In Regards of Love escrita por Haruyuki


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, quem leu os capítulos especiais de Eien Beauty Salon e I’m in Love e gostou do roteiro colocado neles, aqui está a história em que me baseei nele. As poesias são de minha autoria.



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Uma tarde comum, onde o sol ilumina tudo
Percebo ao meu redor que mudanças acontecem
Pensei que seria algo leve e agradável
Mas era apenas uma chuva caindo do céu
Eu te vejo, completamente distraída
Tentei te chamar, mas eu fui abafado pela chuva
Eu acredito que o encontro não foi por acaso
Quero muito correr na tua direção, mesmo assim
Mas não pude me mover nem fazer nada
Porque outra pessoa havia chegado primeiro
Te abraçando, te beijando, e tu retribuis
Tudo mudou tão rapidamente… estou perdido

 

Victor Nikiforov, lenda viva da patinação no gelo. Um homem que acreditava ter encontrado o amor de sua vida vida em uma mulher chamada Ivana. Mas parece que amor é apenas uma ilusão, já que Ivana não ama somente ele.  

 

Uma tarde comum, onde o sol ilumina tudo
Percebo o vazio do silêncio ao meu redor
Então de repente, eu percebo que na verdade
A chuva iluminada oculta as minhas lágrimas
E então abro meus olhos para a realidade
E continuo a andar, sem me incomodar
Com a chuva que me conforta, me ajuda
A esconder a minha dor até o momento certo
Sorrindo, ando na tua direção propositalmente
Sem se importar com tua face, pálida e surpresa
Continuei a andar sem olhar para trás
Nessa minha agradável chuva iluminada

~x~

Victor Nikiforov está em Sochi, às vésperas da final do Grand Prix. Mas não sente nenhuma vontade de patinar. Até mesmo Stammi Viccino ele não sente mais prazer.

Andando pelas ruas cheias de neve, Victor se dirige a uma ponte que passa por cima de um dos rios da cidade e retira uma pequena caixa de joias do bolso de seu casaco de pele e o abre, revelando um anel de noivado de ouro com pedras azul claras o contornando.

“Não importa mais.” Ele diz, fechando a caixa e a jogando no rio.

Para a surpresa dele, um vulto passa correndo ao lado dele e se joga no rio. Suicídio? É o que ele pensa primeiro, mas vê que está errado quando a pessoa finalmente ressurge na água e nada até a margem. Victor, desesperado, corre na direção dele, já que a água deve estar congelante. E de fato, o homem que está todo molhado está se tremendo de frio.

Por que você se jogou no rio?” Ele pergunta, em russo.

Ele então nota que o homem é um estrangeiro, e que ele provavelmente não entende russo. Na mão dele, a caixa que ele havia jogado.

“Por quê?” Dessa vez ele pergunta em inglês.

Mas ele não ganha uma resposta, já que o homem acaba desmaiando em seus braços. Sem saber o que fazer, Victor pede um Uber e, com a caixa de volta no bolso, o leva para seu hotel, pedindo ajuda para os empregados. Para a surpresa de Victor, os funcionários o avisam que vão levar o homem inconsciente para o quarto dele, e entram em contato com alguém que está com ele. Sem saber o que fazer e ainda confuso, Victor retira a caixa do bolso e a coloca no bolso do casaco dele. Só quando retira sua capa, no seu quarto, é que Victor percebe uma mancha de sangue nela.

~x~

Dias se passam e os funcionários não revelam nada sobre o homem inconsciente. E então, chega o dia do evento. Victor patina e ganha ouro. O banquete foi um tédio, como sempre.

“Que tal uma foto comemorativa?”

Mas o estranho fã, com belos olhos cheio de dor, apenas dá as costas e se afasta, mancando.

