Camisa 12 escrita por Lola Royal


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Apenas uma one (história de um capítulo) leve, curtinha e fofa para passar o sábado, espero que gostem. Boa leitura :)



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Constrangedor

Conheci Edward Cullen quando tínhamos por volta de uns 12 anos, ele já tinha completado, para mim faltavam algumas semanas. Era agosto, quase fim do verão e das férias, eu sendo a pessoa mais azarada do mundo fiquei todo aquele tempo trancada em casa, pois no último dia de aula quebrei o pé.

Aconteceu antes de ir para a escola, eu estava descendo as escadas de casa e cai. O resultado foi à perna direita quebrada, o que me levou a passar o resto do verão no meu quarto no segundo andar, pois ali em cima era onde ficava o banheiro e tudo mais de necessário, mamãe ou papai me levavam comida, eu me sentia uma prisioneira.

Eu sentia falta do resto da casa, não era frequente papai me carregar para o primeiro andar, pois as costas dele doíam, e mamãe não tinha forças de me sustentar pelas escadas. Meu irmão gêmeo, Emmett, se tentasse me carregar seria capaz de me jogar no chão de propósito.

Naquele dia quente de agosto, em uma sexta-feira, mamãe tinha me servido com um generoso e delicioso copo de suco de laranja, aquilo causou efeitos, uma tremenda vontade de fazer xixi. Chamei por Renée, minha mãe, uma dezena de vezes para ela me ajudar a ir até o banheiro, pois ela tinha deixado minhas muletas do outro lado do quarto e eu não conseguiria chegar até lá em um pé só.

— Mamãe, vem logo! — insisti.

— Aguenta um pouco, Bella, se eu parar de mexer a massa agora o bolo vai ficar ruim — ela gritou de volta do primeiro andar.

Tentei não pensar na vontade de ir ao banheiro, que era muita, me distrai pensando em flores. Isso, flores. Mas, flores me fizeram pensar em árvores, que me fizeram pensar em florestas e em lagos, que me fez mentalizar o som de água correndo.

Me remexi na cama, entretanto não pude me segurar. Liberei o xixi, fazendo ali mesmo na minha cama, como uma criancinha estúpida.

— Pronto, cheguei! — Mamãe apareceu na porta do quarto no instante que acabei de fazer xixi.

Renée fez uma careta, cheirando ao redor.

— Que cheiro ruim... — Ela arregalou os olhos claros e olhou bem para mim, que estava pedindo aos céus para um ET aparecer e me abduzir para bem longe. — É o que estou pensando?

— Mãe... — choraminguei, sentindo-me idiota e ainda por cima toda molhada.

— Oi, mãe! — Ouvi a estrondosa voz do meu irmão.

Emmett apareceu atrás de Renée, meu irmão estava todo suado, indicando que estava mesmo jogando futebol como falou antes de sair de casa mais cedo. Porém, o que realmente chamou minha atenção foi o garoto junto do mala do meu irmão gêmeo.

Ele era um pouco mais baixo que Emmett, os cabelos eram bagunçados — estavam suados — e em um tom de cobre, os olhos verdes. Tinha uma sarda ou outra no rosto, que estava vermelho, indicando que ele tinha exagerado no tempo do Sol, ainda assim o estranho era lindo e fez eu me sentir mais idiota ainda.

Primeiro porque eu estava usando uma camisola da Hello Kitty de quando eu tinha dez anos de idade, meus cabelos castanhos cor de mogno — uma herança de Renée — estavam parecendo um ninho de rato presos em um coque no topo da cabeça. E, como eu estava entediada no quarto, fiquei brincando de me maquiar, eu não era nada boa me maquiando, que fique claro.

Ah, tinha o óbvio... Eu tinha feito xixi nas calças.

— Esse aqui é o Edward Cullen, se mudou pra Santa Cruz tem umas semanas — meu irmão apresentou seu novo amigo, que vestia a camisa número 12 de um time de futebol americano, o que toda minha família torcia, menos eu que sequer entendia o esporte. — Cara, essas são minha mãe e irmã, Renée e Isabella. — Apontou para cada uma ao dizer nossos nomes.

— Oi! — Edward falou animado, com uma voz linda de morrer. Fora aquele sorriso torto, tão fofo!

— Que cheiro é esse? — Emmett questionou, me deixando tensa, enquanto ele entrava no meu quarto e cheirava melhor.

Então, os olhos castanhos de Emmett, os mesmos que os meus e os de papai, se voltaram para mim. Meu irmão arqueou uma sobrancelha, em seguida me lançando um sorrisinho perverso.

— Isabella?

— Emmett.

— Você fez xixi nas calças?

— Claro que não! — gritei em minha defesa, corando, evitando o olhar de Edward que continha uma risada.

Entretanto, fui traída pela minha própria mãe.

— Ela fez! — Renée explodiu em uma gargalhada.

— Mamãe!

— Você fez xixi na cama! — Emmett gritou, gargalhando também.

