Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 17
Se entregando


Notas iniciais do capítulo

olá gente!!! Voltei com mais cap. para vocês e com uma boa noticia, logo teremos mais ;) talvez hoje mesmo saia mais um, espero que gostem e peço que comentem tanto nesse como no próximo que irei postar, caso quando você leia encontre mais de 1 cap postado, isso me deixaria muito feliz...
Bgs e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754282/chapter/17

17. Se entregando

— Edward... Por favor, aconteceu alguma coisa com o meu pai? – perguntei para Edward agora com o coração disparando mais forte do que antes, afinal, eu havia ficado preocupada com a seriedade de Edward, desde que ele atendeu o celular.

Ele suspirou, olhou para Rosalie e Emmett, que pela expressão no rosto deles pareciam não estarem entendendo nada, depois se aproximou, sentando-se na cadeira ao meu lado, voltando a olhar para mim. Ele colocou a mão em cima da minha segurando-a e me olhou nos olhos, parecendo de alguma forma querer me acalmar, mas na situação em que eu me encontrava, seria praticamente impossível de manter a calma.

— Seu pai está no hospital, ele foi encontrado na rua, machucado, parece que sofreu um assalto, ele foi encontrado perto da casa dele por um vizinho, quando o detetive foi até a sua casa na tentativa de procurar o seu pai, ele conseguiu conversar com esse vizinho que avisou ao detetive em qual hospital o seu pai se encontrava... – Edward explicou, fazendo com que algumas lágrimas caíssem dos meus olhos.

— Assalto? O que o meu pai teria de importante para eles roubar? – eu perguntei completamente confusa. Aquela altura, minha cabeça estava girando, Edward falava e falava, mas parecia que estava difícil de digerir aquilo.

— Ele parece que ele foi até a casa dele pegar algumas coisas, e foi perto de um ponto de ônibus, que aconteceu essa... É... Tragédia! – ele disse, enrolando-se nas palavras.

— Ele estava com a intenção de continuar fugindo, ai meu Deus! – eu exclamei completamente inconformada com essa atitude de meu pai. Respirei fundo, limpei as lágrimas que escorriam por meus olhos, enquanto ainda eu continuava olhando para Edward. – Mas... Ele vai ficar bem não vai? – perguntei, e então Edward sorriu de leve para mim, sorriso da qual me confortou um pouco.

— Sim Bella, pode ter certeza que ele vai ficar bem, amanhã mesmo iremos para a sua cidade e ficaremos por lá, até trazer ele para mansão, está bem? – ele perguntou. Engoli em seco e então concordei com a cabeça, enquanto novas lágrimas foram descendo por meus olhos.

— Obrigada! – eu agradeci. E então notei que o sorriso de Edward se alargou.

***

Notei que Rosalie ficou um pouco confusa com o que Edward e eu estávamos conversando, afinal, ela parecia não saber de nada que estava acontecendo, mas por ser bastante educada, ela não fez perguntas para nós, o que me aliviou, pois eu não saberia como respondê-la, mas provavelmente as perguntas ela faria a Emmett, assim que Edward e eu fossemos embora. E devo confessar que eu não queria pensar no que ele iria responder para ela.

Depois da noticia que Edward me deu, eu não consegui pensar em outra coisa que não fosse o meu pai, eu estava muito preocupada, e devido a isso parecia que eu estava até mesmo em outro mundo, meus pensamentos estavam longe, tanto que eu não consegui mais prestar atenção na conversa deles, fiquei ali, distante. E ainda dei graças a Deus quando pude ir embora.

— Me desculpe, eu sei que me tornei uma péssima companhia depois de você me contar que meu pai está no hospital... – falei para Edward, enquanto estávamos no carro, a caminho da mansão, meus olhos estavam presos na janela do carro, e eu ficava observando o caminho. Embora, minha mente continuasse mais longe do que nunca.

— Você não precisa se preocupar com isso Bella, eu entendo você, e sei o quanto você está preocupada, mas como eu disse, pode ficar sossegada que amanhã mesmo estaremos indo até a sua cidade e você poderá ver o seu pai... – ele respondeu, e então eu o olhei com um sorriso no rosto, embora ele tenha saído meio forçado.

— Você é muito bom comigo Edward... – falei, sentindo os meus olhos marejarem, realmente Edward estava sendo muito paciente e bondoso comigo nesses últimos dias, e cada vez eu conseguia acreditar mais em suas boas intenções.

Ele sorriu para mim.

