Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 14
Crise de desconfiança I


Notas iniciais do capítulo

olá gente!!! voltei, nossa demorei muito, peço desculpas, mas ando tendo dias dificeis, foi um final de semestre dificil na faculdade e ainda peguei um exame e to tendo que estudar muito, por isso estou ainda att num ritmo lento mais tentarei att mais fics durante a semana... Espero que gostem do capitulo, mas noticias é só entrar no grupo do whats ;) beijos beijos e boa leitura!



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14. Crise de desconfiança I

Eu não queria levar em consideração nada que Jacob me falasse, pois depois de tudo que aconteceu comigo, eu sabia mais do que ninguém que ele não é uma pessoa de confiança. Mas no fundo eu também sabia que existia uma grande possibilidade de que as últimas palavras dele fossem verdade. Isabella poderia ainda nutrir sentimentos por ele, embora ela garantisse para mim que não, eu sabia que ela poderia estar falando isso apenas por estar magoada, e caso fosse isso, eu também sabia que pouco a pouco essa magoa poderia passar, e ela poderia voltar atrás, perdoando Jacob e até mesmo voltando a ficar com ele.

Confesso que isso me incomodou, e o incomodo também me deixou preocupado. Pois eu sabia que existia a possibilidade de Emmett estar certo, e no final das contas eu não estar incomodado por estar “morto de amores por ela”, mas sim por vê-la como uma espécie de “competição”. E claro, se for isso, posso julgar-me como um egoísta. Já que Isabella já sofreu demais e a ultima coisa que eu queria era tentar algo com ela apenas para alimentar o meu ego. Não, eu sabia que isso não poderia acontecer.

Mas ao mesmo tempo em que isso me incomodava a ponto de querer ficar bem longe dela, até entender melhor o que está acontecendo comigo. Eu também queria me aproximar, tocá-la mais uma vez nela, pois uma coisa era certo: Aquela mulher me atraia, me atraia profundamente.

Assim que eu cheguei em casa eu fui até o quarto dela, na intenção de avisá-la sobre os últimos acontecimentos, enquanto eu subia as escadas e ia em direção ao quarto dela, eu pensava se realmente ela se sentiria aliviada em saber que Jacob estava disposto a ir embora, claro graças a minha proposta em dinheiro que não havia sido nada mal.

Assim que eu abri a porta, eu a avistei deitada em sua cama e assim que ela me viu, ela se sentou em sua cama rapidamente.

— Até quando você vai ficar deprimida dessa forma? – eu perguntei para ela ao notar que os olhos dela estavam vermelhos indicando          que ela havia chorado, ela me encarou com um olhar sério.

— Até encontrar o meu pai, eu não consigo parar de pensar aonde ele pode estar nesse momento, ele deve estar por ai sozinho, doente... – ela passou a mão em seu cabelo, e mais uma lágrima caiu dos seus olhos, da qual ela já fora enxugando com seu dedo indicador.

Naquele momento senti-me uma vontade imensa de consolá-la, mas eu me segurei para não ir até ela e agarrá-la, dando-lhe um forte abraço. Pois eu não sabia se naquele momento isso seria o mais adequado, ainda mais com a confusão que rodava por minha mente.

— Eu já disse que eu vou fazer o possível para encontrar o seu pai, pelo menos um dos seus problemas eu já resolvi que é o Jacob, ele vai embora do país por pelo menos dois anos... – eu contei a ela, e então notei que ela entreabriu os lábios, parecia um tanto surpresa.

— Como você fez isso? O ameaçou? – ela perguntou.

— Não, eu o comprei, se você não sabe Jacob é movido a dinheiro... – eu respondi, aproximando-me lentamente dela, entrando de vez no quarto para reparar mais em sua expressão facial, naquele momento eu queria observá-la até conseguir decifrar se realmente ela estava feliz com á noticia, ou no fundo triste, por saber que agora eles estavam mais longe ainda de ficarem juntos. – Então Isabella, você não vai precisar se preocupar mais com ele... – acrescentei.

Ela ficou calada por alguns segundos, antes de me responder:

— E como você tem certeza que ele vai embora? – ela perguntou, parecia desconfiada. Como se por um lado ela não acreditasse que Jacob fosse capaz mesmo de ir embora.

— Eu dei agora só a metade do dinheiro, ele tem que ficar pelo menos um ano sem aparecer para receber o restante, e acredito que ele não vai querer perder mais um milhão de dólares na conta dele... – eu disse.

A boca dela abriu mais.

