Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 4
Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

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4. Suspeitas

No dia seguinte acordei com o barulho do despertador, da qual eu havia colocado para despertar exatamente ás sete e meia da manhã, levantei-me rapidamente e novamente tive a dificuldade de me arrumar, entretanto, eu não estava disposto a ir muito cedo para empresa, eu iria passar no médico para realizar uma nova bateria de exames, e também para tirar a faixa da minha cabeça.

Eu ainda ia dar uma passada na empresa, porém não queria ficar por lá por muito tempo, eu queria voltar cedo para casa para poder analisar cada detalhe a minha volta, eu sabia que para montar aquele quebra-cabeça eu precisava ficar atento a tudo e a todos, eu tinha que cercar a minha “esposa” e principalmente ver como ela se comportava durante todo o dia.

De inicio logo que sai do quarto fui ao quarto de Jacob, ele dormia de bruços coberto com o lençol apenas da cintura para baixo, olhei-o por alguns segundos e depois fiz questão de puxar o lençol de cima dele, isso já foi o suficiente para ele acordar, ele olhou para mim, enquanto bocejava e coçava os olhos.

— Qual é seu problema? – ele me perguntou.

— Eu não te perguntei o que você estava fazendo no jardim, no dia que eu voltei para casa... – respondi, enquanto o olhava com atenção, Jacob se sentou na cama e me encarou seriamente.

— Como? – ele perguntou, fingindo não entender.

— Você disse que ia para seu quarto, mas você não foi, você foi ao jardim ajudar a Isabella a encontrar a irmã, vejo que você a conhece muito bem... – eu disse, dando um passo na direção dele.

— Eu não a conheço, a conheci no dia que descobri que você estava casado com ela... – Jacob respondeu.

— Nossa, então vocês se aproximaram rápido, rápido até demais para o meu gosto... – acrescentei num tom irônico, enquanto arqueava as sobrancelhas.

Jacob riu e depois discordou com a cabeça.

— Não me diga que está com ciúmes? – ele perguntou, levantando-se da cama.

Dei um passo na direção dele, e continuei olhando-o fixamente nos olhos.

— Eu estou no meu direito, ela é minha esposa, não é? – eu perguntei, e depois sorri levemente.

— Sim, ela é, por isso que digo e repito a conheci aqui dentro dessa casa... – ele garantiu, eu suspirei e discordei com a cabeça.

— Eu espero Jacob, eu espero mesmo! – respondi, depois virei-me e sai do quarto rapidamente, batendo a porta fortemente atrás de mim.

Parei por alguns segundos em frente à porta dele, soltei um longo suspiro, passei a mão no meu rosto, depois decidi descer, para tomar café da manhã.

Como sempre, por causa do horário, tomei café da manhã somente na presença da minha mãe, ela me disse que nem Isabella e nem a irmã haviam saído do quarto, ou seja, ainda continuavam dormindo. Talvez isso tudo fosse uma desculpa para tentar me evitar, pois eu sabia que era o que ela mais fazia desde que a conheci. Sorrindo eu pensei: ela não conseguirá fazer isso por muito tempo.

E então tomei um copo de suco de laranja e levantei-me da mesa, a minha mãe havia decidido me acompanhar até o médico, assim que saímos de casa vi que não havia mais jornalistas no portão, o que me deixou mais aliviado.

 Fomos com o motorista até o hospital, fiz os exames pedidos por ele e ele também retirou a faixa da minha cabeça, depois de verificar os exames e disse que estava tudo bem, só que ainda ele não tinha a explicação para os meus “supostos lapsos de memória”.

Enquanto saia do hospital, afastei-me disfarçadamente de minha mãe, peguei o celular do meu bolso e disquei o numero de casa, o mordomo atendeu:

— Sabe onde está a minha mulher? – logo eu perguntei.

— Não, ela tomou café, depois não a vi mais, por quê? Quer que eu dê algum recado a ela? – ele perguntou.

— Não, eu só quero saber onde ela está, verifique e depois me fale, quando eu chegar em casa... – respondi, e em seguida finalizei a ligação.

Após isso, o motorista deixou-me na empresa e levou minha mãe para casa, fiquei no máximo uma hora por lá, apenas conversei com Emmett um pouco sobre as novidades no trabalho e depois ele me ofereceu carona para casa, e enquanto caminhávamos em direção ao carro eu contei a ele sobre o pedido de divorcio de minha “esposa”.