Edward foi o próximo a rir, mas soando menos exagerado como meu irmão e mãe.

— Mandou bem, Isabella! — Edward debochou.

— Você deveria usar uma fralda! — Emmett esperneou, foi quando eu peguei o pincel de maquiagem mais próximo e atirei nele, só que meu irmão desviou o objeto acertou a testa de Edward.

— Ai caramba! — murmurei, vendo o garoto mais lindo do mundo massagear o local que eu tinha acertado.

Foi assim que conheci Edward Cullen, o garoto que foi minha primeira paixão e que ficava lindo demais usando uma camisa de futebol americano.

Cartão

Edward virou o melhor amigo do meu irmão, isso queria dizer que eu tive de passar a conviver com ele. Não era algo muito difícil, uma vez que eu estava perdidamente apaixonada pelo garoto, mas sempre ficava muito constrangida perto dele, afinal o garoto sabia até que eu tinha feito xixi na cama.

Nós estudávamos na mesma escola e Edward vivia lá em casa, ele e Emmett eram unha e carne. Às vezes Edward parecia nem notar minha existência, mas a cada mínimo oi que ele dirigia a mim eu me derretia toda.

O garoto era filho de uma médica e uma arquiteta, Carlisle e Esme, ele também tinha uma irmã caçula, Clarisse, todos se mudaram para Santa Cruz naquele verão que conheci Edward. Na escola, Edward era bem popular, todos sabiam o nome dele. Ele estava em todos os times de esporte que conseguia, mas o de futebol americano certamente era o seu favorito e ele mandava muito bem, sempre que dava eu ia espiar o treino dele.

— Bella? — Eu me arrepiei ao ouvir a voz de Edward, estávamos na véspera do dia dos namorados, tínhamos uns 13 anos aquela altura.

Olhei para o lado, vendo Edward se sentar ao meu lado na biblioteca da escola. Eu tinha dispensado o almoço aquele dia, queria fugir do refeitório e da decoração sufocante de dia dos namorados que estava por todo o lado.

— O-Oi — gaguejei para Edward, que estava muito lindo aquele dia... Quer dizer, ele sempre estava lindo, mas naquele dia parecia radiante pelo grande sorriso no seu rosto.

— Oi — Edward respondeu, tirando algo da sua mochila, um cartão em formato de coração, um cartão temático para o dia dos namorados.

Meu coração disparou dentro do meu peito, minhas mãos suaram e senti meu rosto esquentar. Edward estava me dando um cartão? Ele queria que eu fosse sua namorada?

Não, claro que não, a resposta veio com a fala a seguir dele.

— Você pode entregar isso para uma garota por mim? — Me esticou o cartão.

— Quem? — consegui perguntar.

— Alice.

Alice minha melhor amiga? Alice Brandon, sério? Por que ela e não eu?

— E ai? Tô louco pela Alice, ela é tão legal. Pode fazer isso por mim? — ele questionou, agitado.

— Po-Posso — concordei por fim.

— Valeu, Bella! — Edward comemorou, colocando o cartão em minhas mãos. Senti rapidamente o toque dele, algo de segundos. — Te vejo por ai. — Dito isso ele saiu da biblioteca, me deixando para trás devastada.

Cogitei ler o cartão, mas temi o que encontraria escrito. Também o cogitei jogar fora, fazer picadinho dele, mas isso não seria correto. Edward tinha me pedido um favor e eu não podia deixar Alice no escuro, ela era minha melhor amiga.

Reuni meus pertences e deixei a biblioteca, indo atrás de Alice. A encontrei na sala do clube de teatro, ela lia o roteiro da peça que encenaria em alguns dias. Alice e eu éramos amigas desde sempre, ela sabia sobre minha paixão platônica por Edward, será que ficaria com ele mesmo assim?

— Alice?

— Oi, Bella! — Alice sorriu para mim quando me viu. — Me ajuda a repassar umas falas? Estou bem insegura. — Ela arrumou seus óculos de grau no rosto.

Como Edward foi se apaixonar justo por ela? Quer dizer, por que não por mim? Nós duas éramos parecidas, certamente não existia justiça nesse mundo. Se tivesse o sentimento que eu nutria por ele seria reciproco, mas não.

— Vim te entregar algo — sussurrei, passando o cartão de Edward para ela.

Alice o pegou curiosa, o lendo rapidamente.

— Eca! — ela exclamou alto, com um tom de nojo na sua voz.

— O que foi?

— Edward quer me beijar, que horror! — Ela rasgou o cartão em três pedaços.

— Você não vai fazer isso? — perguntei aliviada por ela não querer se tornar namorada dele.

— Claro que não, Bella! — Alice exclamou. — Primeiro porque sei que você gosta dele, não vou ficar com um menino que é a paixão da minha melhor amiga. Segundo, eu quero ser freira, não vou ficar com ninguém.

Ah, ela ainda estava naquela de se tornar freira?

— Ufa! — Suspirei. — Graças a Deus vocês não vão namorar.