— Você ofereceu um milhão de dólares para ele? – ela perguntou.

— Dois milhões na verdade, um milhão agora, um milhão depois de um ano... – respondi, se sentando na cama ao lado dela. Bella ficou me olhando, parecendo bastante impressionada, com o que eu estava lhe contando.  – Se pelo menos ele ficar sumido até receber a segunda parte do dinheiro, já será lucro...

— É muito dinheiro Edward! – ela falou.

— Sim, mas eu quero fazer o possível para ele se manter longe de você! – eu disse, colocando a mão no rosto dela, acariciando-o levemente, ela ficou me olhando, com um olhar bastante sério, e aquele olhar realmente eu não conseguia entender. – Ou será que você não quer isso? – perguntei, afastando-me e levantando da cama. Ela ficou me olhando ainda com o mesmo olhar.

— Eu não estou entendendo, o que você quer dizer? – ela perguntou, e também se levantou. – Que eu estou triste por que ele aceitou o dinheiro e vai embora? Não Edward, eu não estou triste, Jacob está provando o que ele realmente é e confesso que depois de tudo, isso não me surpreende... – ela acrescentou e então abaixou a cabeça e suspirou. – Ele sempre só se importou com o dinheiro, eu apenas fui um fantoche na mão dele, fui usada desde o primeiro momento...

Eu respirei fundo e fiquei a observando por alguns segundos, notei que ela realmente parecia magoada com Jacob. E eu conseguia compreender isso completamente, era natural ela estar assim, afinal, havia sido usada por ele. E me senti mal por nesse momento estar tendo uma crise e estar lhe fazendo acusações, em vez de me sentir comovido com o seu sofrimento, sim eu estava sendo um idiota e ao mesmo tempo um completo inconveniente.

Então, aproximei-me dela e sem falar mais nenhuma palavra lhe dei um abraço para confortá-la, ela me correspondeu, a senti colocar sua cabeça em meu ombro, e os braços em volta da minha cintura, com o abraço eu senti o cheiro doce do perfume dela e senti até mesmo um forte desejo de aproximar meu rosto do seu pescoço, para sentir mais aquela fragrância, mas me contive.

— Me desculpe, eu fui muito inconveniente... – falei, assim que a soltei.

Ela me olhou por alguns segundos, em seguida sorriu levemente, sim, para minha surpresa sorriu, era algo que eu não costumava ver com freqüência, o que era uma pena, pois o sorriso dela é encantador.

— Você não tem que me pedir desculpas, muito pelo contrario Edward, eu só tenho que te agradecer...  – ela falou, e naquele momento eu não pude deixar de sorrir também.

***

Depois desse episodio, eu estava decidido a tentar me controlar, não queria incomodar Isabella com as minhas crises de desconfiança, eu sabia que ela já estava abalada demais com o sumiço do pai dela, e a ultima coisa que eu queria era lhe dar mais preocupação, muito pelo contrário, eu sentia um desejo imenso de protegê-la, talvez por estar comovido com toda sua história e com o tanto que ela sofreu com as ameaças de Jacob.

Naquele momento a minha maior vontade era que Jacob fosse embora de uma vez por todas e eu pudesse realmente me ver livre dele por um tempo, pois realmente para mim já estava ficando complicado de olhar para ele e ter que me segurar para não brigar e tirar satisfações, por toda a palhaçada que ele fez.

Assim que entrei no meu quarto, fui até a minha ampla janela, olhei para o lado de fora e percorri os meus olhos por todo o jardim da mansão, meus olhos pararam no carro de Jacob, que indicava que o infeliz já estava andando pela mansão.

— Maldito! – falei, ao mesmo tempo em que a porta do meu quarto se abriu, virei para trás rapidamente e deparei com Esme, pelo seu semblante eu já notei que ela parecia preocupada e eu já até imaginava o que era.

— Edward, meu filho! – ela exclamou, caminhando em minha direção, seus olhos começaram a marejar e ela pegou na minha mão.

— O que foi mãe? – perguntei.

— Jacob... Ele vai embora e disse que vai para o exterior, ai meu filho eu sei que é por causa dessas ultimas brigas, acusações que você mesmo se deu conta de que foi apenas um mal entendido... – ela falou e logo me dei conta de que ela está falando de quando eu o acusei de ter fugido com Isabella, mesmo eu sabendo que é verdade, não tive a coragem de confirmar isso para minha mãe, preferi a fazer acreditar que tudo não passou de um engano. – Eu estou preocupada, Jacob sempre foi tão inconsequente...