— Você já sofreu muito Bella, você merece toda a ajuda possível! – ele falou, depois voltou a olhar para sua frente, porém sua mão parou em cima da minha, e dessa vez fora eu que a segurei, enquanto suspirava e voltava a olhar para janela, dessa vez um pouco mais calma do que antes.

***

Assim que cheguei á mansão eu já fui ao quarto de Jane, para contar para ela sobre o nosso pai, assim que Jane soube que ele estava no hospital também ficou preocupada e até quis ir comigo para a nossa cidade, para também visitá-lo, mas logo Edward disse que não era necessário, já que iríamos voltar para mansão com ele. E Jane acabou sendo convencida a ficar, enquanto nós logo cedo nos preparamos para viajar, Edward decidiu ir até mesmo de avião para chegarmos mais rápido. O que eu claro, achei ótimo, já que estava ansiosa para reencontrá-lo.

 Meu coração disparava só de pensar que eu iria ver novamente meu pai, durante o caminho até mesmo pensei nesses dias de tortura que vivi por não saber onde ele estava, varias vezes me preocupei com o estado de saúde dele, e agora eu estava realmente indo para o lugar da qual eu mais temia em visitá-lo, que é o hospital.

Mas tentei manter a calma, já que como Edward mesmo disse, o estado de saúde de meu pai não era grave, porém, mesmo eu tendo ciência disso, por um lado partia o meu coração por saber que eu o encontraria machucado.

Assim que entramos no hospital, e descobrimos qual quarto o meu pai se encontrava, Edward já fora se oferecendo para me acompanhar até o quarto, eu até gostei da ideia, pois eu não queria passar por aquele momento sozinha, então, senti mais a vontade com ele estando do meu lado.

Uma enfermeira nos conduziu até o quarto, e assim que entramos, ela nos deixou a sós com ele, no momento em que os meus olhos pararam em meu velho pai, eu já comecei a chorar, aproximei-me rapidamente dele e toquei em sua mão.

— Pai... – falei, enquanto o observava. Ele estava dormindo, e confesso que vê-lo com o rosto machucado e com o corpo cheio de aparelhos, apertou fortemente o meu coração. – Como fizeram isso com você? – eu falei num tom de choro.

— Calma, ele está bem! – Edward disse, colocando a mão em meu ombro, eu fiquei alguns segundos ali, o olhando, até que passei a mão no rosto de meu pai e soltei um longo suspiro.

Em pensar que tudo isso que aconteceu também era minha culpa, já que se eu não tivesse deixado Jacob entrar em nossas vidas, eu não teria me separado de meu pai, e isso não teria acontecido.

E quando os olhos dele foram se abrindo, novas lágrimas foram caindo dos meus olhos, e então eu sorri, um pouco mais aliviada por ver que ele estava acordando, assim que ele me viu, ele também sorriu.

— Bella, minha filha... – ele falou, numa voz fraca e baixa.

— Meu pai, me desculpa! – eu pedi, ainda acariciando o rosto dele.

— Você não me fez nada, fui eu que fiz...

— Não, não, você não fez, a culpa foi minha por ter colocado aquele homem na nossa vida, para nos ameaçar e nos atormentar daquela forma... – falei, ainda chorando, meu pai lentamente foi levantando a mão para limpar as lágrimas que caia dos seus olhos, a suavidade em sua expressão me confortou o suficiente para eu conseguir parar de chorar.

— Você não tinha como saber, você é tão boa, não tem culpa pela maldade de certas pessoas... – ele respondeu e depois olhou para Edward. – Esse é o seu marido?

— Sim senhor... – quem respondeu fora Edward. – É um prazer conhecê-lo Charlie! Mas pena que fora numa ocasião como essa...

 - Não tem problema, o importante é que eu posso te agradecer por ter tirado minha Bella e minha Jane das mãos daquele canalha...  – Charlie falou, olhei para Edward e vi que ele sorria, enquanto assentia com a cabeça. Charlie também sorriu para ele, e então apertou a minha mão. E naquele momento a única vontade que eu senti, fora de tirar o meu pai daquele hospital, eu queria vê-lo bem, eu queria poder cuidar dele, e então pela primeira vez agradeci em pensamentos por Edward ser tão bom a ponto de querer levar o meu pai para mansão, pelo menos ali, eu sabia que ele seria cuidado com toda atenção do mundo, conforto e claro, o máximo de carinho possível.

