Faces e Fases - Unmöglich und Illegal escrita por Khuscatoff


Capítulo 4
Falsche Identität


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gentw, Três semanas né? Sei que não são muitos leitores, mas são pelos poucos que eu ainda posto. Eu venho passado por uma fase dificil e tals. Mas aqui está mais um capítulo lindo pra vcs.



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Foi acordado com o sol fraco batendo em seu rosto. Era cedo da manhã, o dia estava frio e a cama extremamente aconchegante. Tardou para abrir os olhos, queria passar o dia naquele aconchego, colado ao corpo de Norma.

Colado ao corpo de Norma?

Nicholas abriu os olhos rapidamente e se viu abraçado a amiga, por quem tinha um enorme afeto. Ela respirava calma ainda embalada em um sono profundo. Nada poderia acordar a garota. Nicholas sorriu singelo, estar naquela posição com a pessoa que amava era reconfortante, se imaginou como um casal após uma noite feliz, e quente, com a garota. Nada poderia atrapalhar aquele momento.

— Pervertido — a voz de Valentin ecoou pelo quarto como um sussurro. Nicholas se assustou logo se separando de Norma que continuava adormecida. — Vamos, clone, deixei roupas pra vocês dois no banheiro. Tenho que conversar com você na sala.

— Não me chame assim — pediu Nicholas vermelho

— De que? Pervertido ou Clone? — debochou se encostando na batente da porta

— Os dois — Nicholas desviou o olhar, o chão parecia tão interessante. Levantou sem pressa — É estranho.

— Tá — riu — Tome logo seu banho e dê um jeito nisso, Pervertido.

Valentin apontou para a ereção completamente chamativa de Nicholas, este novamente corou caminhando rápido para o banheiro, fechou a porta rápido e ofegante. Estava completamente envergonhado.

— Nada que eu não tenha visto! — ouviu Valentin falar dentro do quarto — É um belo instrumento.

E saiu do quarto rindo. Nicholas bufou exausto, o dia mal havia começado e já queria se deitar novamente. Se despiu entrando no box chique. Não sabia o que Valentin fazia da vida, mas parecia que tinha bastante dinheiro. O banheiro era chique, na base da cerâmica. Nicholas sorriu, era o melhor banheiro que havia ficado em anos.

Tomou uma ducha morna rápida e se tocou. Vestiu as roupas dadas por Valentin - uma blusa azul, uma calça jeans preta, um suéter verde escuro - ainda com o cabelo molhado. Saiu do cômodo penteando os fios com as mãos, olhou para a cama. Norma ainda dormia. Ele sorriu, mas antes que outros pensamentos de ilusões amorosas viessem à sua mente, girou os calcanhares e saiu do quarto.

Avistou Valentin, apenas de cueca box e blusão, tomando café com um sanduíche. Nicholas se acomodou na bancada se servindo com café, mesmo que Valentin não tivesse oferecido.

— Você gosta dela — sorriu Valentin

— E você é gay — debochou o outro colocando um biscoito Salgado na boca — Sabe o que as duas tem em comum, as duas são óbvias.

Valentin riu baixo negando com a cabeça

— Por que você não fala pra ela? — perguntou o platinado — Seria corajoso.

— Ela namora Petrus — se entristeceu. Olhou a expressão de dúvida de Valentin — O garoto que ajudou Fagner a não ficar numa fria, pra gente poder fugir da igreja. E outra, ela nunca ficaria comigo, nós somos como irmãos, na visão dela. — Deu um suspiro longo — Não vai rolar.

Valentin deu um sorriso triste se desencostando da bancada. Pegou sua xícara e a caneca de Nicholas. Este desviou sua atenção para Norma, que adentrara a cozinha. Nicholas à admirou, era linda, mesmo descabelada e a cara amassada. Olhou em volta bocejando envoltos para o quarto. Valentin e Nicholas trocaram olhares duvidosos.

Após alguns minutos silenciosos, Arkadius entra no apartamento com uma enorme feição de entusiasmo. Valentin torceu o nariz ao ver o cabelo de Valentin, agora roxo. Nicholas sorriu vendo o punk.

