Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 9
A fuga


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE!!! Voltei, com um capitulo bem interessante para vocês...
a partir do próximo começaremos uma nova fase na história, e verdades serão reveladas, mas agora as postagens começaram a ser realizadas normalmente, já acabei de adiantar, e agora a fic não está mais tão no inicio assim, estamos chegando nas partes mais interessantes, então vejo que não tem muita necessidade de correr...
agora as postagens vão voltar a ser semanais as vezes e as vezes as postagens serão quinzenalmente, a data exata só no meu grupo do whatsaap mesmo...
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a próxima fic que estarei dando uma acelerada será em the secrets, ainda não a conhece, dê uma passada lá, também é uma fic de mistério, dê uma olhada: https://fanfiction.com.br/historia/754441/The_Secrets/
é isso ai... beijos!!!



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9. A fuga

Emmett e eu saímos da mansão, eu ainda escutei a voz de minha mãe me chamando, mas eu não dei mais ouvidos a ela, entramos rapidamente dentro do carro de Emmett e seguimos em disparada em direção ao aeroporto. Ao chegarmos lá, entramos bastante rápido e sem perder tempo fomos em direção ao balcão onde se encontrava as recepcionistas.

— Eu preciso de uma informação! – falei, rapidamente para uma delas. – Quero saber se a Isabella Cullen embarcou ou vai embarcar em algum voo hoje ou amanhã...

— Senhor, me desculpa, eu não posso passar essas informações, é pessoal! – ela me respondeu.

— Aqui está minha certidão de casamento, essa pessoa da qual eu estou pedindo essa informação é minha esposa, eu estou com alguns documentos, ela deve estar acompanhada com a irmã e com mais um homem, é um assunto sério! – falei.

— Senhor, eu não posso...

— Por favor! – eu a interrompi e soltei um longo suspiro. – Pode se tratar de um sequestro, o homem que está com elas podem ter a obrigado, ela é minha esposa, está aqui á certidão, por que você acha que estou aqui implorando para que você me dê essa informação?

Ela ficou calada por alguns segundos, me olhando, até que soltou um longo suspiro.

— Bom, só espere alguns minutos, vou falar com o meu supervisor! – ela pediu, eu suspirei e concordei com a cabeça.

— Obrigado! – agradeci, assim que ela se afastou, virei para Emmett.

— Já é alguma coisa, se me falarem para qual país que eles foram... – eu disse.

— Bom, eles também pode ter viajado de carro, achando que seria mais seguro, Jacob é esperto, poderia ter imaginado que você viria até o aeroporto atrás deles! – Emmett respondeu, e então ao pensar nisso eu concordei com a cabeça, porém torcendo em pensamentos que na hora em que ele planejou isso, Jacob não pensasse e acabasse decidindo viajar de avião.

***

Emmett e eu acabamos conseguindo a informação com os funcionários do aeroporto, porém havia ocorrido o que Emmett mesmo imaginou, eles não embarcaram em nenhum avião, e também não havia nenhum voo comprado com o nome deles.

— É como eu falei, eles foram pela estrada, é mais seguro! – Emmett dizia enquanto saiamos do aeroporto.

— E para onde foram? – eu perguntei.

— Bom, eles podem ter ido para qualquer cidade, Jacob tem dinheiro pode ter alugado alguma casa, esperar para depois viajar, com certeza ele vai esperar você desistir de procura-los! – Emmett respondeu.

— Droga, eu então entendo...  Por que ela fez isso? Estávamos nos dando bem, ela estava dando uma oportunidade de nos conhecermos melhor e...

— Edward! – Emmett interrompeu, fazendo com que eu o olhasse, com um semblante sério. – Se isso for verdade, você não a conhece, ela e Jacob podem ter mesmo algum caso, ela pode ser qualquer tipo de mulher, talvez a intenção dela desde o inicio fosse mesmo ficar com o seu dinheiro, e então mesmo que você fosse o cara mais legal do mundo com ela, nada iria mudar, ela não iria desistir já que ela já tem um caso com Jacob e já tem seus planos armados com ele!

É, isso eu não podia deixar de concordar com Emmett, porém se tudo isso for verdade, Isabella disfarçou muito bem, pois apesar de tudo, apesar de todas as minhas desconfianças, ela não parecia ser uma pessoa ruim e eu não posso negar que fiquei completamente decepcionado com o ocorrido.

