Amor Doce: "Complicated" escrita por Keila Lavigne


Capítulo 2
O baile (part. 2) e Entre lençois...


Notas iniciais do capítulo

Paçoquitassss! ♥
Este é mais um capítulo de "Complicated", espero de verdade que gostem e que comentem abaixo o que estão achando da história!
Boa leitura xD
Obs: Este capítulo não é recomendado para menores de 16 anos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753941/chapter/2

Madison: Castiel? O que é... – Cambaleei em minhas palavras enquanto observava Castiel me estender uma caixinha vermelha.

Ele a abriu fazendo suspense. Me deparei com um lindo anel prateado. Em sua superfície havia uma pequena pedrinha de brilhante. Ele era realmente muito bonito.

Eu ainda estava imóvel quando Castiel pegou uma das minhas mãos e colocou em meu dedo anelar o objeto brilhante. Eu sorri de orelha a orelha. Realmente não esperava por isso. Será que Castiel estava me pedindo em casamento?

Meu coração voltou a bater forte com a possibilidade.

Castiel: Não, eu não estou te pedindo em casamento se é o que você quer saber... – ele deu um sorriso malicioso.

Madison: Hum... Claro que não... – pus um fio de cabelo atrás da minha orelha, enquanto observava atentamente cada pequeno detalhe do anel. – Muito obrigada, “Cassy” – dei um sorriso convencido na tentativa de irritá-lo. Sabia que ele não gostava de ser chamado por esse apelido exclusivamente utilizado por Valerie, sua mãe.  

Castiel: Está tentando me irritar? – Ele estreitou os olhos adivinhando os meus pensamentos. Odeio quando ele faz isso. Sinto como se nada pudesse passar despercebido por ele. Que eu era um livro facilmente decifrável.

Balancei a cabeça, negando com um sorriso fingido.

Castiel: Hahaha! – Ele deu um riso abafado. – Venha mais perto de mim, eu não vou te morder! – Ele me puxou contra o seu corpo. Começando uma série de beijos pelo meu pescoço. Naquele momento estávamos longe da vista de todos, imagino, e a não ser Rosalya e Alexy, não acredito que os outros tenham percebido a nossa ausência. Me permitir ser deixada levar. Realmente precisávamos de um momento a sós depois de tanto tempo tentando resolver os problemas dos outros.

Os nossos beijos estavam cada vez mais desesperados. Não sei o que está acontecendo comigo, de uns tempos pra cá a minha vontade de ter Castiel em meus braços é cada vez maior. E toda vez que estamos próximos um do outro a minha vontade é de agarra-lo, arrancar as suas roupas e fugir para algum lugar onde não possamos ser interrompidos, por falar em interrupções...

Fomos interrompidos por um solo de guitarra que ressoava por todo o cenário. 

Castiel: O que acha de ensiná-los como se dança de verdade?... – Castiel apontou com o rosto para alguns alunos que começavam a pular freneticamente com as mãos para o alto.

Soltei um riso.

Madison: Você me parece bem convencido para alguém que não queria se quer vim ao baile... – Envolvi meus braços em volta do seu pescoço, acariciando sua pele com as pontas dos dedos.

Castiel: Não posso negar que num primeiro momento achei essa ideia de baile uma grande estupidez, mas pensando bem... – Ele apertou a minha cintura contra o seu corpo, nos colocando há uma distância perigosa e excitante um do outro. – Achei que seria engraçado ver o resultado de 5 horas de arrumação sua para ficar o mais sexy possível para mim.

Madison: 5 horas? Me arrumando pra você? Pfff – ergui os olhos aos céus com um sorriso de deboche. – Duas. Uma hora... Trinta minutos! No máximo! – Pisquei convencida para reforçar a minha grande mentira.

Castiel: Aé? Tenho que dizer que esses 30 minutos foram milagrosos. Desta vez você se superou, garotinha. – Ele sorriu com um ar sarcástico e me beijou com determinação antes de deslizar suas mãos nas minhas me conduzindo para o lado habitado da Sweet Amoris.