Alice rabiscou algo em uma folha de papel e me passou.

— Entrega isso para o Edward.

Eu fui atrás do Cullen, entregar o bilhete de Alice que dizia:

“Não posso te beijar, sinto muito, vou ser freira!”

Nunca entreguei aquele bilhete para ele, pois quando vi Edward o garoto já estava beijando outra menina. É, todas queriam o Cullen.

Segredo

Aos 14 anos Edward e eu estávamos na mesma turma de física na escola, o que era legal e ruim ao mesmo tempo. Legal, pois ele sentava ao meu lado e eu podia ficar o vendo durante uma hora inteira, ruim porque isso me distraia muito de aprender a matéria.

Eu era um desastre em física, uma das matérias que ia muito mal. Simplesmente não entendia aquela coisa toda, preferia história, inglês e língua estrangeira. Agora, física era do demônio.

Edward era bom, muito bom. O Cullen sempre respondia tudo que o professor perguntava e tinha uma das notas mais altas da classe, era quase um nerd, mas um que estava no time de futebol e que povoava meus sonhos, fossem eles enquanto eu estava dormindo ou acordada.

Sonhava que um dia casaria com Edward, seria a senhora Cullen. Eu seria uma grande jornalista, meu marido o jogador principal da liga de futebol. Seriamos uma sensação, amados.

Mas, a verdade era bem longe dessa, eu sabia. Na real eu nunca ficaria com Edward, para ele era apenas a irmã tímida e desastrada do seu melhor amigo. Porque sim, ele e Emmett continuavam como irmãos, meu irmão até dizia que se pudesse escolher teria Edward como irmão, não eu. Quando o ouvi falar aquilo pela primeira vez revidei cuspindo no suco dele, o idiota nem percebeu, mas me senti culpada quando nosso pai tomou um gole.

Era um daqueles segredos que eu guardaria até minha morte, ninguém podia saber.

Naquela segunda cheguei à aula primeiro que Edward, que chegou logo depois mexendo em seu celular e rindo de algo que lia ali. O sorriso dele era tão bonito, eu podia passar o resto da vida admirando o sorriso daquele garoto, ele sequer precisava de aparelho dental.

O primeiro garoto que beijei, Caius Volturi, usava aparelho, foi uma sensação muito estranha o beijar com aquela coisa roçando nos meus dentes. Quer dizer, Alice disse que era por conta da minha falta de prática, mas sei lá.

Alice tinha desistido de ser freira, só para constar, ela estava apaixonada por um garoto quatro anos mais velho, que nem sabia o nome dela. Nós duas estávamos sofrendo caladas por paixões platônicas, por que a vida tinha de ser tão complicada?

— Bom dia, classe! — a professora entrou na sala. — Hoje teremos um teste surpresa. — A sala inteira se tornou um caos depois disso, já que ninguém curtia testes surpresas.

— Puta que pariu — xinguei baixinho, Edward olhou para mim e sorriu, naquele momento nem feliz por isso eu conseguia ficar, não quando estava prestes a levar mais uma nota baixa em física.

A professora logo estava distribuindo as provas, repassando as regras.

—... Nada de usar o celular, nada de colar, nada de fingir desmaio, essa é para você Jacob Black. — Ela colocou o teste sobre a minha mesa. — Você precisa aumentar sua nota, garota, ou vai ficar retida na minha matéria durante o verão — ameaçou.

Meus olhos se encheram de lágrimas no momento que vi as questões, por que tinham que parecer tão complicadas? Eu não entendia nada daquilo, sempre estudava, mas não conseguia fazer meu cérebro aprender aquilo.

Funguei, começando a fingir que estava resolvendo uma questão, pois no fim sabia que acabaria dando respostas idiotas e ganhando um F.

Senti algo cutucar meu braço, olhei para o lado e vi Edward me estendendo um pedaço de papel. Aquilo era uma cola? Olhei para a professora, que estava distraída lendo um livro chamado: Como conquistar um homem em uma semana.

Talvez eu também devesse o ler... Espera, Edward estava mesmo me passando uma cola?

— Vai, pega! — ele sussurrou, balançando o papel.

O peguei e vi que era a resposta da primeira questão, todas eram de marcar. Me senti culpada, muito, mas usei a cola de Edward e marquei a resposta em minha prova.

— Obrigada — sussurrei de volta para ele, que já me passava outro papel, com a resposta da segunda.

Seguindo aquele esquema, Edward me passou a resposta de todas as questões conforme ia as resolvendo. Eu troquei algumas, só para não dar muito na cara que tinha colado, mas com a ajuda dele já ia aumentar bastante minha nota.

— Aqui, professora! — Entreguei minha prova para ela, depois que acabei de marcar tudo, querendo que ela corrigisse logo. Edward continuava em seu lugar, fingindo que ainda estava fazendo a dele, só para não levantar suspeitas.

Ela corrigiu tudo, me dando por fim um A-.