— Mãe, não vai ser a primeira vez que ele vai viajar... – eu a lembrei.

— Eu sei, eu sei, mas não é uma simples viagem, parece que é definitivo! – ela disse, e depois colocou a mão na boca, parecia estar se segurando para não chorar, eu suspirei e então lhe dei um abraço, pois naquele momento eu nem sabia o que dizer, para confortá-la. Ela ficou calada por alguns segundos, antes de continuar. – Sabe Edward, eu queria tanto que ele fosse pelo menos um pouco parecido com você, na verdade eu queria que as coisas tivessem sido diferente entre vocês dois... – ela confessou e ao mesmo tempo eu senti meu coração disparar, comecei a pensar em como minha mãe ficaria se soubesse das minhas desconfianças, se ela sequer imaginasse que Jacob pudesse ser o culpado do meu acidente, talvez ela nem aguentasse.

— Eu também não queria, mas você sabe mãe que varias vezes eu tentei que as coisas fossem diferentes entre nós, que varias vezes eu procurei tentar melhorar minha relação com Jacob... – eu disse a soltando, ela enxugou algumas lágrimas que estavam caindo de seus olhos e então concordou com a cabeça.

— Eu sei que a culpa não é sua, na verdade eu acho que a culpa foi minha e do seu pai, que querendo ou não, acabou sendo muito duro com ele e ele acabou se sentindo rejeitado e...

— Não mãe! – eu a cortei. – Não se culpe e nem culpe o meu pai, se meu pai foi duro com ele, ele teve os seus motivos, e você sabe disso muito bem, Jacob sempre foi irresponsável e meu pai não poderia dar tudo nas mãos dele só para mostrar que o amor dele por ele e por mim era o mesmo, se meu pai fez o que fez foi apenas para zelar pelo nosso patrimônio e não por preferência! – eu suspirei antes de continuar. – Pena que Jacob não entendeu isso e apenas piorou as coisas... – acrescentei e olhei para o chão, ainda me magoava pensar que ele me odiava a ponto de desejar minha morte. – Mas essa distancia vai ser bom, pensa pelo lado positivo, talvez quando ele voltar, ele volte melhor, diferente, mais maduro! – eu disse voltando a olhá-la, confesso que falei isso mais para agradar minha mãe, do que por acreditar nessa possibilidade.

Vi que ela sorriu levemente.

— Seria bom se ele arrumasse uma namorada, o amor é a melhor forma de concertar as coisas, não acha? – ela falou sorrindo e com os olhos marejando, e então sorrindo forçadamente, eu concordei com a cabeça.

— Claro minha mãe... – eu disse, pegando as mãos dela e a apertando, e então ela suspirou.

— Bom, eu vou me despedir dele! – ela disse, soltando minhas mãos, para limpar as novas lágrimas que caiam de seus olhos. – A gente se fala mais no jantar! – ela então se virou para se afastar e eu fiquei a observando sair do quarto e fechar a porta.

Eu suspirei, esperei apenas alguns segundos para sair do meu quarto e seguir para o meu escritório.

Só foi eu entrar e fechar a porta, que peguei o meu celular no bolso e disquei o numero de Emmett, chamou apenas duas vezes para que ele atendesse.

— Edward, está tudo bem? – Emmett perguntou, assim que atendeu. Acho que a surpresa é porque ele não imaginava que eu o ligaria esse horário.

Eu suspirei, antes de respondê-lo.

— Sinceramente eu não sei... – assumi e fui até a minha mesa, sentei-me na cadeira e passei a mão no meu cabelo antes de continuar. – Jacob está na mansão, deve estar arrumando suas coisas para ir embora, e minha mãe quando ficou sabendo da noticia, cara, ela ficou muito mal e no fundo eu até me sinto culpado por isso...

— Culpado? Se tudo que você descobriu for verdade, você é a maior vitima dessa situação, sinceramente Jacob tem que te agradecer por você não ter o denunciado... – Emmett afirmou.

— É, mas agora eu tenho a maior certeza de que o que eu fiz foi o certo, se minha mãe ficou mal, preocupada, só por saber que Jacob vai se mudar imagina se ela descobrisse tudo... – falei e meu estomago revirou só em pensar nessa possibilidade.

— É Jacob não merece a mãe que tem! – Emmett falou e então eu o escutei suspirar. – Eu só estou preocupado de Jacob não cumprir o acordo, ele pode mentir, você tem que tomar cuidado com isso e... – Emmett falava, mas parei de escutar assim que ouvi o barulho da porta se abrindo, e então Jacob apareceu. Eu respirei fundo, antes de interromper Emmett.

