Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 7
Aniversário I


Notas iniciais do capítulo

Ola gente, voltei como prometi que ia dar uma acelerada nessa semana e na outra nessa fic, aqui estou eu, estamos chegando a parte mais emocionante, em breve as coisas nessa fic irão esquentar então não perca pessoal, quinta-feira teremos mais, comentem, recomendem e favoritem *-*



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7. Aniversário I

Embora a boca dela estivesse com o gosto de álcool, o beijo era bom, bom o suficiente para eu não querer mais parar de beijá-la, bom o suficiente para eu somente querer beijá-la mais e mais.

Isabella me atraia de um jeito incrível, o que fazia com que nossos beijos fossem quente, extremamente quente. E enquanto eu sentia as mãos dela apertarem os meus ombros, eu sentia todo meu corpo esquentar, o sangue fervia e a minha vontade naquele exato momento era de aprofundar o beijo, pegá-la no colo e levá-la para meu quarto. Mas eu sabia que se eu chegasse a esse ponto, ela iria parar em algum momento, e ainda poderia fazer novas acusações.

— Para! – eu escutei-a sussurrar entre o beijo, ela me empurrou levemente, e se afastou, fazendo com que eu ficasse com aquele desejo de quero mais. Ela levantou-se do degrau e segurou-se no corrimão para não cair. Em seguida me olhou de uma forma assustada, como se eu fosse um lobo mau, que fosse fazer algo de muito errado com ela. – Nós não podemos... – ela acrescentou após alguns segundos, eu percebi que ela estava meio tremula.

— Somos casados, não somos? – perguntei, levantando-me também.

Ela me olhou por alguns segundos, antes de me responder.

— S-Sim... – ela gaguejou. – Mas só no civil!

— Mas por lei somos marido e mulher, não há nada de errado se quisermos agir como um casal, pois somos um casal! – respondi.

— Não para mim... – ela respondeu e depois caminhou até a porta cambaleando devido á bebedeira, fui andando rapidamente atrás, querendo segurá-la, eu estava com medo de ela cair, mas assim que a segurei pelo braço, ela puxou-o com força e fora caminhando mais rápido, passando pela sala de estar, e indo em direção as escadas.

— Bella! – eu a chamei, porém ela sequer olhou para trás, subiu rapidamente as escadas, segurando o corrimão, e ignorando-me completamente.

Eu bufei, e bastante indignado subi as escadas rapidamente, indo atrás dela. Ela começou a caminhar pelo corredor em direção ao seu quarto, e antes dela chegar, eu novamente segurei-a pelo braço.

— Espera, por que você está fugindo de mim? – eu perguntei.

Ela me olhou, ainda com aqueles olhos assustados, como se eu fosse um monstro, seu olhar era tão convincente que por alguns segundos até senti-me assim. Será que eu fui tão errado assim com ela? Será?

— Você não é confiável! – ela finalmente respondeu, depois de alguns segundos em silencio, depois encostou-se na porta do quarto e continuou me olhando, senti até mesmo nossos papeis trocarem, como se eu fosse o vilão e ela a mocinha.

— Por quê? – eu perguntei. – Por que você diz isso? Vai me dizer que você não se divertiu?

— S-Sim... – ela gaguejou. – Foi bom... – ela completou.

Umedeci os meus lábios e novamente aproximei-me do rosto dela, porem essa aproximação ocorreu não porque eu estava com a intenção de beijá-la de novo, mas sim porque quis segurar a maçaneta, a peguei e então a dobrei e abri a porta para ela. Assim que fiz isso, notei que ela fechou os olhos e virou o rosto para o lado, para não impedir que nossos rostos ficassem tão próximos, pela atitude dela, eu percebi que ela sente algo quando eu me aproximo.

 O que me fez perceber que a atração deve existir tanto pela minha parte quanto também pela dela.

— Então, continuaremos essa conversa amanhã, quando você estiver mais disposta! – eu falei, Isabella voltou a olhar para mim e confirmou com a cabeça de forma exagerada, em seguida ela se virou e entrou rapidamente dentro do quarto, fechando a porta atrás de si. Parecia estar querendo fugir, como sempre.

