Counting Stars escrita por Grimmliz


Capítulo 1
✧ When you listen to your soul, do you feel me?


Notas iniciais do capítulo

Olarrrr ♥
Bem, essa fanfic é MUITO ESPECIAL. Primeiramente por se tratar de ArcheRin, é claro. Segundo, dia 01/02 foi o "Archer Summon Festival", basicamente uma comemoração do dia em que a Rin Summonou ele na mansão; e dia 03/02, ou seja, TODAY!, é aniversário da mulher mais perfeita do universo, minha linda e suprema waifu, Rin!!! ♥ Eu não poderia deixar passar em branco, até porque, o aniversário dela foi DOIS DIAS DEPOIS DELA TER SUMMONADO O MEU HUSBANDO. Quer mais perfeição pra um otp? *sparkles*

Enfim, tirando meus surtos e exibição de amor gratuito, espero que gostem. ♥



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Rin caminhava para casa contando os passos, pois as estrelas eram infinitas, e daria trabalho demais, já que infinito mais um, continuava sendo infinito. O dia havia sido agradável, mas ao anoitecer, o vento frio começara a soprar, obrigando-a a vestir o casaco. Seu cabelo dançava com a brisa, mas mantinha-se impecável em seus laços laterais; não se poderia esperar menos dos fios negros de Tohsaka Rin, afinal.

Os últimos dias haviam sido movimentados para a maga. Apesar da preparação desde a infância, agora que a Guerra do Graal estava de fato em andamento, sua rotina sofrera algumas mudanças, começando pelo fato de não mais residir sozinha na mansão Tohsaka. Após um erro tolo de sua parte — um pelo qual ela se culpara de início, mas que agora já não tinha mais importância —, Rin passara a conviver com seu servo, Archer. E apesar de não saber sua identidade, devido a falha ao summoná-lo, poderia afirmar que ainda que ele não pertencesse à classe que objetivava, não havia saído em completa desvantagem.

Naquela manhã, ao tomar do chá que seu servo preparara, pediu que Archer permanecesse na mansão, já que não via necessidade dele acompanhá-la vinte e quatro horas por dia — não por enquanto ao menos. Sem contar que era uma data particularmente diferente. Se tratava de seu aniversário.

Rin deixou sua infância acostumando-se a não comemorá-lo. Antes, quando ainda possuía uma família, era diferente. Sempre ganhara presentes, cartões e bolo, inclusive abraços da mãe e da irmã e um afagar carinhoso na cabeça, do pai; mas não mais, desde muito tempo atrás, desde que Kotomine Kirei se tornara o responsável por sua tutela. O padre no máximo a parabenizava, e pegava um pouco mais leve em seu treinamento, tanto mágico quanto de defesa pessoal, mas ela tinha plena certeza de que Kirei não conhecia muito bem o conceito pegar leve, pois no fim das contas permanecia praticamente a mesma coisa.

Após caminhar por mais alguns minutos, a maga atingiu o portão da mansão, franzindo o cenho num primeiro olhar, já que todas as luzes estavam apagadas. Imaginava que Archer não precisasse delas para enxergar ou se mover pela casa, mas ainda sim, ele sempre as deixava acesas.

Apenas por prevenção, a maga redobrou sua atenção, atentando-se a qualquer coisa que parecesse fora do normal, enquanto cobria a distância até o interior da mansão. Os escudos de magia se mostravam intactos, mas apenas para o caso, Rin se comunicou mentalmente com Archer.

“Archer?”

“Estou aqui, mestre”.

Rin suspirou levemente, livrando-se da tensão ao seguir para o cômodo em que o sentiu.

Estava especialmente cansada, mais do que pensava que estivesse ao que parecia, já que até mesmo a ideia de acender as luzes parecia exaustiva. Sendo assim, preferiu mantê-las da mesma forma, seguindo calmamente na escuridão. Aquela era sua casa, logicamente ela a reconheceria, ainda que estivesse vendada.

A maga tirou o casaco no meio do caminho, entrando na sala com ele pousado num dos braços.

— O que faz aqui, no escuro?