— Transou né? — debochou Valentin

Arkadius mostrou o dedo do meio para o platinado e se jogou no sofá

— O que você fez com seu cabelo? — Nicholas torceu o nariz ao ver o roxo do cabelo do punk. Arkadius apenas olhou debochado para o outro — Okay, não precisa responder.

— Eu tive uma ideia genial — sorriu — Uma ideia que vai fazer com que saibamos tudo que Joachim sabia.

Ambos os dois se sentaram em frente ao punk cheios de curiosidade no olhar.

— Nicholas, Você vai ter que viver Joachim — sorriu Arkadius.

O mundo passou a rodar mais devagar, a cabeça de Nicholas viajou naquela possibilidade. Viver uma pessoa que ele nunca havia visto, era quase impossível. Imaginava como tinha que fazer, imitar e interpretar. Eles podiam ser idênticos de aparência, mas era pessoas completamente diferentes se tratando de personalidade. Nicholas havia vivido no interior da Alemanha, numa cidade pequena. Não fazia ideia como viver um repórter.

— Como diabos eu vou fazer isso? — perguntou nervoso

Arkadius levantou

— Temos gravações de Joachim, os documentos dele e relatórios da vida dele. Você é o mais parecido com o Joachim aqui em questões de cabelo e de Furos-Artificais-Na-Cara. — Arkadius limpou a garganta — É só você tirar essa barba estranha e "Tcharam", você vira Joachim.

Nicholas se levanta completamente esbaforido.

— Não posso, não consigo.

Arkadius levantou impaciente

— Escuta aqui, novato — começou completamente irritado — Você está junto com a gente nessa merda. Tem alguém matando a gente aos poucos! Joachim conhecia mais três de nós e ambos os três estão mortos! Então é melhor você colaborar, por que se não, eu vou fazer você ser o próximo a bater as botas.

— Tem pessoas matando vocês? — Norma se pronunciou, ela estava parada na porta do quarto encarando os amigos — Tem mais alguma coisa que nós precisamos saber para mantermos nossa integridade física?

Valentin revirou  os olhos irritado, Nicholas pode ver em sua expressão que Arkadius não devia ter tido aquilo. Norma se aproximou sentando ao lado de Nicholas. Valentin e Arkadius pareciam conversar com o olhar.

— Eu não devia ter falado isso, muito cedo para vocês saberem — murmurou o punk perceptivelmente desconfortável — Há algo acontecendo que não sabemos muito como explicar, por que nem nós sabemos o que está acontecendo. Mas tem alguém matando a gente e isso nos leva a acreditar que Joachim não sofreu um acidente, a gente acha que alguém fez o carro dele capotar.

Norma bufou, ela estava tentando parecer forte, mas era notável que ela queria entrar em pânico.

— Merda, por que vocês não nos contaram antes! A gente poderia estar morto agora! — gritou ela, respirou fundo de apoiando no sofá — Merda... to com fome.

A loira se dirigiu à cozinha frustrada, Nicholas levantou pensando em  tudo aquilo que estava se passando. Sua cabeça doía.

— Okay! Eu faço o Joachim! — gritou irritado, essa fala o lembrou a época em que jogava RPGs e um amigo faltava. Ele sempre tinha que fazer a personagem do ausente. Era frustrante — Tem alguma coisa sobre ele que eu precise saber?

Valentin parou para pensar, Arkadius apenas deu de ombros e saiu indo à cozinha junto a Norma para ter uma calma conversa.

— Ele era repórter...

...

Nicholas estava entrando no apartamento de Joachim, estava vestido como ele é já não tinha a sua barba por fazer. Era uma casa legal, não era cheia de móveis como a de Valentin, mas chegava a ser aconchegante. Deixou as chaves que havia recebido na mesa da sala.

Se dirigiu a cozinha em busca de algo que lhe daria mais pistas sobre a vida do jornalista, não havia nada sobre a mesa de pedra e a pia estava cheia de louça pra ser lavada. Seus olhos ágeis percorreram o local e fitaram um bilhete preso a geladeira.

