Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 18
Como marido e mulher


Notas iniciais do capítulo

olá gente!!! voltei rápido rs... E nos próximos dias teremos mais atts, fiquem ligadas... Espero que gostem, e peço mais uma vez que comentem nos dois caps ;) beijos beijos!



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18. Como marido e mulher

Edward Cullen

Devo admitir de que convencer Bella a não ir embora, fora á melhor coisa que fiz nesses últimos tempos, pois depois que ela acabou sendo convencida a ficar, acabamos nos dando a oportunidade de nos conhecermos melhor, e fora então que eu pude ter a certeza de que eu estava convivendo com uma mulher incrível. Pois ela era uma mistura de tudo aquilo que eu gostava numa mulher, além de ser linda, ela era simples, amável, gentil e diferente de todas as mulheres que eu já conheci até hoje, já que ela conseguia me tirar daquele mundo superficial da qual eu sempre fui obrigado a viver, e o resultado disso é que eu me sentia muito bem quando estou perto dela. O que cada dia me fazia ter mais a certeza de que os meus sentimentos por ela são realmente verdadeiros.

E então eu comecei a tentar fazer com que Bella confiasse em mim, com paciência eu fui me aproximando, sempre tentando respeitar o tempo dela. Pois, eu sabia que ela estava assustada, e eu entendia completamente isso. Já que eu imaginava que não era nada fácil para ela confiar em alguém depois do que Jacob fez a ela, ela precisava de um tempo para pensar, para criar coragem de confiar em alguém de novo.

E depois que o detetive encontrou Charlie, pai de Bella, eu fiquei completamente comovido com o sofrimento dela por ver Charlie machucado, naquele momento eu só queria protegê-la, cuidar dela, ao mesmo tempo em que eu estava preocupado, de que assim que Charlie melhorasse, ela voltasse a insistir em querer ir embora.

Depois de visitarmos Charlie no hospital e voltarmos para o hotel. Eu entrei em meu quarto e comecei a pensar na mistura de sentimentos que eu estava sentindo. Tudo era estranho demais, ao mesmo tempo em que eu queria avançar, agir por impulso e ver no que ia dá, eu também sentia ao mesmo tempo medo, receio de acabar sendo indelicado com os meus avanços e isso apenas assustá-la e fazê-la acabar se afastando de mim.

Só que, depois que fomos jantar e passamos horas agradáveis juntos, eu acabei não me contendo, na volta para o quarto, acabei avançando e nos beijamos. Devo admitir que fora incrível como todos os nossos beijos, só que a diferença é que depois disso, eu só fui conseguindo agir através da emoção, do meu impulso, da minha vontade, e o que não imaginei é que iríamos tão longe...

Acabamos fazendo amor e claro que fora ótimo, a melhor noite que passei ao lado de uma mulher, porém, acabei sendo pego de surpresa, quando acordei ao lado de Bella e percebi que ela estava chorando, e aquilo me deixou extremamente preocupado.

— Bella... O que houve? – perguntei, abraçando-a, tentei virar o rosto dela em minha direção, mas ela parecia querer me evitar.

— Isso nunca deveria ter acontecido... – ela falou, ainda chorando. E por um momento fiquei ainda mais preocupado, já que comecei a pensar se em algum momento acabei forçando a barra, e ela acabou fazendo por insistência minha.

— Mas por quê? Fora tão bom, nos amamos, e estamos casados, e... – eu dizia, na tentativa de acalmá-la.

— Mas você sabe que não nos casamos por vontade própria, Edward foi tudo um erro, eu nunca tinha que ter permitido, eu... – ela se calou, e de repente, soltou-se de mim e levantou-se da cama rapidamente, fiquei olhando ela entrar correndo no banheiro, e logo depois escuto o barulho do chuveiro sendo ligado. Levantei-me da cama, e sem pensar muito sai caminhando em direção ao banheiro, preocupado com a atitude de Isabella.