Nos juntamos há alguns rostos conhecidos que dançavam algo que parecia ser pop rock. O professor Faraize estava se dando muitíssimo bem com as picapes. O que deixou todos completamente surpresos. Talvez ele pudesse considerar a ideia de mudar de profissão... “Dj Faraize”, hahaha, quem diria.

Em um determinado momento da festa eu e Castiel cansamos de tentar acompanhar o pique dos outros alunos e fomos pegar algo para nos refrescar. Pegamos uns drinks e enquanto nos recuperávamos para a próxima música observávamos a movimentação na pista de dança. Alguns começos de discussões entre alunos “animadinhos”, outros, que como nós procuravam um lugar mais “intimo” para se acomodarem, e um beijo completamente inesperado entre Ambre e Armin no vestiário á pouco foram com certeza os pontos altos da noite, além do sumiço misterioso de Lysandre... Não o tenho visto muito ultimamente, e hoje não foi diferente. Ele tem agido de maneira estranha desde que voltou do hospital... Fico me perguntando se esse comportamento se deve a doença do seu pai, de qualquer forma espero que ele esteja bem e consiga aproveitar a noite, afinal, hoje se fecha mais um ciclo das nossas vidas, finalmente terminamos o ensino médio! O que me deixa ainda mais nervosa... Eis que terminamos o colégio e eu ainda não cheguei a conclusão do que quero para a minha vida.

Castiel: Hey, garotinha. – Fui cortada dos meus pensamentos por Castiel que me abraçou por trás e me deu uma sequência de beijos no pescoço.

Madison: Hum... – Resmunguei algo enquanto colocava a minha taça em cima da mesma mesa que serviam os drinks. Castiel se colocou em minha frente.

Castiel: Estão tocando uma música bem melodramática, perfeita para pombinhos apaixonados com os hormônios à flor da pele. – Ele colocou o meu rosto em suas mãos. – Você deveria aproveitar a oportunidade, não acha? – Castiel sorriu finalizando com um rápido beijo na ponta do meu nariz.

Madison: Eu deveria aproveitar a oportunidade? – Sorri fitando os seus olhos negros e sedutores. Ele assentiu de maneira sexy. Nossos rostos estavam tão próximo que me vi tentada a puxá-lo para um canto mais afastado e beijá-lo. Olhei de canto e percebi que o nosso cantinho já estava sendo ocupado por Rosalya e Leigh. Suspirei fundo. – Touché. – Com um só movimento, bebi o resto do líquido de minha taça, e o puxei pela mão em direção ao aglomerado de casais que se formavam na pista de dança, atravessamos alguns corpos suados até encontrarmos o lugar perfeito para aproveitar do som com tranquilidade. Não muito cheio para que pudéssemos nos movimentar sem corrermos o risco de nos esbarrar em outro casal, nem muito deserto para não atrair a atenção dos monitores, apesar deles próprios não estarem muito interessados com o que estava acontecendo na pista de dança, a mãe de Iris e o Patrick que o diga. Estou começando a entender o comentário da Rosa mais cedo “Daqui a pouco teremos que ter monitores para monitorar os nossos próprios monitores”. Não pude deixar de sorrir ao lembrar disso.

Pus os meus braços em volta do pescoço de Castiel e enquanto alisava a sua nuca com a ponta dos dedos Castiel me conduzia de maneira bastante sedutora. Sua mão em volta da minha cintura me provocava arrepios cada vez que se atreviam a descer um pouco mais pelo meu corpo em direção ao meu quadril.

No momento em que senti que o final da música se aproximava eu deslizei minhas mãos até o meio das suas costas e o abracei fortemente.

Castiel: Com cuidado aí garotinha, assim você vai acabar me partindo ao meio. – Castiel deu uma risada fraca e retribui o abraço, obviamente, não com a mesma força. Eu sorri. A verdade é que a única coisa que queria neste momento era poder eternizá-lo. Passar a noite toda assim, abraçados. Esperei tanto por isso. Para que isso acontecesse.

Neste pensamento uma ideia extremamente aleatória passou pela minha cabeça.

Madison: O que acha de irmos para a sua casa? – Disse rapidamente para não correr o risco de um inevitável arrependimento.

Castiel parou de dançar. Ele suspirou olhando para o nada e logo em seguida, com uma das mãos que até então me prendiam em seus braços, ele segurou o meu queixo delicadamente.

