Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 28
Sequestro I


Notas iniciais do capítulo

olá gente, voltei!!! Mais um cap. para vocês, eu ia aumentar ele e fazer um capitulo só, só que eu estou com trabalho da faculdade para fazer =/ então se eu fosse aumentar não daria para eu postar hoje, então prefiro tá postando e dividir o cap. em dois mesmo, mesmo que saia menor do que eu gostaria...
Espero que gostem e vamos voltar para visão da Bella hehe... Quero agradecer as recomendações de Jeni e Luna, dedico o cap. a vocês, e vão ai comentando pessoal, recomendando e favoritando também, que ainda essa semana eu posto mais, preciso acabar essa fic logo rsrsrsrs... Bora então! COMENTEM, RECOMENDEM E FAVORITEM!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754282/chapter/28

28. Sequestro I

Isabella Cullen

Ao sair daquela mansão, eu senti como se tivesse deixando uma parte de mim ali dentro. Tudo que estava acontecendo era estranho demais, eu sabia que havia uma armação por trás daquilo tudo, mas eu não tinha provas, nem eu mesma sabia direito como eles haviam conseguido fazer tudo aquilo, então, eu não tinha outra escolha que não fosse ir embora, antes que aquela bomba de desconfianças estourasse de vez.

Embora doesse partir, eu não sentia raiva de Edward, pois eu o entendia. Apesar de tudo, eu sabia que ele tinha todos os motivos do mundo para desconfiar de mim, e ainda, eu sabia que havia colaborado para as suas desconfianças, eu havia errado. Meu medo havia apenas piorado toda aquela situação.

— Vem minha filha, entra! – meu pai falou, puxando-me pelo braço para dentro de casa, com as lágrimas ainda brotando em meus olhos, eu olhei a minha volta, olhei cada pedacinho daquela casa que tanto amei viver. Passei tantos anos ali, anos bons, fora tudo simples, humilde, mas confesso que ainda assim eu fui feliz.

Enquanto olhava aquele lugar eu pensava, em todas as vezes que desejei voltar para a minha casa, para o meu lar. Quando eu era ameaçada e ficava com medo, a única coisa que eu desejava, era deitar em minha cama, minha velha cama, que por muitos anos foi meu abrigo e me aqueceu do frio, como se aquela velha cama pudesse me proteger.

Mas agora, o engraçado é que doía estar ali. Não pelo fato de que onde eu estava era mais luxuoso, era maior, na qual eu tinha mais mordomia. Não, porque ali eu era cercada de empregados e cheia de jóias e dinheiro, mas sim, porque eu havia deixado Edward. Edward havia ficado lá na mansão, fazia poucas horas que eu havia o deixado, mas já doía tanto que eu sentia como se já tivesse o abandonado por dias.

***

Definitivamente eu sentia como se não vivesse mais naquele lugar, tinha detalhes dentro de minha casa, que eu nem me lembrava mais. Tomei um longo banho, fui para o meu quarto, e deitei em minha cama, cobrindo-me com o cobertor, e novamente eu senti as lágrimas caírem dos meus olhos. Enquanto sentia meu coração doer.

— Irmãzinha você quer um chá? – ouvi Jane perguntar, mas eu não virei na direção dela, eu não queria nem me mexer naquele momento.

— Não! – falei, num tom baixo. – Eu só quero dormir um pouco, amanhã, eu acho que já vou estar me sentindo melhor... – acrescentei, o tom saiu choroso. Fechei meus olhos com força, e então cobri meu rosto com edredom. Eu não queria mais chorar, eu não aguentava mais chorar.

Só que aquilo era inevitável...

Ouvi o barulho da porta se abrindo e depois passos da minha irmã se afastando, escutei ela e meu pai cochichando, provavelmente deveriam estar falando de mim, deveriam estar preocupados com a minha tristeza. Mas eu nem estava curiosa para saber o que eles estavam falando de mim.

Os meus pensamentos continuavam concentrados em outro lugar, ou melhor, em alguém particular. Edward. Como será que ele esta? Será que ele também está sofrendo com nossa separação? Eu não fazia ideia... Eu sabia que iria ser difícil, talvez até mesmo impossível eu conseguir esquecê-lo.

***

No outro dia acordei com uma enorme dor de cabeça, meu corpo também doía e até mesmo me sentei na cama com dificuldade, olhei para cama ao lado e não avistei minha irmã, e então me dei conta de que deveria já estar tarde e ela já havia se levantado. Levantei também da minha cama, sai do quarto e fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Assim que parei os meus olhos no espelho, notei que eles estavam inchados. Eu sabia que era de tanto chorar.