"Querido, fui para a casa da minha mãe, volto no sábado à noite. Tem comida na geladeira, beijos.

— Sua E."

Nicholas divagou pelo tempo logo percebendo que sábado era este mesmo dia em que se encontrava. Ele tirou o sobretudo que o esquentava daquele dia chuvoso e jogou no sofá. Entrou no quarto. Era grande e a cama casal estava desarrumada, o guarda-roupa escancarado e desorganizado. Novamente analisou o local com os olhos e achou um celular em um criado-mudo.

Contornou a cama e agarrou o celular, olhou para a porta apenas para checar se alguém viria, mesmo sabendo que estava sozinho na casa. Grunhiu frustrado ao notar que o aparelho estava quase sem bateria e, quando o ligou e viu a tela inicial, a tela se apagou e mostrou o símbolo de Sem Bateria.

— Merda... — ele se virou para as gavetas procurando algum carregador, sem sucesso.  Ele se sentou na cama já irritado, puxou o seu próprio telefone. Ligou para Valentin que no terceiro toque atendeu.

— Sim?

— Preciso de ajuda — disse vasculhando o quarto — Achei o celular de Joachim, mas não é o que nós usamos para se comunicar. Eva sabia que ele tinha dois celulares?

— Eva sabe que ele tem vários segredos, mas ela não parece se incomodar — a voz de Valentin soava cansada — Ela é jornalista também, mas ela sempre vai só interior visitar a mãe, ela está fora desde o dia da morte de Joachim. Ou seja, ela não faz a mínima ideia que esteve ausente.

— Você quis dizer morto — corrigiu Nicholas  indo à outro pequeno armário. Na primeira gaveta achou um carregador e, por incrível que pareça, outro celular — Quantos celulares este cara tinha?

Pegou o outro celular e ligou, colocou o primeiro para carregar. O outro tinha uma senha, mas não correspondia pela digital de Nicholas.

— Você sabe desbloquear celular? Este dele não aceita minha digital. — perguntou frustrado — Que droga.

— Arkadius sabe, ele faz isso em algumas horas, se a gente não encher saco, em poucos minutos — debochou o platinado do outra lado da linha

— Não consigo achar o celular comum dele, tipo sem ser este que a gente usa. — Nicholas avisou explorando o local — Acho que estava com ele no acidente. 

Pode ouvir a respiração lenta de Valentin como se este pensasse em alguma coisa. Nicholas se jogou na cama exausto passando os dedos nos fios negros de sua cabeça e, antes que Valentin pudesse responder, Nicholas adormeceu devido ao enorme e cansaços

...

— Joachim — ouviu alguém chamar, era uma voz doce e calma — Querido, acorde.

Nicholas abriu os olhos sonolentos, sua visão estava desfocada e turva. Bocejou se levantando, passou as mãos pelo rosto sonolento e bocejou novamente. Quando tomou consciência de tudo que estava acontecendo, olhou para a mulher, era linda: Tinha enormes cabelos negros e olhos cinzas, era linda e tinha uma expressão cativante.

Eva

Ele se levantou da cama espreguiçando.

— Oi querida, como foi lá...? — perguntou tentando parecer normal

— Frustrante — disse a mulher tirando o casaco — Mamãe estava reclamona como sempre!

Nicholas apenas assentiu com a cabeça, foi em direção ao criado mudo e, antes de pegar o celular que queria desbloquear, Eva o apanhou pondo seu polegar no botão inicial. O celular acendeu. Era de Eva. Nicholas suspirou aliviado. Quando olhou para a mulher, assustou-se ao vê-la apenas com as roupas intimas. Tinha um belo corpo.

Nicholas cruzou as pernas e a voz de Valentin percorreu sua mente: "Pervertido".

— Amor, você lembra onde eu fui antes de você viajar? Eu não to lembrado — tentou

— Você disse que ia resolver um negócio relacionado à sua família biológica. Ia encontrar um tal de Heiko Sei-Lá-O-Que. — disse ela entrando no banheiro sem fazer questão de fechar a porta — Parecia importante.