— Você realmente vai negar o pedido dela? Vai obrigá-la a continuar casada com você? – Emmett perguntou meio surpreso com a minha atitude, isso depois de eu lhe contar toda história.

— Eu não vou me divorciar enquanto eu não ter certeza do que aconteceu! – eu garanti, enquanto entrava no carro de Emmett.

Ele ligou o carro e então começou a dirigir em direção da minha casa.

Sim, eu estava bastante decidido a não divorciar-me de Isabella, as coisas não poderiam simplesmente terminar assim: ela diz ser minha viúva, apareço vivo e então ela simplesmente diz que não me ama mais e quer se divorciar... Ai eu aceito, dou uma bolada de dinheiro para ela e ela desaparece. Seria ridículo, não, eu não iria aceitar tudo isso de boa, não seria tão idiota assim, ela ainda teria que me dar muitas explicações.

Quando cheguei em casa, encontrei o meu fiel mordomo em frente a porta dupla, ele é Rodolf  um senhor de mais ou menos cinquenta anos de idade, ele é um senhor alto, esbelto, tem cabelos bem grisalhos e usa um óculos quadrado, suas mãos estavam para trás, eu sorri e o cumprimentei, e então ele logo iniciou:

— Eu fiz o que o senhor pediu...

O olhei com as sobrancelhas arqueadas.

— Descobriu onde ela estava? – perguntei.

— Sim, ela estava no jardim, com o senhor Jacob! – ele respondeu.

Mordi os lábios, concordei com a cabeça e dei um leve tapa no ombro dele.

— Tá certo, obrigado! – agradeci e então entrei em casa.

Realmente tudo estava dando a entender que minhas suspeitas tinham fundamentos, existia uma aproximação muito estranha entre Jacob e Isabella.

E então enquanto pensava nesse assunto, eu rapidamente passei pela sala, cumprimentei minha mãe que estava sentada no sofá lendo um livro e em seguida subi a escadaria, e então não pensei duas vezes, passei pelos corredores e instintivamente entrei rapidamente no quarto de Isabella.

 Ela estava deitada na cama, virada para o lado oposto ao meu, sua respiração ofegava e eu tive a impressão de que ela estava chorando.

— O que faz aqui sozinha? – perguntei, e então rapidamente ela sentou-se na cama e olhou-me assustada, como se a minha presença fosse algo perigoso. – Você é uma mulher estranha Isabella, muito estranha mesmo! – acrescentei, enquanto sentava ao lado dela, olhei-a com mais atenção e pude notar que seus olhos estavam vermelhos, ela ainda ofegava e conseguia ser mais bonita assim quando se observa de perto.

Tentei aproximar meu rosto com o dela, para lhe dar um beijo, porem ela virou rapidamente a cabeça, evitando-me, como sempre.

— Você não está agindo nada bem comigo... – eu disse próximo ao ouvido dela, mesmo ela virando a cabeça, eu não me afastei. – Por que? Afinal, eu sou seu marido e você não parece ser uma moça recém saída do convento...

— Eu quero o divorcio! – ela sussurrou, enquanto fechava os olhos.

— É você já me disse isso! – eu respondi, e então toquei o queixo dela, virando o rosto dela em minha direção. – Porém eu quero saber porque em um dia, uma tarde de casados, você quer se divorciar! Eu agi tão mal assim com você?

— Não, é que, bem, eu achei que você era igual a mim, bom, não igual, mas mais ou menos...

— Eu não sei porque eu menti Isabella, não sei, mas por que você não me conta, por que você não me diz? – perguntei.

— Dizer o que?

— O que você sente? O que tem ai dentro? Quais são os seus medos? – perguntei, realmente com a intenção de que ela se abrisse comigo. Afinal, quem sabe eu indo com calma, paciência, ela confiasse em mim e contasse o que está acontecendo.

Ela fechou os olhos, e então discordou com a cabeça, virando novamente o rosto, parecendo evitar querer me olhar.

— Não! – ela disse, quase saiu num sussurro, e então ela ofegou, sua respiração bateu em meu rosto e senti-me levemente tonto.

Eu olhei-a por mais alguns segundos, reparando em cada detalhe de seu rosto, ele era tão bonito, era como se cada pedacinho dele estivesse perfeitamente encaixado em cada lugar. Meio tentado com a beleza de Isabella, acabei soltando um suspiro, fechei os meus olhos e aproximei a minha boca do ombro dela, dei um leve beijo nele, enquanto sentia o doce perfume dela invadir as minhas narinas, ele era bom, bom o suficiente para eu sentir uma grande vontade de cheirar o pescoço dela, fui subindo novamente o rosto, para aproximar minha boca do seu ouvido.