Embora eu me sentisse culpado por ter me deixado levar e ter me permitido acreditar nela, eu ainda acho que tive razões suficientes para me enganar, afinal, foram varias vezes que ela agiu de uma forma que até parecia que sentia algo por mim, pelo menos quando eu a beijava, ou quando dava a impressão de que ela ficava incomodada com o atrevimento de Tanya.

 Mas para mim estava claro que agora a realidade estava sendo jogada na minha cara. Tinha algo de errado desde o inicio, eu sabia disso, e uma hora essa bomba iria estourar. Eu sabia que tinha que estar preparado para quando isso acontecesse, mas tenho que confessar que tudo fora rápido demais. E o que mais me incomodava é que eu queria a verdade, porém, eu não a tive, terei que me contentar apenas com as evidencias.

Eles fugiram, fazendo com que eu concluísse que eu estava certo, porém eu não ouvi a verdade da boca de Isabella, eu não soube os detalhes, eu não soube o que aconteceu, e isso me deixava frustrado, completamente frustrado.

Ela fugiu e eu fiquei apenas ali, com as duvidas.

Não consegui dormir a noite inteira, fiquei pensando o que faria nos próximos dias, o que eu falaria para o meu circulo de amizades, para a imprensa, para a minha família. Pensei em esperar para ver se conseguia alguma pista, pensei em colocar algum detetive particular, pensei em continuar a procura, só que ás vezes vinha a duvida na minha mente, me perguntando se valia a pena, se eu devia mesmo procura-la. Afinal, o que eu faria se a encontrasse além de fazer um escândalo?

Eu até queria encontrar Isabella, porém eu não fazia ideia por onde começar a procura. Minha mãe ainda tentava enganar a si própria, dizendo que eu estou enganado, que eles podem cada um ter ido para um lado, e isso ter sido apenas uma terrível coincidência. Eu até entendia ela, pois mães sempre querem ver o lado bom dos filhos, nunca querem acreditar que na verdade eles podem ser ruins, mas isso não mudava os fatos, mesmo minha mãe não acreditando, Jacob cada dia demonstrava mais ser uma má pessoa, e cada hora que passava e ele não aparecia, eu acreditava cada vez mais nesse fato.

E quando finalmente eu vi o dia amanhecendo e sem sinal de Isabella, e sem sinal de Jacob, eu tive a mais certeza absoluta de que minhas suspeitas estavam certas, eles haviam fugido juntos.

Tentei no dia seguinte ir para o trabalho, tentar distrair a cabeça e tentar não pensar nesse assunto, mas eu não conseguia. Isabella e Jacob não saiam da minha cabeça. Eu não tinha muito que fazer, eu não poderia pedir ajuda a policia, se não acabaria tendo que acusar Jacob de sequestro e seria muito para minha mãe suportar. Eu não tinha como procurar, pois não fazia ideia para onde eles poderiam ter ido. E ainda eu não sabia muito sobre Isabella, não tinha nem como pensar onde procurar, realmente, a fuga deles havia sido perfeita. Não havia me sobrado pista nenhuma, eles sabiam que eu não teria o que fazer.

Fiquei andando para um lado e para o outro da minha sala, parei os olhos na janela, enquanto esses pensamentos continuavam rodando por minha mente.

— Você deveria anular o seu casamento... – ouvi a voz de Emmett falando, virei para ele e o olhei seriamente, Emmett estava sentado em minha mesa, olhando alguns papeis.

— Não, não dá, como vou anular sem ter a certeza de que... – comecei, Emmett olhou para mim bastante rápido.

— Edward, está claro de que ela não quer continuar o casamento, pode até as coisas não terem acontecido da forma em que imaginamos, mas mesmo assim amigo, ela fugiu e provavelmente fez isso porque você não quis dar o divorcio, então, se ela não quer continuar, não tem porque vocês continuarem casados... – ele falou me interrompendo, e então soltei um longo suspiro.

É, mesmo sendo difícil de aceitar isso, Emmett tinha razão, além de eu não ter nenhuma pista para conseguir encontra-la, também eu tinha que pensar no fato de que se eu a procurasse, talvez tudo seja em vão. Afinal, será que se eu encontrasse Isabella ela iria querer voltar para mansão? Será que eu não estava sendo idiota demais? O que eu iria fazer com Isabella? Ela desde o inicio só estava querendo se divorciar, e era isso que ela iria jogar na minha cara. Definitivamente eu não entendia até agora aonde eu queria chegar com tudo isso, eu não entendia o porquê eu estava me sentindo realmente como um marido traído. Na verdade, eu estava sendo um completo idiota e sabia disso.