— Vi que você melhorou, está se esforçando, parabéns, senhorita Swan!

— Obrigada! — agradeci, sentindo-me perigosa e ousada, enquanto carregava em meu bolso as colas de Edward.

Antes de eu sair da sala ele me lançou um sorrisinho cúmplice, aquele seria nosso segredo.

Babá

Quando fiz 15 anos comecei a trabalhar como babá para algumas famílias da redondeza, com o dinheiro eu comprava besteiras no shopping, ou alimentava minha poupança da faculdade. Uma das famílias que sempre me contratava era a de Edward, para que eu tomasse conta da irmã caçula dele, Clarisse.

Geralmente era nas sextas-feiras, quando ele tinha jogo e seus pais iam o assistir jogar, ou o senhor e a senhora Cullen tinham algum evento. Clary, como eu, não era muito fã de futebol americano e preferia ficar em casa, era quando fazíamos um monte de pipoca e comíamos com chocolate, assistindo algum filme legal que estivesse passando na TV, ou que escolhêssemos da coleção de DVDs deles.

Um dia, fui tomar conta de Clarisse num sábado, enquanto os pais dela iriam para um jantar na casa do chefe de Esme e Edward para uma festa. Meu irmão e ele estavam loucos por essa festa, passaram a semana falando nela, mas meu pai estragou os planos de Emmett e o arrastou para uma viagem de pesca com ele.

— Qual filme vamos assistir hoje, Bella? — Clary me perguntou empolgada, ela e Edward eram bem parecidos, o que queria dizer que a garotinha de oito anos era bonita.

O senhor e a senhora Cullen tinham acabado de sair, Edward estava lá em cima, terminando de se arrumar antes de ir para a festa que tanto queria.

— Não sei, que tal algum desenho?

Clarisse considerou, até responder.

— Pode ser Procurando Nemo? Eu amo de montão esse filme! — ela exclamou, pulando em seus pés, fazendo seu cabelo ruivo preso em um rabo de cavalo balançar de um lado para o outro.

— Claro, pode sim — concordei. — Vamos fazer a pipoca — chamei e Clary me seguiu de bom grado até a cozinha, passamos algum tempo ali fazendo pipoca doce e salgada, depois pegamos chocolates e voltamos para a sala.

Eu coloquei o filme e fui para o sofá com Clary, que apoiou a cabeça no meu ombro. Algum tempo depois, ouvi passos na escada e a sala foi dominada pelo perfume de Edward.

— Eddye! — Clarisse gritou, se voltando para o irmão que parou perto do espelho junto à escada para checar seu visual.

Ele estava usando calça jeans, tênis da Nike e uma camiseta vermelha, com uma jaqueta de couro preta por cima. Aquele visual me fez arfar, como ele podia ser tão bonito?

— Oi, Clary? — Olhou para ela e só ali me notou. — Ei, oi Isabella.

— O-Oi — gaguejei, tentando não ficar que nem uma perseguidora o encarando.

— Eddye, fica e assiste Procurando Nemo com a gente — Clarisse pediu.

— Foi mal, tenho uma festa para ir. — Piscou para a irmã.

— Chato! — Clary reclamou.

Ouvimos uma buzina tocar do lado de fora.

— Posso pegar um pedaço? — Edward apontou para a barra de chocolate em minhas mãos, não consegui responder com mais do que um aceno de cabeça. — Valeu, Bella. — Ele quebrou um pedaço do chocolate e levou à sua boca. — Tchau! — gritou de boca cheia, saindo de casa.

Eu murchei no sofá, chateada por Edward não ter atendido o pedido da irmã e ficado. Mas, claro que ele não ficaria, era legal demais para isso.

Clarisse e eu assistimos a Procurando Nemo completo, começamos a ver Shrek em sequência, mas ela dormiu logo no comecinho, com a cabeça ainda apoiada em mim. Foi quando Edward voltou, muito antes do previsto.

— Ei, adoro esse filme! — comemorou, sentando ao meu lado no sofá.

— A festa foi rápida — tive coragem de dizer, Edward bufou.

— Acabou sendo muito chata, preferi voltar cedo. — Chutou seus tênis para longe e apoiou seus pés sobre a mesinha de centro.

Ele olhou para o balde vazio de pipoca, depois para mim e perguntou:

— Quer mais pipoca?

— Posso ir fazer...

— Eu faço. — Ele pegou o balde da minha mão, levantou do sofá e foi para a cozinha. Voltou algum tempo depois, com mais pipoca e mais chocolate. — Aqui.

— Obrigada — agradeci, adorando a sensação de Edward sentado novamente ao meu lado, nossos corpos estavam quase se tocando.

Eu quase surtei quando ele passou um braço por trás de mim no encosto do sofá, surtei mais ainda quando ele brincou com uma mecha do meu cabelo. Entretanto, para meu azar, os pais dele chegaram minutos depois e fui dispensada, pois Carlisle estava pronto para me levar para casa.