 – Não é tão difícil saber o porque eu me casei com você Isabella, você é muito linda e ainda tem uma personalidade forte, que eu gosto muito... – eu a elogiei, enquanto roçava os meus lábios levemente em sua bochecha. – Você tem um olhar doce, terno... – acrescentei, enquanto sentia a respiração dela acelerar ainda mais, porém ela pareceu ficar assustada com a minha aproximação, arrastou o corpo para o lado, tentando afastar-se de mim, mas eu bastante insistente como sempre fui, fiz o mesmo para aproximar novamente dela, o que fez com que ela se levantasse e ficasse de costas, parecia fazer de tudo para se manter longe de mim, mas eu estava decidido a não desistir, ela me atraia e naquele momento a única coisa que eu pensava era em beijá-la.

— Eu estava reparando em você, e notei que você tem lábios tão bonitos, são tão bem desenhados e parecem ser tão macios... – continuei elogiando-a, enquanto levantava-me e parava atrás dela, puxei a cabeça dela em minha direção, obrigando-a me olhar novamente. Ela me encarou com a boca entreaberta e com os olhos levemente arregalados. – Sabe olhando-os assim, me dá uma vontade imensa de te beijar... –acrescentei num tom baixo, enquanto parava os meus olhos na boca dela, como eu queria experimentá-la, definitivamente tê-la tão perto assim de mim me fez sentir-me quente, me fez deseja-la, tanto, que até comecei a desconfiar se esse desejo teria algo relacionado com o passado, cheguei até a me perguntar se alguma vez eu estive perto assim dela antes e senti o que eu estou sentindo agora.

 Senti o ar de nossas respirações se misturarem, o ar que saia da boca dela continuava me deixando tonto, meu sangue esquentou ainda mais e quando dei por mim o meu rosto já estava querendo colar no dela para grudar nossos lábios num beijo, porém ela novamente virou o rosto, a senti estremecer, o que fez o meu coração acelerar ainda mais e minha respiração até mesmo falhou, puxei novamente o rosto dela em minha direção, insistindo, na tentativa de beijá-la, Isabella me olhou por alguns segundos nos olhos até que finalmente os fechou, aproveitei aquele momento para grudar rapidamente os meus lábios no dela, sentindo-os pela primeira vez, antes que ela desistisse.

Eles realmente eram macios, apetitosos, gostosos de beijar, eu passei o único braço disponível em volta da cintura dela, enquanto apertava seu corpo no meu, ela entreabriu os lábios e eu aproveitei para adentrar minha língua na boca dela, encontrando a dela, então nossas línguas se entrelaçaram e naquelemomento eu senti uma mistura de sensações, que envolvia prazer e um desejo intenso de continuar a beijá-la, beijá-la, sem parar mais. Porém ela logo parou o beijo, deixando-me apenas com a vontade de continuar.

— Não quero! – a ouvi sussurrar, enquanto empurrava-me e sentava-se na cama para se afastar, devo confessar que a sua atitude deixou-me completamente incomodado.

— Por que não? – perguntei agora, indo até a sua frente, segurei-a pelo queixo, disposto a convencê-la do contrário. – Você é minha esposa, se casou apaixonada, certo? – perguntei, querendo até mesmo convencer a mim mesmo disso, afinal, pelo que eu havia sentido ao beijá-la, eu queria muito mesmo acreditar que ela é minha esposa. Ela rapidamente virou o rosto para o lado, porém não soltei o seu queixo, insisti de virá-lo novamente em minha direção. – Me diga que é assim... – acrescentei, em sussurros. Ela ofegou, porém não respondeu, e também não dei tempo para que ela fizesse isso, logo a beijei novamente.

Deixei omeu corpo cair por cima do dela e então deitamos na cama, senti suas mãos pararem no meu ombro, enquanto ela correspondia-me e eu aproveitava para beijá-la mais intensamente, porém, novamente tudo durou poucos segundos, pois logo a porta se abriu e pude escutar passos, de alguém entrando no quarto.

— Dá licença! – ele pediu, rapidamente parei o beijo para olhá-lo, levantei da cama bastante nervoso. Novamente era o inconveniente do meu irmão.