Assim que entrei, escuto ela chorar compulsivamente, parecia realmente arrependida do que havia feito. E por um lado eu até á entendia, afinal, ela tinha suas crenças, os seus sonhos, as suas vontades. Das quais eu senti por um momento que até as destruí. Mas por outro lado, ainda que ela dissesse que não era por nossa vontade própria, estávamos casados, então ela acabou perdendo a sua virgindade com o marido, mesmo que não tenha sido um marido que ela tenha escolhido de forma convencional.

— Bella... Meu amor! – eu falei, pensando nas palavras certas para acalmá-la, porém, ela só aumentou o choro e logo eu me arrependi de tentar falar com ela naquele momento, afinal, eu sabia que ela precisava pensar. – Está bem, depois nós conversamos, mas eu só quero que saiba que nada mudou entre a gente... Pois eu te amo mais do que você pensa! – eu falei, na tentativa de acalmá-la. Pois se ela estivesse chorando com medo de que depois disso eu fosse mudar com ela, ou até não querê-la mais, agora ela pelo menos sabia que isso não iria acontecer.

Voltei para o quarto, e sentei na cama e fiquei ali ainda me lembrando da noite maravilhosa que passamos juntos, até mesmo sorri, feito um adolescente que tinha acabado de ter sua primeira vez, eu sabia que aquilo era sintomas de um homem apaixonado.

Assim que notei que o chuveiro foi desligado, esperei alguns minutos e então me levantei da cama e fiquei observando ela voltar para o quarto, agora com a toalha em volta do corpo e com os olhos inchados, pela forma que ela me olhava, notei que ela estava com vergonha de mim.

— Meu amor, não fica assim, vou acabar me sentindo extremamente culpado... – falei, me aproximando dela, ela então me encarou fixamente.

— Culpado? – ela falou, num tom baixo.

— Sim, como se eu tivesse te obrigado a fazer algo que você não queria... – falei, ela no mesmo momento, entreabriu os lábios.

— Não, claro que não, eu que fiz, sem saber o certo nem porque eu permiti que isso acontecesse... Mas não que tenha sido ruim, só que, foi errado! – ela disse, afastando-se de mim, para pegar as roupas dela que estavam jogadas no chão.

— O que aconteceu entre a gente foi algo normal, que acontece com todas as pessoas que se amam... - digo tentando amenizar a situação, ela se virou e me olhou, com uma expressão séria, mas pelo menos não chorava mais. Respirei fundo e me aproximei dela, parando bem na sua frente. – Mesmo que você diga que não escolhemos se casar, mas, pense que nos escolhemos nos amar, foi algo que nós quisemos fazer, e se já estamos casados, melhor ainda, pois isso já é um motivo para você não se sentir culpada pelo que aconteceu, pois você apenas fez amor com seu marido, não é algo para você se crucificar... – eu disse, colocando as minhas duas mãos nos ombros dela, ela ficou me olhando nos olhos.

— Mas... Você quer continuar comigo, mesmo depois do que aconteceu? – ela perguntou, sem quebrar o contato visual.

— Claro! Agora quero mais ainda... A coisa que eu mais quero no mundo Bella é que sejamos um verdadeiro casal! – falei, e então vi que os olhos dela marejaram, ela parecia emocionada com minhas palavras e eu pensei que isso deveria ser bom. Assim que ela sorriu de leve, sorri também e lhe dei um beijo na testa.

— Eu vou tomar um banho, então aproveite para se vestir e descansar um pouco, pelo jeito você não dormiu nada... – eu disse.

— Não é melhor eu vestir e ir para o meu quarto? – ela perguntou.

— Se por acaso você se incomodar tanto em ficar aqui... – falei.

— Não, não é isso!- ela disse rapidamente, então a encarei com as sobrancelhas arqueadas. Ela soltou um longo suspiro. – Pode ir tomar banho, eu vou deitar aqui mesmo... – ela se decidiu, o que me fez sorrir e concordar com a cabeça, então logo peguei uma nova camisa e calça na minha mala e segui para o banheiro, agora menos aflito, já que pelo jeito Bella já estava ficando mais calma e aceitando melhor o que havia acontecido conosco.