Ainda assim, aquele curto momento com Edward me fez ganhar a noite.

Resgate

Com 16 anos eu me apaixonei por outro cara, continuava apaixonada por Edward, mas ai James Smith e seu jeito para o surfe chegou à cidade e me vi deslumbrada. Sai algumas vezes com ele, uns beijos e pegação mais intensa no seu carro antigo, nem era mesmo um namoro, mas era bom para tirar minha mente do Cullen.

Afinal, Edward estava até mesmo namorando, com Tanya Denali, uma das líderes de torcida. Eles formavam um casal e tanto juntos, com ela sendo da equipe de torcida e ele do time titular do futebol americano.

Aquela noite de sábado, ele e meu irmão tinham saído para uma festa com a Tanya. Eu fiquei em casa, fazendo uma matéria para o jornal da escola, já que fazia parte do clube e porque James estava num jantar de família que dispensei participar, pois aquilo ia nos levar a um nível de relacionamento acima do que queria naquele instante.

Eu estava revisando meu texto, quando meu celular tocou. Distraidamente o peguei para atender, ouvindo a voz do mala do meu irmão.

— Bella! — Emmett gritou, quase me deixando surda, estava claramente bêbado.

— O que aconteceu, garoto?

— Roubaram nosso carro!

Ponto para entendimento: Emmett e eu dividíamos um carro, uma velha caminhonete vermelha. Com nossa mãe ganhando pouco sendo uma professora do infantil e nosso pai sendo somente um policial, não tínhamos o luxo de ostentar com um carro para cada.

— Roubaram a caminhonete, Bella! — Emmett voltou a se esgoelar, ele parecia chorar também. — Papai e mamãe vão me matar, vou fugir para o México, não, melhor, vou fugir pro Alasca!

Olhei para minha mesinha de cabeceira, vendo as chaves da caminhonete. Eu tinha a usado aquela tarde para ir até a biblioteca municipal, Emmett foi para a festa de carona com Tanya que tinha ido buscar o namorado e meu irmão, ele não tocou no nosso carro aquele dia.

— Vou ser deserdado, a mamãe nunca mais...

— Ei, babaca! — exclamei. — Você não foi roubado, o carro está comigo.

— Está?

— Sim.

— Ah, bom Deus, não vou precisar fugir do país e ir para o Alasca.

— Você sabe que o Alasca é território... Ai, quer saber, esquece.

— Edward e eu precisamos de um resgate.

— Venha nos buscar! — Ouvi o grito de Edward ao fundo.

— Estamos na praia, vem logo! — Emmett mandou, então desligou.

Eu revirei os olhos, se fosse só Emm o deixaria apodrecer na praia, mas Edward estava lá. Sendo assim, escapuli de casa e fui buscar meu irmão panaca e o melhor amigo gostoso dele.

Os dois estavam na praia como dito por meu irmão, Emmett na água, Edward sentado na areia chorando... É, ele estava chorando.

— O que aconteceu? — perguntei ao camisa 12 do time de futebol americano.

Edward fungou, mexendo na areia ao seu redor.

— Tanya me largou no meio da festa, terminou e meio minuto depois estava pegando o Demetri, aquele estudante de intercâmbio da Rússia — contou, chorando mais um pouquinho.

— Ah! — Arfei, sem acreditar que alguém tinha coragem de trair Edward.

— Pode me levar para casa? — perguntou para mim, ele claramente também estava bêbado.

— Claro, posso sim. — Estendi uma mão para ele, o fazendo ficar de pé. — Sinto muito pelo que aconteceu.

Ele apenas assentiu, soltando sua mão da minha.

Chamamos por Emmett e fomos para a caminhonete, joguei meu irmão para o banco de trás, querendo que ele evitasse me molhar na frente e deixei Edward ir na cabine comigo. Dirigi rapidamente até a casa dele, Emm tinha apagado no banco de trás.

— Valeu — Edward agradeceu, olhando para mim enquanto tirava o cinto. — Já te disse que você é bonita? — perguntou, tocando no meu rosto com a ponta dos dedos.

— O quê? — indaguei perplexa.

— Muito bonita — Edward falou contra sua respiração, seus olhos verdes estavam fixos nos meus, me deixando arrepiada.

Eu ia falar algo, com certeza alguma coisa inútil, mas ouvi Emmett vomitando no banco de trás.

— Merda, Emmett! — gritei com ele, Edward tirou sua mão de mim no mesmo instante.

— Melhor eu ir — falou, saindo rapidamente do carro, me deixando para trás sem ter certeza da veracidade do que ele tinha dito antes.

Quente

Era verão, o que antecedia meu último ano no ensino médio e meu aniversário de 17 anos em setembro. Eu estava inquieta na cama, pois o calor era demais e não me deixava dormir.

Aquilo me obrigou a descer até a cozinha, eu precisava de um pouco de água, bem gelada de preferência. Chegando lá fui surpreendida, Edward Cullen estava remexendo na geladeira, fazendo um sanduíche.

