Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 19
Lua de mel I


Notas iniciais do capítulo

olá... Voltei rápido de novo né? Que tal vermos a primeira parte da lua de mel de Edward e Bella... Vai ser bem interessante, vamos lá, no domingo ou segunda-feira temos mais ;) bgs bgs e boa leitura!



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 19. Lua de mel I

Como eu sabia que Bella gostava de cidades pequenas, já que viveu sua vida inteira em uma, eu decidi levá-la para uma cidade turística do interior, ela era pequena, tranquila, mas cheias de paisagens naturais, eu sabia que Bella iria adorar aquele lugar.

Bella já havia me falado que gostava de ver cachoeiras, rios, piscinas naturais e ali eu sabia que tinha muito disso. Essa cidade ainda era próxima da cidade em que ela vivia com sua família antes de me conhecer, então caso quiséssemos poderíamos até dar uma passada por lá.

A viagem seguia tranquila, decidi ir dessa vez de carro, mesmo que a viagem fosse mais longa, aproveitávamos o momento para conversarmos mais, e nos conhecemos melhor. Bella aproveitou e falou sobre sua infância, e comecei a perceber o quanto fora diferente da minha. Tudo na vida dela fora simples, mas desde que a conheci, eu comecei a me dar conta de que ás vezes o simples é bom.

Teve momentos que eu sentia uma vontade louca de beijá-la, de tocá-la, eu já havia me viciado no gosto dela. Parecia que quanto mais eu a beijava, mais vontade eu sinto de beijá-la e beijá-la de novo. Em um momento, acabei tirando uma das minhas mãos do volante, para acariciar o rosto dela e em seguida coloquei a mão em sua coxa, que estava descoberta devido o vestido ter subido um pouco.

— Edward? – ela me repreendeu com um sorriso tímido no rosto, era incrível que apesar de tudo que aconteceu entre nós ela ainda tenha vergonha. Arqueei as sobrancelhas e vi que ela olhou para a minha mão “boba”, e não pude deixar de sorrir e discordar com a cabeça.

— O que foi? – perguntei, dando uma de desentendido. – Estamos casados e é normal que casais se toquem...

— Mas você e eu... – ela começou a falar.

— Não vai voltar para aquele discurso de que não escolhemos nos casar? Porque se não vou ter que fazer o mesmo discurso que fiz no quarto do hotel! – eu falei suspirando. Nunca havia conhecido uma mulher tão difícil quanto Isabella, eu estava acostumado com mulheres fáceis, das quais não precisava de muito para levá-las para cama. As poucas que não foram parar lá foram as minhas amigas de verdade, mas essas eu também nunca me esforcei tanto como me esforcei com a Bella, pois nunca tive intenção de ter algo a mais com elas.

Então o jeito difícil de Bella era novo para mim, mas até que eu gostava, pois isso me fazia ver o quanto ela era diferente, seu jeito difícil ainda me fazia me apaixonar mais e mais por ela.

— Eu sei, mas... – ela começou, mas parou de falar quando de repente eu parei o carro, saindo da estrada e entrando no acostamento. Bella não entendeu e então me olhou, com as sobrancelhas franzidas. – O que foi? – ela perguntou.

— Meu acidente... – falei.

— Foi aqui? – ela perguntou. Eu sai do carro sem respondê-la, e então logo ela fora saindo atrás de mim, eu sabia que fora bem naquele local que minha vida ficou por um fio.

— Foi bem aqui! – eu falei, olhando ao redor daquele lugar deserto, e em seguida a ribanceira – Foi aqui que o caminhão se chocou diretamente com a gente! – nesse momento as imagens daquele dia vieram na minha mente, embora ainda não tivesse tão claras.

— E você se lembra como foi que você conseguiu se salvar?

— Eu não sei, eu não me lembro direito, com certeza se abriram uma das portas ao capotar e eu fui lançado vários metros á frente, talvez eu por extinto tenha me arrastado para me afastar do fogo, ah eu não sei, eu não sei... – eu disse totalmente confuso.

— Você teve sorte. – disse Bela alisando meus ombros.