Suspirei e então me virei para ir para o meu quarto, foi quando, deparei-me com Jacob, no fim do corredor, ele me olhava seriamente. Talvez tivesse visto toda a cena.

— O que foi? – eu perguntei.

— Se divertiu essa noite? – ele perguntou, parecia levemente nervoso. Eu já até imaginava o porquê.

— Sim e você não imagina como... – respondi, sorrindo sarcasticamente, em seguida virei para ir para o meu dormitório, sem voltar a olhar para ele novamente.

Entrei no meu quarto, fechei a porta e encostei-me nela, sorri enquanto eu me lembrava de Isabella, o beijo voltou em minha mente de uma forma assustadora, estava tão vivo em minha memória que parecia que novamente eu conseguia sentir o beijo dela, tanto que eu podia sentir novamente aquele gosto de álcool em minha boca. E de uma maneira muito estranha e até mesmo assustadora, eu achei isso bom.

***

Na manhã seguinte, recebi uma nova visita de Alice e Tanya, elas estavam sentadas no sofá, conversando com minha mãe, mas assim que eu desci as escadas para tomar café, Tanya desviou o olhar de minha mãe para me olhar, ela sorriu para mim de um jeito interessado e logo se levantou do sofá.

— Oi Edward, já estava com saudades! – ela disse, vindo em minha direção, abraçando-me.

Correspondi o abraço, porem logo afastei-me, e sorrindo fui cumprimentar Alice.

— Que surpresa encontrá-las aqui! – respondi, logo depois de cumprimentá-la, sentei-me no sofá ao lado de minha mãe.

— Viemos te fazer um convite! – Alice respondeu, enquanto olhava para mim. – Esse ano comemoraremos o aniversario de Tanya, e ela quer comemorar no Night Club, é nesse fim de semana...

— Você vai ir não vai Edward? – Tanya perguntou sorridente.

Olhei para Alice, depois para Tanya.

— Bom, terei que ver com minha esposa e... – eu iniciei.

— É para você levar ela! – Tanya disse, fazendo com que eu a olhasse com as sobrancelhas arqueadas. Tanya pedindo para que eu levasse a Isabella, era um tanto estranho em minha opinião.

— Bom... Er... Ela terá que aceitar, então nós veremos! – respondi meio desconfiado. – Ela é muito reservada, tímida, então... – parei, para suspirar.

Tanya e Alice sorriram.

— Ela vai aceitar, vai ser bom para ela conhecer seus amigos... – disse Alice. – Insista que eu tenho certeza que ela até vai gostar da ideia... – ela acrescentou, então eu dei de ombros.

— Eu vou verificar com ela, se ela aceitar, nós vamos! – falei.

— Sim, vai ser ótimo, Jasper vai estar lá, e ele ta querendo muito ver você, ele acabou de voltar de viagem, e está esperando ver você nessa festa, então vê se não falta... – Alice disse de um modo simpático, então, sorrindo concordei com a cabeça.

Realmente seria bom poder ver Jasper novamente, não tivemos a chance de nos se reencontrar depois que voltei para casa.

Alice e Tanya não ficaram por muito tempo, após convidar-me para o Night Club elas logo despediram-se e foram embora, dizendo estarem com pressa, pois iriam ainda no shopping ver algumas peças de roupas para esse aniversario. Assim que elas saíram pela porta, voltei até a minha mãe, sentando ao lado dela.

— Isabella já tomou café da manhã? – perguntei.

— Não, só a Jane, ela agora deve estar no quarto com a irmã... – minha mãe respondeu, depois pegou uma revista de cima da mesa de centro. – Você saiu nessa revista de fofocas com a Isabella! – ela comentou.

Peguei a revista, abri-a e comecei a folheá-la até encontrar a página que minha mãe havia mencionado, Isabella e eu, era uma foto de nos dois dançando no restaurante, e em cima da foto estava escrito: Edward Cullen curte a noite com sua nova esposa.

Suspirei e fechei a revista rapidamente, jogando-a novamente em cima da mesa de centro.

— Eles são muito rápidos! – comentei, com indiferença, e em seguida soltei um suspiro e olhei para minha mãe que me olhava com um olhar desconfiado.