Sequer sabia que ele estava passando a noite lá em casa, uma vez que eu tinha chegado tarde depois de sair com meu namorado, Jacob Black. Nós tínhamos começado a namorar no começo do verão, estávamos juntos desde então, mas eu já estava de saco dele e planejava terminar antes do verão acabar.

— Oi, Bella! — Edward me cumprimentou quando me viu, falando de boca cheia, um péssimo hábito dele.

Não consegui responder, não o vendo sem camisa no meio da minha cozinha. O futebol fazia muito bem ao Cullen, o corpo dele era todo definido, me dava vontade de...

— Oi! — falei, pigarreando.

Edward nunca mais tinha tocado no assunto de me achar bonita, quando o resgatei da praia aquela noite meses antes, ele até mesmo disse dias depois que mal se lembrava daquela noite. Aquilo foi claro para mim, ele estava bêbado e disse que eu era bonita da boca para fora, só isso.

— Quer um? — Apontou para seu sanduíche.

— Não. — Fui até perto dele, pegando um copo de água.

— Está quente, né? — ele perguntou, olhando para meu corpo, foi quando me dei conta que eu estava usando apenas um micro short para dormir e uma regata branca, que marcava meus peitos.

Corei, me forcei a beber a água, evitando o olhar de Edward. Sim, estava muito quente.

— Eu vou dormir — murmurei, dando meia volta para sair da cozinha.

— Boa noite.

Assim que cheguei ao meu quarto peguei meu celular e mandei uma mensagem para Jacob.

Bella Swan: Foi mal, mas acho que nosso namoro acaba por aqui, tchau!

Sabia que estava sendo rude com ele, mas não podia continuar naquele namoro que não me agradava mais. Não, no fundo eu continuava perdidamente apaixonada por Edward, que naquele momento estava assaltando minha geladeira.

— Tão quente! — murmurei, e não estava me referindo ao clima.

Carona

Só tinha olhos para Edward, enquanto ele corria pelo campo de futebol americano. Ele fazia aquilo tão bem, ao menos eu achava que sim, já que assim como Física, eu não entendia direito aquele jogo, por mais que tentasse.

Era uma quinta-feira, uma semana depois do meu aniversário de 17 anos e uma semana antes dos dias especiais do Homecoming. Eu ainda não tinha um par, tinha recusado o pedido de Jacob — que não superava o fim do nosso namoro —, talvez nem fosse ao baile no outro sábado, ou fosse com Alice, que estava passando por uma fase difícil uma vez que o namorado dela estava fazendo faculdade em Seattle.

Naquele dia era a vez de Emmett com nosso carro, sendo assim eu estava o esperando para irmos embora para casa. Não era um grande sacrifício, já que eu podia ficar ali na arquibancada e babar um pouquinho por Edward.

Quando o jogo acabou, meu irmão acenou para mim, me chamando, o que era muito suspeito. Desci a arquibancada com cuidado, sem querer me machucar no processo e pagar mico na frente das líderes de torcida e de todos os garotos do time de futebol.

— Vou levar a Rose para comer pizza — Emmett anunciou assim que parei na frente dele. Rosalie Hale era a namorada dele desde umas duas semanas atrás, ela era um ano mais nova e estava na equipe de torcida também.

— Beleza, eu bem que estou com vontade de comer pizza — falei.

Emmett bufou.

— Isso não foi um convite para você.

— Que seja, apenas me deixe em casa e vão comer pizza sem mim — resmunguei, eu devia ter matado Emmett no útero, teria sido mais fácil.

— Nossa casa fica muito longe da pizzaria, seria perda de tempo.

— E como você espera que eu vá para casa?

— Pegando uma carona com o Jacob?

— Cala a boca, não sugere isso — falei entre dentes, temendo que Jacob, que também estava no time, escutasse.

— O que tá rolando?

Edward apareceu junto da gente, tirando sua camisa 12, me fazendo olhar descaradamente para o corpo dele. Sério, como alguém ficava tão bonito mesmo suado daquele jeito? Que raiva!

— Vou sair com a Rose, a Bella precisa de uma carona.

— Eu posso dar uma carona para você — Edward falou para mim, colocando sua camisa sobre seu ombro, sorrindo torto.

— Pode? — Eu mal conseguia o olhar no rosto, olhando excessivamente para o resto do seu corpo.

— Claro — confirmou. — Só me espera ir tomar uma ducha — falou, correndo em direção aos vestiários.

Quase pedi para ir tomar banho com ele, quase.

— O que foi? — perguntei quando vi o olhar confuso de Emmett para mim.

— Nada não. — Ele me analisou mais um pouco. — Tchau!

— Tchau!

— Comporte-se, Isabella.

— Morra, Emmett.

Ele foi para o vestiário, eu fui para o estacionamento esperar Edward, que apareceu não muito depois. O Cullen estava de cabelos molhados, calça jeans e uma camisa 12 limpa, eu acho que ele tinha umas vinte delas, pois sempre que possível estava usando uma.