Emmett estava certo, o melhor a se fazer é anular o casamento.

***

Era a segunda noite sem Isabella, e mais uma noite que eu estava com dificuldades para dormir, comecei a virar para um lado, e para o outro e quando me dei conta de que realmente eu não iria dormir suspirei irritado. Eu tinha que esquecer, eu precisava esquecer.

Sentei-me na cama, e passei a mão em minha testa, notei que ela estava suada. Foi quando, de repente escutei um barulho, era o toque do meu celular, alguém estava me ligando, peguei o telefone e vi que se tratava de um numero desconhecido, mesmo assim rapidamente atendi.

— Alô? – falei. Demorou alguns segundos para a pessoa do outro lado da linha me responder.

— É o Edward Cullen? – era uma voz masculina e desconhecida, porém parecia se tratar de algum senhor de idade.

— Sim, quem é? – perguntei.

— Sou o Charlie Swan... – respondeu a voz. Swan? Logo raciocinei que deveria se tratar do pai de Isabella, já que ela uma vez me falou que seu sobrenome era Swan.

Era estranho, mas só poderia ser ele, e uma esperança de que Isabella poderia ter pedido para ele entrar em contato comigo, surgiu bem no fundo do meu peito.

— Você é o pai da Isabella? – perguntei, levantando-me da cama rapidamente.

— Sim, e eu sei que você é o marido dela, e que ela não está na sua casa nesse momento, eu sei que ela fugiu, ela e minha outra filha, Jane...

— Sr. Swan, você sabe onde elas estão? – perguntei, já com coração disparando.

— Sim, filho, me escuta, elas não são más pessoas, eu sou maior culpado disso tudo...

— O senhor? Por quê?

— Eu não atrevo a dizer, mas eu sei que se o senhor encontrar as minhas meninas, a própria Isabella vai acabar contando ao senhor, por favor, filho, busca elas, tira elas daquele desalmado, eu te imploro...

Eu engoli em seco, fui até a minha estante, peguei rapidamente um pedaço de papel e uma caneta, e então eu rapidamente perguntei:

— Tudo bem senhor Swan, me diga, onde ela esta, me passa exatamente o endereço...

***

O endereço que o Sr. Swan passou não era tão longe, eles ainda estavam na cidade, em um hotel barato, com certeza os escolheram para que eu não pensasse em procura-los por lá.

O Sr. Swan assim que me passou o endereço desligou o telefone sem ao menos se despedir, então, a única coisa que me restara fazer foi procura-las naquele hotel. Então esperei o dia amanhecer, e chamei Emmett para irmos até esse endereço, foi ele que dirigiu, e a viagem durou cerca de uma hora apenas, eram mais ou menos nove horas da manhã quando estacionamos o carro em frente ao local indicado por Charlie.

O hotel realmente é bastante simples, eu desci rapidamente do carro e fui me aproximando da janela do hotel, ela era grande e estava aberta, ficava próxima a porta de entrada, e dava a visão inteira do restaurante do hotel, olhei em volta do restaurante e vi que as mesas estavam vazias, exceto uma, e quem estava sentada nela era justamente quem tanto procuro. Engoli em seco, quando avistei Isabella sentada em uma das mesas que ficava ao lado da janela, ela lia um pedaço de papel, parecia ser uma carta, e algumas lágrimas caiam de seus olhos.

Parei o mais próximo da janela o possível, e encarei-a seriamente.

— Por que você fez isso? – perguntei, Isabella no mesmo momento olhou-me com um olhar assustado, se levantou da mesa num pulo, deu alguns passos para trás, como se tivesse avistando um fantasma e não eu.

— Não acredito... Você não está aqui... – ela disse.

— Sim, eu estou! – eu falei, num tom sério. Ela então se virou e saiu quase correndo pelo restaurante, entrei rapidamente pela porta de entrada e comecei a segui-la, junto de Emmett. – Isabella, Isabella! – eu chamei-a, ainda em passos apressados saímos do restaurante e chegamos á parte externa do hotel, ali tinha grama e alguns bancos, fora então que finalmente eu a alcancei, puxei-a pelo braço, obrigando-a a parar, ela se virou e olhou-me com um olhar assustado. Jacob bem no momento apareceu, deveria estar ali perto e assim que me viu junto de Isabella, ele logo se aproximou.

