Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 3
O mentiroso da história


Notas iniciais do capítulo

olá gente, voltei com mais um capitulo, espero que gostem dele e não esqueçam de comentar, quero agradecer a Leh Forever pela primeira recomendação na fic, quem quiser também deixar, me deixaria muito feliz... obg flor adorei e dedico o capitulo a você! conversamos mais na nota final:



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3. O mentiroso da história

Acordei com uma terrível dor de cabeça, a dor era tanta que tive dificuldades para permanecer com os olhos abertos, a primeira coisa que fiz ao me levantar foi tomar um comprimido para cessar a dor, em seguida caminhei até a janela do quarto com a intenção de fechar a cortina, antes olhei para o lado de fora e reparei que o dia iria ser ensolarado, embora ainda fosse muito cedo para saber ao certo como seria o clima do dia.

Arrumei-me com dificuldade, afinal, era complicado fazer tudo como uma mão só. Tive uma grande dificuldade para vestir a roupa e principalmente escovar os dentes, quando enfim eu terminei, eu senti-me aliviado e então fui tomar café da manhã, não vi Isabella na mesa, isso porque estava cedo demais e ela ainda não havia saído do quarto, e então eu sabia que só iria ver ela quando voltasse do trabalho, já que eu estava decidido ir a empresa durante a manhã.

A minha mãe insistiu para que eu não fosse trabalhar, porém já fazia um bom tempo que eu não aparecia por lá, era injusto deixar tudo nas mãos de Emmett, e além do mais eu estava com muita vontade de falar com ele, essa era uma das maiores razões de eu contrariar minha mãe e decidir ir mesmo á empresa.

O caminho para lá foi um pouco complicado, deparei-me com alguns jornalistas em frente a minha casa, falei o básico e confirmei quando perguntaram sobre meu casamento, mas quando perguntaram a razão para eu ter me casado em segredo, os cortei e fui embora rapidamente.

O motorista me levou até a empresa, lá novamente tive dificuldade para entrar, havia mais jornalistas, dessa vez entrei sem responder as perguntas deles e cumprimentei os funcionários que pareciam felizes em me ver vivo, quando fui para o escritório, no primeiro momento tentei me atualizar com Emmett sobre os negócios, era só sumir um único dia que novidades sempre apareciam, imagine então sumir da empresa por mais de duas semanas? Depois de rever algumas papeladas e ficar uma ou duas horas falando sobre negócios, eu não aguentei e então troquei de assunto, Emmett parecia também querer falar de Isabella, alias, foi á primeira pergunta que ele me fez quando cheguei, eu que havia decidido deixar o assunto para mais tarde.

Estávamos em meu escritório, e eu virava papel e mais papel com a única mão disponível, quando de repente eu soltei um suspiro, parei e olhei para ele seriamente. Decidido já a entrar no assunto:

— Ela não é minha esposa... – foi à primeira coisa que falei, Emmett que mexia também em alguns papeis parou, para olhar para mim com as sobrancelhas arqueadas. – Você deveria ter visto a reação dela quando me viu, em nenhum momento ela ficou feliz, até agora ela não me deu um único beijo, nenhum abraço, você acharia isso normal para uma esposa que acabou de descobrir que o marido está vivo?

— Ela não pode ter ficado assustada? Afinal, para todos nós foi uma grande surpresa... – ele a defendeu.

Eu suspirei e levantei-me da cadeira.

— Pense Emmett, vamos por você como exemplo, você está noivo da Rosalie, imagina que você case com ela, poucas semanas depois acontece um acidente e ela morre, e então você a enterra, está sofrendo pela morte dela, qual seria seu maior desejo? Que isso tudo fosse mentira, você ia querer que fosse tudo um engano e que na realidade ela estivesse viva, não é? – eu perguntei.

— É claro! – ele concordou.

— Então pensa um dia você descobre que ela esta viva, você a vê na tua frente... Sua Primeira reação depois do susto é lógico, não seria no mínimo abraçá-la? – perguntei, enquanto andava pelo escritório.

— É... Claro, eu iria me emocionar muito, ia abraçá-la, beijá-la! – ele disse, passando a mão no cabelo.