Nicholas engoliu o seco

— Ah é? — tentou cortar o assunto pegando o celular que já encontrava carregado. Rezou aos céus quando pôs o polegar direto para desbloquear. Assim o fez, a tela de bloqueio sumiu dando acesso aos aplicativos. Acessou o de mensagens, as mas recentes eram de mais cedo.

Logan: Hoffman! Amanhã você tem uma reportagem na Weiss Biotechnology como você queria, não perca essa!

Logan: Joachim! Cade Você?

Logan: ...

Logan: Agora você tem uma estagiário, ordens da patroa.

Logan: Joachiiiiiiiiiim!

"Que Cara chato" pensou Nicholas. Assim as mensagens prosseguiam. Nicholas suspirou frustrado repassando as mensagens para Valentin para que este pudesse pesquisar sobre a empresa. Eva saiu do banho nua secando o cabelo.

— Amor... — ela chamou manhosa subindo na cama — Antes de eu viajar, lembra o que fizemos?

— Lembro... — mentiu

— Senti sua falta na casa da mamãe — ela subiu em cima dela, Nicholas estava corado tentando não transparecer assustado. — Sentiu minha falta?

As mãos da mulher foram descendo vagarosamente pelo corpo do rapaz, ele tentou não olhar para o corpo dela tentando focar apenas nos olhos.

— Eva... — ele ficou mudo quando a mão da mulher alcançou seu membro.

...

Nicholas acordou, estava coberto até o peito, seus cabelos estavam bagunçados e estava nu. Olhou para o lado e viu Eva virada de costas para ele, também nua. Ele respirou fundo não querendo lembrar da noite anterior. Passou as mãos no rosto e se levantou pegando o celular de Joachim. Nada. Pegou o celular dos clones e checou algumas mensagens de Valentin dizendo que Norma iria ser a estagiária e que eles deviam se encontrar na frente da empresa as 9:40. Nicholas olhou o horário no celular, tinha tempo. Deixou o aparelho e foi ao banheiro.

Enquanto tomava banho, sua cabeça estava divagando por tudo o que acontecia. Tinha acabado de transar com uma mulher que acabara de conhecer, mas que ela achava que estavam casados a anos. Nicholas não sabia quantos. Sentiu pena de Eva, se sentiu triste por ela que estava sendo iludida achando que sei marido estava vivo e saudável sendo que este estava no fundo de um lago de decompondo a quatro dias.

Saiu já vestido com uma roupa simples, pôs o sobretudo e saiu do quarto pegando os dois telefones. Se olhou no espelho, parecia ridículo imitando outra pessoa. Mas tinha um papel a cumprir. Se analisou dos pés à cabeça e riu de si mesmo. Não fazia a mínima ideia de como um repórter se vestia.

Nem como se portava. Nem como deveria falar em público. Nem como entrevistava. Não sabia como Joachim era no trabalho, não conhecia seus amigos ou familiares possivelmente adotivos. Não sabia se ele odiava a chefe ou se tinha um caso com ela. Não sabia quem era Eva, não sabia quem era Logan, não sabia quem era HK.

Não sabia quem era Joachim.

Porém, ao se olhar no espelho novamente pode ver tudo o que tinha de fazer. Manter-se em segurança era seu novo emprego, sua função era não morrer, proteger Norma, Petrus e seus amigos clones. Deveria ser forte e ser um ótimo ator, com direito a um Oscar de atuação. Teria de não ser descoberto e preso por Identidade Falsa e por assumir a vida de uma pessoa. Foi pensando nisso que algo a mais o fez refletir.

Havia passando de um sonhador para um criminoso. Já havia cometido dois crime em menos de 48 horas. Invasão de Propriedade e Assumir uma Identidade Falsa.

Mas o que era aquilo perto de Clonar Humanos?

Respirou fundo mais uma vez e saiu da casa.

...