~x~

Um ano se passa. Victor se aposenta com uma medalha de bronze e se vê perdido. O que é ele sem patinação no gelo? Talvez ele devesse ser um técnico, como Yakov. Mas não agora. Ele precisa ficar ao lado de Makkachin, que já é uma poodle bastante velha. E ele precisa falar com Yakov.

“Vitya.” O velho técnico diz, o vendo se aproximar.

“Yakov. Eu preciso falar com você.”

“Sobre?” Yakov pergunta, cruzando os braços.

“Eu quero me tornar um técnico como você. Mas não quero ficar aqui. Makka está ficando velha e eu quero ficar com ela o tempo todo.”

“Entendo.” Ele diz, fitando Victor. “Nos Estados Unidos, em Detroit, a Universidade de Michigan possui um dos melhores cursos esportivos do país, e um dos professores é Celestino Ciadinni.”

Victor ergue as sobrancelhas, reconhecendo o nome.

“Eu acho que seria uma boa mudança de ambiente para você, mas o curso exige algumas aulas presenciais. Então, faça suas malas e se mude para lá. Quem sabe lá você encontra as respostas que tanto procura?” O técnico encerra a conversa quando é chamado por Plisetsky, mas não se importa muito ao ver o rosto sorridente de seu ex-patinador.

Victor Nikiforov faz as malas e parte para os Estados Unidos, junto com Makkachin. Ele deixa seu apartamento para Yakov cuidar, nesse meio tempo.

De fato, se mudar para Detroit foi uma ótima decisão. E ele decide contar a novidade ao seu melhor amigo Christophe, também patinador de gelo.

“Oh! Detroit é uma bela cidade!” Chris fala, do outro lado da linha. “Um dos meus amigos patinadores, Pichit Chulanont, treina aí com Celestino Ciadinni. Aconselho você visitar o ringue e prestar a atenção como Celestino treina, comparar com Yakov e pegar dicas. Isso vai te ajudar na comunicação com o seu pupilo.”

“Oooh! Parece ser uma boa idéia.” Victor exclama, anotando a idéia em um post-it amarelo.

“E aproveite e pergunte como o tailandês melhorou muito nas sequências de passos de um ano para o outro.” Chris comenta e Victor escreve isso também.

Após se instalar no novo apartamento, à poucos quarteirões da Universidade, Victor pega o post-it que está pregado na geladeira e decide andar um pouco pela cidade, com Makkachin e um de seus pontos é o ringue de Celestino. Quando ele chega lá, ele se surpreende quando Makkachin aproveita um momento de descuido dele para puxar a coleira com força, o fazendo soltar ela, e avançar correndo em direção a uma figura de preto que estava de pé, observando alguém patinar, e o derrubar no chão.

“Yuuri!” Ele escuta, já correndo na direção da cachorra.

De repente, ele vê algo extremamente raro. Makka em cima da pessoa, o lambendo animadamente enquanto é acariciada por detrás das orelhas.

“Olá, fofa!” Victor escuta, escuta a mais bela risada de sua vida.

De repente, a concentração dele é quebrada quando ele escuta um grito, que assusta o cachorro e a vítima dela.

“Victor Nikiforov!” O patinador, Phichit Chulanont, exclama. “Ai meu deus!”

“Você é um fã?” O russo pergunta, notando a pessoa pessoa embaixo de Makka se levantar.

“Sim, eu e um amigo…” Phichit continua a responder, mas Victor não presta a atenção nele e sim no homem que se põe de pé, e o olha.

Um homem quase da altura dele, de longos cabelos negros bagunçados deslizados para trás, olhos castanhos bastante expressivos e um corpo não muito acima do peso.  Imediatamente Victor se vê interessado nesse homem.

“Boa tarde, Sr. Nikiforov. “ Ele diz, se curvando.

“Boa tarde, Sr…?” Victor diz, e o homem arregala os olhos.

“Katsuki. Yuuri Katsuki.” Ele diz, se abaixando para acariciar a cabeça de Makkachin. “O senhor deseja algo?”