— Solta ela! O que você está fazendo aqui? – ele perguntou. Eu o olhei completamente abismado, me perguntando como ele poderia ser tão cínico.

— Você ainda pergunta? – eu disse, soltando Isabella e dando alguns passos na direção de Jacob. – Você sequestrou a minha esposa! – eu gritei.

— Eu não a sequestrei! – Jacob gritou de volta. – Ela não quer você, quantas vezes ela vai ter que te mostrar isso?! Ela não ama você!

Eu dei uma risada e discordei com a cabeça, passando a mão no cabelo num gesto nervoso.

— Então qual é a sua desculpa Jacob? – falei no tom mais irritado o possível. – Eu me casei com ela, pois estávamos apaixonados, e ai de repente eu sofri um acidente, vocês pensaram que morri e ai se apaixonaram, ai eu retorno, não me lembro da minha esposa, ela não quer mais nada comigo porque está apaixonada por você, e ai, ela pede o divorcio, eu não quero dar e então vocês decidem fugir juntos como nas novelas! Não me diga que aconteceu isso? – eu perguntei num tom alto e totalmente irônico.

— Uau... Você está até parecendo um vidente agora... Como adivinhou? – ele perguntou no mesmo tom que o meu, aquilo foi o suficiente para o meu sangue subir, quando dei por mim já havia acertado um soco bem no rosto daquele infeliz.

Isabella gritou, Emmett entrou no meio, segurando-me pelos ombros e me empurrando para longe de Jacob.

— Calma, não vai ser assim que vocês vão resolver isso, se isso for verdade, não temos nada mais para fazer aqui... – Emmett disse rapidamente, parecia preocupado.

Minha respiração estava agitada, eu discordava com a cabeça inconformado, olhei para Isabella que me encarava com um olhar assustado, depois olhei para Jacob que me olhava com um olhar raivoso, enquanto estava com a mão no local em que havia levado o soco.

— Eu não vou embora daqui até ela mesma me falar isso com a própria boca dela! – eu falei, olhando para Isabella.

— Isso ela pode dizer, não pode Isabella? – Jacob respondeu.

Isabella olhou para Jacob, depois olhou para mim, depois olhou para Jacob novamente, até que então ela discordou algo com a cabeça, e se virou, começando a caminhar em passos bem largos, voltando para a área interna do hotel, estava novamente fugindo.

— ISABELLA! – eu chamei, saindo correndo atrás dela, ouvi Jacob também a chamar, mas Emmett o segurou  e ficou para trás falando com ele.

Isabella seguiu em direção aos corredores que ficavam os quartos, eu continuei seguindo-a e avistei quando ela rapidamente destrancou a porta de um dos quartos, entrou e a fechou, antes de eu chegar até ela. Mas eu não desisti, eu me aproximei e comecei a bater na porta, mas demorou algum tempo para que ela fosse aberta, porém não por Isabella, mas sim pela irmã dela.

Encarei Jane rapidamente, que deu espaço para que eu entrasse, e foi assim que eu fiz, já encarando Isabella, minha respiração estava acelerada, isso por causa do nervoso que eu estava sentindo devido a tudo que estava acontecendo, meu sangue ainda estava quente desde a insinuação de Jacob de que Isabella havia ido embora porque estava apaixonada por ele.

 — Dá para me dizer por que você fez isso? – eu perguntei.

— Eu pensei melhor e... – ela iniciou.

— É pensou? Certo! Você vai continuar pensando lá em casa! – eu falei, interrompendo-a. – Vamos embora!

— Não! – ela respondeu, duramente. Mais algumas lágrimas caíram dos olhos dela, ela não parecia estar tão segura assim.

— O que? – perguntei.

 — Não vale a pena eu continuar na sua casa! – ela respondeu num tom de choro.

— Ah é? Ai você foi e fugiu com o meu irmão? Então é verdade, você o ama? É isso?! – eu perguntei.

— Sim! – ela respondeu ainda chorando.

— Bella, não, por favor, diga a verdade, diga a verdade! – pediu a irmã dela, aproximando-se de nós, parecia desesperada.

Olhei para Jane, depois olhei para Isabella, notei que ela ainda segurava aquele papel que eu a vi lendo assim que cheguei ao hotel, puxei- o rapidamente da mão dela. Ela ficou assustada com o meu gesto.

— Não, para, você não tem esse direito! – ela disse, tentando puxar o papel da minha mão.