***

Por sorte o meu pai sairia de alta amanhã, então não demoraria muito para Edward e eu voltarmos para a mansão, decidimos nos hospedar num hotel próximo do hospital, mas antes disso Edward chegou a me levar num restaurante para almoçarmos, porém, eu havia ficado tão preocupada naquele dia que eu estava sem fome e acabei comendo muito pouco.

Assim que chegamos ao hotel Edward fora um cavalheiro e pediu dois quartos. Chegamos á descansar um pouco, tomei um banho e tentei dormir, porém somente cochilei e acabava toda hora acordando assustada. Assim que anoiteceu, novamente Edward e eu fomos comer, comemos no restaurante do hotel mesmo, e dessa vez consegui comer um pouco mais.

Conversamos um pouco e fora até um momento agradável, e assim que terminando e eu estava prestes a ir para o meu quarto, Edward acabou pedindo para que eu esperasse, assim que me virei, ele se aproximou ainda mais de mim, entrelaçou-me pela cintura e me deu um beijo, me pegando completamente de surpresa.

Fora tudo muito de repente, mas não consegui afastá-lo, ele estava sendo extremamente gentil, e a cada dia eu estava aprendendo a confiar mais e mais nele. Nunca imaginei que alguém seria bom comigo o suficiente para me ajudar tanto, a bondade dele talvez tenha vindo para compensar tudo o que Jacob me fez, e claro, isso foi fazendo eu me apegar cada vez mais nele.

Então, o inevitável aconteceu, eu acabei o correspondendo, percebi que ele sorriu entre o beijo, enquanto me prensava contra a parede e começava a me beijar com uma maior intensidade.

Somente quando nossas respirações começaram a falhar, que Edward se afastou, nos olhamos ofegantes, e então ele acariciou o meu rosto e sorriu.

— Fica um pouco no meu quarto, comigo... – ele pediu.

Eu entreabri os lábios surpresa com o pedido dele, e mesmo que quisesse, eu saberia que a palavra “não” não sairia de minha boca. Então apenas assenti com a cabeça, Edward sorriu satisfeito, enquanto pegava a chave em seu bolso da calça e me conduzia em direção ao seu quarto.

Assim que ele destrancou a porta, ele entrou na frente, e eu fui entrando logo atrás, e enquanto ele fechava a porta eu fui tentar ligar a luz, porém, ele logo segurou minha mão, impedindo-me.

— Não, sem olhar um para o outro é melhor, a escuridão é companheira da intimidade...  – ele falou, encostando seu corpo ao meu, me prensando novamente contra a parede, fiquei um pouco nervosa com a aproximação.

Devido a isso, o meu coração disparou e eu olhei a minha volta, o quarto não estava totalmente escuro, já que havia uma ampla janela nele e as cortinas estavam abertas, o que fazia com que a luz da lua e do lado de fora, iluminasse um pouco o quarto, para o meu alivio.

— Sabia que a mansão da minha família foi construída pelo meu pai? – ele falou de repente, agora se afastando de mim. – Ela tem muito quartos porque ele queria ter muitos filhos, mas infelizmente isso não foi possível, já que minha mãe morreu muito cedo... – Edward comentou de repente, afastando-se de mim e indo em direção a janela, eu fui seguindo-o, parando ao lado dele.

— Eu sinto muito! – falei.

— Mas eu fui uma criança feliz, porque a Esme chegou... – ele continuou, encostando a cabeça no vidro da janela, ainda com os olhos fixos no lado de fora. – Mas como você sabe, o meu maior problema sempre fora o Jacob, eu me lembro que uma vez eu cheguei a falar para você que eu ainda tentei por muitas vezes me manter perto dele, mas ele nunca me aceitou, nunca me quis como um irmão... – ele continuou e enfim voltou a me olhar. – Ai teve um momento que tive que parar de me importar com isso, sabe Bella, mesmo que os outros pensem essa nunca foi uma verdadeira família, não como eu desejava que fosse... – ele então virou todo o corpo em minha direção e continuou me olhando. – Na verdade eu sempre sonhei com uma família grande, que pudesse ser unir nos momentos de festas, para conversar, trocar confidencias ou contar apenas como foi o seu dia, mas na minha, nunca teve isso, na maioria das vezes somente se reuníamos para brigar, e Esme passava a maior parte do tempo tentando nos acalmar... – Edward suspirou antes de continuar. – Mas eu ainda tenho esperanças de que eu ainda possa ter uma família de verdade sentada em uma mesa... – ele acrescentou então eu sorri para ele, sorriso da qual ele correspondeu. Mas não consegui dizer nada. - Eu quero formar a minha família, a minha família feliz...