“Eu gostaria de apenas observar, por enquanto. Onde está Celestino?” Victor olha em volta, procurando pelo técnico em questão e não o encontrando.

“Às segundas, nesse horário, Celestino está na Universidade, dando aulas. Eu estou no lugar dele, ajudando Phichit a treinar.” Yuuri Katsuki explica, fazendo o russo erguer a sobrancelha. “Que foi?”

“Para alguém que nunca patinou no gelo, você parece confiante que pode treinar um competidor internacional.” Victor comenta, e vê o japonês franzir a testa.

“Yuuri?” Victor escuta Phichit, mas o japonês passa por ele e retira um par de patins de gelo branco com lâminas douradas como a dele.

“O quê…?” Victor pergunta, surpreso.

Mas o Japonês apenas calça o patins e segue até o gelo. Victor nota que ele manca. E então, Yuuri Katsuki se dirige para o meio do ringue e para.

“Yuuri, não!” Phichit grita, patinando em direção ao outro, que começa a dançar uma coreografia que Victor conhece muito bem.

“Stammi Viccino?”

Ele observa o homem saltar um Quad toe-loop, com uma aterrissagem perfeita. Yuuri começa uma sequência de passos melhor que a de Victor. De repente, ele cai no chão após a aterrissagem de um Axel Triplo, para a surpresa de Victor e horror de Phichit.

“Yuuri!” O tailandês grita, se aproximando do outro, que tenta se levantar. “Ah, merda! Nikiforov, chame uma ambulância!”

“Por quê?” Ele pergunta, retirando o celular do bolso.

“Porque Yuuri Katsuki possui um antigo machucado no joelho direito que o fez se aposentar precocemente da patinação de gelo.”

O quê?!

“Nikiforov, rápido!” Phichit exclama, ajudando Katsuki a se levantar.

Enquanto pede uma ambulância, Victor nota que algo líquido cai do rosto do japonês, que está de rosto abaixado. Para a sua surpresa, um anel dourado preso em um cordão balança pendurado no pescoço dele. Quando a ambulância chega para ajudar o japonês, Victor e Makkachin decidem voltar para casa. Mas aquele japonês misterioso não lhe sai da cabeça.

Naquela noite, Victor aprende algumas coisas sobre ele. Principalmente que ele é possuía o maior nível técnico em suas sequencia de passos e giros, que Yuuri participou do Gran Prix em Sochi com um ferimento recém adquirido, que prejudicou sua performance e o impediu de continuar a patinar. Gran Prix em Sochi? Mas Victor não participou desse evento e ganhou ouro?

Observando a foto, uma outra memória lhe vêm à cabeça. “Você quer uma foto comemorativa?” Era ele! Ai meu deus! Isso significa que… Eu cometi dois grandes erros? E com a mesma pessoa?

“Merda.” Ele diz, arrependido de ter aberto a boca.

~x~

Victor passou a ir diariamente para o ringue, à procura de notícias de Yuuri. Chulanont não fala muito. E Victor passa a observar como Celestino treina apenas os saltos de Phichit, e percebe que Katsuki era quem treinava a performance dele. O tempo passa e Victor passa a estudar na Universidade.

Depois de duas semanas de aulas, Victor se vê precisando de livros. Visitando a Biblioteca da Universidade, ele anda pelos corredores à procura da seção correta quando bate em algo com força e algo pesado cai em cima dele o fazendo ir ao chão, junto com diversos livros.

“Me desculpe!” Ele escuta e abre os olhos, notando a pessoa que está em cima dele. “Você está bem, Victor?”

E Victor congela ao ver Yuuri Katsuki saindo de cima dele e estendendo a mão. Victor a pega, e ele o puxa, o ajudando a se levantar. Victor o puxa, o abraçando.

“Eh? Espera, Victor!” Yuuri diz, tentando se afastar.