— Como você ousa entrar assim no quarto de minha esposa? – perguntei, aos gritos.

— O Emmett está no escritório te procurando... – ele respondeu.

— Por que não mandou um dos empregados avisar? Ou agora você virou mensageiro?  - perguntei aproximando-me dele, e encarando-o com raiva.

— Fui procurar você no quarto e imaginei que você estava aqui... – ele respondeu.

Eu bufei, olhei para Isabella, e notei que ela estava com os olhos lagrimejando e ao mesmo tempo arregalados, parecia apavorada, voltei a olhar para Jacob e notei que ele estava olhando-a, tinha um clima muito estranho pairando no ar.

— Sai do quarto, sai! – eu mandei, aproximando-me dele o fazendo dar alguns passos para trás. – Eu te proíbo de entrar no quarto da Isabella!

— Qual é? Também não é assim, eu também moro nessa casa, e não é para tanto! – ele respondeu.

— Tem certeza? Você está invadindo a minha intimidade, esse é o quarto da minha esposa! E é bom você ficar na sua, posso me cansar e te expulsar! – eu respondi, num tom mais grosseiro possível, Jacob bufou, olhou Isabella por alguns segundos, até ela virar rapidamente o rosto, e depois ele virou-se e saiudo quarto bastante alterado. Eu suspirei, passei a mão no cabelo e olhei rapidamente para Isabella. – Voltarei para terminarmos a conversa... – eu a avisei, ela continuou com a cabeça virada para o outro lado, impedindo que eu olhasse qual é a expressão em seu rosto.

Sai do quarto, fechei a porta e então fui imediatamente até o escritório para receber Emmett, ele pediu desculpas, afinal, fazia nem uma hora que ele havia me trazido em casa, ele disse que havia se esquecido de me dar uns papeis para assinar, das quais eram muito importantes.

Enquanto eu assinava, eu pensava no que havia acabado de acontecer entre Isabella e eu.

— Está tudo bem Edward? Você me parece distante... – Emmett comentou, soltei um suspiro e então o olhei.

— Sabe Emmett, ás vezes eu queria acreditar que eu estou enganado e que ela é mesmo a minha esposa... – comentei, enquanto assinava mais um dos papeis. – Eu sinto atração física por ela, gosto da personalidade dela, mas infelizmente os fatos levam tudo para o lado contrário, pelo que eu percebi eu estou tendo alguns lapsos de memoria de coisas que aconteceram próximo ao acidente e pelo que conversei com Isabella devemos nos conhecer no mínimo á uns três meses, não faz muito sentido eu não me lembrar de nada relacionado a ela e nem mesmo da irmã dela, além do mais, ela também deve ter pai, mãe, familiares das quais eu conheço, como também não me lembro deles?...

— Sim, isso realmente é muito estranho e qual é a sua suspeita? – ele perguntou.

— Não sei, não sei, eu acho muito estranho o que está acontecendo, e é estranho ela aparecer só depois que eu morri, por que eu não contaria para você que é meu melhor amigo que eu conheci uma mulher, e que estou apaixonado? Por que eu não convidaria você para o meu casamento? Acha que eu faria isso Emmett? Provavelmente você seria o meu padrinho...

— Sim, concordo, mas talvez você pensou que chamaria Rosalie e eu para ser seus padrinhos no casamento da igreja, talvez você quis esperar por ela ser pobre...

— Não Emmett, eu me conheço e sei que nunca esconderia dela a minha condição financeira, por mais que eu pense, tente acreditar em toda essa história que ela me diz, ela sempre demonstra o contrario, hoje mesmo, quase agora tentei insistir em me aproximar, tentei agir como marido, beijar, tocar nela, confesso que até mesmo gostei, só que ela ficou assustada, queria fugir como se eu fosse um estranho, como se não tivesse gostando de que eu a tocasse... E pensando agora, até me sentir mal por isso, senti como se eu tivesse obrigando-a a ser minha esposa...

— Ela pode estar agindo assim, porque ela mesma pediu o divorcio... – ele falou e então eu suspirei.

— É e agora isso faz aumentar mais ainda as minhas suspeitas, alguém armou tudo, armou essa história de casamento logo quando pensou que eu estava morto, ai foi e colocou essa viúva na história, para claro herdar tudo...

Emmett discordou com a cabeça, parecendo não estar querendo acreditar no que estou dizendo.