Castiel: Não me provoque, você sabe que eu não sou de ferro. – Ele soltou um pequeno sorriso e me deu um beijo.

Madison: Eu sei, eu sei. Mas isso não muda a minha vontade de ter você em meus braços agora... Castiel... Eu quero você, entende? – Senti as minhas bochechas queimarem. Eu estava vermelha... Sim, com certeza eu estava, e provavelmente parecia uma criança que acabou de ser descoberta por seus pais após ter feito algo ruim. 

Castiel: Hahaha, quer? – Ele riu colocando suas mãos em meu rosto.

Madison: Pff ... Você está fazendo pouco de mim. – Revirei os olhos soltando os meus braços de suas costas.

Castiel: Você está usando muita roupa para ser levada a sério. – Castiel levou o meu corpo para perto do seu. Eu fui obrigada a dar um meio sorriso. Castiel deu um breve suspiro e assentiu. – Vamos deixar a noite um pouco mais divertida então. – Ele desceu as mãos pelo meu quadril e apertou levemente. Nos beijamos apaixonadamente.

Quando a música terminou fomos até Rosalya e Leigh que conversavam de maneira descontraída no mesmo lugar que a poucas horas tinha sido testemunha de momentos mais intimistas de não somente eu e Castiel, mas outros 2 dois casais de alunos.

Discretamente conversei com Rosa sobre parte do que havia acontecido entre mim e Castiel na pista de dança, enquanto os meninos iam se despedir dos outros alunos. Pedi para que se acaso meus pais ligassem para ela, que confirmasse a minha estadia noturna em sua casa. Ela não hesitou nem por um momento, não é novidade que Rosalya sempre apoiou o meu relacionamento com Castiel, e ela me pareceu feliz de verdade por nós dois.

Castiel não se permitiu demorar muito por lá, visto que aquela não seria uma despedida, já que encontraríamos os nossos colegas de classe no acampamento de férias que a escola estava preparando.

Na frente da Sweet Amoris nos despedimos de Rosalya e Leigh - que por sinal, também já estavam de saída - sem muitas formalidades e seguimos em direção ao carro que estava estacionado não muito longe da li, enquanto nos distanciávamos, virei o rosto para gesticular algo para Rosa como um “Me deseje sorte”, ela sorriu e respondeu com os lábios tomando cuidado para que Leigh não entendesse nosso pequeno diálogo, não entendi direito, pela distância, mas tenho a impressão dela ter dito algo como “Não  esqueça a camisinha!”. Eu não pude evitar rir depois dessa frase. Rosalya é única.

No caminho a casa de Castiel, eu enviei uma mensagem para a minha mãe. Não pude deixar de me sentir nervosa com tudo o que estava acontecendo.

Ao perceber a tensão em meus ombros, Castiel pôs uma das mãos sobre um deles. Trocamos um olhar de cumplicidade. Eu suspirei mais calma. Me sentia uma idiota com essa reação, mas o fato era que eu não conseguida evitar. Nunca havia estado com alguém antes. Meu coração estava acelerado, e minhas mãos soavam de maneira incoerente e desabitual.

Após alguns minutos que mais pareciam horas chegamos a casa dos Collins.

Os pais de Castiel, obviamente não estavam em casa. Passamos pelo portão de madeira maciça e escura tão altos quanto os muros que impediam a visão de quem estava do lado de fora para o que havia dentro do terreno. Era noite, o que dificultou observar com mais precisão os detalhes. A única coisa que sei é que tinha um jardim, algo que devíamos tomar bastante cuidado ao passar, inclusive.

Castiel: Minha mãe é doente por este jardim. – Alertou Castiel sorrindo, enquanto me guiava pela calçada de pedras que levavam até a sua casa.