— Eu preciso superar isso... – falei para mim mesma, mesmo sabendo que era a mesma coisa de eu falar para mim mesma parar de respirar. Era como se fosse impossível, mas eu sabia que eu precisava tentar. Pois era a única coisa que me restava.

Assim que fui para cozinha, para tomar café da manhã, encontrei o meu pai sentado a mesa, ele bebia uma caneca de chá e assim que me avistou, sorriu para mim, mas percebi que era um sorriso um tanto forçado.

— Cadê a Jane? – perguntei, ao notar que ela não estava na cozinha.

— Ela foi ver uma das amigas dela, disse que estava com saudade das colegas... – ele comentou.

— Espero que não seja as que tenta levar ela para o mau caminho! – eu falei, me lembrando de umas amigas nada agradável de Jane, elas que a incentivava ir escondida para a balada. Aliais, fora em uma dessas noites, que ao ir atrás de Jane, eu acabei conhecendo Jacob. Meu corpo até tremeu ao me lembrar dele. Suspirei e notei que meu pai ficou quieto, ele estava com olhar distante, enquanto assoprava a sua caneca de chá. - Pai... Está tudo bem? – perguntei para ele, ele então voltou a me olhar.

— Eu que tenho que te perguntar isso minha filha... – ele falou, então eu mordi meus lábios e concordei com a cabeça, em seguida desviei o olhar, enquanto me sentava numa cadeira próximo a ele.

— Bom, eu estou indo! – falei, e então logo eu senti a mão de meu pai sendo colocava em cima da minha.

— Você já estava apaixonada por ele, não é? – ele perguntou, então uma lágrima caiu dos meus olhos, enquanto eu concordava com a cabeça e novamente desviava o olhar para baixo. – Até eu havia me acostumado em viver ali, não porque era uma mansão, mas pela companhia, a dona Esme, ela e o Edward, eram pessoas muito boas...

— Você estava se dando muito bem com a Esme, não é? – perguntei, voltando a olhá-lo. Ele também me olhou.

— Sim, é uma senhora muito amável, fico pensando aqui, como esse momento deve estar sendo difícil para ela, ouvir tudo aquilo de Edward, ela não deve estar esperando que Jacob seja uma pessoa ruim, na verdade nenhuma mãe espera...

— É os pais não criam os seus filhos para saírem uns loucos... – concordei, enquanto pensava. Ás vezes me imaginava tendo um filho, e não sei como eu ficaria se um filho que criei com tanto amor e carinho, saísse com uma personalidade tão ruim e desprezível como a de Jacob.

— Mas minha filha, tenha paciência! – ele falou, me fazendo voltar em mim e encará-lo. – Tenha paciência, espere, tenha calma, se for para você e Edward ficarem juntos... Acredite minha filha, tudo ainda irá se resolver! – ele falou, sorri para o meu pai, e assenti com a cabeça. Ele tinha razão, naquela altura do campeonato não adiantava eu me desesperar, eu precisava de calma, de paciência. Pois eu sabia que a mentira não iria prevalecer para sempre, uma hora a verdade teria que aparecer. Não sei como, não sei de que forma. Mas eu sentia, que uma hora ou outra, eu iria conseguir provar a minha inocência.

***

Para esquecer um pouco tudo aquilo, eu decidi sair de casa para dar uma volta, tentar pensar em outra coisa, descansar a mente, e quem sabe conseguir por algumas horas tirar Edward dos meus pensamentos.

Para isso, eu decidi fazer uma visita a dona Alda, ela é uma senhora muito simpática que morava na rua da minha casa, ela tinha um mercado pequeno no centro da cidade, logo pensei que o passeio poderia ser útil, eu poderia ver se ela está precisando de alguém para trabalhar para ela.

Já que eu voltei para cidade, precisava arrumar emprego, para voltar a sustentar a casa.

Fui até o mercado, conversamos por alguns minutos, até reencontrei alguns outros amigos, conhecidos que já não via há meses, que acabaram sabendo que eu havia me casado e começaram a me encher de perguntas referente a esse assunto, então, eu tive que desviar do assunto, afinal, eu não sabia como respondê-los, preferi acabar a conversa e ir embora, mesmo que ainda fosse cedo.  

Assim que sai do mercado, eu pensei em dar uma volta pelo centro e olhar algumas lojas, eu fui até lá e visitei algumas lojas de roupa, comprei um saquinho de pipoca na praça e cheguei a sentar no banco por alguns minutos. Realmente as horas de distração havia me feito bem, mas agora, quando me sentava e ficava em silencio era impossível não voltar a pensar em Edward. Aquilo doía, mas logo que voltava em si e via que não deveria pensar nisso, eu sacudia a cabeça e voltei a me levantar do banco, decidida ir para casa. Quanto menos pensasse naquele assunto seria melhor, quanto menos eu conseguisse ficar sem pensar em Edward doeria menos, sim, eu precisava pensar nele o menos possível.