—Não acha isso fantasioso demais? – ele perguntou.

— Pode até parecer um pouco, mas nesse momento é a única coisa que está fazendo sentido na minha mente... – respondi. – Para mim eu nunca conheci essa mulher, nem ela, nem a irmã, nem mesmo essa cidade onde ela vivia,Emmett, para mim essa Isabella é uma desconhecida!

***

Depois que Emmett foi embora, decidi ir ao quarto de Isabella novamente para continuar, mas agora em vez de tentar ter algo com ela, eu estava disposto a me segurar e tentar conversar, porém ela não se encontrava mais no quarto, desci as escadas, fui à cozinha e tentei olhar pelas janelas, não vi nada pela janela da cozinha, então tentei pela da sala e foi através dela que consegui avistar Isabella, ela estava encostada em uma arvore, a irmã dela estava parada na frente dela e as duas conversavam ao mesmo tempo em que ela falava com alguém em seu celular. Franzi as sobrancelhas enquanto continuava as olhando com mais atenção. Teve um momento que Jane retirou o celular da mão da irmã e falou também alguma coisa no celular.

Com quem elas estariam falando? Com o pai dela? Ou seria com o cumplice?

Foi então que Jane desligou e as duas começaram a andar em direção da mansão, pareciam meio nervosas, afastei-me da janela, para ir para o meio da sala, e então aguardei que elas entrassem.

Quando as duas entraram na mansão, os olhos de Isabella vieram diretamente em minha direção, automaticamente ela ficou um tanto nervosa.

— Estavam dando uma volta? – eu perguntei.

Isabella e Jane se entreolharam.

— É, bem, a gente cansa de ficar tanto tempo aqui dentro... – Jane respondeu, sorrindo levemente.

— É isso... – concordou Isabella.

— Entendo, mas vocês podem dar uma volta, o motorista pode levar vocês aonde vocês quiserem... – respondi.

— É, seria bem legal! – Jane disse sorridente. – Andar um pouco na cidade, comer algo em outro lugar... – e então ela olhou para Isabella, que continuava bastante séria.

— Bom, é só vocês escolherem o dia, enfim, agora temos uma conversa ainda pendente, não é Isabella? – eu disse, olhando para ela, ela me olhou, levemente nervosa.

— Sim... – ela respondeu, porém a voz quase não saiu.

Sorrindo, peguei na mão dela e comecei a leva-la em direção ao meu quarto.

— Nos vemos mais tarde Jane... – despedi-me, mas sem voltar a olhar para trás, continuei puxando Isabella, e juntos subimos a escadaria. – Se você quiser posso pedir para levarem comida até o quarto, eu imagino que esteja com fome... – eu disse a ela.

— Ah sim... Pode ser! – ela disse, a voz parecia ainda mais nervosa do que antes.

Passamos pelo corredor, depois paramos em frente ao quarto, abri a porta e entrei antes de Isabella, já ela parecia um pouco receosa enquanto entrava no quarto.

— Pode entrar, eu juro que não vou morder você! – respondi.

— Ah claro... – ela concordou, cruzando os braços, enquanto andava lentamente pelo quarto.

— Sente-se, temos algumas coisas importantes para tratar... – pedi. Ela se sentou na camae eu parei na sua frente. – Eu fiz alguns exames hoje e sabe, não deu nada, minha cabeça está completamente normal, porém continuo sem me lembrar de você e da sua irmã... – comentei.

— Então, vamos nos divorciar! – ela respondeu.  Novamente ela está insistindo nisso.

— Divorcio... Divorcio... Sempre insistindo nisso, a questão é por que você quer se divorciar? Por que você me evita? Assim como eu não me lembro de você, você também me trata como se para você eu também fosse um desconhecido! – eu falei, sentando-me ao lado dela.

— É que eu quando cheguei percebi que tudo havia sido um erro... – ela respondeu, descendo rapidamente o olhar para o chão.

E então ri ironicamente e discordei com a cabeça, levantei-me novamente, inconformado com a resposta dela.

— Por que? Por que eu tenho dinheiro? Ah Deus, é a primeira vez que eu escuto que uma mulher quer se divorciar porque descobriu que o marido é rico... – eu discordei com a cabeça, ainda rindo.

— Não se trata disso... – ela respondeu, num tom nervoso, agora voltando a me olhar. – É que... Eu não te amo!