— Como está o relacionamento de vocês? – ela perguntou.

— Bom... Estamos tentando nos conhecer novamente, já que não me recordo dela...  – respondi.

— Hum... E o jantar foi bom? – ela perguntou, sorrindo para mim.

— Sim, foi ótimo, acho que já estou até descobrindo o porque eu me casei com Isabella... – respondi, ainda olhando para minha mãe. – Eu sinto uma forte atração física por ela!

Ela sorriu para mim.

— Que bom, espero que logo você se recorde dela, Isabella me parece ser uma ótima moça! –minha mãe me respondeu, e então eu fiquei meio pensativo.

É realmente apesar de minhas desconfianças, Isabella não parecia ser uma pessoa ruim, pelo contrário, sempre com aquele seu jeito assustado, desconfiado de tudo e de todos, ela parecia ser uma vitima, ainda mais do que eu, era como se ela tivesse caído de paraquedas dentro da mansão, eu ás vezes tinha até mesmo a impressão de que ela estava perdida e tão confusa como eu estava.

Porém, eu sabia que ás vezes as aparências enganavam, e isso me deixava um tanto desconfiado. Poderia ser tudo uma jogada, um golpe e eu tinha que ter consciência disso. E enquanto tomava café da manhã, eu pensava no Night Club, além de Alice ter razão e essa comemoração ser a oportunidade de eu rever meus amigos, também era uma forma de eu poder novamente sair com Isabella, aproximar-me dela, conversar. E ganhar a confiança dela, principalmente.

Eu comi mais lentamente do que estava acostumado a comer, isso na intenção de esperar a Isabella, porém mesmo demorando, ainda terminei e ela não apareceu. Então, decidi ir ao quarto dela vê-la como está, já que ela poderia estar com uma forte dor de cabeça devido á bebedeira da noite anterior.

Fui ao quarto dela em passos lentos, parei na porta, suspirei e bati três vezes, até que Jane, irmã de Isabella abriu, ela me olhou seriamente.

— Oi, é e a Isabella... Como ela está? – perguntei.

Jane olhou para trás, suponho que ela teria olhado para Isabella, depois voltou a olhar para mim.

— Ela está bem, só está com dor de cabeça e não quis tomar café! – Jane respondeu.

— Hum... – eu fiz. – Posso falar com ela?

Jane me olhou por alguns segundos, antes de me responder.

— Ah sim, claro, é, eu vou dar uma volta no jardim, depois eu volto quando vocês terminarem... – ela sorriu, mas parecia nervosa, então abriu mais a porta para dar espaço para eu entrar, eu entrei, então ela saiu, fechando a porta atrás de si.

Suspirei e olhei em volta do quarto, meus olhos pararam na cama, onde Isabella estava deitada, ela estava com o braço em volta de sua testa e seus olhos estavam fechados.

Aproximei-me lentamente dela.

— Quer remédio para dor de cabeça? – perguntei, ela se sobressaltou, abriu os olhos, olhando para mim, com um semblante assustado.

— N-Não, eu já tomei! – ela respondeu. – Agora você sabe por que eu não gosto de beber!

— Isso acontece, quando exageramos um pouco... – respondi, sentando na cama, ao lado dela. –Está doendo muito? – perguntei, enquanto observava ela se remexer na cama, em seguida ela sentou-se, olhando para mim bastante séria.

— É, dói principalmente quando abro o olho... – respondeu.

— Me desculpe, fui eu que insisti para que você bebesse! – eu falei, e realmente eu estava sentindo-me um pouco culpado, tenho que confessar que havia dado bebida para ela para ver se ela soltava alguma coisa, mas ao constatar de que isso não havia funcionado; Agora eu me sentia mal por ter insistido tanto que ela bebesse, mesmo não querendo.

— É, mas eu aceitei porque quis! – ela respondeu.

— Mas a noite foi bem agradável, não achou? – perguntei, aproximando um pouco mais dela, Isabella ficou levemente nervosa.

— S-Sim... – ela gaguejou.