***

Eu já estava caminhando em direção de casa, não faltava muito, precisava apenas dobrar a esquina e caminhar por mais alguns metros, enquanto fazia isso eu estava bem distraída em meus pensamentos. Comecei a me lembrar de que havia saído sem meu celular, e também pensei na possibilidade de Edward me ligar, isso me encheu de esperanças, mas ao mesmo tempo tentei tirar isso de minha mente, eu não podia criar falsas esperanças, isso só doeria mais.

Distraída, eu não notei a presença de ninguém perto de um beco da qual eu estava passando, porém logo tomei um susto ao sentir algo me puxar bruscamente, ou melhor, alguém, imediatamente, ao sentir o puxão, eu tentei gritar sem ao menos ver quem era.

Mas rapidamente a pessoa impedindo, colocou a mão em cima de minha boca. Tinha algo na mão dela, havia um pano... Ele tampou com ele minha boca e meu nariz ao mesmo tempo.... Logo percebi que. Tinha algo nele, eu sabia que tinha, eu tentei me debater, me soltar, mas não consegui, senti-me fraca demais enquanto tudo começava a se apagar. E fora então, que perdi a consciência.

***

Meus olhos foram se abrindo com extrema dificuldade, de inicio tudo estava embaçado e girava e girava sem parar, e essa sensação estranha acredito que demorou quase um minuto para diminuir, para que eu conseguisse perceber aonde eu estava.     

Fui olhando ao meu redor, até me dar conta de que estava numa sala de jantar desconhecida, a minha frente havia uma mesa, com os pratos servidos, e no meio da mesa havia um belo de um peru, que fazia até mesmo eu me lembrar da época das festas.

Tentei me mover, mas não consegui, só então comecei a me dar conta de que eu estava amarrada em uma cadeira. Meus pensamentos estavam confusos, tentei começar a pensar nos acontecimentos anteriores. Fora então que fui me lembrando, que a ultima coisa da qual eu me lembrava era que eu estava indo para minha casa. Alguém me agarrou por trás, colocou algo em meu rosto, e então eu desmaiei.

— Jacob... – falei, numa voz fraca, afinal, ele era a única pessoa que poderia ter feito isso. Então, de repente, um som começou a tocar, olhei para os lados de uma forma agitada, notei que o som vinha de outro cômodo da casa, provavelmente da sala de estar. Notei que o som era de uma musica romântica de no mínimo dos anos oitenta, porém não consegui me recordar, qual era musica e qual era o cantor.

Tentei novamente me mexer, mas sem resultados, eugritei, uma, duas vezes. Até que então, finalmente ele apareceu.

Parou na porta da sala de jantar, cruzou os braços e me olhou com um sorriso cínico.

— Olá, meu amor! – ele falou. No momento que o vi meus olhos encheram-se de lágrimas.

— Jacob... – falei.

Ele deu um, dois, três passos em direção a mesa, ele colocou suas duas mãos em cima dela, e continuou me encarando por mais alguns segundos.

— Sentiu minha falta? Ah... Acho que não, não é? Pois você parecia que estava muito entretida, vivendo uma lua de mel com meu irmão... – ele acrescentou, agora seu sorriso cínico sumiu, seu semblante endureceu-se e ele me encarou com um olhar nada agradável. – Como aquilo foi ridículo, sério que você achou mesmo que poderia viver um conto de fadas com aquele imbecil?

— Jacob... Por favor! – eu comecei, agora com o coração batendo tão disparado que parecia que em algum momento iria parar, com certeza minhas pernas estariam tremendo, se não estivessem nesse momento amarradas.

— Você acha que eu não soube? Todo romance barato de vocês dois... Você achava mesmo Isabella, de que eu iria embora e ia deixar você ai de bandeja justo para aquele imbecil do meu irmão? – ele falou agora se aproximando mais de mim, e então ele virou a cadeira que eu estava amarrada, obrigando-me a ficar frente a frente a ele. Em seguida ele se agachou bem na minha frente, sem em nenhum segundo quebrar o contato visual. Os meus olhos a essa altura, começaram a cair ás primeiras lágrimas, enquanto eu ainda era obrigada a encarar aqueles olhos gélidos.