— Ela quando me viu pareceu que estava vendo o demônio, ficou apavorada, quase caiu da escada e começou a tremer, depois, ficou distante, fugindo de mim, não queria nem me olhar... – expliquei. – Senti como se fosse aqueles maridos agressivos que as mulheres querem se manter longe, embora pensando bem, se isso tudo for verdade ela que deve ser a perigosa da história...

— Perigosa? – ele perguntou.

— Como você chamaria uma mulher que aparece do nada, depois que um homem supostamente morre e diz que é casada com ele? Sendo tudo uma mentira! Ela é uma golpista, afinal, isso foi uma armação, um golpe, coisa boa essa mulher não é! – respondi, voltando a me sentar. - E alias, ela ainda é uma péssima atriz, não fez questão nenhuma de fingir ser minha esposa...

— Bom, mas uma coisa eu posso alegar, ela está legalmente casada com você... Abre a Primeira gaveta!  - Emmett respondeu.

 Eu franzi as sobrancelhas e então a abri, eu vi que havia uma pasta azul ali dentro, a retirei, a abri e então deparei-me com um papel, era a certidão de casamento.

— Eu levei essa certidão a um advogado, ela é verdadeira, vocês estão legalmente casados... – Emmett garantiu.

Observei a certidão com atenção, parecia mesmo ser verdadeira.

— Estamos casados como... - eu iniciei voltando a olhar para Emmett.

— Comunhão de bens! – ele completou, e então ri ironicamente.

— Olha só, muito conveniente, não acha? – respondi, discordando com a cabeça.

— Você está dizendo que ela se casou com você por dinheiro? – ele perguntou. – Ela disse que você até mentiu sobre sua condição financeira...

— Isso é o que ela diz Emmett! – respondi, suspirando. – Se isso tudo for um golpe, ela quer é ficar com o meu dinheiro, só que o que ela não esperava é que eu fosse ficar vivo e claro, disposto a pegar ela no flagra... – acrescentei, sorrindo logo em seguida.

***

Voltei para casa mais cedo do que eu costumo voltar quando vou à empresa, Emmett decidiu me dar uma carona e deixou-me na mansão, novamente na entrada deparei-me com alguns jornalistas, só que novamente os ignorei, com tudo que estava acontecendo a ultima coisa que eu queria era dar entrevistas. Minha cabeça estava um tanto confusa, e a única coisa que eu conseguia pensar era nesse meu estranho casamento.

Durante toda a manhã varias perguntas ficaram rodando em minha mente: Se tudo que eu estivesse desconfiado fosse verdade? Se eu tiver mesmo dividindo o teto com alguém que quer me matar? Se Isabella for uma mulher perigosa? Caso tudo isso for verdade, com certeza ela tem um cúmplice e eles podem estar nesse exato momento planejando um atentado contra mim, afinal, meu acidente pode não ter sido um azar do destino, pode ter sido tudo planejado. Alguém pode estar querendo me matar, e provavelmente ganhará muito dinheiro quando me ver morto.

Enquanto eu me aproximava da mansão, esses pensamentos continuaram rodando pela minha mente, decidi parar de pensar pelo menos por alguns minutos, e assim que entrei em casa, logo senti dois longos braços me agarrando, não, não eram os braços de Isabella, mas sim de Tanya Denali, somos amigos de infância e na realidade costumávamos ficar de vez em quando, ela é linda e isso eu não podia negar, porém seu jeito grudento e apaixonado sempre me irritou um pouco.

Ela é melhor amiga de Alice Cullen, minha prima, as duas dividiam um apartamento de luxo no centro da cidade e ambas são sócias, elas são donas de diversas lojas de roupas da região, Alice além de ser minha prima, é noiva de Jasper, um amigo de infância meu, os estão com casamento marcado para daqui seis meses.

Tanya sempre foi muito superficial, gosta de fazer compras e de falar sobre coisas fúteis, embora fosse sócia de Alice, nunca gostou de negócios ou de trabalhar, sempre deixou essa parte para Alice que é mais responsável, e que aliais é muito boa nisso, a cada ano, graças a Alice a fortuna delas rendem milhões.

Tanya é uma mulher muito bonita, loira, de olhos azuis é alta e esbelta, já Alice, é baixa, esbelta, tem cabelos pretos e curtos, é bem branca e seus olhos são castanhos.