Rin conseguia ver a sombra do arqueiro no sofá, mais especificamente na mesma posição  em que se mostrou tão arrogantemente na primeira noite. Os cotovelos jogados sobre o encosto, o tornozelo apoiado no joelho. A diferença era que desta vez a sala se mantinha inteira. A cena lhe trouxe um dejavú, ainda que o cômodo fosse outro.

— Você nem mesmo abriu as cortinas. O que há de errado com você hoje? — perguntou ela, jogando o casaco próximo a Archer, indo em direção da janela.

— Nada demais. Mas diga-me, mestre. Você não esqueceu de me dizer algo?

A maga parou, virando-se antes de alcançar as cortinas.

— Hm? O que quer dizer com isso…

Rin se calou diante da única luz que se acendeu bem ao centro da mesa. A luz de uma vela. Sobre um bolo. Que Archer acabara de acender, ainda com as costas parcialmente curvadas sobre as pernas.

— C-Como…?

O arqueiro voltou à posição anterior, movimentando uma mão no ar, como em pouco caso.

— Eu acidentalmente encontrei uma caixa cheia de cartões de aniversário enquanto limpava.

A maga piscou duas vezes, sem saber exatamente como reagir. De repente a cortina se tornou algo facilmente ignorável. Rin caminhou até o sofá, ocupando o assento ao lado dele, encarando o bolo na mesa, a vela faiscando.

— Acredito que nessas situações a vela deva ser soprada.

A voz de Archer pareceu despertá-la.

— Por quê?

O heroi piscou, sem compreendê-la.

— Não é assim que funciona?

— Não é a isso que… digo… Por que fez isso, Archer?

O arqueiro deu de ombros, encarando os orbes cianos que mesmo no escuro pareciam reluzir, ao respondê-la com algo simples, mas que parecia conter uma lógica incontestável.

— Aniversários devem ser comemorados, não concorda?

Rin considerou as palavras de Archer, e antes que percebesse, se viu sorrindo, para então curvar-se e lutar para apagar a chama que parecia não querer se extinguir. Quando obteve sucesso, buscou imediatamente o rosto do heroi.

— Feliz Aniversário, Rin.

Archer também sorria, de uma maneira muito menos arrogante, e aquela troca de olhares e sorrisos foi bastante semelhante à de duas noites anteriores, onde não apenas o juramento fora realizado, como também a consolidação do laço de parceria e confiança.

— Obrigada, Archer.

A maga estava realmente grata. Ela sabia que aquilo nada tinha a ver com a relação que compartilhavam, e talvez tenha sido isso junto do tom de voz de Archer que fizera seu coração se aquecer.

Ao terminar de comer muito mais bolo do que pretendia junto do heroi, Rin se moveu até a janela, abrindo as cortinas para que a luz noturna adentrasse. Poucos segundos depois, Archer se posicionou ao lado dela.

— Há algo mais que deseje para hoje, Rin?

Rin pensou por um momento, emitindo uma espécie de murmurio arrastado enquanto se dedicava seriamente em sopesar a pergunta dele. Parecia não haver nada mais que quisesse para aquele dia, mas então, ela olhou para a lua, e sorriu para ninguém em especial.

— Eu gostaria de ir até a cobertura daquele prédio.

Archer levantou uma das sobrancelhas, estranhando o pedido de Rin, mas fora ele mesmo quem perguntara, e não cabia ao heroi questioná-la.

— Como quiser, mestre.

Mais uma vez, como nas muitas noites que se seguiriam, o arqueiro a tomou nos braços, cortando a noite de Fuyuki com Rin junto ao seu corpo, suas vestes tremulando ao impacto do vento.

Rin nem ao menos se incomodou com o frio, tão concentrada estava no céu. E embora de início tivesse se sentido cansada, e contar as estrelas fosse um trabalho impossível, Rin se pegou somando-as mentalmente, sem se preocupar com a eternidade que levaria, afinal, o infinito estranhamente se tornara muito menos desagradável, e parecia ser o tempo ideal que gostaria que aquela noite durasse.


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Notas finais do capítulo

Que o fluffy reine no universo, amém. ♥

Créditos da fanart maravilinda: https://twitter.com/Ice159cream/status/958731616439779328