— Saímos até mesmo numa revista, e observando bem, eu acho que nós fazemos um bonito casal... – eu disse, colocando a mão no cabelo dela, começando a acariciá-lo. – Bom, eu estou começando a achar que não seria tão improvável assim eu ter me casado com você, afinal você é linda, gosto da sua personalidade e tenho uma atração digamos muito forte, por você!

Ela abriu a boca e fechou diversas vezes, depois se levantou da cama num pulo.

— Você está querendo brincar comigo, é isso! – ela falou, cruzando os braços.

— De novo com essa história... – falei, começando a rir. Afinal, o que eu falava por um lado era verdade, porém, ainda eu tinha minhas duvidas se podia acreditar que tínhamos nos casado mesmo, pois até agora eu ainda não me recordava disso. – Você precisa confiar um pouco mais em mim, afinal, sou seu marido!

— Você duvida de mim, você não acredita que nos casamos e eu tenho certeza que você acha que eu tenho até culpa desse seu acidente, e ainda, você vem fingir que quer ter uma relação normal comigo? Quer que nós haja como marido e mulher sem sequer você se lembrar quem sou eu? Olha Edward, eu ainda não me esqueci das nossas discussões de semanas atrás...

— Discutimos porque você queria se divorciar... – respondi também me levantando.

— Eu não queria, eu ainda quero! – ela respondeu bastante segura de si. Eu dei um suspiro cansado, afinal, não queria mais voltar para essa discussão e depois decidi já mudar de assunto.

 –Olha, não vamos falar disso agora, eu vim te falar que a Alice e Tanya nos convidou para irmos ao Night Club...

— Night Club? – ela perguntou.

— É uma danceteria, Tanya vai comemorar o aniversario dela lá, será nesse fim de semana se você quiser eu...

— Eu não estou a fim de ir, agora se você quiser ir...

— Se eu quiser ir? – interrompi. – Somos marido e mulher, temos que ir para esses lugares juntos, como um casal, entendeu? – eu falei, colocando a mão no rosto dela. Isabella pareceu ficar um tanto desconcertada. Aproximei o meu rosto com o dela, tentado a beijá-la, porém quando faltava poucos centímetros para nossas bocas se encostarem, desisti e afastei-me, percebi que Isabella ficou balançada com minha atitude. – Pense melhor, se você mudar de ideia é só ir ao meu quarto e avisar, ficarei lá a tarde inteira, vendo algumas papeladas da empresa... – eu disse, em seguida caminhei em direção a porta do quarto.

Eu virei-me para olhar para ela e vi que ela ainda me observava, séria como sempre, e então eu sorri antes de abrir a porta e sair.

***

Fiquei as próximas três horas mexendo nos papeis da empresa, embora hoje eu não tivesse ido trabalhar os deveres ainda me chamavam.  Quando eu percebi que o cansaço mental estava começando a me dispersar, eu parei um para ir até a minha cômoda e pegar um pouco de whisky para beber, na tentativa de beber um pouco para relaxar.

Eu estava enchendo-o no copo, quando ouvi o barulho de bater de porta.

— Pode entrar! – pedi, sem nem ao menos fazer questão de voltar a olhar para porta. Terminei de colocar a bebida no copo e só depois me virei, meus olhos pararam na figura que havia acabado de entrar no meu quarto. Era Isabella, olhei-a dos pés a cabeça e em seguida sorri levemente.

— É... Você pediu para eu pensar e então eu pensei e... – ela respirou fundo.

— Calma, relaxa! – falei a cortando, passei a língua em meus lábios inferiores e aproximei-me lentamente dela, até parar em sua frente. – A gente precisa mudar um pouco nossa relação, não acha? Aprender como marido e mulher agem um com outro, então a primeira lição, as esposas devem cumprimentar seus maridos primeiro, antes de começar a falar, você deveria perguntar pelo menos perguntar se estou bem, não acha? – perguntei, e logo depois arqueei as sobrancelhas. Os lábios dela se entreabriram, ela pareceu ter ficado desconcertada.

— Está bem? – ela perguntou.

— Estou um pouco estressado... – falei, e então dei os meus longos goles de whisky, coloquei o copo em cima da mesa que havia no meu quarto, e depois voltei a olhá-la. – Estou lendo já faz três horas... – eu disse, percebi que ela desviou o olhar de mim para olhar para a mesa onde estava os papeis da empresa.