— Vamos?

Assenti, entrando no banco do carona do seu Volvo. O carro tinha cheiro de Edward, que era muito bom. Quando ele entrou me toquei que aquela era a primeira vez que estávamos sozinhos num carro, nunca tinha acontecido antes.

— Pode colocar algo para tocar? — gesticulou para o som do carro.

Concordei com um aceno de cabeça, ainda muda. Mexi no som, deixando uma música de rock soar pelo Volvo.

— Quem são eles? — perguntei, sem reconhecer a banda.

— The Dragons. — Edward me respondeu, me lançando um rápido olhar. — São de New York, lançaram o primeiro CD no fim do ano passado — contou.

— Eles parecem ser bons — comentei, aumentando um pouco o volume, escutando a voz do vocalista cantar sobre sexo fazendo metáfora com um labirinto, aquilo me fez corar. — Hum...

— Quente? — Edward sugeriu, me fazendo sorrir e encarar minha mochila em meu colo.

— Quente — confirmei.

Não falamos nada pelo resto do caminho, deixando apenas a música cortar o silêncio. Então, cedo demais, Edward estacionou na frente da minha casa.

— Obrigada pela carona —agradeci, tirando o cinto.

— Sempre que precisar — Edward sorriu para mim, eu estava quase abrindo a porta quando ele perguntou. — Eu ouvi Jacob falar que você vai ao baile de boas vindas com ele, é sério?

— O quê? Não! — neguei prontamente. — Eu recusei o convite dele.

— Ah sim. — Edward balançou a cabeça.

— Não gosto do Jacob — falei, sem querer que Edward pensasse que eu ainda sentia algo por meu ex.

— Não?

— Não! — Respirei fundo, olhando para a camisa de Edward, depois de volta para o rosto dele. — Eu gosto de outra pessoa — confessei, meu rosto tornou a corar, meu coração ficou batucando loucamente no peito.

— Eu sei quem é? — Edward se livrou do seu cinto também.

Ri, me sentindo meio idiota, mas ri ainda assim.

— Ele é do time de futebol americano — falei por fim, Edward assentiu, com uma careta no rosto.

— Paul Lahote?

— Não, não é o Paul. — Respirei fundo, era isso, chegou a hora da verdade depois de todos aqueles anos. — Gosto do cara que veste a camisa 12.

Edward me olhou em choque, ele ficava lindo daquele jeito também. Então, antes que o jogador pudesse dizer algo, eu estava me inclinando em sua direção e lhe beijando.

Apenas um rápido tocar dos meus lábios nos dele, algo singelo, mas que firmaria o que eu tinha acabado de dizer. Eu não podia acreditar que estava o beijando, mesmo que de forma tão casta — já que na minha mente a primeira vez que eu agarrasse Edward seria quase o prelúdio para um filme pornô —, era um sonho se realizando.

Lentamente me afastei de Edward, que abriu seus olhos verdes para mim, tinha uma confusão em seu olhar e temi que o que eu tinha feito estragasse tudo para sempre. Sem esperar que ele arrumasse a bagunça em sua mente, eu me virei para sair, o carro do Cullen continuava na frente da minha casa quando entrei e demorou alguns minutos até eu o ouvir dar a partida.

Jantei com meus pais aquela noite, ansiosa e feliz, tudo ao mesmo tempo. Estava com medo de Edward nunca mais olhar na minha cara, ou dele contar para meu irmão e Emmett fazer uma grande cena, ou sei lá, Edward podia zoar comigo por aquilo e seria pior. Não que ele fosse um idiota desse tipo, ou de qualquer outro, mas sei lá, quem sabe.

Eu estava vendo TV, sem sono nenhum, quando Emmett chegou mais tarde aquela noite. Seu olhar sobre mim era sério, muito sério, soube que Edward tinha contado. Claro que ele contaria, era seu melhor amigo.

— Você beijou o Edward? — gritou.

— Cala a boca, idiota, você vai acordar o papai e a mamãe — chamei atenção dele.

— Você gosta do Edward? — Emmett voltou a inquirir, com o tom de voz um pouco mais contido.

Me levantei do sofá, assentindo.

— É, eu gosto, sempre gostei — admiti.

Emmett emitiu um som de nojo.

— Ele é como meu irmão, Isabella.

— Como seu irmão, não como meu, isso não é errado para mim — resmunguei. — O que ele te disse?

— Ele só me ligou e tava todo estranho, enrolou e enrolou, até que contou que minha irmã tinha o beijado.

— Ele pareceu odiar? — indaguei aflita.

— Eu sei lá, Bella. — Emmett bufou. — Você gosta do Edward, eca!

— Não se preocupa, Edward provavelmente vai fingir que o beijo nem aconteceu e nunca mais olhar na minha cara. — Cruzei os braços na frente do corpo.

— Você quer que eu quebre a cara dele? — Emmett perguntou de um jeito protetor. — Mas, espera, ele é meu melhor amigo, eu não posso quebrar a cara dele. Merda, isso vai ser difícil de lidar!