Ah, outra coisa que pude perceber é que a casinha de Dragon estava por perto, visto o barulho que ele fez ao abrirmos o portão automático. Ao nos aproximar da porta, pude ver a grandeza da construção. A casa de Castiel era de dois andares, tinha janelas e portas 2x maiores que as da minha casa. Castiel abriu a porta de entrada que tinha o material semelhante ao do portão. Avistei uma sala bem espaçosa, decorada com tons claros, a única indulgência de cor que os Collins haviam tido para sua decoração era uns quadros contemporâneos dispostos em uma das paredes do cômodo. Os sofás pareciam bem confortáveis e a televisão de plasma me fez imaginar uma cena em que Castiel e eu estamos tentando assistir um filme, do lado de fora chovia e o calor dos nossos corpos debaixo dos edredons tornava a simples maratona de filmes um pouco mais interessante.

Castiel: Não acredito que aqui seja o melhor lugar, você não acha? – Castiel me abraçou por trás beijando o meu pescoço. Fiz que não com a cabeça e me virei para beija-lo.

Subimos os degraus da escada que dava para o primeiro andar, a cada degrau o meu coração acelerava mais. Castiel parou em uma porta, parei ao seu lado. Ele a abriu fazendo suspense. Coloquei o rosto no cômodo para observar o que havia dentro.

Madison: Não era bem isso que eu esperava. – Andei até o meio do quarto, coloquei os olhos em volta observando cada detalhe. O quarto era igualmente branco, como todos os outros cômodos que havíamos passado. Tinha uma cama king size, no canto, um guarda-roupas embutido em uma das paredes, uma escrivaninha com alguns papéis sobre ela, um computador com a tela de descanso ligada, a logomarca de um dos álbuns do Winged Skull piscava de maneira insistente, quase irritante. Uma guitarra em um canto, umas roupas jogadas em outro.   

Castiel: E o que você imaginou? – Ele se jogou em sua cama preguiçosamente.

Madison: Algo como preto, e mais preto, cuecas sujas espalhadas por todo canto... Eu já disse preto? – Sorri me aproximando dele. Espero estar conseguindo descontrair o ambiente um pouco, não posso negar que tudo isso ainda é algo novo pra mim.

Castiel: Não sou o maníaco do preto, garotinha. – Ele revirou os olhos com um sorriso de canto. Me pus de frente para ele. Pela primeira vez na vida pude sentir a sensação de ser mais alta que Castiel, visto que normalmente estou acostumada a ter uma visão bem menos privilegiada do que agora. Castiel passeou suas mãos pelo meu corpo. Quando elas encontraram o meu quadril senti um arrepio de desejo percorrer pelo meu corpo. Nos beijamos apaixonadamente. O nosso beijo foi se intensificando, após alguns minutos, percebi que estava seminua. Durante o nosso beijo, habilidosamente Castiel abriu o zíper do meu vestido e ele se encontrava um pouco abaixo dos meus seios. Por sorte havia caprichado em minha lingerie esta noite, ganharei um novo motivo para usar com mais frequência o meu conjunto de sutiã e calcinha preta. Minhas mãos deslizaram em seu corpo, senti os seus músculos contraindo de maneira instintiva após arranha-los levemente, seus bíceps me pareciam estar maiores do que naturalmente são, vistos deste ângulo. Arranquei seu colete e camisa com um pouco de dificuldade, e em seguida resolvi tomar uma posição melhor. Enquanto retomava aos beijos deitei lentamente Castiel em cima da sua casa. De frente para ele, resolvi tirar o vestido do meu corpo definitivamente, devagar o suficiente para me exibir um pouco. Castiel sorriu de maneira sexy. Ele parecia gostar do que via. Retribui o sorriso, enquanto subia em sua cama. Comecei um percurso de beijos em direção à sua barriga. Parei quando cheguei à sua calça. Sem tirar os olhos de Castiel tirei o seu cinto e logo em seguida a sua calça. Sorri satisfeita com o rumo com que as coisas estavam indo.