— É eu sei – falei suspirando, ainda olhando a minha volta. – Mas um inocente morreu... – eu falei, eu ainda não me lembrava direito dele. – E pensar que tudo pode ter acontecido por culpa de Jacob... Sua ambição, a raiva que ele sente por mim, fez um inocente morrer...

— Mas também ele pode não ter planejado o seu assassinato, ele pode ter falado a verdade... – ela disse, e então a olhei com as sobrancelhas franzidas, aquele seu comentário logo fez pensamentos nada agradáveis invadirem minha mente, era uma crise de desconfiança novamente me consumindo. Segurei-a pelo pulso e a olhei com um olhar desconfiado.

— O que teria feito se eu tivesse morrido? Teria aceitado o Jacob? – perguntei, segurando o pulso dela com mais força, consumido pelo ciúme. –Teria dividido com ele o meu dinheiro?

— Não, não Edward – disse ela nervosa – Esqueceu que eu não sabia de nada?

— Mas estava sobre pressão do seu pai ser mandado para cadeia... – respondi.

— É estava! – ela concordou, começando a se alterar também.

— E quando o Jacob te contou tudo você se assustou e voltou pra sua casa, mas depois você voltou... – eu lembrei.

— É, por causa da ameaça que ele vez contra o meu pai, por isso eu voltei, ele estava ameaçando de colocá-lo na cadeia, assim como minha irmã e isso não era justo...

— Entendo, mas uma vez de volta o que pensava em fazer? – eu perguntei, estava totalmente nervoso, com certeza meu rosto estava todo vermelho. - Seguir com o plano do Jacob, herdar meu dinheiro e se mandar? – eu grito nesse momento, assustando-a ainda mais, ela puxou seu braço com força, e me olhou com um olhar de rancor, os seus olhos começaram a brilhar devido ás lágrimas não derramadas.

— Por isso me trouxe aqui, para me atormentar? – ela gritou comigo

— O que pensava em fazer? – voltei a repetir a perguntando, ignorando a sua pergunta.

— Eu estou farta de tanta desconfiança! – ela gritou, com dedo em riste. – Eu já te disse toda a verdade, eu já te falei tudo que sei... – lágrimas começaram a cair dos olhos dela. – Pensei que as coisas tinham mudado entre a gente, até me entreguei a você, mas olha só ainda assim continua duvidando de mim! Eu já não te disse que nunca perdoaria Jacob pelo que ele me fez?... – novas lágrimas foram caindo dos olhos dela. – Se eu estava na sua casa de novo, fora apenas pelo meu pai e pela minha irmã, mas nunca, nunca eu iria aceitá-lo como meu marido, ele não teria mais o meu amor, porque ele o destruiu no momento em que me enganou e mentiu para mim, mas chega eu não quero mais lhe dar explicações, na verdade eu já estou cansada disso, você não vê que eu só queria esquecer?

— Bella... – comecei me dando conta que eu havia exagerado com a minha crise de desconfianças.

— Vá para o inferno, você com sua família e todo o seu dinheiro, eu não quero voltar a te ver entendeu? – disse ela dando as costas e saindo correndo, me deixando ali sozinho.

— Bella, espera, não seja boba, volta aqui – eu gritei correndo atrás dela, a vendo olhando para trás assustada, e começando a descer ribanceira, provavelmente no desespero de fugir de mim, então comecei a me dar conta de quanto a assustei com meu gesto brusco. – Bella, Bella espera, você vai acabar se machucando! – eu pedi já preocupado, a vendo terminar de descer a ribanceira, fui descendo logo atrás dela e vi que novamente ela olhou na minha direção, e acabou escorregando e caindo para frente no chão, me deixando preocupado.

— Bella, Bella! – falei, me aproximando correndo e agachando ao lado dela, virei-a em minha direção, no mesmo momento ela me empurrou enquanto me olhava com raiva.

 - Eu estou cansada Edward, cansada de suas suspeitas, eu só quero minha vida normal, eu só quero esquecer o que aquele desgraçado do Jacob fez comigo e com minha família, será que é difícil esquecer essa história? Deixar tudo isso para trás?

— Calma Bella, me perdoe! – pedi, tentando tocar nela, mas ela logo se debateu, impedindo.