— Te confesso que isso não é nada animador, nada, nada... – continuei agora me aproximando até parar novamente na frente dela. – Mas suponho que antes me amasse, por que mudou de opinião assim, tão rápido? – e então sentei ao lado dela novamente e segurei-a pelo braço. – Te decepcionei tanto assim, foi? Eu me comportei mal? O que eu fiz?

Ela levemente nervosa tentou puxar o braço da minha mão.

— É foi isso sim! – ela disse, aparentando estar bastante nervosa.

— Se foi isso, eu te peço mil desculpas porque te garanto que não é meu estilo magoar as mulheres, mas quero te provar que...

— Para! Eu não quero que me prove nada! – ela me cortou, agora alterando o tom de voz, e puxando o braço da minha mão, em seguida se levantou rapidamente da cama. – Eu não te amo e quero o divorcio! – ela acrescentou aos gritos, enquanto algumas lágrimas caiam de seus olhos. – Para que você quer uma mulher que não sente nada por você se você pode ter todas que quiser?

— Por que você me intriga! – eu gritei, levantando-me e aproximando-me dela, novamente a segurei. – Você me intriga e eu já disse que se me casei com você eu quero saber o porque! – acrescentei no mesmo tom que o dela, e então ela me empurrou.

— Eu não posso te responder o porque, porque eu não sei! – ela respondeu, parecia estar desesperada.

— Fala, achávamos que estávamos apaixonados? Hein? – perguntei, agora num tom mais baixo.

— Sim, achávamos, mas agora não! – ela acrescentou numa voz de choro, olhando para o chão, e então a puxei pela cintura obrigando-a a ficar próxima de mim.

— E como você pode falar por mim? – perguntei. – afinal, até que eu gostei bastante de te beijar... – acrescentei, ela me olhou com os olhos marejados. – você não sentiu nada quando eu te beijei?

— Não! – ela disse numa voz trêmula. – Você não se lembra de mim...

— Mas eu quero me lembrar! – eu a cortei. – além do mais, eu sou um cara extremamente curioso e quando proponho uma coisa quero chegar até o fim!

E então novamente ela me empurrou, só que com mais força, me fazendo dar até alguns passos para trás.

— Mas eu não vou me submeter aos seus caprichos! – ela berrou. – Eu quero o divorcio agora!

E então ela se virou, dando fim a conversa, saiu quase correndo do meu quarto, abrindo a porta e indo em direção ao corredor, eu nem um pouco satisfeito como a conversa terminou eu comecei a segui-la e a puxei pelo braço impedindo-a de fugir, afinal, ainda eu tinha muitas coisas para perguntar e falar e estava disposto a fazê-la responder.

— O que há entre você e o Jacob? – eu perguntei, segurando-a com força, ela me encarou completamente assustada.

— Não! – ela disse de olhos arregalados.

— Sim, ele entra no seu quarto como se fosse a casa dele, se tornou seu herói, seu defensor, onde o conheceu? – perguntei extremamente irritado, quase a ponto de explodir só de me lembrar das atitudes estranhas entre ela e Jacob, principalmente a troca de olhares deles quando ele invadiu meu quarto para avisar que Emmett estava no escritório.

— Aqui... – ela respondeu irritada, tentou soltar-se, porém isso fez com que eu a segurasse com mais força.

— E por que tanta confiança entre vocês? Quando você saiu do meu suposto enterro e sumiu você chegou em um carro, com certeza só poderia ser o dele, ele foi te buscar aonde hein? DIGA!

— Ele foi falar comigo e dizer que eu tinha que voltar se não seria um escândalo... – ela respondeu, enrolando-se nas palavras, suas mentiras estavam me deixando ainda mais nervoso.

— Mentira! – eu gritei, ela começou a chorar, tentou novamente soltar-se, mas continuei segurando-a com força.

— Me deixa sair, você está me machucando! – ela implorou.

— Ele é teu amante, não é? Fala! – eu perguntei.

— Não... – ela disse.

— Anda, fala a verdade! – eu gritei, estava tão irritado que já estava tentando chacoalha-la para fazê-la falar, porém uma voz fez com que eu parasse rapidamente.

— SOLTA ELA! – ele mandou. Parei, para virar e encará-lo, ele nos olhava seriamente, parecia muito nervoso. Sim, falando dele, ele apareceu... Jacob.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai será que vai rolar briga? COMENTEM, RECOMENDEM, FAVORITEM!



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