— Emmett, eu já te ligo, espera ai! – falei, desligando a ligação, coloquei meu celular na mesa e então me levantei, enquanto ainda encarava Jacob, com um olhar sério.

— O que você está fazendo aqui? – perguntei.

— Eu vim buscar as minhas coisas, ou você acha que eu iria viajar sem nada? – ele falou.

— Com o dinheiro que eu lhe dei, você não precisaria nem pisar nessa casa, poderia comprar roupas novas! – retruquei.

— Não... Eu prefiro economizar, gosto das minhas roupas antigas! – ele disse, e depois se aproximou, tirando algo do bolso. – Enfim, eu prefiro que o outro um milhão você coloque nessa conta, essa é nova, aquela eu estou pensando em fechar... – ele disse, entregando-me o papel, olhei para baixo para analisar os números, suspirei e depois voltei a olhá-lo.

— Tudo bem, daqui um ano, o dinheiro estará na sua conta, isso se você cumprir a sua parte do acordo! – eu falei, e depois coloquei o papel em cima da minha mesa. Voltei a olhá-lo e vi que ele me encarava com um sorriso torto no rosto.

— Fica sossegado, não tem nada mesmo que me prenda nesse lugar! – ele me disse, e então eu sorri, enquanto o encarava fixamente.

— É muito bom saber disso... Então boa viagem! – falei, Jacob me olhou por alguns segundos e em seguida se virou, ele já estava saindo quando eu não aguentei e acabei soltando uma pequena provocação:

— Ah antes que você vá, eu preciso dizer uma coisa... – falei, e então Jacob desistiu de sair do escritório, para me olhar.

— O que? – ele perguntou, parecia não ter entendido.

— Bom, eu tenho que confessar que pelo menos uma coisa você soube fazer muito bem... – falei, mordendo meus lábios inferiores e o olhando com atenção.

— Não estou entendendo... – ele disse.

Eu fiquei calado por alguns segundos antes de continuar.

— Eu estou dizendo que você soube escolher a minha esposa, meu irmão, eu não imaginava que você conhecia tão bem o meu gosto, é sério, eu gostei dela! Muito obrigado... – sorri ironicamente para ele e Jacob então segurou na maçaneta com força, enquanto me olhava com um olhar de raiva.

Nós nos encaramos por alguns segundos até então Jacob sair do escritório e fechar a porta com força sem dizer uma única palavra, assim que ele se foi, não pude deixar de dar uma leve risada, pelo menos fiquei bastante satisfeito com a nossa despedida.

***

Passei o resto do fim da tarde no escritório, liguei novamente para Emmett para terminar o assunto e em seguida trabalhei um pouco em meu notebook, ao finalizar o serviço eu liguei para um detetive que eu conhecia para contratar o seu trabalho, eu estava decidido a encontrar o pai de Isabella o mais depressa o possível, então ao pedir agilidade, ele me prometeu que iria até minha casa no dia seguinte para conversar com Isabella antes de começar as investigações, o que me deixou bastante satisfeito, o suficiente para antes mesmo do jantar eu decidir ir até o quarto dela, contar a novidade.

Eu sabia que isso a deixaria mais tranqüila, e já até mesmo imaginava poder fazê-la sorrir de novo, como havia feito horas atrás.

Eu subi as escadas da mansão bastante animado, passei rapidamente pelo corredor, e sem ao menos bater na porta eu já fui a abrindo, quando, ao vê-la meu sorriso se desfez, assim que me dei conta do que ela estava fazendo. Meu coração ao mesmo momento disparou, engoli em seco e novamente não pude evitar a crise de desconfiança.

— O-o que você está fazendo? – gaguejei, desviando os olhos dela para olhar para a mala que estava aberta em sua cama, já com algumas peças de roupa lá dentro, na mão dela ela segurava um vestido, que com certeza ela já tinha antes de vir morar na mansão.

Notei que pela expressão do rosto dela, ela havia sido pega de surpresa. Mas ao se recompor, ela soltou um longo suspiro, colocou a peça de roupa na mala e voltou a me olhar com um olhar mais sério do que antes.

— Eu estou arrumando minhas coisas, eu vou voltar para minha casa Edward... – ela disse, e naquele momento meu coração disparou mais e mais.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: E ai o que acharam? Será que ele vai deixar ela embora? Por que será que ela quer ir embora? ;) COMENTEM, RECOMENDEM E FAVORITEM!



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