Eu me afastei rapidamente dela, começando a ler o papel. Era realmente uma carta, era a carta do pai dela.

Bella e Jane

Minhas filhas, eu ouvi vocês conversando, eu sei de tudo que vocês estão passando nessas ultimas semanas, eu ouvi a conversa de vocês, e sei que estão passando por problemas e que partes deles são por minha culpa, eu sei que vocês estão com medo de Jacob me mandar para cadeia, e está aceitando tudo, mas eu não quero que vocês acabem com suas vidas por causa de mim. Não confiem no Jacob, Bella, minha filha, conte a verdade para esse moço com quem você se casou, não tenha medo dele, pelo que vocês falam, ele não me parece uma pessoa ruim, ele vai compreender. E para não se preocuparem com que Jacob poderá fazer comigo, eu decidi ir embora minhas filhas, assim não causarei mais problemas, mas não se preocupe comigo, eu estou bem. Bella, você é uma boa moça, não deixe esse desalmado acabar com você, se afaste dele, eu te imploro.

Com amor, de seu pai Charlie.

— O que significa isso? – eu perguntei, assim que terminei de ler. — Você pode me explicar Isabella? – eu insisti na pergunta. – Por que Jacob poderia mandar o seu pai para cadeia? – eu perguntei, aproximando-me dela. Isabella me encarou com a respiração acelerada, provavelmente por causa de seu nervosismo, depois, ela desviou o olhar para irmã, olhei para Jane e vi que ela nos encarava com os olhos arregalados. — Não quer me falar, então me fala você Jane, o que o pai de vocês fizeram?...

— Ele não é uma má pessoa, ele só... – ela começou.

— Jane não! – Isabella a cortou quase aos gritos, rapidamente olhei para Isabella, notei que uma lágrima caiu dos olhos dela.

— Você não vai deixar mesmo sua irmã me contar? – perguntei, tentando me aproximar mais dela, no mesmo momento ela tentou sair correndo para fora do quarto, porém rapidamente eu segurei-a pela cintura, senti ela se debater com força em meus braços, e eu virei-a em minha direção, ela me encarou com um olhar assustado.

— Meu pai não tem culpa de nada! – ela gritou olhando-me fixamente. – Tudo que está acontecendo é minha culpa, minha irmã e ele são vitimas, eles estão aqui, por minha culpa, minha, só minha! – ela disse, voltando a debater-se em meus braços, tentando se soltar.

— Isabella, acalme-se, eu quero que você me explique o que está acontecendo! – eu pedi. – Se eu consegui encontrar vocês foi graças ao seu pai... – eu continuei, e só então Isabella parou de tentar se soltar, e ela e sua irmã me encararam, surpresas.

— Como? Você sabe onde o meu pai está? – ela perguntou.

— Ele me ligou, pediu para que eu viesse atrás de vocês, ele me passou o endereço, então acho que com essa carta e pela atitude de seu pai, você já consegue imaginar qual é o desejo dele, não é? Ele quer que você me conte a verdade, então por que você não o escuta? Acredito que vai ser o melhor para você, para sua irmã e para ele... – eu disse, no tom mais calmo o possível, ela estava nervosa, então, eu queria tentar deixar ela mais calma.

Isabella me encarou com a respiração acelerada.

— Você não me respondeu, você sabe onde ele está? – ela novamente perguntou, mais uma lágrima caiu dos olhos dela.

— Posso contratar um detetive para encontra-lo, mas só com a condição que você me conte a verdade... – falei.

Ela continuou me encarando meio hesitante, até que depois de alguns segundos, ela enfim abaixou a cabeça.

— Tudo bem... – ela disse num tom baixo, eu sorri levemente para ela.

— Certo, porém não vamos terminar essa conversa aqui... – eu disse, ela voltou a me olhar. – Vamos conversar lá em casa!

***

Voltamos para casa com Emmett, quando sai do quarto com as duas, Jacob já tinha desaparecido, Emmett falou que contou sobre as minhas desconfianças para ele, ele riu e disse que tudo era um tanto ridículo, e depois disso saiu andando, e agora, desapareceu. Talvez ele já soubesse que Isabella voltaria para casa comigo, e precisava fugir antes dela contar a verdade. É eu havia destruído os planos dele, embora eu ainda não o soubesse por completo.