— Eu estou cansada disso, desse assunto! – ela dizia.

— Me desculpe, eu não devia ter falado dessa forma... – eu pedi e então novas lágrimas caíram dos olhos dela, e ela se sentou, me olhando com um olhar sério. Enquanto eu permanecia agachado na frente dela.

— Eu sei que você também foi uma vitima, eu sei que você foi bom comigo, ajudou encontrar o meu pai, está ajudando a cuidar dele e ainda fez Jacob ir embora, mas, se você não confia em mim Edward, se ainda existe dentro de você uma desconfiança, se você ainda pensa que amo o seu irmão, isso não vai dar certo... – ela falou, e eu a olhei com os lábios entreabertos.

— Não, me perdoe meu amor, me perdoe! – falei, abraçando ela, e fechando meus olhos, aspirando o cheiro doce de seu perfume. – Mas é que ás vezes eu fico tomado pelo ciúme, eu tenho medo...

Ela colocou as mãos em meus ombros e me empurrou lentamente, para voltar a me olhar.

— Medo do que Edward? – ela perguntou.

— De você no fundo amar o Jacob, de você se dar conta que não sente por mim o mesmo... – me calei por alguns segundos, antes de continuar. – Que eu sinto por você, eu sei, parece ridículo, mas, eu nunca me senti inseguro assim antes, mas com você tudo é tão diferente... Como eu disse, você não é como as outras mulheres, você não é previsível Bella, e ao mesmo tempo em que isso me deixa louco de amor por você, também me deixa com medo de perder você...

— De me perder? – ela repetiu.

— Eu não quero que você vá embora, eu quero ser feliz com você... – confessei, e para meu alivio Bella sorriu, embora o sorriso tenha sido discreto.

— Eu acho que também estou me apaixonando por você... – ela confessou, colocando a mão em meu rosto, e não pude evitar sorrir.

— Isso é verdade? – perguntei, parecendo uma criança de tanta felicidade por ouvir aquelas palavras dela.

Ela concordou com a cabeça, ainda com os olhos marejando, acariciei o rosto dela, e lhe dei vários selinhos. Depois me olhou, ainda sorrindo.

— Deve ter sido por isso que acabei me deixando levar de tal forma que... – ela suspirou antes de continuar. – Acabei fazendo coisas que não imaginei que iria fazer, nessa condição que estamos...

— Que condição? – perguntei.

— De marido e mulher que não é marido e mulher, ou pelo menos não era! – ela falou.

— Mas agora somos, estamos indo até para nossa lua de mel! – falei, sorrindo para ela. Ela sorriu de volta.

— É verdade! – concordou.

— Então, é melhor voltarmos para o carro... – falei.

E então depois do meu súbito descontrole, voltamos para o carro, ajudei Bella a subir a ribanceira e seguimos viagem em silencio, eu havia alugado um hotel fazenda, e como imaginei assim que fomos entrando nele, Bella já foi olhando em volta encantada, dava para ver como ela gostava da natureza.

— Eu aluguel o melhor quarto, você tem que ver a enorme banheira que tem no nosso banheiro... – falei.

Ela sorriu, envergonhada.

— Banheira? – perguntou, franzindo as sobrancelhas, e então assenti com a cabeça.

Descemos do carro e seguimos para dentro do hotel, assim que chegamos ao quarto, já comecei a sorrir me lembrando da forma em que pedi que preparasse o nosso quarto. Só foi ela abrir a porta e eu olhar para dentro dele, para eu ver que eles realmente haviam preparado tudo da forma em que eu havia pedido. Havia pétalas de rosas vermelhas em volta de todo o quarto, e na cama havia pétalas reunidas em formato de coração, havia uma garrafa de champanhe numa mesa que havia perto da janela, que estava coberta por uma cortina branca, ao lado da garrafa havia duas taças e ainda velas já acesas. A banheira com certeza estaria coberta por pétalas de rosas também, eu não via hora de entrar com ela lá dentro.

— Uau... – ela falou, se virando e olhando para mim, com os lábios entreabertos. Parecia surpresa com o que estava vendo.

