Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 11
Sem escolhas


Notas iniciais do capítulo

olá gente cheguei... finalmente consegui voltar como prometi no programa de postagem, eu ia estar aqui hoje att, e consegui... kkk faltando pouco pra 12:00 mais consegui, espero que gostem do cap. e peço de coração que comentem, porque duas primeiras att depois de minha volta tão muito devagar nos comentários, espero que essa pelo menos tenha mais comentários. quem está sem o hábito de comentar, por favor, volte e comente!!!
gente não lembro se agradece a tarcyla pela recomendação nessa história se não agradeci, estou agradecendo... =) e dedico o cap. a você...
enfim, espero que gostem e peço desculpas pelo atraso e tentarei responder os comentários em breve, é que tá meio corrido aqui, mas no máximo no fds eu respondo beijos beijos e até os comentários!



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11. Sem escolhas

Lá estava o meu Edward Cullen, vivo e parado bem na minha frente. Era ele, aquele Edward Cullen que eu me apaixonei perdidamente e me casei, aquele Edward que me fez promessas e que agora parecia estarem longe de serem cumpridas.

Ele estava completamente bem, sem nenhum ferimento, sem nenhum indicio de ter sofrido algum acidente. Ele me olhava com um olhar extremamente sério, sua expressão era tão dura que não parecia o Edward que conheci. Porém, mesmo assim, se estivéssemos em outra ocasião eu ficaria feliz de descobrir que ele não morreu, mas naquele momento aquilo era desesperador, pois eu logo entendi que tudo havia sido um golpe.

Eu sabia que ele não era o Edward Cullen, eu vi a foto de Edward e os dois eram completamente diferentes. Então quem é o homem com que eu me casei? Essa pergunta veio como uma bomba para cima de mim, e sinceramente eu estava com muito medo da resposta que ele iria me dar. Porém, sabendo que não me restava outra escolha,foi o que eu fiz, perguntei a ele, mas até o momento ele ainda não tinha me respondido e os segundos sem resposta, parecia uma eternidade.

— Bella... – ele iniciou dando um passo em minha direção, só um pouco de aproximação já fez meu coração pular, afinal, eu não sabia se era seguro ficar próximo dessa pessoa que nem sei mais quem é. – Você precisa me escutar e com atenção... – ele dizia num tom bastante calmo, calmo até demais. Sua calma estava me irritando, porque eu estava desesperada e louca por respostas. – Eu não queria que você tivesse descoberto assim, através de fotos, eu queria eu mesmo ter te contado!

— O que você queria ter me contado? Que você mentiu para mim? Como uma pessoa se passa por outra até mesmo no momento do casamento? Com quem eu estou casada, então? – perguntei e mais algumas lágrimas caíram dos meus olhos. – Eu sou viúva de uma pessoa que eu nem conheço, é isso mesmo? Diga para mim que isso tudo é apenas um mal entendido! – falei, passei a mão no cabelo num gesto nervoso e senti vontade de chorar compulsivamente, mas me segurei.

Ele suspirou, passou a mão no rosto e tentou se aproximar, eu rapidamente me afastei, indo para o outro lado do quarto, eu estava com medo apenas de estar no mesmo ambiente que ele.

— Certo... – ele disse olhando para mim. – Eu menti para você, confesso, eu não sou Edward Cullen, ele é o meu meio irmão, meu nome verdadeiro é Jacob...

Eu encarei-o com a boca entreaberta e mais lágrimas caíram dos meus olhos, senti uma raiva aflorar dentro de mim e acredito que meu rosto todo ficou totalmente vermelho.

— Como você teve coragem de mentir todo esse tempo? – eu perguntei, senti o meu sangue começar a esquentar cada vez mais, a medida que eu ia me lembrando de todas as mentiras que ele inventou, de todas as palavras que ele me disse apenas para eu me apaixonar por ele, o que ele fez havia sido terrível, imperdoável.Ele me fez me apaixonar por alguém que não existia, ele me casou com um desconhecido. – Você me enganou! – eu gritei, até que a raiva foi tanta que me fez partir para cima dele e sem pensar já fui dando vários tapas em seu peito enquanto sentia as lagrimas de raiva escorrerem pelos meus olhos, eu queria bater, bater e bater, mas nem assim a raiva iria passar, ele segurou os meus braços e me olhou nos olhos.  – Como você fez isso? Você mentiu para mim, você me iludiu fazendo com que eu me apaixonasse por uma pessoa que não existe e você ainda me casa com seu irmão... Por quê? Por quê?