***

Decidi tomar uma ducha rápida, assim que sai e me sequei, vesti a cueca e em seguida a calça, e ainda colocando a camisa já fui saindo do banheiro, suspirando aliviado por ver que Bella agora estava dormindo, me aproximei e notei que ela estava vestida e estava com uma expressão suave no rosto, não pude deixar de ficar a observando por alguns segundos, admirando o fato de como ela ficava linda dormindo, na verdade eu achava Bella bonita de todas as formas.

Deitei ao lado dela, e fiquei ali a abraçando e olhando ela dormir, por um tempo fiquei apenas acariciando seu cabelo e vendo as expressões que se modificavam em seu rosto a medida que os minutos se passavam, e eu sabia que eu estava sorrindo feito um completo idiota.

Acredito que Bella deva ter dormido em torno de quarenta minutos, fora quando decidi olhar a hora em meu celular e vi que já estava ficando tarde e tínhamos que ir para o hospital, assim que ela virou o corpo em minha direção e abriu os olhos, logo aproximei para lhe dar um longo selinho.

— Bela adormecida, tem que se levantar, precisamos tomar café da manhã! – falei, e ela então bocejou, enquanto sentava rapidamente na cama.

— É mesmo, temos que ir ao hospital! – ela se lembrou. – O meu pai... Ele deve estar nos esperando, já deve estar tarde e... – ela dizia, mas logo a interrompi.

— Calma amor, ainda temos tempo suficiente para tomar café! – falei.

— Eu vou então ao meu quarto vestir outra roupa, já que, minha mala está lá! – ela falou se levantando da cama, então logo concordei com ela.

Fiquei esperando ela se trocar, já que eu já estava vestido para ir ao hospital, apenas arrumei o cabelo e passei um perfume, ainda fiquei esperando uns quinze minutos, até ela bater na porta do quarto, abri e então sorri, quando a avistei vestida com um vestido azul, ele era médio, e caia muito bem no corpo dela. Embora ainda ela estivesse com os olhos inchados de tanto que havia chorado, ainda continuava linda.

Então seguimos para o restaurante do hotel, escolhemos uma mesa próxima a janela, e então começamos a tomar nosso café da manhã, Bella agora sorria mais e isso me deixava bem, pois sabia que tínhamos avançado, e cada avanço em nossa relação eu achava ótimo. Logo começamos a conversar, e entramos no assunto de culinária, não era surpresa nenhuma que Bella era uma mulher diferente das que eu estava acostumado, no mundo em que eu vivia era até uma surpresa conhecer uma mulher que cozinhava, e que ainda gostava de cozinhar.

— Eu adoro preparar almôndegas, massas, bife a cavalo... – ela dizia. – Meu pai ama meu bife...

— Eu acho bom você gostar de cozinhar, pois eu como muito – eu disse e ela riu.

— Sim, eu já percebi, o que não é uma surpresa pelo corpo que você tem... – ela brincou, e eu ri.

— Está me chamando de gordo? – perguntei, rindo também.

— Não, claro que não! Pelo contrário, você é forte, musculoso, sabe... – ela falou.

— Mas estou brincando, você não precisa cozinhar, eu tenho as cozinheiras, e você já viu, elas são muito boas... – eu comentei.

— Sim Edward, eu sei, mas eu gosto de fazer as coisas, sou acostumada com os afazeres domésticos, você sabe, eu não cresci tendo empregadas, então, tive que aprender a fazer tudo e eu gosto disso...

Eu sorri para ela.

— E isso é legal, é diferente... – falei, pegando na mão e a segurando. – Quando quiser, você está autorizada a dar folga as cozinheiras e cozinhar no lugar delas... – eu disse, e Bella então riu o que me deixou feliz, eu adorava vê-la assim, sorrindo, mostrava que realmente tínhamos virado a página.

 - Certo e tenho certeza que você irá adorar o meu bife... – ela garantiu, e então trocamos sorrisos enquanto terminávamos o café da manhã.

Assim que fomos para o hospital, Bella ainda ficou mais feliz pelo seu pai Charlie ter recebido alta, ele já tinha problema na perna, mas agora devido o que havia acontecido com ele, ele estava com mais dificuldades ainda para andar. O que fazia com que Bella e eu tivéssemos que segurá-lo, para que ele pudesse se apoiar na gente e conseguir caminhar até o carro que eu havia alugado.