— Foi mal.

— Tudo bem, só preciso dormir um pouco antes de surtar. — Ele foi para o segundo andar.

Fui logo depois, me forçando a dormir, ou no dia seguinte estaria imprestável para as aulas.

Emmett não voltou a falar no assunto na manhã seguinte, pelo menos não até nossos pais saírem para trabalhar.

— Se vocês casassem ia ser legal — meu irmão falou, remexendo seu cereal.

— Nem me fala, eu ia amar a lua de mel. — Emmett fez uma careta.

— Não, esquece, essa merda não ia ser mesmo legal. Você é virgem e pura, não faz essas coisas.

Eu gargalhei, Emmett me olhou aterrorizado.

— Isabella!

— O quê?

Nós fomos atrapalhados pela campainha tocando.

— Vou atender — anunciei, saindo da cozinha e seguindo para a sala para abrir a porta.

Não tinha ninguém do lado de fora, apenas balões metalizados coloridos presos a uma caixa apoiada no chão. Parecia... Deus, parecia um convite para ir ao baile do Homecoming, será que Jacob estava tentando algo de novo?

Me abaixei para abrir a caixa, levando um baita susto que logo se tornou em uma adorável surpresa. Lá dentro estava a camisa 12 de Edward, dobradinha e exalando o cheiro do perfume bom dele.

Meus olhos se infiltraram de lágrimas, torci para não ser um sonho. Minha mão voou até o bilhete que estava lá dentro, onde pude ler algo escrito na caligrafia de Edward.

“Você pode devolver minha camisa?”

Confusa, ergui meu olhar, vendo Edward se aproximar da minha casa. Prendi a respiração ao vê-lo usando apenas tênis e calça jeans, sem camisa nenhuma.

Eu ri, ele me lançou seu costumeiro sorriso torto. Peguei a camisa e larguei a caixa de volta no chão, deixei a varanda da minha casa e fui até Edward que estava no meio do jardim.

— Aqui. — Passei a camisa para ele.

— Obrigado — Edward agradeceu, pegando a peça de roupa e a vestindo.

Enfiei minhas mãos nos bolsos da minha calça jeans, estava muito nervosa.

— Você gosta de mim? — ele me perguntou após se vestir, seus olhos estavam fixos nos meus.

— Você é o dono da camisa 12. — Dei de ombros, o fazendo sorrir mais.

— Isabella, você aceita ir ao baile de boas vindas comigo? — Edward perguntou, me fazendo soltar um gritinho.

Primeiramente não respondi com palavras, no lugar disso eu o ataquei mais uma vez. Daquela vez um beijo de verdade, com Edward segurando em minhas costas, enquanto eu estava agarrada aos cabelos dele, nós dois nos apertando um contra o outro.

Ele tomou conta da situação, roubando de mim um beijo cheio de vontade. Era melhor do que em todos meus sonhos, beijá-lo era o paraíso e eu tinha sido agraciada com aquilo.

— Eu não sei se compactuo com isso! — Ouvi a voz do meu irmão ao longe, continuei beijando Edward, sem deixar que aquilo se quebrasse, mas ergui uma mão e mostrei meu dedo do meio para Emmett. — Muito maduro, Isabella.

Aos poucos Edward e eu fomos nos afastando, assim como eu, o camisa 12 também sorria.

— Ei. — Ele segurou em meu rosto, me mantendo perto de si. — Não estava bêbado ao ponto de me esquecer do que falei naquele dia que você nos resgatou da praia — Edward falou, me fazendo abrir a boca em surpresa. — Realmente te acho bonita, só não tornei a tocar no assunto porque você estava de rolo com o James, não queria... Sei lá, eu não queria bagunçar sua vida.

— Edward!

— Ai depois você estava com o Jacob. — Ele suspirou, deixando seus lábios tocarem nos meus mais uma vez.

— Mas sempre quis você.

Ele afagou minha bochecha.

— Sempre fui um tapado que não percebeu isso, mas você me tem agora — falou maliciosamente, eu já disse que ele ficava lindo de qualquer jeito, né? — O que acha de ir ao baile de boas vindas comigo? Podemos nos conhecer melhor, eu realmente quero isso.

Me afastei um pouco dele, o que pareceu o confundir.

— Só aceito se você me der sua camisa! — falei, apontando para sua roupa.

— É pra já! — Edward concordou, tirando sua camisa e entregando para mim. — E ai? Você vai ao baile comigo?

— Vista sua roupa, Cullen! — meu irmão berrou.

— Sim, eu vou para o baile com você, Camisa 12 — respondi para ele e me voltei para Emmett, que não estava nada contente. — Deixa o Edward sem camisa, ele fica muito mais gostoso assim.


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Notas finais do capítulo

Quem sabe no futuro a gente volte a visitar esses personagens, fiquem de olho no meu perfil.

Beijos!

Lola Royal.

03.02.18



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