente. – Friedrich instruiu e Loki assentiu com a cabeça, sem dizer mais uma palavra eles seguiram caminho, esperando pela sorte de encontrar qualquer espécie de vida em alguma direção.

Friedrich foi parar no que parecia ser o centro do lugar, com uma maior concentração de choupanas, a igreja e uma estrutura murada que delimitava a moradia do dono das terras, deixando claro que não se tratava de um burgo. Bateu em todas as portas que viu, gritando por ajuda e alertando sobre o fogo, mas estranhamente ninguém o atendeu. Na realidade sequer havia aldeões pela rua. Olhou por cima dos muros de pedra, equilibrando-se em algumas porções de feno na esperança de enxergar alguma coisa, não avistando guarda ou porteiro algum nas torres e no interior da fortaleza. Preocupado e se questionando se aquele se tratava de um lugar abandonado pela própria população e donos, rumou até a igreja como último recurso.

Ali teve certeza da situação de abandono do lugar. Os bancos estavam revirados, o altar saqueado, as janelas e vitrais em sua grande maioria quebrados, com os cacos de vidro espalhados por todo o chão de pedra e desviando o foco da luz para diversas direções, iluminando as paredes e o teto com as cores que antes ilustravam mensagens de fé. Era tanto descaso e rebelião com a casa de Deus que fez com que Friedrich ficasse atônito, andando com passos cuidadosos pelo lugar, como se somente com um sopro tudo poderia se desmoronar por completo.

Parou a caminhada ao encontrar no chão uma bíblia aberta, grande e volumosa, onde apesar da aparente idade mostrava grande imponência e um trabalho feito com extremo cuidado e talento. Friedrich abaixou-se, quase sem acreditar no que tinha diante de si, dado que fazia muito tempo desde a última vez que tivera contato com um livro. Ao ver tal material precioso jogado como coisa qualquer, sentiu grande lástima, pois sabia muito bem todo o trabalho que havia por trás daquela capa e de cada letra escrita em seu interior, todo o esforço colocado para que aquelas páginas não fossem perdidas por conta do tempo.

Lembrou-se de seu tempo como copista, de todos os passos minuciosos que levavam a confecção de um livro. Desde a escolha entre papel, tecido ou couro, da criação das tintas até o longo trabalho de cópia e iluminura que poderia levar dias somente por algumas poucas páginas. Era a forma de tornar eterno todo o conhecimento adquirido, de guardar as informações para que outros do presente e futuro obtivessem a chance de explorarem aquelas ideias. Sentia que podia mudar o mundo somente ao segurar uma pena.

Recordava o quão entusiasmado ficava ao ler as traduções para o latim dos filósofos gregos, das velhas histórias deixadas pelos romanos, dos relatos sobre os nortenhos que há muito invadiram aquelas terras, descrições fantásticas de lugares da qual nunca fora, os costumes de povos que já não existiam, das mensagens escondidas que outros monges como ele haviam deixado em bíblias seculares. Da palavra divina, dos astros que comandavam o céu noturno, das pedras que formavam a terra e do corpo que sustentava suas almas, todos descreviam ensinamentos que uma única vida não era capaz de adquirir por conta. Friedrich havia aprendido a adorar os livros e a cuidá-los como o maior dos tesouros, por isso via com tamanho pesar o estado que o exemplar em sua frente se encontrava.

Contudo, a profanação de tal material era pior que o descaso em abandoná-lo ao pó. Friedrich viu por cima do delicado trabalho de iluminura grotescas camadas de tinta, formando uma caligrafia torta e bruta que cobria as páginas abertas de uma ponta a outra. Com certa dificuldade, pode ler o que tal ato exasperado tinha a dizer:

‘’ Lasciate ogne speranza, voi ch’intrate‘’.

Friedrich pegou o livro em seus braços, sentindo seu peso nas articulações. Olhava completamente atônito para tal mensagem, tentando compreender o que havia se passado ao clérigo do local para deixar gravado tamanho desespero nas sagradas escrituras, usando os versos de um grandioso poema que há muito tempo havia se deleitado com alguns poucos versos traduzidos no mosteiro. Na época havia ficado exultante quando o único irmão tradutor de italiano recitou alguns versos para os curiosos que queriam apreciar aquela obra aclamada. Mas agora, Friedrich lamentava saber o que estava escrito, por descobrir estar vendo os portões do inferno descritos nas sagradas escrituras, como um sinal da tamanha desgraça que havia recaído naquele mundo.

Virou-se ao ouvir passos ecoarem pelo corredor, não se surpreendendo ao se deparar com Loki, que estava arfando pelo cansaço e parecia estar apavorado.

— Mortos, estão todos mortos. – Declarou entre a respiração pesada, com o cenho retorcido pelo horror que vira. – Se há sobreviventes, provavelmente fugiram para bem longe daqui. A peste pegou todos eles.

Loki não precisou sequer entrar nas choupanas para ter descoberto tal destino sombrio, apenas o cheiro nauseabundo de morte que começou a perambular pela estrada foi resposta o bastante. Segundo a própria experiência, sabia quem era o atual assassino que sempre levava tantas vítimas de uma única vez. Não pensou em nada mais além de correr em busca do companheiro o mais rápido possível e ir embora dali, para ele era a única atitude a ser feita em tais circunstâncias. Da mesma forma que os aldeões restantes fizeram, deixando tudo retornar ao pó em sua partida para esquecer por completo aquela calamidade.