— O que você achou? – perguntei, colocando o braço em volta da cintura dela e a puxando em minha direção, lhe dando alguns selinhos.

— Você é bem romântico... – ela disse e sorriu.

— Eu quero te fazer feliz, você merece, é uma mulher incrível... – falei, e então fechei a porta do quarto, puxei a mão dela, e a levei até a mesa. Fui abrindo a garrafa de champanhe e enquanto Bella olhava, voltava a falar:

— Como pode amar alguém que de repente se meteu em sua vida, causando tantos problemas? – ela perguntou de repente.

— Eu preciso repetir todas as qualidades que encontrei em você?... – falei, a olhando.

— Mas tem muitas outras mulheres por ai, que tem as mesmas qualidades que eu e ainda podem ser ricas como você... – ela falou, e então eu ri, enquanto despejava o champanhe nos copos.

— Não me diga que você está querendo me jogar no braço de outras mulheres? – perguntei, voltando a olhar para ela.

Ela entreabriu os lábios, enquanto me olhava.

— Não! – ela disse rapidamente. – Não é isso, eu só estou tentando entender como tudo isso está acontecendo e...

— Bella! – eu a interrompi, depois dei um passo na direção dela e lhe entreguei a taça já com champanhe dentro. – Tem coisas nessa vida que não tem explicação e o amor é uma delas, ele simplesmente vem e acontece, não precisamos tentar entender e explicar como se fosse uma formula matemática, porque não funciona assim...

— É, talvez seja verdade... – ela disse.

— Não é talvez, é assim... Não tente ficar procurando por quês, procurando explicações, vamos apenas viver esse momento, como um casal em sua lua de mel... – falei, sorrindo comecei a dar alguns goles de champanhe, e então vi Bella suspirar começar a beber o dela, e logo fez uma careta. Já mostrando que não era fã da bebida, ela colocou a taça em cima da mesa, ainda com quase toda a bebida na taça.

— Está bem, podemos pular a parte da champanhe e ir para a próxima? – ela perguntou e então eu ri.

Eu me aproximei dela, coloquei a mão em seu rosto e lhe dei um beijo, Bella sorriu, colocou os braços em volta de mim e também me correspondeu, enquanto nos beijávamos eu já fui a conduzindo em direção ao banheiro, abri a porta, e só parei de beijá-la quando cheguei próximo a banheira, logo Bella olhou a sua volta e assim que viu onde estávamos, ficou meio envergonhada. Seus olhos pararam na banheira, que como eu já sabia estava cheia de pétalas de rosas vermelhas.

— Que tal esse ser o próximo passo? – perguntei, e animado já fui ligando a banheira, ela entreabriu os lábios, enquanto ainda olhava para mim.

— Edward, ainda eu sinto vergonha... – ela disse, e logo me aproximei dela, olhei-a nos olhos enquanto comecei a abrir lentamente seu vestido.

— Temos então que praticar para essa vergonha acabar, não acha?... – falei. Ela olhou para baixo, e eu terminei de abrir o vestido, observei ele cair no chão, e então comecei a observar o corpo de Bella, apenas com as roupas intimas. Toquei o rosto dela, e levantei-o em minha direção. – Não tem que ter vergonha, você é linda! – falei, e ela sorriu, e então eu a beijei novamente, enquanto beijava me concentrei em tirar suas roupas intimas, depois já fui fazer o mesmo com as minhas.

O beijo foi ganhando intensidade, e já comecei a me animar com o que iríamos fazer a seguir, segurei fortemente Bella pela cintura, e levantei-a, entrando com ela dentro da banheira. Que agora estava cheia de água, além de pétalas.

Ali dentro continuamos a nos beijar, enquanto beijávamos desliguei a banheira, para parar de cair água. E logo senti as mãos pequenas de Bella acariciando as minhas costas, até as suas unhas cravarem em minha pele e eu gemer levemente, enquanto aprofundava o beijo mais e mais. Naquele momento eu senti um sentimento bom, intenso, viciante. Eu sabia, eu tinha certeza, que aquele sentimento é amor.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Em breve respondo os comentários, vão comentando, favoritem e se possivel recomendem também ;)



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