Chegou à imprensa em poucos minutos, os táxis em Berlim eram rápidos e eficientes, coisa que fez Nicholas não se estressar. Havia passando a viagem toda lendo um resumo cheio de detalhes feito por Valentin sobre a Weiss Biotechnology, o que havia feito despertar certa curiosidade sobre o local.

Entrou no prédio de cabeça erguida passando os olhos por todas as pessoas, trocando olhares por qualquer um que estabelecesse certo contato visual. Sorriu tímido, analisou as mesas, as escadas, as pessoas, os cafés nas mãos.

— Joachim! — um rapaz sorridente se aproximou, tinha cabelos ruivos e sorriso torto — Como foi a viagem?

— Boa... — ele murmurou apenas podendo pensar no acidente do verdadeiro Joachim — Errr, sobre a reportagem de hoje...

— Pois é, desculpe avisar tão encima da hora. — ele comentou. Apenas alegando que ele havia avisado, Nicholas soube que este era Logan — Não é uma reportagem difícil, afinal, a Chefe quer falar com você.

Nicholas assentiu.

— Onde fica a sala dela mesmo? — questionou para o colega tentando não parecer anormal

Logan olhou torto pra ele, mas desviou o olhar para atrás dele. Nicholas se virou e lá estava uma mulher alta de cabelos ruivos e olhar sério.

— Está atrasado, Hoffman — sorriu como se debochasse — Vem, tenho que lhe dar uma notícia esplêndida.

A mulher deu as costas e caminhou, seus saltos altos faziam barulhos no chão. Nicholas corria os olhos pela mulher tentando achar algo que desse o nome da mesma. Chegaram na sala "perfeccionistamente" arrumada, seus olhos foram direto na mesa vendo uma placa escrito Evellyn Fuchs Seus olhos foram á suas mãos e pode vê-las nuas, sem nenhuma aliança. Assim soube que deveria chamá-la de Senhorita.

Srta. Fuchs se sentou, arrumou uma caneta que parecia torta ao seu olhar e fitou Nicholas.

— Klaus foi demitido — ela sorriu, Nicholas levantou as sobrancelhas tentando parecer surpreso — Você vai ser o novo âncora do jornal.

O sangue de Nicholas esfriou, estava completamente nervoso diante daquilo. Apresentar um jornal para a Alemanha inteira, onde poderia ter muitos mais clones o assistindo. Sabia que aquilo não daria certo em tantos níveis. Respirou fundo.

— Srta. Fuchs, isso é uma honra! — estava fazendo o melhor para parecer encantado com a notícia — Eu prometo que não irei decepcionará.

"Preciso ser demitido"

— Você sabe que pode me chamar de Evellyn, não é necessário tanta formalidade — sorriu ela

— Sim sim, desculpe. Mas e a matéria sobre a Weiss Biotechnology? — questionou

— A estagiária vai para a empresa entrevistar o Sr. Weiss, Eu vi fotos dele. Se parece muito com você.

— O dono da empresa? Comigo? — seus dedos tremeram, olhou seus pés que se esfregavam frequentemente — Nein, deve ser apenas uma sósia, divertido né? Sabia que uma pessoa pode ter até sete sósia no mundo?

— Não sabia — a mulher sorriu — Imagine, mais sete mulheres como eu pelo mundo. É muita beleza, não acha? Olhe, a estagiária chegou.

— É... — concordou e se virou para porta. Seu coração quase parou ao ver Norma entrando vestida como uma mulher séria, não como uma garota viciada em rock e animes. Norma o encarou e ele fez que sim discretamente com a cabeça e piscou com um olho dando sinal que ele era Nicholas, e não outro clone. Ela cumprimentou Srta. Fuchs e se virou para Nicholas estendendo a mão.

— Norma Bergenthal — sorriu a loira dando uma piscadela para ele

— Joachim Hoffman — Nicholas se apresentou logo dando um sorriso como se não a conhecesse.

...