— Eu tenho certeza que você vai conseguir isso Edward... – falei. Edward então deu um passo em minha direção, ainda me olhando fixamente.

— Agora eu tenho mais a certeza disso Bella, depois que te conheci... – ele comentou, e então senti no mesmo momento meu rosto esquentar.  – Sabe, ás vezes fico te olhando de longe e então começo a pensar em como as coisas aconteceram entre a gente, foi tudo muito engraçado, pois o seu jeito doce e simples, o seu amor pela família, a sua determinação sempre foram qualidades que procurei numa mulher, mas nunca consegui encontrar, pois tudo em minha volta sempre foi tão... Superficial! – o sorriso dele se alargou, enquanto ele deu mais um passo em minha direção. – Logo Jacob foi quem te colocou na minha vida, e agora você está aqui, sendo o conjunto de uma obra que aprendi admirar e a amar...

— Edward... – falei, mas me calei, quando senti a mão dele tocar em meu rosto.

— Bella, eu quero saber se você sente o mesmo por mim... – ele falou, me interrompendo.

— Bom... – eu comecei.

— A verdade! Por favor, a verdade... – ele falou, e ainda fiquei alguns segundos calada, tentando criar a coragem para respondê-lo.

— Eu tenho medo de me apaixonar por você... – finalmente confessei, numa voz baixa e fraca. Ele ficou me olhando por alguns segundos, até que o seu rosto se aproximou do meu, mas antes de nossos lábios se tocarem ele sussurrou:

— Não tenha medo... Vamos nos apaixonar, pois não existe algo melhor e mais bonito do que o amor...  – e então ele finalizou a aproximação com um beijo, que de inicio começou lento, mas com os segundos passando fora aumentando o ritmo, tornando-se cada vez mais intenso.

Eu permaneci com as mãos no ombro dele, enquanto os seus braços me entrelaçaram pela cintura, e fora apenas questões de segundos para o meu coração começar a disparar mais forte, e a cada segundo, eu apenas sentia aquela vontade de beijá-lo mais e mais.

O engraçado é que na maioria das vezes quando isso acontecia o meu lado racional pedia desesperadamente para eu me afastar, mas dessa vez, nem mesmo que eu quisesse, eu sabia que não iria conseguir, estava obvio que eu havia enfraquecido, me deixado me envolver mais ao ponto de até mesmo de amolecer em seus braços e acabar permitindo que Edward continuasse, e fora isso mesmo que ele fez, descendo a sua boca pelo meu pescoço, e em seguida pelos meus ombros, causando arrepios maravilhosos e difíceis de resistir.

— Adoro seu cheiro, sabia? – ele comentou em sussurros, subindo novamente o rosto, para encostá-lo sobre o meu, ele roçou nossos narizes, e deu outros selinhos em mim, enquanto começava a puxar lentamente a minha blusa para cima, até retirá-la por completo.

Senti-me um pouco envergonhada, mas não consegui dizer nada, por um lado eu não tinha certeza se aquilo era certo, mas eu estava tão envolvida que eu não conseguia nem mesmo raciocinar direito. Minhas mãos apenas apertaram as costas dele, enquanto eu sentia novamente Edward beijar o meu ombro, agora as suas mãos concentraram-se em abrir o meu sutiã, senti um leve nervosismo, porém as minhas mãos não saíram do lugar, fechei apenas os meus olhos, enquanto sentia meu sutiã sendo retirado por completo. Edward voltou a beijar meu pescoço, agora com um pouco mais de força, dando leves mordidas, e eu arfei, abrindo os meus olhos, enquanto eu sentia as nossas respirações se misturarem.

— Vem comigo! – eu o ouvi sussurrar em meu ouvido, em seguida fora pegando minha mão e me conduzindo em direção á cama, eu deitei nela, e observei Edward puxar sua camisa para cima, retirando-a para depois deitar por cima de mim e voltar a me beijar, as suas mãos já foram percorrendo o meu corpo, enquanto nossas respirações foram apenas se acelerando mais e mais.

Edward logo em seguida começou a abrir o botão de minha calça e depois fez o mesmo com o zíper. E naquele momento eu já senti que eu estava indo para um caminho sem volta, e logo torci mentalmente para que eu não me arrependesse desse caminho que havia escolhido.