Ele me encarou, ficou calado por alguns segundos, antes de me responder.

— Não Bella, você não se apaixonou por uma pessoa que não existe, você se apaixonou por mim... – ele disse e então eu ri.

— Não, você inventou um personagem que tinha o nome do seu irmão, mas o resto tudo era mentira, você não era de classe média, não trabalhava na construtora, nunca iriamos viver num apartamento, e você não é o homem de bom caráter que imaginei que era... – eu disparei.

— Mas o que eu nunca menti, foi o meu sentimento por você... – ele falou, eu discordei com a cabeça, totalmente indignada com que ele estava me dizendo. - Eu fiz isso porque estava irritado, furioso, cheio de ódio...

—De ódio de quem? Do seu irmão? – perguntei, enquanto enxugava as lágrimas.

— Sim, porque ele sempre se achou um máximo, sempre se achou o maioral para cima de mim, e ainda quando o nosso pai morreu, as coisas só pioraram, pois meu pai deixou a presidência da nossa empresa para ele, e era para ela ser minha, por eu ser o filho mais velho, mas não, Edward sempre teve que ser o filho preferido, tudo era o Edward, Edward é o mais responsável, Edward é o mais inteligente, e ai meu pai nunca me deu uma chance para nada, e como eu iria engolir isso? Eu não podia aceitar que ele sempre tenha que vencer! Até a casa ficou para ele, ele acabou herdando quase tudo, o máximo que me sobrou foi uma merda de uma casa de praia, uns míseros custões que são nada se comparado á fortuna de nossa família e o direito de viver aqui até quando bem me entender...  – ele falava com ódio, mas por mais que ele falasse algumas coisas não entrava em minha cabeça, eu não conseguia entender como ele armou tudo isso, pois como ele sabia que Edward iria morrer?A não ser que... Ele tenha o matado.

— Você o matou... – eu falei assustada, no mesmo momento em que cheguei a essa conclusão, olhei para ele com um olhar assustado, enquanto dava alguns passos para trás. – Você matou o seu próprio irmão!

— Não, eu não o matei! – ele disse, tentando se aproximar de mim, porém eu recuei para impedir a aproximação.

— Ah não? Então qual era o seu plano Jacob? O que você ganharia me casando com Edward se ele continuasse vivo? – perguntei.

Jacob ficou calado por alguns segundos, apenas me olhando, antes de me responder.

— Eu sabia que ele havia recebido ameaças de morte, alguém queria ver Edward morto, então eu pensei, se ele morresse provavelmente minha mãe assumiria a presidência, a casa ficaria no nome dela, o dinheiro, tudo que ele havia herdado, então eu tive essa ideia... – ele respondeu, e então eu dei uma risada irônica, discordando com a cabeça.

— Qual era seu plano Jacob? Pagou um juiz para nos casar e depois quando Edward morresse, você me contaria toda a verdade, eu herdaria tudo, aceitaria e me casaria com você? – perguntei.

— Por que não? – ele perguntou, discordei com a cabeça, e totalmente indignada, aproximei-me e dei um tapa em seu rosto, foi tão forte que escutei o estralo, no mesmo momento Jacob colocou a mão no local atingido e ficou me encarando seriamente.

— EU NUNCA ACEITARIA ISSO! – eu gritei, ele colocou a mão rapidamente na minha boca, tampando-a.

— Não grita, vão escutar! – ele pediu, tirando a mão da minha boca, mas ainda me segurando.

— É para isso mesmo eu quero que todo mundo saiba o que você fez comigo, você não tinha esse direito de me enganar dessa forma... – eu disse já me virando para sair do quarto, porém Jacob me segurou pelo braço, me obrigando a encará-lo novamente.