— Está doendo muito, meu pai? – ela perguntou, assim que o colocou sentado no banco do carro.

— Você me conhece minha filha, eu vou sobreviver... É como falam, vaso ruim não quebra... – ele brincou.

Bella sorriu e então sentou ao lado dele, o abraçando, achei aquele momento de pai e filha muito bonito. O que me fez até me lembrar do meu pai, suspirei triste ao ver que eu não teria mais um momento desses com ele. Mas logo tirei esse pensamento de minha mente.

Decidi me manter quieto e entrei no carro, e comecei a dirigir em direção ao hotel, Bella foi sentada no banco de trás com seu pai, e assim que chegamos, fomos direto arrumar nossas malas e eu fui também pagar a conta, Charlie até quis ir para casa dele, para não nos incomodar, mas insistimos que seria impossível na situação em que ele se encontrava ficar na casa dele sozinho, além do mais, depois do que aconteceu Bella não queria mais ficar nenhum minuto longe do pai, o que era natural.

Por sorte o convencemos e assim que começamos a viagem de avião, Bella fez questão de me agradecer por tudo que eu estava fazendo por ela, então tive que dizer que ela não precisava agradecer, pois um bom marido fazia de tudo por sua esposa, e agora era o que havíamos nos tornado de verdade: marido e mulher.

***

Uma semana se passou desde que trouxemos Charlie para mansão, agora ele já estava melhor. E já até conseguia caminhar com facilidade pelo enorme jardim da mansão, eu tinha percebido que era lá que ele gostava de passar a maior parte da manhã, na companhia ás vezes de Bella, ou de Jane, ou até mesmo das duas.

Ele também havia se dado muito bem com minha mãe, ás vezes o via conversar com ela por horas, minha mãe parecia gostar de saber sobre a vida dele na cidade do interior e também os dois gostavam de conversar sobre os livros que ele já havia lido.

— Seu pai parece estar gostando muito de ficar aqui, o que é ótimo! Eu estava preocupado dele agir como você e dizer que não está acostumado com o luxo... – comentei para Bella, enquanto segurava o braço dela e caminhávamos pelo jardim, paramos no meio do caminho assim que avistamos Charlie sentado em um banco conversando com a Esme, Esme estava rindo como se Charlie tivesse realmente dito algo engraçado para ela.

Olhei para Bella e vi que ela sorriu.

— Meu pai se dá bem em qualquer lugar, ele se adapta fácil, em todos os lugares, diferente de mim que tenho um pouco mais de dificuldade... – ela disse. Realmente Charlie estava demonstrando ser um homem tão bom quanto Bella.

— É, e é uma boa ideia ter ele aqui na mansão, pois ele está distraindo minha mãe, ela estava tão triste por Jacob ter ido embora, mas agora, ela está sorrindo de novo, e isso é ótimo... – falei, olhando novamente para minha mãe, ela ainda ria, e isso me deixava satisfeito.

— Mas você não tem o dever de hospedar nós três para sempre, você sabe disso não é? – ela falou, virando-se em minha direção. Então, eu suspirei, e coloquei um dos meus braços em volta da cintura dela, minha outra mão usei para acariciar o seu rosto.

— Amor, agora ele é meu sogro e sua irmã é minha cunhada, somos uma família, e minha casa é a casa dele, assim como é sua casa e da sua irmã, eles podem ficar aqui para sempre se eles quiserem... – eu afirmei, e ela me olhou com os lábios entreabertos.

— Ainda fico impressionada com tudo isso... – ela disse e então eu sorri para ela e lhe dei um demorado selinho.

— Mas você vai se acostumar, meu amor... – falei. – Nós acostumamos rapidamente com as coisas boas, e agora, que seu pai já está bem, podemos começar a pensar em nós...

— Em nós? – ela disse, franzindo as sobrancelhas.

— É, já que Jacob nos casou, ficou faltando uma coisa... A nossa lua de mel! – falei, Bella parecia não ter entendido, mas deixei para explicar a ela em outro momento, agora preferi me concentrar em lhe dar um beijo.

Continua...   


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Notas finais do capítulo

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