Faces e Fases - Unmöglich und Illegal escrita por Khuscatoff


Capítulo 2
Göttliche Erklärung


Notas iniciais do capítulo

SEGUNDO CAP PRA VCS EHHHHHH! Gente, obrigado por quem ta lendo, meus fantasminhas queridos. Amo vcs



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Tomar aquela decisão havia feito a cabeça de Nicholas doer. Mesmo com tanta determinação e vontade de saber o que estava a se passar naquelas horas tensas, tinha medo do que poderia acontecer com ele quando ele chegasse à catedral. Quando deu sete horas da noite, seus pelos ficaram em pé de tão ansioso que estava. Seu coração batia forte e seus dedos tremiam. Pensar em ir aquele local lhe dava arrepios.

Saiu do apartamento as pressas trancando a porta e chamou o elevador. Tentava manter a calma, mas por dentro estava entrando em pânico. Sua respiração, mesmo que devagar e simples, mostrava que Nicholas estava totalmente confuso.

Todas as alternativas vinham em sua mente, que aquele garoto Punk poderia ser apenas uma sósia, era comum no mundo inteiro uma pessoa ter, pelo menos, sete sósias. Pensava seriamente no palpite de Petrus, ter um irmão gêmeo perdido não seria algo tão ruim. Havia mentido ao dizer que tinha absoluta certeza de que ele era filho único.

Mas, se fossem irmãos gêmeos, por que o Punk o havia chamado de Fagner? Algo dizia para Nicholas que o Punk, ou conhecia o Nicholas como Fagner, ou Fagner era um terceiro gêmeo.

Não havia se dado conta que já havia chegado no térreo e a porta do elevador já tinha fechado. Nicholas riu baixo com tal distração e saiu da máquina. Caminhou pelas ruas de Berlim com certo receio e hesitação, não conseguia parar de pensar no seu suposto irmão gêmeo que fugia de tiros.

Foi esse pensamento que fez com que uma pergunta surgisse em sua mente: "O que o Punk fazia naquele dia e por que estava fugindo da policia?"

Foi arrancado desses pensamentos quando avistou a Catedral ao longe. Respirou fundo acelerando seus passos, já era noite e um vento frio fazia os ossos de Nicholas tremerem.

Uma sensação estranha lhe percorreu a mente, olhou para os lados de relance e acelerou os passos mais ainda, estava quase correndo quando esbarrou em um poste quase caindo no chão. Parou massageando o braço pelo forte choque que havia sofrido com a estrutura da metal. Quando olhou para trás, duas figuras o seguiram. Após a confusão, uma raiva percorreu o rapaz.

— O que vocês estão fazendo aqui!? — gritou, mesmo que cochichando — Eu devia ter vindo sozinho!

Norma foi a primeira a se manifestar

— Queríamos proteger você da gangue — ela se defendeu — Eles podem roubar seus órgãos.

Petrus apenas revirou os olhos, Nicholas podia ver que, com aquele ato, Petrus não havia concordado com a ideia e estava ali apenas para cumprir os caprichos da namorada. Nicholas bufou puxando seus próprios cabelos em pura raiva.

— Okay! — praguejou para os amigos — Vamos logo.

Nicholas virou as costas para os amigos esperando que o seguissem, e assim o fizeram. Logo, estavam do outro lado da rua de frente a enorme catedral. Ela era enorme feita de algum material branco que Nicholas não conseguia reconhecer, mármore talvez. A porta ficava bem no centro entre seis enormes pilastras que lembravam templos gregos. Haviam varias estias no teto da estrutura e uma imensa torre, rodeado de pilastras, se erguia do meio da catedral erguendo uma linda cúpula acinzentada. À direita havia uma parte adicional à Catedral, era comprima casa de telhado vermelhos. Nicholas deduziu que era onde os padres viviam, mas realmente, sequer sabia se viviam padres ali.

Se aproximou e hesitou a perto, seus coração batia forte causando-lhe uma anormal agitação. Queria se espreguiçar, era como se seu peito tentasse se abrir a força. Nicholas respirou fundo ainda que nervoso, olhou q porta de madeira e a empurrou com uma mão, era um tanto pesada. Petrus abriu junto com ele e, em segundos, os três estavam dentro.

Antes de notarem as três pessoas ali; Nicholas, Norma e Petrus admiraram o local. Era enorme de paredes brancas, o teto era circular e haviam colunas belas e ornamentaras com brasões esculpidos. Dezenas de cadeiras de alastravam pelo salão. Havia um pequeno altar negro que se destacava no local. Olharam acima deles: havia uma galeria com um enorme orgão dourado.