— Você não vai contar isso para ninguém, quem você acha que vão acreditar? Em você? Eles nem te conhece, eu posso inventar muitas coisas, você já viu Bella que eu sei mentir muito bem, abre essa sua boca que eu te enfio na cadeia, você e sua irmãzinha como cumplice... – Jacob falou num tom bem ameaçador, depois me deu um selinho rápido e me empurrou para trás, em seguida ele se virou e saiu do quarto sem dizer mais nada, batendo fortemente a porta atrás de si, eu limpei minha boca com a mão e depois me joguei na cama, abracei o travesseiro, enquanto começava a chorar compulsivamente.

Eu não acreditava que tinha acontecido isso comigo, e ainda para piorar eu enfiei a Jane em toda essa confusão, eu estava nas mãos de Jacob, nas mãos do homem que eu jurei amar e que acreditava que amaria para o resto de minha vida.

***

As histórias de amor ás vezes não acaba como queremos, tudo havia começado como se fosse um lindo conto de fadas, o Edward que eu conheci parecia ser um príncipe, porém, tudo acabou sendo um terrível pesadelo. Um terrível erro, e de príncipe aquele homem não tinha nada, e pior, nem Edward Cullen era.

Aquela mansão logo começou a parecer uma terrível prisão de luxo para mim e eu já estava me sentindo sufocada, primeiro por saber que estou de luto por uma pessoa que eu nem sei quem é, segundo por saber que Jacob me colocou numa fria, e definitivamente eu não queria me fingir de viúva, aquilo era errado, fugia totalmente dos meus princípios. Como eu iria herdar o dinheiro de uma pessoa que sequer eu conhecia?

Jane me aconselhou a continuar fingindo, para ela essa era a coisa mais sensata a se fazer, eu a entendia, ela estava com medo, afinal, nunca iria acreditar em mim, a mãe de Jacob parecia ser uma ótima mulher, mas provavelmente ficaria do lado do filho.

Por mais que eu pensasse, eu não conseguia imaginar como sair daquele problema que Jacob me meteu, as ameaças continuavam, ele sentia-se satisfeito em ver seus planos dando resultados positivos. Quando eu o via sorrir, eu me perguntava: Como alguém poderia se alegrar pela morte de outra pessoa? Ainda mais sabendo que essa pessoa que morreu é seu meio irmão.

Tudo bem, ele parecia odiar Edward, mas isso não o fazia deixar de ser seu irmão. Eles eram irmãos apesar de tudo, e ele não parecia nenhum pouco triste pela morte dele.

Mesmo que Jacob insistisse que não matou Edward, ás vezes eu ficava com essa duvida, as atitudes dele eram estranhas, e eu estava vendo que ele era completamente diferente do homem por quem eu me apaixonei, pelo homem que ele fingiu ser por todo esse tempo.

Afinal, o que ele fez não era algo de uma pessoa de bom caráter. Depois de dois dias que eu estava nessa situação, ele chegou a me explicar que planejou tudo logo quando abriram o testamento e ele descobriu que boa parte da herança havia ficado para Edward, então começou a procurar uma mulher perfeita para o plano e me conheceu, ele disse que com tempo fora se interessando por mim e gostando de mim de verdade. Mas, eu não conseguia acreditar, pois se ele mentiu sobre sua identidade, inventou um personagem, me enganou por todo esse tempo, nada do que ele me falasse não poderia mais ser verdade, era obvio que era impossível acreditar nele. E eu não aguentava mais viver na mentira, os dias se arrastavam e a tortura não tinha fim. Eu estava com medo, com muito medo de qual próximo passo que Jacob iria tomar.

— Assim que você receber a herança, a gente vai embora para outro país, voltaremos para cá apenas depois de dois ou três anos... – ele disse para mim, enquanto estávamos no enorme jardim da mansão.

— Sua família não vai achar estranho que voltemos casados? – perguntei irritada com a ideia dele.

— Vamos dizer que nos encontramos por acaso, nos apaixonamos... – Jacob disse, dando de ombros.

Discordei com a cabeça, indignada com a ideia dele. Eu não queria fazer isso, eu não conseguiria mais vê-lo da forma que eu via antes, ele me usou, isso eu nunca conseguiria esquecer, e ainda ele estava querendo me obrigar a herdar uma fortuna que não me pertencia.

— Eu não vou me sentir a vontade Jacob com essa situação, eu não quero essa fortuna, e muito menos ir embora e me casar com você, por favor, me deixa ir embora, tudo isso foi um erro... – eu pedi a ele, Jacob me olhou com um olhar nada agradável, enquanto me agarrava pelo braço e o apertava com força.