— Então suponho que você queira mesmo ir a essa festa, já que assim você poderá relaxar um pouco... – ela falou, olhando-me novamente, então sorri para ela.

— Bom, e imagino que você como uma boa esposa que é, vai se preocupar com o meu bem estar, e vai dizer que aceita o convite, não é? – perguntei, sorrindo ironicamente para ela.

Ela arqueou as sobrancelhas, enquanto colocava as mãos na cintura.

— Sim Edward, aceito! – ela disse, e meu sorriso então se alargou.

— Obrigado por aceitar o convite... – agradeci e depois me aproximei um pouco mais dela. – Sua cabeça ainda dói? – perguntei, passando a mão na testa dela.

— Não... Não mais! – ela respondeu.

— Que bom! – respondi, em seguida me afastei, fui até a mesa, peguei o copo e enchi com um pouco de whisky. – E então... Você quer whisky?

***

Definitivamente não seria ruim ir com Isabella nessa danceteria, afinal seria mais uma forma de aproximação, então eu não podia negar que fiquei muito satisfeito com a decisão dela de sair comigo, porém eu também não podia negar que estava um tanto inseguro, afinal, eu sabia quem era a aniversariante e o que ela poderia fazer na festa, principalmente na frente de Isabella. Vai saber se essa realmente fora a intenção dela desde que fez o convite.

Eu conhecia Tanya muito bem e eu sabia que ela estava com raiva do meu casamento surpresa, embora eu nunca tivesse prometido nada a ela, Tanya sempre acreditou que no final das contas ela seria a minha esposa, imagino como deve ter sido decepcionante para ela acabar me vendo casado com outra mulher.

Mas mesmo com os riscos de ouvir algum comentário ou provocação de Tanya, ainda a idéia não era ruim, pois além de eu poder encontrar os meus amigos, Isabella seria a minha acompanhante, então eu podia aproximar-me dela e quem sabe dessa vez finalmente eu conseguiria tirar algo de importante dela.

Emmett e Rosalie também iriam, e então tive uma rápida conversa com Emmett sobre esse assunto, e não pude deixar de falar sobre as minhas intenções, e logo como eu já imaginava, ele começou a fazer um discurso, falando: “Você está obcecado com esse assunto” e ok, logo eu concordei com ele, talvez eu estivesse mesmo. Porém, eu sabia que não tinha como ser diferente, o assunto é importante, pois é a minha vida que está em jogo, eu precisava ter a certeza se Isabella é a mocinha de toda a história, ou se na realidade ela é a grande vilã.

Então, como a festa seria em uma danceteria de alto padrão. Eu decidi por uma das minhas melhores camisas e uma calça jeans com tênis. Esperei Isabella na sala de estar, ela havia decidido levar a irmã um dia antes da festa, eu não sabia se seria uma boa ideia, pois ela poderia atrapalhar em minha aproximação, mas eu não tive coragem de negar, afinal, eu não teria desculpas para dar para não levar ela.

Isabella vestiu um vestido preto, que ia acima dos joelhos, deixou os cabelos soltos, jogado de lado e passou uma maquiagem discreta, já sua irmã estava usando calça jeans, uma blusa decotada vermelha e também estava com os cabelos soltos. Ela parecia mais animada que Isabella, afinal, como sempre Isabella parecia desconfiada de algo, sempre na defensiva, séria, ela olhava para os lados de forma agitada, ficou calada o caminho inteiro. Jane, sua irmã ainda sorria, mexia no seu celular e parecia bem mais relaxada do que a irmã.

— Está tudo bem? – perguntei a Isabella logo que abri a porta do carro, para que ela pudesse descer, já estávamos no estacionamento do Night Club e estacionei o carro justamente na frente do de Jacob, afinal, o carro esportivo dele era extremamente chamativo e impossível de ser de outra pessoa que não fosse dele.

Ela desceu, parou na minha frente e me observou, ainda com um olhar sério.

— Sim, eu só estou um pouco preocupada... – ela respondeu.

— E agora com o que? – perguntei.