— Você disse que viria sozinho — uma voz percorreu o salão, Nicholas levantou o olhar assim como seus amigos. Era o garoto punk que falava

— Ave Maria — murmurou Norma ao ver o Punk, estava assustada e, ao mesmo tempo, surpreendida pelo rosto do rapaz. Sabia, sem precisar checar, que eram idênticos.

Nicholas engoliu o seco

— Eu posso explicar, está é Nor... — começou, mas foi interrompido quando os outros dois sujeitos de viraram para ele sorrindo simpáticos, um deles falou algo que soou incompreensível para Nicholas. Era alemão, sabia disso, mas o choque que Nicholas sofrera no instante que havia visto os outros dois, ofuscara as palavras de um deles.

O primeiro tinha um cabelo cortado curto e barba feita, usava preto e pelas vestimentas, Nicholas pode ver que no futuro o garoto iria ser padre. Não tinha dúvida disso. Usava sapato social, uma calça social preta e uma blusa social da mesma cor, por dentro da calça. O segundo tinha um piercing no septo do nariz e um sorriso cativante, seus cabelos caiam nos ombros e eram brancos. Usava um óculos preto RayBan. Suas roupas eram coloridas e seus pulsos cheios de pulseira.

— Meu nome é Arkadius Löhnhoff — o Punk se apresentou e logo apontou para o seminarista e o platinado — Fagner Hauser e Valentin Mohler

A cabeça de Nicholas latejava, estava perdidamente confuso, sua respiração falhou. Estava entrando em desespero total. Como podia ter três pessoas exatamente como ele? Ele se perguntava isso a cada segundo que passava

— Gêmeos? — opinou Petrus

— Sósias — murmurou Norma em resposta, tão assustada quanto Nicholas

Em seguida, a inevitável e inesperada resposta de Valentin veio como um soco no estômago dos três. Calmamente e sem hesitar, Valentin respondeu contrariando todos ali.

— Clones

Clones...

Nicholas parou onde estava e encarou Valentin incrédulo, tentava raciocinar o que havia acontecido ali. Aquela informação chocou sua mente, não sabia o que dizer. Sua respiração falhou, sentiu o mundo ao seu redor girar sem ele. Estava perdido em seus próprios pensamentos conturbados. Desviou o olhar de Valentin e encarou Norma que parecia tão confusa quando ele, Petrus parecia mais relaxado, mas podiam ver o suor escorrendo pelo seu rosto expressando todo o nervosismo que sentia ali.

Nicholas respirou fundo mais uma vez antes de começar a falar

— Não é possível — afirmou convencido — Clonagem humana é impossível e ilegal! Estaríamos mortos antes mesmo dos 15 se fosse possível.

— Olha, eu também não acreditei quando soube — começou Valentin — Ainda não sabemos o por que disso. A nossa fonte, Joachim...

— Valentin! — advertiu o Fagner — Agora não, não na casa de meu pai. 

— É apenas uma igreja, Fagner, seu Deus não existe — Arkadius revirou os olhos. — Apenas quatro paredes e um teto.

Fagner, repreendendo Arkadius, fez a Cruz no peito como o que Arkadius havia dito fosse um pecado. O punk revirou os olhos e cruzou os braços sem paciência nenhuma, Valentin se aproximou de Nicholas.

— Olha, está tudo bem. É normal você reagir assim. Vamos lá em casa, posso explicar tudo melhor pra você — prontificou-se Valentin — E também, tenho que te mostrar algumas coisas para...

Foi interrompido por uma porta que bateu, todos olharam para o altar da igreja. Puderam ouvir os passo calmos ao longe de alguém que se aproximava. Fagner arregalou os olhos assustado correndo para um banco e se ajoelhando

— Se escondam! — cochichou o seminarista, se não precisasse fazer silêncio, estaria gritando — Rápido!

Antes que a informação fosse processado por Nicholas, Norma já havia o puxado à força e o empurrado no chão. Ela se abaixou junto á Valentin. Na fileira de bancos ao lado, se escondiam Arkadius e Petrus, ambos aterrorizados pelo enorme susto. Norma iria falar algo, mas teve sua boca tapada pela mão de Valentin. Nicholas se sentou, ainda com dor, e tentou respirar calmamente. Nada daquilo fazia sentido em sua cabeça. Todas as vezes explicações pareciam plausíveis para ele; mas clonagem? Não, ele se negava a acreditar em certa tolice.