— Não fique com medo... – eu o ouvi falar, em seguida sua mão tocou o meu rosto, e eu o olhei, concordando com a cabeça. Ele sorriu para mim, e confesso que seu sorriso me passou um pouco mais de confiança, e eu não pude deixar de sorrir para ele também, enquanto admirava aquele rosto tão belo.

Enquanto ainda me olhava fixamente, ele fora terminando de tirar minha calça, puxando-a para baixo, e em questões de segundos já fui escutando o barulho da calça caindo no chão, enquanto sentia agora Edward voltar a beijar meu corpo, começando pelo pescoço, e em seguida descendo, novamente por meus ombros, chegando em meus seios, e em seguida em minha barriga.

E cada vez que eu sentia a língua dele tocar em minha pele, sensações nunca sentidas antes fora dominando o meu corpo. Era muito bom, mas por ser desconhecido, também me causava certo receio.

Respirei fundo, e tentei manter a calma, pensei em apenas me concentrar no prazer que Edward estava me proporcionando, com cada beijo que ele me dava. Quando dei por mim, sua boca já estava descendo mais, agora senti minha calcinha começar a ser puxada para baixo, meu coração novamente disparou, abri os olhos por alguns segundos, fixando os meus olhos do teto do quarto do hotel, pois me faltava coragem para olhá-lo.

— Você é tão linda! – ele me elogiou, respirei fundo antes de olhar para ele e respondê-lo:

— Eu não tenho nada de especial, Edward!

— Isso é o que você pensa... – ele disse, voltando a subir por cima de mim, tocando suas duas mãos em meu rosto. – Desde que te vi pela primeira vez, fiquei impressionado com seu rosto dócil, com sua beleza natural, você não precisa de muito para ser linda, consegue ser perfeita, assim, de forma simples, e vejo que sua beleza não é apenas por fora, mas também por dentro...  – ele confessou, fazendo meus olhos marejarem novamente. Senti uma das mãos dele descer e apertar minha cintura, enquanto a outra mão ele tentava puxar sua calça para baixo, ao notar a dificuldade, comecei a ajudá-lo, e em poucos segundos novamente escutei o barulho agora da calça dele caindo no chão, e lá estava ele nu, assim como eu.

Suas duas mãos seguraram as minhas duas mãos, ele me olhou nos olhos, novamente os nossos narizes se roçaram e ele fora dando alguns beijos em meu rosto. Nossos olhos mantiveram-se grudados, enquanto sentia o membro dele encostar em meu sexo. Senti uma dor de leve no estomago, eu sabia que era o nervosismo da primeira vez. O meu ar falhou, quando, Edward começou a forçar a entrada.

Meus olhos fecharam-se, minha unha cravou no ombro dele, e ele continuou forçando até começar a entrar, senti uma dor que fora se intensificando á medida que o membro dele fora entrando mais dentro de mim, mordi os meus lábios para segurar o gemido de dor. Meus olhos se fecharam com força, quando a invasão aconteceu por completo. Ouvi Edward gemer em meu ouvido e beijar o meu rosto:

— Está tudo bem? – ele perguntou.

— S-Sim... – sussurrei, embora ainda estivesse doendo.

Edward parou por alguns segundos, enquanto ainda me olhava nos olhos. Eu respirei fundo tentando me acostumar com a invasão.

— Eu posso continuar? – ele perguntou, e então eu apenas concordei com a cabeça, mas ainda visivelmente nervosa. Edward então começou a movimentar os quadris, de inicio num ritmo lento e á medida em que ele se movimentava, eu fui sentindo os lábios dele roçar pelo meu pescoço, nossas respirações aceleraram-se e leves gemidos tanto dele quanto meu foram se misturando, de inicio eram gemidos de dores, porém, pouco a pouco a dor fora cessando e fui sentindo uma onda de prazer ir começando a dominar o meu corpo.

Fui descendo as mãos pelas costas de Edward, enquanto sentia aquele sentimento novo e extremamente bom tomando conta de mim. Tudo fora tornando incrivelmente prazeroso, e se intensificava á medida que os nossos corpos soados colavam-se um ao outro e se movimentava no mesmo ritmo, a expressão de prazer do rosto de Edward e aquela sensação boa da penetração era uma mistura perfeita, e fui dominada por aquele desejo de quero mais.

Edward parecia sentir o mesmo, pois pouco a pouco fora aumentando o ritmo, e eu fui ajudando-o nos movimentos, movimentando os quadris no mesmo ritmo que o dele. Os gemidos aumentaram, na medida em que os movimentos também aumentaram, até finalmente chegarmos ao ápice.