Finalmente eu havia conseguido o que queria, Isabella estava indo para casa comigo, e quando chegássemos lá eu finalmente iria descobrir quem é de verdade o meu irmão, a pessoa que mora comigo, que dorme no quarto próximo ao meu, eu não podia negar que eu estava levemente com medo do que ela poderia me contar, se ela me falasse que realmente ele tentou me assassinar? Se ele for o culpado do meu acidente? Eu não sabia como iria reagir, pois uma coisa é ter suspeitas e outra muito diferente é ter a certeza. Com certeza eu ficaria decepcionado, apesar de que eu sempre soube que ele não gostava de mim, mas mesmo assim ainda tínhamos o mesmo sangue. E claro, ter certeza disso, iria doer.

Porém, eu sabia que não adiantaria nada eu fechar os olhos e ficar fingindo que Jacob me adora, e que me considera como um irmão e nunca, nunca faria nada comigo. Isso não colaboraria em nada, e seria um tanto perigoso tentar acreditar nisso, o melhor a se fazer é descobrir a verdade, por mais dolorosa que seja.

Emmett deixou Isabella, a irmã dela e eu em casa, e depois foi embora, disse que apareceria mais tarde e eu ate sabia para que, com certeza ele estaria querendo saber o que Isabella iria me contar. Eu concordei, o agradeci, e juntos entramos na mansão. Logo na sala de estar, deparei com minha mãe, ela parecia aflita.

— Edward! Ai meu Deus, você as encontrou, cadê o Jacob? – ela perguntou, aproximando-se de mim.

— Eu não sei mãe... – respondi.

— Ele não estava com elas, não é? Por isso você não o encontrou! – ela disse, até suspirou aliviada ao pensar nisso, eu pensei em dizer para ela o que ela tanto queria ouvir, que eu estava enganado, porém eu sabia que seria uma mentira, mas também se eu falasse que Jacob estava com elas, ela iria querer explicações, e a ultima coisa que eu queria no momento era dar explicações, eu só queria escutar, escutar o que Isabella tinha para me falar, então a mentira me pareceu naquele momento a melhor solução.

— Não mãe, eu estava enganado! – respondi, Isabella encarou-me com as sobrancelhas franzidas, depois se entreolhou com Jane, já minha mãe sorriu, parecia feliz com o que eu havia acabado de falar para ela.

— Ai graças a Deus! – ela exclamou.

— Eu vou conversar com minha esposa, depois nós conversamos mãe... – eu disse.

— Ah claro, vai lá filho! – ela disse, depois saiu andando em direção ao escritório, afinal, ela já havia escutado o que ela tanto queria saber.

 Jane foi para o seu quarto, já eu conduzi Isabella para o meu, ali seria o local que iriamos conversar, e eu já sabia que sairia dali apenas quando Isabella me contasse toda a verdade, pedi para o mordomo levar café para nós dois, sentamos na mesma mesa que alguma semanas atrás Isabella me pediu o divorcio. Agora naquele local iriamos ter mais uma nova conversa.

Esperei o mordomo trazer o café, e enquanto ela bebia, eu a olhava com atenção, notei que ela me olhava com um olhar assustado, ela parecia extremamente nervosa, na verdade todos esses dias, desde que a conheci ela parecia da mesma forma. Nervosa.

— E então? – eu perguntei. – Vai me contar a verdade?

Ela colocou a xicara na mesa, e respirou fundo.

— S-Sim... Porém, eu quero que você me prometa uma única coisa... – ela falou.

— Encontrar o seu pai? – perguntei, ela soltou um longo suspiro.

— Isso também, mas é outra coisa! – ela disse e respirou fundo antes de continuar. – Se quiser mandar alguém para prisão, denunciar, eu não sei, qualquer coisa, eu peço que você faça comigo e deixe meu pai e minha irmã fora disso, eu não quero que eles sofram por algo que eu fiz, a culpa foi toda minha... – ela respondeu.

— Se você ser sincera Isabella, eu não denuncio nenhum de vocês, pois mesmo antes de saber de toda a história, eu sei que você não é uma má pessoa, parece que foi enganada... – eu respondi, Isabella me olhou, um tanto surpresa, deu um sorriso de leve e confirmou com a cabeça. – Começando, me fala você e eu estamos mesmo casados?

— S-Sim... – ela gaguejou.

— Você então se casou comigo? – eu perguntei.

— Eu me casei com Edward Cullen... – ela respondeu, firmemente, enquanto me olhava nos olhos.  – Eu vou te contar como tudo aconteceu, desde o inicio...

Continua...


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Notas finais do capítulo

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