Foi então que eu tentei me segurar, respirei fundo, tentando manter a calma, eu sabia que era meio difícil por eu estar naquela situação. Mas se eu me desesperasse e falasse coisas que eu não deveria falar no momento, eu sabia que era capaz de eu nunca sair daquela estranha casa com vida.

— Jacob, por favor, se algum dia na sua vida, você realmente sentiu algo por mim... – eu comecei.

— Você ainda duvida? – ele perguntou, me interrompendo, seu semblante endureceu-se ainda mais. – Como você é teimosa meu amor... Não é porque eu casei você com meu irmão, eu estava com a intenção de te dar de bandeja para ele... – ele afirmou, e depois voltou a ficar de pé, eu fiquei o olhando com a boca entreaberta. – Não! Não era! – ele acrescentou, agora num tom mais alto. Ele bufou, passou a mão no seu cabelo, deu a volta pela sala de jantar, e depois virou novamente em minha direção. – Ele era para ter morrido... Éramos a essa altura para estar casados e não, ele, vivo e ainda com você, isso está errado, não foi o que eu planejei!

E então mais uma lágrima caiu dos meus olhos.

— Eu não estou mais com ele Jacob, então, você não precisa fazer isso, eu não era para estar presa aqui, eu... – eu comecei, mas me calei, quando vi novamente ele se aproximando.

— Se vocês não estão mais juntos, é porque eu tive que colaborar, não é? Mas se dependesse de você... – ele começou, notei que seu rosto ficou vermelho, ele parecia ficar irritado só de se lembrar que Edward e eu estávamos juntos, na hora o desespero já foi tomando conta, e logo o interrompi.

— Não! – falei. – Não Jacob, eu, eu estava com ele porque eu estava nervosa com tudo que aconteceu, você sabe, as mentiras que eu fui obrigada a falar, as suas ameaças, você me obrigar a ser a viúva do seu irmão... – lágrimas começaram a cair dos meus olhos sem parar, novamente tentei me mexer, mas sem resultados, olhei para baixo, pois eu sabia que não ia conseguir continuar mentindo, encarando-o.

— Ai você quis se vingar de mim... – o ouvi dizer, percebi que ele voltou a se agachar na minha frente. – Se envolveu com meu irmão, pois sabia que era aonde mais iria doer, conhecia o meu ponto fraco, não é Bella?

Rapidamente concordei com a cabeça.

— Sim, sim! – falei rapidamente. Novas lágrimas caíram dos meus olhos, senti a minha respiração acelerar, enquanto o meu coração conseguia bater ainda mais rápido. – Mas é você que eu amo... É você que sempre amei Jacob, por favor, me solta, a gente não precisa disso... – eu disse, agora numa voz mais fraca, o olhando fixamente, Jacob também me encarou, mas não havia nenhuma expressão em seu rosto, eu não sabia se ele estava acreditando em mim. Ainda, ele permaneceu em silencio nos próximos segundos, que sem sombra de duvida, foram os segundos mais longos de toda a minha vida.

Até que então finalmente ele sorriu, o que me fez suspirar aliviada.

— Eu sabia que você iria entender! Boa garota... – ele falou, e finalmente começou a me soltar.

— Aonde você quer chegar com tudo isso Jacob? – perguntei, enquanto ainda as lágrimas caiam dos meus olhos, fiquei o observando, com um olhar sério, enquanto meu coração continuava a disparar num ritmo tão anormal, que achei que a qualquer segundo eu passaria mal.

Ele terminou o que estava fazendo e em seguida se levantou, passou a mão em meu cabelo, e então deu um demorado beijo em minha testa. Minha respiração falhou, e cada vez eu entendia menos a atitude dele.

— Por enquanto, que tal a gente apenas jantar? – ele me perguntou. Meus lábios se entreabriram enquanto eu o olhava. Naquele momento meu lado mais racional entendeu que se eu quisesse sobreviver, eu precisava entrar no jogo dele, até conseguir pensar em uma forma para sair daquele lugar.

— C-Certo... – gaguejei, numa voz tremula.

Observei Jake se afastar, virar-se e dar a volta na mesa, voltando a se sentar, na mesa. A minha frente.

— Ótimo, que bom que você entendeu, se continuarmos assim, vejo que não teremos problemas... Agora coma! – fora o que ele falou, antes de começar a colocar a comida no prato, parecendo realmente querer acreditar que somos um casal normal.

Engoli em seco, concordei com a cabeça, então logo comecei a fazer o que ele me pediu.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: E ai... Como Bella irá se livrar dessa? COMENTEM, RECOMENDEM E FAVORITEM!!! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imprevisível, Inesperado e Improvável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.