— Você não vai me deixar agora, não depois de todo o esforço que eu fiz para que tudo desse certo, a gente vai esperar a herança e vamos embora juntos, vamos esquecer esses momentos não muito agradáveis que passamos, e começaremos uma nova vida juntos... – ele falava num tom mandão e ao mesmo tempo ameaçador.

Jacob parecia ter graves problemas, afinal, como ele podia pensar que eu conseguiria apenas virar essa página e continuar com ele como se nada tivesse acontecido? Como ele imaginava que nosso relacionamento pudesse permanecer através de ameaças? Pouco a pouco eu via meu coração quebrar-se cada vez mais, a decepção doía, como doía, era terrível ver que tudo que você viveu nesses últimos tempos era apenas uma terrível ilusão. E eu me sentia perdida, sem saber o que dizer e sem saber direito o que fazer.

Eu chorava quase o tempo todo no quarto, vivia assustada e não queria nunca sair de dentro da mansão, ainda os jornalistas continuavam na porta, querendo alguma entrevista que eu nem saberia como dar.

Quando consegui me livrar de Jacob e voltei para o quarto, Jane entrou logo atrás de mim, ela também estava nervosa, mas ainda preferia que continuássemos com a mentira.

— Não dá mais Jane para eu aguentar, eu quero ir embora daqui... – eu disse, e depois virei para ela e encarei-a seriamente. – Eu acho que o melhor a se fazer nesse momento é fugir!

— Fugir? Vamos para onde Bella? Para casa, desculpa mais Jacob sabe onde moramos... – ela respondeu.

— Bom, podemos dar uma passada rápida só para falarmos com nosso pai, eu tenho algum dinheiro lá, a gente pega e o convencemos a sairmos de lá, podemos alugar alguma casa em outro lugar, tentar começar uma vida nova, eu arrumo outro emprego, eu só quero ficar longe de Jacob... – eu respondi bastante nervosa com a situação. Jane discordou com a cabeça, não parecia ter gostado muito da minha ideia.

— Bella, não vai dar certo, Jacob vai nos procurar se ele achar vai ser pior, ele está louco pelo dinheiro e ele sabe que só você por ser a viúva pode consegui-lo, se fugirmos a situação será pior... – ela respondeu e logo entendi, Jane não iria comigo.

Logo então me convenci de ir sozinha, eu iria para casa, pegaria meu pai e o dinheiro e depois voltaria, ligaria para ela e tentaria buscá-la, Jane precisava desse tempo para se convencer de que não daria mais para continuarmos com a mentira, no mínimo que eu demoraria era um dia para fazer tudo isso.

Decidi fugir de noite, deixei uma carta para Jane e peguei o ônibus na rodoviária, demorou muitas horas para que finalmente eu chegasse novamente ao meu lar.

Não pude evitar começar a chorar assim que entrei em minha casa, ali era o único lugar que eu poderia me sentir segura, porem nesse momento nem a minha casa me trazia mais segurança.

Meu pai não estava em casa e pelo horário que era eu imaginei que ele havia saído para trabalhar, então eu fui rapidamente para o quarto para fazer uma nova mala e pegar o dinheiro, eu estava disposta a procura-lo aonde ele costumava ficar vendendo suas coisas e imploraria para que ele fosse embora comigo, antes que Jacob aparecesse.

Assim que terminei de arrumar tudo e pegar o dinheiro, fui até a porta, destranquei-a e já ia sair, quando ao me virar deparei-me com ele. Jacob, ele estava parado na porta me olhando com um olhar bastante sério. Meu coração no mesmo segundo acelerou.

— O que você pensa que está fazendo? – ele me perguntou.

— Eu vou embora, eu não vou mais participar disso... – eu respondi, tentando empurrá-lo para conseguir espaço para me afastar, porém Jacob logo me segurou.

— Você não vai me deixar agora, lembre-se que estou com sua irmã, você quer que ela vá para cadeia, ou melhor, você quer que seu pai vá para cadeia? – ele perguntou, olhei para ele incrédula.

— Meu pai? – perguntei, a voz quase não saiu.