Embora Tanya seja linda, eu nunca pensei em levar um relacionamento sério com ela, acredito que não daríamos certo, já que sua personalidade nunca me agradou muito.

— Ai quase que eu morri do coração quando soube que você está vivo... – Tanya disse finalmente me soltando, seus olhos marejavam e ela parecia mesmo emocionada por me ver vivo. Era essa emoção que eu tinha que ter visto no rosto de minha “esposa”.

— É, é bom te ver também Tanya... – respondi, enquanto olhava em volta da sala, lá estava minha mãe, Alice, e bem no canto, a tal irmã de Isabella. É só faltava ela, a minha esposa.

— Por que você não me contou que se casou? Eu acho que no mínimo você deveria ter falado para mim e... – Tanya dizia até ser interrompida por Alice.

— Tanya, eu acho que a ultima coisa que ele quer é falar sobre isso... – Alice a interrompeu, e agradeci em pensamentos por ela ter feito isso. Ela parou ao lado de Tanya e então sorriu e me deu um demorado abraço. – Eu também estou muito feliz em te ver vivo, querido primo...

Suspirei enquanto ainda a abraçava, e então meus olhos pararam em Jane, vi que agora ela não estava mais no canto da sala, mas sim próxima á escada, a observei subi-la rapidamente, eu acredito que ela esteja indo ou para seu quarto ou para o quarto de Isabella, talvez para falar sobre Tanya e Alice.

— É e também eu não me lembro do casamento... – respondi, agora voltando a olhar para Tanya.

— Ah sim, é a sua mãe já tinha me dito que você não se lembra de algumas coisas... – Tanya respondeu, eu suspirei e concordei com a cabeça. Meus olhos desviaram-se para a escada, agora Isabella estava descendo, ela, ela parou no ultimo degrau, olhou rapidamente para nós e depois desviou o olhar para o chão e voltou a caminhar, ela parecia estar indo para a cozinha.

— Aonde você vai? – eu perguntei, ela parou de andar no mesmo momento.

— Comer alguma coisa... – ela respondeu, sem virar para me olhar.

— Por quê? Logo vamos jantar, e aliás, você vai jantar no quarto... – respondi, e só então ela se virou e me olhar. – Comigo... – completei, sorrindo. Ela me encarou, seriamente, eu percebi que ela não havia gostado nada da ideia, o que eu achei ótimo.

***

Fiquei ainda algum tempo conversando com Tanya e Alice, e logo notei certo aborrecimento por parte de Tanya por saber que estou casado, ela ainda tinha esperanças que nós dois pudéssemos ter algum relacionamento sério, e eu imagino que se ela soubesse que talvez tudo aquilo não passasse de uma mentira, com certeza as esperanças dela voltariam, mas lógico que eu não quis comentar nada com elas sobre as minhas desconfianças.

Pois, apesar das atitudes de Isabella mostrar claramente para mim que nós dois não temos nenhum tipo de relacionamento, eu sabia que tinha menos que fosse pequena uma chance de que o casamento fosse real e que eu pudesse estar errado. E eu sabia que ela era a única que poderia me dar ás respostas, então queria continuar nesse jogo, fingir mesmo que acredito que estamos casados.

No jantar eu estava decidido a tentar descobrir alguma coisa, mesmo que eu acredito que da boca dela só saiam mentiras, talvez as suas atitudes pudessem me dar alguma pista que me levasse á verdade.  

Logo quando Alice e Tanya foram embora, eu pedi para que um dos empregados levasse a comida no meu quarto e depois que avisasse a Isabella que a comida já está servida.

Ela demorou cerca de dez minutos para chegar, e como da outra vez, ela entrou lentamente no meu quarto, meio receosa e olhando para todos os lados com um olhar desconfiado, ela foi caminhando até a mesa pequena que havia no canto direito do quarto, lá já estava á bandeja com a comida e um jarro de suco de laranja.

— Pode se sentar... – eu disse, e lentamente ela se sentou. Fui me aproximando lentamente dela, enquanto eu continuava a falar.

— Está tudo bem? – perguntei para ela.