Castiel: Agora se me permite. – Castiel com um só movimento, se pôs em cima de mim. – Eu assumo daqui por diante. – Castiel sorriu maliciosamente se inclinando para me beijar. Ele me beijou com determinação. E foi descendo com os lábios pelo meu corpo. Sentia a textura macia dos seus lábios percorrer pelo meu corpo. Ao chegar em minha barriga soltei um gemido de prazer. Acariciei os seus cabelos com as pontas dos dedos, seus cabelos ruivos caídos sobre minha pele nua faziam cócegas. Puxei seus cabelos ao sentir o percurso de beijos descerem de maneira inesperada até a minha virilha. Ao chegar na metade de minhas coxas, Castiel continuou o percurso de beijos na direção contrária. Eu me contorcia de maneira involuntária. Os meus olhos encontraram os de Castiel novamente. Ele me olhava de uma maneira diferente. O seu olhar era terno e ao mesmo tempo cheio de desejo. Ele passou as mãos pelo meu corpo, e seus dedos percorreram a parte interna do meu sutiã. Passeei com as minhas unhas arranhando suas costas. A temperatura de sua pele se assemelhava a do quarto que neste momento fervia. Castiel, de maneira brusca parou. O olhei confusa. Ele parecia estar vivendo uma luta interna. Seu olhar estava distante.

Madison: Casth? – Castiel voltou seus olhos para os meus ao ouvir seu nome.

Castiel: Você tem certeza? Não quero te machucar. – A expressão séria deu lugar a um sorriso malicioso. Apesar do jeito sarcástico e tudo mais, Castiel é muito cuidadoso em relação a nós dois, a mim. O fato de eu estar confortável com certeza o preocupa.

Madison: Hahaha. – Dei uma risada fraca enquanto colocava minhas mãos em seu rosto. – Eu estou bem, juro. – O beijei para tentar tranquiliza-lo. O seu olhar de preocupação sumiu no mesmo instante.

Castiel: Pois bem, garotinha. – Ele me beijou no intervalo de uma palavra a outra, com um sorriso sexy. Castiel atravessou a cama se esticando em direção ao criado mudo disposto de maneira estrategicamente conveniente ao lado de sua cama king size. Respirei fundo, um pouco apreensiva.

Ok... Ok... Vamos lá. Não consegui esconder o meu nervosismo, de maneira involuntária, cerrei os olhos apertando os lençóis da cama com toda a força que ainda tinha após este momento tão íntimo com o meu namorado. Abri os olhos e avistei Castiel abrindo uma embalagem de preservativo.

Castiel: Segundo a Demô, Cof Cof, Delanay. Nada de abrir com os dentes, não é mesmo garotinha? – Castiel sorriu de maneira maliciosa. Eu dei uma risada nervosa assentindo. Eu estava um pouco tonta, tudo fora tão rápido. Aparentemente essa não é a primeira vez que Castiel fazia aquilo. Pfff claro que não era. Após colocar a camisinha Castiel se inclinou em minha direção, começando novamente uma sequência de beijos pelo meu corpo. Ao chegar em minha calcinha ele a retirou com as pontas dos dedos descendo até o dorso dos meus pés.

No dia seguinte... 

A luz solar que refletia da janela não me permitiu dormir até atarde, como eu imaginava que faria. A noite fora maravilhosamente longa e talvez algumas horas a mais de descanso fossem necessárias para me recompor. Abri os olhos e sorri ao sentir pela primeira vez na vida – tirando, a minha mãe ou minha tia – a presença de alguém dormindo ao meu lado. Me virei para observar Castiel que dormia ao que parecia, em um sono profundo. Ele sorriu involuntariamente em alguns momentos, talvez estivesse sonhando com a noite que tivemos? Eu nunca saberia. Castiel para mim, diferente como sou para ele, continua sendo um livro indecifrável. Acariciei os seus cabelos com as pontas dos dedos de maneira receosa, não queria acordá-lo. Notei um pequeno sorriso brotar nos meus lábios, enquanto o admirava dormir. Um flashback pairou pela minha cabeça. Ao fechar os olhos podia sentir os lábios de Castiel tocarem minha nuca, meus lábios, minha pele. Um arrepio percorreu o meu braço me trazendo de volta a realidade. Levantei cautelosa da cama king size. Aquela cama era realmente confortável, e apesar da minha mente e meu corpo insistirem para continuar deitada observando Castiel, minha barriga dizia que não teria coisa melhor do que comer alguma coisa. Neste pensamento, me vesti com a camisa de Castiel que estava jogada num canto qualquer do quarto e saí do mesmo. Desci ás escadas observando melhor a decoração do cômodo onde poderia, sem esforço, abrigar parte do apê onde moro com os meus pais. Fui em direção a cozinha que estava ao lado da sala. O andar de baixo tinha um conceito aberto. Para minha sorte. Não me sentiria muito confortável sair pela casa de Castiel abrindo todos os cômodos a procura de comida. A cozinha assim como os outros cômodos que havia visitado era espaçosa e acolhedora, sua cartela de cores em sua maioria formada por tons claros, e toda e qualquer tipo de cor que lembrava o branco. Fui em direção a geladeira e abri sem nenhuma cerimônia.