E então Edward arfou, e seu rosto foi ganhando uma tonalidade vermelha, enquanto mais gotas de suor fora descendo por sua testa. Ele me abraçou com força, caindo por cima de mim. E então deu uma risada, enquanto a expressão de prazer mantinha em seu rosto, já eu continuava tentando digerir o que tinha acabado de acontecer conosco.

— Você é incrível! – ele falou me dando demorados selinhos, e depois puxando o lençol da cama para cobrir os nossos corpos nus e suados.

Eu ainda fiquei alguns segundos ali, tentando digerir, mas estava difícil de conseguir.

— Eu vou, é eu vou me vestir... – falei, pensando em me levantar, mas Edward logo me segurou.

— Não, fica assim, vamos dormir desse jeito, juntos, abraçados, aproveitando para sentirmos o calor um do outro...  – ele sugeriu, grudando mais o seu corpo no meu, enquanto sentia Edward abraçado a mim, senti minha cabeça girar, ainda eu não conseguia acreditar no que havia acontecido, ou melhor, no que eu havia feito.

***

Edward permaneceu com o corpo grudado a meu praticamente a noite inteira, ele não demorou muito para pegar num sono, diferente de mim que não consegui nem mesmo fechar os meus olhos por mais de cinco segundos, pois logo o que eu havia feito voltava em minha mente de uma forma assustadora, eu sabia que era o arrependimento começando a pesar. Agora que a sensação de prazer havia passado e o meu lado racional fora voltando a tomar conta, a raiva também começou a surgir, pois eu ainda não acreditava que tinha me deixado levar e havia agido dessa forma. Dormindo com ele, e esquecendo completamente de todo o meu sonho, de em me entregar apenas a um homem que eu tivesse a certeza que passaria o resto da minha vida ao meu lado.

E agora eu havia feito aquilo, sem ter a certeza do que sentíamos um pelo outro, sem saber ao certo se Edward estava mesmo sendo sincero sobre os seus sentimentos por mim. E embora ele estivesse sendo um homem muito bom, não nos conhecíamos tanto tempo assim, eu sabia que ele poderia da noite para o dia mudar de ideia, e dizer que estava confuso e agora não tem mais a certeza de que nos dois pudéssemos dar certo.

Só de pensar nisso comecei a chorar, sentindo-me totalmente envergonhada, eu estava tanto com vergonha de Edward, como de mim mesma, e a consciência fora pesando e pesando tanto, que chegou um momento que meu choro fora ficando mais alto, o suficiente para Edward perceber e acordar com o barulho.

— Bella... O que houve? – ele perguntou me abraçando com mais força, puxei o lençol e continuei com o rosto virado, sem ter a coragem de olhá-lo.

— Isso nunca deveria ter acontecido... – eu falei, numa voz de choro.

— Mas por que? Fora tão bom, nos amamos, e estamos casados, e... – ele dizia.

— Mas você sabe que não nos casamos por vontade própria, Edward foi tudo um erro, eu nunca tinha que ter permitido, eu... – eu então me calei, sem ter coragem de continuar a falar, e então soltei-me dele e  levantei da cama rapidamente, corri em direção ao banheiro, entrei no boxe, o fechei e em seguida liguei rapidamente o chuveiro, e enquanto a água caia sobre o meu corpo eu encostei a minha testa na parede, as lágrimas continuaram descendo pelos meus olhos.

Não demorou muito para eu ouvir os passos de Edward se aproximando. E notei que ele estava dentro do banheiro. E não muito longe do boxe.

— Bella... Meu amor! – eu ouvi ele falar, porém eu só apenas coloquei a mão na minha boca e continuei chorando. Depois de alguns segundos, ouvi Edward suspirar. – Está bem, depois nós conversamos, mas eu só quero que saiba que nada mudou entre a gente... Pois eu te amo mais do que você pensa! – ele acrescentou, antes de se virar e então escutei os passos dele se afastar, até ele sair do banheiro.

Embora essas palavras pudessem me confortar um pouco, eu ainda não conseguia parar de chorar, eu estava com medo e com raiva de mim mesma, e principalmente eu não conseguia me entender. Sempre tão racional, fui deixada a me levar daquela forma.

— O que foi que eu fiz? – falei para mim mesma, passando a mão em meus cabelos molhados, enquanto mais e mais lágrimas caiam dos meus olhos.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Comentem, recomendem e favoritem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imprevisível, Inesperado e Improvável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.