— S-Sim... – ela gaguejou, olhando para baixo. Então, eu suspirei.

 – Sabe Isabella, nós dois estamos nos comportando como dois estranhos e eu imagino que não deveria ser assim, não acha?... – perguntei, para atrás dela.

— É... – ela concordou.

— É o que? Somos dois estranhos ou não? – perguntei, parando minha boca próximo do ouvido dela.

— Bom... É que como você perdeu a memória... – ela iniciou, enrolando um pouco nas palavras, sequer ela se mexeu, mas eu percebi que ela ficou um pouco nervosa com a minha aproximação.

— Mais você não! – respondi, agora me afastei dela e sentei na cadeira que me deixava frente a frente dela. - Suco? Você quer?

— Quero sim... – ela respondeu.

— Pode servir? – perguntei.

— Claro! Açúcar? Adoçante? – ela perguntou, enquanto colocava o suco nos copos.

— Açúcar e você? – perguntei.

— Açúcar também... – ela respondeu, e então dei uma risada irônica, afinal, eu nunca tomava nada com açúcar, sempre preferi utilizar adoçante.

— Acho que teremos que nos inteirar novamente sobre nossos gostos, porque parece que você também perdeu a memória... – comentei, ela olhou-me seriamente. Mas não disse nenhuma palavra. – Você é sempre assim calada? – perguntei, ela demorou alguns minutos para responder.

— Não, é que você mentiu, eu não sabia que você morava nessa casa e tinha tanto dinheiro! – ela disse enquanto adoçava os copos de suco, em seguida ela abriu a bandeja e retirou o seu prato, a comida já estava servida.

— Por isso está incomodada? – perguntei, também retirando o meu prato, com um pouco mais de dificuldade por estar apenas com uma mão.

— É... Sim! – ela gaguejou, desviando o olhar para a comida.

— Então, eu não disse, é bem... – eu ri, enquanto ainda a olhava. – Eu não sei o porque, talvez eu quisesse que você me aceitasse pelo que eu sou e não pelo meu dinheiro!  - acrescentei, embora eu não acreditasse que tivesse feito isso de verdade.

— Provavelmente! – ela concordou, começando a comer. Eu comecei fazer o mesmo.

— E o que mais eu dizia? – perguntei curioso para saber o que ela iria dizer.

— Que você trabalhava numa grande construtora, por isso viajava tanto e que sua família é do exterior! – ela respondeu, prontamente.

— E onde eu morava? – perguntei.

— Você tem um apartamento na minha cidade! – ela respondeu.

— Era perto da sua casa?

— Não muito, precisava ir de ônibus...

— Nos víamos frequentemente?

— Não muito!

— Onde nos conhecemos?

— Numa balada, minha irmã tinha ido escondido na balada com uma amiga, e eu fui buscá-la, nos esbarramos lá, e depois nos reencontramos por acaso perto da minha casa e você puxou assunto comigo...

— E quando nós decidimos se casar? – perguntei.

— Há mais ou menos um mês... – ela respondeu.

— Onde nos casamos?

— Num parque...

— Foi muita gente?

— Não, só meu pai, minha irmã e as testemunhas!

— Amigos meus?

Ela suspirou e parou de comer, antes de responder:

— Não sei, não conhecia as pessoas...

— E não teve mais convidados?

— Não!

— Por quê? – perguntei, rindo inconformado.

— Você não quis... Você disse que faríamos a festa quando casássemos na igreja! – ela respondeu, depois continuamos comendo agora calados por alguns segundos, até que continuei:

— Você jura Isabella, que não teve nada entre a gente, algo que tivesse que apressar o casamento, como você estar esperando um filho meu? – eu perguntei, essa poderia ser a única explicação para um casamento tão precipitado e escondido de todos, caso tivesse possibilidade disso ser verdade.

— Não, eu já disse que entre nós dois não houve nada... – ela respondeu rapidamente, parando imediatamente de comer, pareceu incomodada com a minha pergunta.

— E por quê? – eu ri, discordando com a cabeça. – Não faz sentido!

— Eu já disse que é porque eu quis esperar o casamento, como sou do interior e de família religiosa eu decidi me casar virgem... – ela explicou e levemente nervosa, se levantou da mesa. – Mas como eu me decepcionei, e não te amo mais, eu quero o divorcio! – ela acrescentou rapidamente, e saiu quase correndo de dentro do meu quarto.