Madison: Vejamos o que encontramos aqui... Frutas, iogurte, refrigerante, queijos, sucos... Hum... – Passei os dedos pela variedade de marcas de sucos, à procura de alguma que me fizesse sentir o menos ladra possível. Tudo parecia tão caro, bem longe da realidade a qual estou habituada. Apanhei do fundo da geladeira uma jarra com suco de laranja. Fiquei um tanto quanto receosa só de pensar no fato que fora Castiel que o havia preparado. Mas pensando bem, se Castiel ainda está vivo, isso pode ser um bom sinal. Procurei nos armários um copo para poder me servir. Depois de 3 tentativas sem sucesso, pude finalmente encontrar o lugar onde guardam os copos. 5° armário à direita. É melhor que eu consiga lembrar. Realmente quanto menos mexer nas coisas por aqui, melhor eu fico. Sentei em uma das banquetas em frente ao balcão enquanto me servia de um pouco de suco e algumas torradas que havia encontrado em um dos armários. Passeei as pontas dos meus dedos sobre a pedra de mármore fria fazendo desenhos aleatórios sobre ela enquanto saboreava do meu café da manhã.

“Essas torradas estão um pouco frias, talvez se eu conseguir encontrar algo para acompanha-las...” – pensei dando um pulo da banqueta e indo em direção aos armários de madeiras de primeira qualidade. Abri a geladeira, no entanto não consegui achar nada que despertasse a minha curiosidade. A fechei e comecei a vasculhar os armários á procura de algo que se assemelhasse á uma geleia ou pasta de amendoim. Eles pareciam um pouco maiores do que á alguns minutos atrás... Me coloquei na ponta dos pés para tentar abrir o último armário à minha esquerda. No mesmo instante sentir duas mãos me segurarem pelo quadril. Senti os lábios de Castiel encostarem suavemente em meu pescoço.

Castiel: Deixe os adultos fazerem esse tipo de trabalho, garota. – Castiel abriu com facilidade o armário. Eu coloquei minhas mãos sobre as suas e suspirei aproveitando a deliciosa sensação de estar novamente em seus braços. Me virei para observá-lo. Castiel estava vestido apenas com uma samba-canção preta, seu abdômen definido estava totalmente a mostra e com alguns vestígios de arranhões que sobraram da noite de ontem.

Madison: Da próxima vez, eu prometo não deixar tantas marcas... – sorri colocando as mãos sobre seu peitoral, seu coração estava acelerado, vejo que isso não é algo exclusivamente meu.

Castiel: Hahaha, eu não ligo. – Castiel me apertou contra seu corpo. Nos beijamos apaixonadamente. Castiel percorreu uma de suas mãos em minha coxa trazendo-a na altura de sua cintura. Nosso beijo se tornou cada vez mais apressado, eu poderia dizer que até sei onde terminaríamos aquilo...

Madison: Castiel. Estamos na cozinha de sua casa. – O alertei tentando diminuir a intensidade dos seus beijos, dando apenas pequenos beijinhos ao redor dos seus lábios. Por mais que fosse excitante ver algo acontecer por ali mesmo, não queria correr o risco de que seus pais nos surpreendesse seminus em sua cozinha. Neste pensamento ouvimos a porta da entrada sendo destrancada por chaves. Imobilizada fitei Castiel que parecia tão surpreso quanto eu. Castiel revirou os olhos aos céus e no mesmo instante uma voz ecoou vinda do cômodo ao lado.

Válerie: Cassy, chegamos, meu querido!

Meu coração deu um pulo ao ouvir a voz de Válerie a poucos metros de nós.

Continua...      


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Doce: "Complicated"" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.