Friedrich suspirou de exaustão, mais mental do que física naquele caso. Mais um lugar completamente desolado pela maldita doença, tal qual ocorreu com sua família. Frequentemente questionava-se a Deus por que não levara somente sua alma que já estivera tão próxima da morte no lugar de todos eles. Contudo, aquela não era uma discussão entre ele e o Senhor. Por mais que odiava tal pensamento, por vezes parecia ser o que os clérigos diziam, sendo a peste um castigo a todo o crime que a humanidade cometia.

‘’Abandonai toda a esperança, vós que entrais ’’.

Já haviam passado pelos portões do inferno.

— Melhor sairmos daqui, o mais rápido possível. – Loki disse preocupado, olhando para os lados receoso como se a temida doença tivesse forma para poder assombrá-lo.

— Acredita que também morreremos assim? – Friedrich indagou com melancolia em seus olhos e medo em sua pele. Tal questão fez o druida ficar atônito, pigarreando tomado de incertezas, sem saber o que dizer para uma pergunta tão súbita.

— Temo pela resposta.

Um silêncio mórbido pairou sobre eles, repletos de pavor pelo simples dia de amanhã. Não havia muito que se falar, menos ainda o que fazer.

— Deve ter sido por isso o incêndio. – Declarou Friedrich, querendo mudar de assunto, pois não gostava do rumo daqueles pensamentos. – Não havia ninguém para conter o fogo, quiçá fora proposital.

Loki apenas concordou com a cabeça, sabia que provavelmente teria pesadelos com o fogo após aquilo, não queria estender ainda mais o tópico. Observou Friedrich deixar o livro no chão novamente com todo cuidado, que sentia pena por não poder leva-lo consigo por conta do peso.

E assim foram embora, como as últimas testemunhas de tal tragédia, que mesmo atrasados foram capazes de sentir toda a dor que emanava daquele lugar.

                                                                      ***

Loki estava adormecido em um sono agitado, o rosto retorcido em sonhos desagradáveis. Contudo, uma noite má dormida era melhor do que nenhuma de toda forma. Por isso Friedrich não ousava despertá-lo, estando concentrado em seus próprios trabalhos em silêncio na madrugada, tendo como companhia apenas os galhos das árvores cobrindo as estrelas.

Em seu colo estava o caderno com suas anotações, enquanto em uma mão segurava a única vela que possuía e que raramente usava para não gastá-la. Jogado ao seu redor estavam frascos, potes e sacos repletos das mais variáveis substâncias que coletara durante a estrada e os dias que se acumulavam com ela. Uma pequena panela era aquecida no forno, saindo fumaça que transbordava em suas bordas e pairava sobre a grama antes de se desvanecer por completo.

A sua frente, em cima de um pedaço de lenço esfarrapado repousava uma lasca de madeira coberta por uma substância incolor e viscosa, semelhante à água que formava uma camada protetora sobre o fragmento, como um casulo recobre uma lagarta. O fogo dançava majestosamente como um grande dançarino pela madeira, mas sem feri-la de maneira alguma, andando sobre a água tal como Cristo no Mar da Galileia.

Friedrich observava impassível a lasca intacta enquanto as chamas bailavam ao seu redor, talvez tivesse sorrido caso acreditasse por completo no que via a sua frente, ainda tomado por extrema surpresa e descrença. Quiçá sorrira com todos os dentes mais tarde, quando a realidade bateu em sua porta e o sentimento de orgulho e vitória lhe preencheu o amago. No momento somente leu e releu seus escritos diversas vezes, virando as páginas com avidez, não esperando realmente que meras ideias pudessem se concretizar de tal forma.

Todavia, ao confirmar que o feito havia sido real, Friedrich apenas ficou observando as chamas dançarem, refletindo em suas íris admiradas por tal fenômeno beirando ao misticismo, quiçá fosse de certa forma. Nem que por alguns segundos, pode pensar que era capaz de tudo naquele mundo, sentindo a pena de volta em suas mãos.


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Notas finais do capítulo

O verso citado faz parte do terceiro canto do Inferno na Divina Comédia de Dante Alighieri, que na época era um verdadeiro sucesso em toda Europa, dá para se dizer que foi um dos primeiros ''best sellers'' a existirem.
Andei conseguindo aprofundar minha pesquisa acerca do dinheiro e as moedas da época, vocês sabem que em capítulos antigos eu já mencionei a dificuldade de mostrar os valores e nomes certos. Encontrei alguns livros de grande ajuda sobre o tema, e talvez no verão quando eu tiver mais tempo eu faça algumas edições nos capítulos, não afetando nada na história em si, somente vou corrigir os valores e as moedas mesmos. Uma coisa complicada é que haviam muitas moedas de nomes e valores diferentes que rondavam uma única região, pois não havia algo muito padronizado. Mais tarde quando eu fizer estes ajustes eu faço uma nota explicando melhor.
Obrigada ao pessoal novo que começou a acompanhar e a todos vocês que estão aqui, comentem o que acharam e nos vemos no próximo capítulo! Se tudo for como eu planejo, acho que consigo trazê-lo no máximo daqui duas semanas.



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