Isabella me olhou seriamente, depois desviou o olhar para irmã, que estava parada um pouco mais a frente, na frente da danceteria, nos esperando.

— Essa Tanya, ela parece não gostar de mim... – ela disse, eu dei risada, enquanto puxava-a pelo braço.

— É isso? Normal, ela só ainda não se conformou que agora sou um homem casado... – respondi, colocando os braços em volta do ombro dela.

— Você a iludiu, não é? – Isabella perguntou, arqueando as sobrancelhas e me olhando com um olhar um tanto acusador.

Eu dei risada.

— Eu? É claro que não! Foi ela que se iludiu sozinha... – respondi, então aproximamos de Jane, para entrar na danceteria.

Entramos no local em silencio, então olhei rapidamente para Isabella, ainda abraçado com ela, notei que ela olhava para os lados com atenção, pela expressão ela parecia se incomodar com o som alto, com as luzes, com o local esfumaçado e com a aglomeração de pessoas. Imagino que seja pela falta de costume com o local, típico de garotas de interior.

— Está tudo bem? – perguntei no ouvido dela, para que ela pudesse me escutar.

Ela pareceu estremecer.

— S-Sim... – ela falou num tom bem alto para que eu escutasse.

Olhei então para Jane, notei que ela sorria animada, enquanto olhava a sua volta, parecia estar em outro mundo.

A danceteria era igual ás outras que já havia freqüentado, havia musica alta, luzes coloridas por todo o canto, e a pista de dança estava esfumaçada, havia poltronas no canto do salão, assim como mesas no segundo andar, no fundo do salão havia um enorme bar, eu preferi conduzir as duas para o segundo andar, pois seria lá que combinamos de nos encontrar com o restante dos convidados.

No segundo andar o som da musica eletrônica era um pouco mais baixo, dava até para conversar, e também era um local mais reservado, o que era muito bom, pois essa era mesmo a minha intenção, tentar conversar mais com Isabella.

Subi o andar ainda com o braço em volta do ombro dela, Jane venho logo atrás, e assim que chegamos ao segundo andar, eu já avistei Alice e Jasper sentado em uma mesa que havia no fundo do salão, eles logo que nos avistaram sorriram e logo se levantaram para nos cumprimentar.

— Iai cara, finalmente eu pude te reencontrar, você realmente tem sete vidas, não é?! – Jasper disse num tom zombador, e logo me deu um abraço.

Jasper é um homem alto, magro, branco de cabelos e olhos castanhos claros, sempre fora um ótimo amigo, mas devido ao seu trabalho, ficávamos muito tempo sem nos ver, ele era dono de uma multinacional, e vivia fazendo viagem de negócios, às vezes ficava semanas em outro país, sendo impossível de nos encontrarmos com freqüência.

Dei três batidas de leve nas costas dele e então o soltei.

— Para você ver, sou um homem de sorte, nasci de novo! Deixa eu te apresentar, essa aqui é minha esposa, Isabella! – eu a apresentei, sorrindo, Jasper a cumprimentou.

— Finalmente estou a conhecendo, e esse casamento hein, pensei que nos convidaria, fiquei chateado... – ele falou.

— Eles ainda vão se casar na igreja, ai vai ter que nos convidar, viu! – Alice disse, pegando o braço de Jasper.

Jasper estava com uma camisa pólo e uma calça jeans escura, já Alice estava com um vestido azul escuro e com os cabelos soltos e com uma maquiagem um pouco pesada, mas perfeita para noite.

— Claro que vamos convidar... – falei. - Essa aqui é Jane, irmã de Isabella! – apresentei, logo eles cumprimentaram ela, e então em seguida decidimos nos sentar

Alice e Jasper se sentaram primeiro, eu puxei uma cadeira para Isabella se sentar, assim que ela se sentou sentei ao lado dela e Jane se sentou ao lado de Isabella.

— E então... Fale como vocês se conheceram? Não sabemos nada sobre a relação de vocês... – Jasper disse, olhando para Isabella e eu, logo nos entreolhamos, sorrindo, olhei para Isabella, afinal, já que ela era a única que lembrava, somente ela que poderia responder essa pergunta.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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