— Seu pai vende coisas ilegais, pensa que eu não sei... – logo ele começou, fazendo meu coração disparar mais acelerado ainda.

Meu pai costumava pegar coisas para vender, porém, há pouco tempo ele descobriu que essa pessoa que fornecia a mercadoria para ele, conseguia a mercadoria de forma ilegal, ou seja, a mercadoria era roubada Meu pai não estava de acordo, porém, não parou de vender, eu o entendia, ele precisava do dinheiro. Só não sei como Jacob sabia disso, eu nunca contei isso a ele.

Foi então que eu comecei a perceber o quanto eu estava nas mãos dele, eu estava mais perdida do que nunca, Jacob não ia desistir. E eu também sabia que não suportaria ver meu pai preso por minha culpa, por isso o acompanhei de volta a mansão, eu estava disposta a pegar aquela droga de dinheiro, mas eu queria entregar todo o dinheiro para ele em troca de minha liberdade.

Assim que ele parou o carro em frente á mansão já era de noite, a viagem era meio longa e em todo caminho nós dois nos mantemos quietos, eu não tinha o que falar para Jacob, eu não tinha coragem nem de olhá-lo, era tão insuportável ficar na presença dele, que quando finalmente chegamos em casa, eu não o esperei nem descer do carro, fui descendo primeiro e entrando na mansão rapidamente, eu já estava na escadaria, quando escutei alguém chamar o meu nome.

Era uma voz masculina, uma voz que eu não conhecia. Rapidamente parei para olhá-lo, e assim que meus olhos pararam nele, meu estomago despencou, senti minha cabeça girar, parecia que não era real, era como se estivesse vendo um fantasma.

Era Edward que havia me chamado, era ele que estava parado na sala olhando para mim, sim, o verdadeiro, o homem da foto. Mas como ele poderia estar na sala de esta da mansão se ele está morto? Eu havia ido no seu enterro, ele estava embaixo da terra agora.

— Vem aqui! – ele me chamou, mas eu não consegui nem me mover, minhas pernas estavam moles devido ao susto,  me segurei no corrimão, para não cair.

— Isabella, querida, sim, é Edward de verdade! – a madrasta de Edward exclamou, descendo as escadas na minha direção. - Você não está sonhando... – ela acrescentou, então parou próxima a mim e me segurou. – Filha, o que você tem? Ai pobrezinha deve ter sido a emoção... – ela disse. Porém eu não conseguia olhá-la, eu não conseguia desgrudar os olhos de Edward, aquilo tudo não parecia ser real, parecia ser algo de minha cabeça, um pesadelo, sim, um terrível pesadelo.  – Ai filha, vem aqui vem, foi o susto não é? – ela então me ajudou a descer os degraus, uma hora eu quase cai novamente, eu não conseguia sentir as pernas, eu ainda estava tentando me recuperar do susto.

Ela me levou até o sofá eu me sentei nele, e encarei o chão, não conseguia nem olhar para Edward.

— Nossa você está tremendo, foi a emoção não é? É um verdadeiro milagre, eu também fiquei assustada quando soube, o hospital ligou ontem para falar que Edward estava vivo, ele estava sem documentos e foi encontrado na estrada, e ficou em coma por duas semanas, outra pessoa que o acompanhava que morreu no acidente, foi tudo uma confusão, mas ele está bem, só bateu a cabeça e tá com uma costela fraturada e o braço quebrado, diga se não é um milagre?

Eu nem consegui responder, a voz naquele momento não saia. Foi quando a porta se abriu, Jacob entrou e pareceu ter ficado tão assustado em ver Edward vivo quanto eu.

— Filho, você viu! –ela foi agora até Jacob e o segurou, ele continuava olhando para Edward com os olhos arregalados. – Seu irmão está vivo!

Jacob me olhou com um olhar assustado, eu estava perdida, não conseguia sequer pensar, agora faltava pouco para eu parar atrás das grades. Fiquei em choque e só consegui voltar a mim, quando ouvi a voz dele comentar:

— É a emoção não é? – olhei para Edward, ele que havia me feito essa pergunta, e eu notei um tom um tanto sarcástico em sua voz.

— S-Sim... – eu gaguejei, evitando olhá-lo. – Eu estou muito feliz... – acrescentei, ainda encarando o chão.

Continua...


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