Com o passar dos segundos, os passos foram se intensificando. Nicholas queria sair dali o mais rápido dali, Desejava tropeçar na rua, cair na escuridão infinita e acordar, descobrir que tudo era um sonho.

Infelizmente sabia que nos era...

O silêncio rapidamente foi quebrado quando uma voz, provavelmente de um padre de idade, invadiu o local:

— Fagner? — a voz soava sonolenta — Há mais alguém aqui com você?

— Não, Padre — mentiu Fagner suando em nervosismo — Apenas eu, sozinho, como sempre.

O coração de Nicholas, por mais acelerado que estivesse, se apertou. Podia sentir a solidão nas palavras mórbidas de Fagner. Compreendeu que a vida de um seminarista não era fácil. Sempre ali, na igreja, sem poder de entregar aos desejos mudanos da vida. Pensou em quanto chato devia ser. Não poderia beber, nunca transaria na vida, nunca poderia se relacionar. Imaginou a vocação divina que o garoto devia sentir por abdicar tais prazeres humanos para servir à Deus.

Sentia pena dele

Quando retornou à realidade, pode ouvir apenas o final da conversa. Não consegui ver o que ali acontecia, mas entendeu que o Padre segurava forte o pulso de Fagner alegando que o seminarista estaria mentido. Aquilo terno coração de Nicholas se apertar mais. Fagner afirmava estar só é reclamava que seu pulso doía.

— Quem está aqui, Hauser! — o padre vociferou para Fagner — Fale!

Norma respirou fundo nervosa, iria se levantar e revelar a todos que estavam ali. Ela tinha uma visão melhor do que estava acontecendo, ela tinha grande carinho por Nicholas, não suportaria ver ele numa situação como essa. Sabia que não era Nicholas ali, mas Fagner tinha o mesmo rosto que ele, mesmo que extremamente confusa e perplexa com tudo que estava acontecendo ali, ela não conseguia aguentar aquilo.

Respirou fundo e, quando ia levantar, a voz de Petrus soou alta. Ela olhou o namorado, agora de pé.

— Estou aqui — disse sorrindo envergonhado — Não é culpa dele.

Nicholas suou frio, Norma tremeu, Arkadius bufou por tal estupidez e Valentin riu baixo de nervoso. Nenhum deles esperava tão ação por parte do garoto. Petrus saiu de onde estava se escondendo e se aproximou do padre.

— Eu tinha vindo aqui para conversar com Fagner sobre o projeto, não é?— mentiu Petrus

Fagner olhou confuso para Petrus que pensava em como continuar a sua mentira sem fazer o Padre verificar onde estava escondido. Se o fizesse, encontraria Norma e os outros. Sem hesitar, se virou para Fagner sorrindo.

— Você ainda não contou para ele? — debochou — Fagner, Fagner. Sempre tão calado.

Fagner engoliu o seco e forjou uma risada envergonhada, não ousou olhar para o Padre pelo medo que sentia. Apenas encarou seus sapatos sociais como se fossem as coisas mais interessantes no mundo inteiro.

Petrus continuou olhando para o Herman, estava nervoso, não sabia se havia convencido o mesmo com suas asneiras. Herman mudou a expressão de raiva e seriedade para um sorriso cativante.

— Ah, filho, venha, podemos conversar sobre esse projeto lá dentro.

Nicholas, ainda escondido, suspirou em alivio sentindo seu peito subir e descer com extrema velocidade. Puderam ouvir Petrus, Fagner e Padre Herman se afastarem do lugar indo à um local mais interno e afastado dali.

Quando o local se tornou silencioso, Arkadius logo levantou em desespero. Valentin compreendeu e puxou Nicholas e Norma pelos pulsos e correu os levando consigo. Norma quase se desequilibrou e caiu, mas conseguiu manter a corrida. Nicholas já estava mais calmo, mesmo que correndo em desespero. Enquanto estava escondido, raciocinou todo o processo que estava passando. Toda a informação que havia absorvido naquele dia. Em um dia só, sua vida havia virado de cabeça para baixo.

Tudo o que queria era que tudo se explicasse, e suas preces tinha sido atendidas.

Quando se deu conta, estavam em uma van preta, Valentin dirigia constantemente olhando pelo retrovisor vendo Norma e Nicholas, percebia seu nervosismo, quando percebeu que Nicholas voltou a realidade, sorriu voltando os olhos à rua.

— Vamos pra casa, temos coisas à explicar


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Notas finais do capítulo

Eu amo vocês, mas vamos dar umas comentadas aqui né, um bejo



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