Eu dei uma risada irônica e discordei com a cabeça. Divorcio? Agora sim as minhas suspeitas estavam aumentando.

***

 Definitivamente o pedido de divorcio de Isabella só aumentava ainda mais as minhas suspeitas em relação a ela. Pois, se tudo for mesmo mentira, o pedido de divorcio faria sentido, afinal, ao ver que o seu plano de ficar como minha viúva não deu certo, só lhe restaria nesse momento se divorciar, e ainda ela sairia no lucro com isso, já que estamos casados com comunhão de bens, ela conseguiria pelo menos alguns milhões com o nosso divorcio.

Mas claro, eu não aceitaria isso, não mesmo, então levantei da mesa e sai rapidamente do meu quarto, fui até o dela e comecei a bater na porta e chamá-la, demorou quase um minuto para ela abrir. E ainda não abriu a porta por inteira e continuou segurando a maçaneta.

— Edward, eu estou com sono e com dor de cabeça, nós conversamos amanhã, boa noite... – ela tentou fechar a porta, mas rapidamente a segurei.

— Você acha que é assim? – eu a interrompi, abrindo a porta com força para entrar no quarto.

— O que? – ela perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Simplesmente você aparece, alega que somos casados e do nada você perde o divorcio?! – eu perguntei enquanto entrava no quarto dela.

— Do nada? – ela disse e depois se virou de costas para mim, cruzou os braços e se afastou um pouco. – Como você acha que eu estou? Ligam para mim dizendo que meu marido está morto, ai eu pego o endereço e vou parar em uma mansão, ai então descubro que você é rico e ainda mentiu para mim, tudo em você é uma mentira, eu não me casei com Edward Cullen que eu achei que você era...

Eu discordei com a cabeça, inconformado. Aquilo não poderia ser verdade, Isabella deve estar atuando, eu não faria algo desse tipo, eu não poderia ter feito isso. Puxei ela pelo braço, obrigando-a a olhar para mim, então olhei-a nos olhos por alguns segundos antes de prosseguir com a discussão.

— Ah sim, então quer dizer que eu que sou o mentiroso da história? – perguntei, ela não me respondeu, apenas continuou me olhando, séria. – Que fique bem claro uma coisa Isabella, se você acha que vai tirar o corpo fora dessa forma está muito enganada... – e então segurei-a com mais força. – Se eu me casei com você por alguma razão, eu quero saber o porque, e se você está mentindo eu também quero saber o porque, então, eu não vou dar o divorcio e continuaremos assim, casados, morando no mesmo teto até que a verdade apareça, afinal, uma hora ou outra teremos que descobrir quem é o mentiroso dessa história toda...

Ela me olhava fixamente, sua expressão estava seria, porém eu conseguia ver medo nos olhos dela, medo da qual ela tentava disfarçar o máximo possível com a dureza de sua expressão. Depois de alguns segundos naquela tensão, Isabella puxou o braço da minha mão e afastou-se rapidamente.

— Você não pode me obrigar a nada! – ela respondeu num tom firme, dando alguns passos para frente, depois virou-se para mim e me encarou, ainda séria.  – Você não pode me obrigar a ficar casada com você, e eu não vou ficar!

Eu respirei fundo e passei a mão no meu cabelo, tentando acalmar-me, ter uma discussão naquele momento não iria ser nada bom, só iria incentivá-la a insistir no divorcio. Eu olhei-a por mais alguns segundos, e em seguida eu me virei e sai do quarto, batendo a porta fortemente atrás de mim.

Bufando entrei em meu quarto, fechei a porta com força e dei um chute na cama. Isabella conseguia me irritar e principalmente me intrigar, me intrigar muito, eu estava disposto a não desistir de descobrir a verdade, deitei-me na cama, parei meus olhos no teto e então naquela noite demorei algumas horas para conseguir dormir.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Gente amanhã eu respondo os comentários, está um pouco tarde e ainda tenho mais uma att para fazer, comentem, favoritem e se quiserem recomendar também me deixaria feliz e disposta a voltar mais rápido, beijos!



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