O dia havia se passando muito rápido, Joachim ficou estudando as matérias que iriam ser apresentadas naquela noite. Ficou pensando em Norma, que já havia dando sua entrevista faz algumas horas e ainda não tinha voltado para a imprensa. Nicholas não havia visto a reportagem por estar muito ocupado sem saber o que fazer naquele dia. Fingia estar trabalhando, mas ficou horas e horas assistindo repórteres-âncoras. Nicholas estava muito nervoso, ficava olhando seu relógio de cinco em cinco minutos esperando que as 7 horas da noite chegasse logo.

Foi quando chegou que Nicholas começou a suar frio e a respirar com dificuldade. Se levantou e seguiu o seu novo amigo, Logan, que era o outro Âncora que o iria acompanhar. Chegou à uma imensa sala, tinha uma mesa polida e curva de madeira clara, inúmeras câmeras e iluminadores, e uma TV presa à uma haste que provavelmente mostraria o que ele deveria falar.

Se sentou trazendo consigo uma caneta e a papelada que teria para dar uma certa colinha da matéria. Olhou para Logan e deu um sorriso amarelo, olhou para o Teleprompter e decorou apenas a primeira frase, olhou para a câmera e uma luz se acendeu mostrando que estavam ao vivo. Começaram falando as manchetes.

— Três alunos são mortos em escola após tiroteio — começou Logan

— Atentado social ocorre neste Sábado chocando Berlim — Nicholas leu e se lembrou que havia presenciado o atentado

— E hoje, uma matéria esplêndida na Weiss Biotechnology que está lutando contra o câncer, seria um avanço tecnológico? — Logan leu

— Corrupção e Cadeia, Ex-Presidente do Brasil é condenado à 12 anos de prisão — Nicholas se surpreendeu com a matéria

— Eu sou Logan Lehmann...

— E eu sou Joachim Hoffman e agora começa o Boa Noite, Alemanha.

Então a luz se apagou, Nicholas parou para respirar. Suspirou e pode ver o número de telespectadores subindo por uma tv ao alto. A luz novamente se acendeu e Logan começou a falar.

O programa estava passando tranquilo, a reportagem sobre a Weiss Biotechnology logo surgiu, não era uma reportagem ao vivo, mas ainda sim exibiram para toda Alemanha e mundo afora que desejava assistir. Norma apareceu nas televisões de todo o país.

— A empresa está trabalhando para atender  a todos que sofrem de Câncer. Um experimento com veneno de abelha pode matar todas as células cancerígenas, que causam a doença, isso pode ser um grande avanço na doença. — Norma falou — A Produção do "Boa Noite, Alemanha" consegui uma entrevista com Charles Weiss... — a câmera se distanciou mostrando um homem, idêntico a Nicholas e aos clones — que é o herdeiro de toda a empresa. — ela se virou para Charles sorrindo — O que exatamente esse experimento faz.

Charles, o Mais novo clone descoberto por Nicholas, começou a explicar sobre a doença. Nicholas pode perceber no olhar de Norma que ela estava analisando o homem vagarosamente e não se importando com nada que ele havia dito.

Nicholas imaginou Norma sentada em casa se assistindo, ele ainda não havia visto a garota no dia novamente e ela ainda não tinha mandando nenhuma mensagem. Se preocupou com ela, sabia que não deixaria de informá-lo de seu paradeiro. Engoliu o seco.

— Aceitamos qualquer um que possa nos ajudar nesta pesquisa revolucionária que, se for um sucesso, será uma enorme bênção para a humanidade e um avanço monumental para a ciência. 

...

Saindo da imprensa, o resto do programa havia sido tranquilo e sem muita matéria para Nicholas, já que era sua primeira vez como âncora (e como repórter). Ele chamou um Táxi logo indo para casa de Joachim, quando seu telefone tocou. Era os dos clones.

— Quem é? — atendeu o rapaz

— Nicholas — gaguejou alguém na linha — É o Fagner, você tem que vir aqui, casa do Valentin.

Nicholas pediu para o táxi parar e se inclinou para frente como se quisesse prestar mais atenção. 

— O que houve? — perguntou preocupado

— É a Norma, ela foi espancada na rua...


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Notas finais do capítulo

Comentem! Isso me dá motivação para escrever



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