“Yuuri Katsuki.” Victor diz, o abraçando com força. “Me desculpe. Por favor, me desculpe. Eu me lembrei de tudo. Me lembrei de Sochi também. Deus, como eu fui um babaca. Me desculpe, Yuuri.”

“Você… se lembra de tudo?” Yuuri pergunta, de olhos arregalados.

“Sim.” Victor responde, se afastando dele.

Yuuri coloca os óculos no rosto, sorrindo.

“Eu sei que você não fez por mal.” Ele diz, retirando o cordão com a aliança do pescoço e estende o anel para o russo. “Mas agora que você lembrou de tudo, melhor devolver o que lhe pertence.”

“O quê?” Victor diz, recebendo o anel dele e finalmente se lembra do que aconteceu antes do evento. “Então era você? Quer dizer que você se machucou ao ter caído no rio?”

“Sim.” Yuuri diz, afirmando com a cabeça.

“Então a culpa é minha?”

“Não. A culpa nunca foi sua. Fui eu que decidiu pular no rio.” O japonês inclina o rosto para a direita e sorri. “Mas eu não me arrependo de nada.”

“Por quê?” Victor pergunta, surpreso.

“Porque eu consegui, mesmo que por um momento, retirar a dor de seu rosto e te fazer se esquecer da pessoa que causou a dor.” Yuuri diz, erguendo a mão direita e a colocando na bochecha dele. “Para mim, isso foi mais importante do que qualquer coisa.”

E então ele se afasta, deixando Victor em choque.

“Yuuri?” Victor pergunta, minutos depois, despertando ao escutar ele reclamando de dor.

“Err… você pode me ajudar a pegar esses livros que estão no chão? Eu preciso voltar a trabalhar.” Ele pede, timidamente.

Victor acena, pegando os livros e nota que a maioria deles são os que ele procura.

“Ah! Eu preciso desses livros!” Ele exclama, e olha para Yuuri. “Posso pegar eles?”

“Claro. Me diga se estiver faltando algo e eu o acompanhei até o atendimento para você fazer seu cadastro.” Yuuri diz, sorrindo.

Victor entrega os 3 livros que não precisa para ele, que rapidamente os guarda na estante e passa o nome de dois, que logo se juntam a pilha de livros de Victor.

“Eu não acho bom pegar tudo de uma vez.” Yuuri diz, olhando para a pilha junto com ele.

“Eu também acho. Mas…” Victor leva a mão na cabeça, respirando fundo.

“Tire esses livros.” Yuuri dá o nome de 4, e Victor separa os livros. “Ótimo. Você leva esses quatro. Esses 3 aqui, eu tenho em casa e posso te emprestar depois.”

“Mesmo?” O russo pergunta, surpreso.

Yuuri afirma com a cabeça.

“Yuuri!” Victor o abraça. “Se eu te pedir para sair comigo em um encontro, você aceita?”

“Sim, Victor. Com todo o prazer.”

Ambos dão risada, visto que eles estão em uma biblioteca. Naquela noite, eles saem para jantar e dão o primeiro de muitos beijos.


Eu acredito que posso ser uma pessoa
Muito melhor do que já sou hoje, sim
Tudo porque eu tenho você ao meu lado
Meu anjo da guarda, meu querido amor
Você acredita que eu sou perfeita assim
Do jeito que eu sou, sendo apenas eu mesma
Isso me deixa muito feliz, ao mesmo tempo
Que me faz querer ser melhor, só pra você
Você me ensinou a não desistir de nada
A sempre lutar pelos meus próprios sonhos
Eu amo você, muito mais do que imagina
Eu amo você, meu único e verdadeiro amor
Não quero nem imaginar como seria viver
Sem você para estar comigo, do meu lado
Apenas você faz minha vida ser perfeita
E não há nada capaz de mudar nada disso
Só você pode encher meu coração
Só você pode me amar de verdade
Só você…
Eu amo você, meu único e verdadeiro amor


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