Whispered escrita por lubsfoot


Capítulo 2
About Remus Lupin


Notas iniciais do capítulo

Para o aniversariante do dia, que além de ser o melhor homem e personagem que eu tive a honra de conhecer, foi e sempre será minha maior inspiração para lecionar! ♥

Enfim, vejam as notas finais e boa leitura!

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Para opsweaasley;
sis, life may have tricked us, but we both know exactly what remains above our choices in the end. i'll always keep safe the memories we made together over those years. and well, may we meet again. i'll always miss - and love - the person i'm sure you were. xxx



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O tempo é uma ironia do universo. Por ele nos erguemos, assim como caímos.

E foi inegavelmente através do tempo, Remus Lupin, que construímos nossa amizade; por mais relutante que você tenha sido.

Acho que eu nunca tinha visto alguém de onze anos tão silencioso quanto você, e ainda acredito que seja humanamente impossível alguém ser tão quieto. Mas você era. E como era irritante! Por um tempo, James e eu acreditamos que você talvez não falasse. Bem, até aquela situação.

Estávamos no primeiro ano, casualmente tentando entender o funcionamento daqueles malditos visgos em um dos corredores do castelo quando o James acabou ficando preso em um deles, e eu obviamente não sabia o que fazer. Até que eu acabei ficando preso junto.

Eu diria que foi uma obra do acaso você estar passando por ali perto logo em seguida, mas hoje penso que era pra ser assim, já que com motivos você riu ao nos ver enfiados naquele buraco até decidir nos ajudar a sair. Inicialmente, eu queria te odiar porque foi uma das situações mais ridículas das nossas vidas, mas depois eu percebi que era, de fato, uma situação engraçada. Claro que nunca voltou a se repetir.

O ponto era: naquele momento nós pudemos contar com você, e isso fez com que nós quiséssemos que você entendesse que poderia contar conosco também. Mas mesmo conversando e passando aquela noite os três juntos, você se afastou no dia seguinte.

Foi somente no episódio com aqueles sonserinos mais velhos em que nós nos metemos em uma confusão danada pra te defender que você enfim compreendeu que James e eu queríamos ser seus amigos de verdade, e não estávamos te zoando. Tanto, que até o Peter veio junto. E aos poucos você permitiu que a barreira interminável entre seu silêncio e nós fosse se desfazendo.

A sua confiança ainda não estava conquistada por nós, pelo menos não completamente até o segundo ano, quando nós descobrimos seu probleminha peludo; e você estava de alguma maneira convencido de que iríamos te chutar do dormitório ou algo assim. Mas cara, você não tinha noção do quão maluco era ter um amigo lobisomem. Quero dizer, nós sabíamos que você poderia ser perigoso quando se transformava e tudo mais, mas era apenas você, Moony, em uma condição que não tinha pedido pra estar. E por mais que estivéssemos conscientes de todos os perigos mortais que você afirmava oferecer, ainda era o cara mais inteligente que eu já tinha conhecido e ainda por cima dobrava as meias. Francamente Lupin, que risco alguém que dobrava as próprias meias poderia oferecer?

De qualquer forma, o tempo passou e você compreendeu que a nossa amizade não se baseava nas coisas ruins que manchavam a nossa história, mas sim pela forma como nos ajudávamos a crescer e a ser melhores. Tanto, que passamos anos estudando uma forma de poder te ajudar com a licantropia, até que a Annie nos mostrou uma forma de nos tornar animagos pra passar as noites de transformação com você. Assim, você não sofreria tanto, ou pelo menos, não estaria sozinho. Foram dias gloriosos aqueles, apesar de todas as provações que tivemos. Nada nunca poderia se comparar àquilo.

Mesmo sem compreender, você foi com toda a certeza a pessoa que mais acreditou em nós, no melhor que poderíamos ser. Apesar das as broncas e o ar de autoridade que assumia com a gente, você ainda estava ali para nos lembrar de quem realmente éramos, principalmente a mim nos dias difíceis. Você não deixou que eu me afundasse nas provocações sobre a minha família e muito menos deixou de me perdoar quando raí a sua confiança em um surto de egoísmo e imprudência desmedido.

Talvez nunca mais eu tenha a chance de lhe dizer isso; mas não tenho palavras para agradecer a sua nobreza em ter conseguido me perdoar mesmo sem eu merecer, porque eu jamais poderei fazê-lo por quase ter lhe causado um mal daquele tamanho. Mas não é nenhuma surpresa que você é um homem melhor do que jamais poderei ser.

 Mas enfim, a guerra bateu em nossa cara com a força de um gigante, e resistimos o quanto pudemos, juntos. O tempo todo que tivemos em Hogwarts foi capaz de fortificar os nossos laços, mas as batalhas que tivemos que travar dentro de nós mesmos depois nos fizeram fraquejar em um momento ou outro.

Em uma discussão qualquer, logo depois que descobri a morte do meu irmão, você me lembrou do quanto eu poderia ceder se estivesse emocionalmente vulnerável; o que causou um desentendimento e distanciamento entre nós que resultou na tragédia que não pude consertar à tempo. James e Lily foram assassinados e você não imaginava que eu não mais era seu fiel do segredo. De alguma forma, você acreditou que eu tivesse matado o Pettigrew, e confesso que eu desejaria tê-lo feito, mais do qualquer outra coisa, se isso o fizesse enxergar a verdade.

Mas eu não o fiz. E você, não sabia disso, o que tornava tudo pior.

Nossa ruína teria sido completa, se não fosse o fato de Harry ter sobrevivido, e eu ainda estar consciente de que a morte dos nossos amigos não fora diretamente causada por mim. Eu gostaria de poder lhe dizer - e provar - que eu preferiria ter morrido à tê-los traído. E que além disso, eu jamais o teria deixado sozinho para lidar com as transformações na lua cheia.

Talvez seja o tempo quem irá intervir por nós, ou talvez não. Mas das poucas certezas que ainda me restam, é que independente do tempo que passe, nossas memórias juntos jamais serão apagadas.

De todas as vezes que aprontamos juntos, ou que aprontei só com James e você nos repreendeu depois - antes de, às vezes, ceder ao riso. Das noites que passamos trabalhando no mapa ou só concluindo os deveres de chatos de poções. De quando você foi nomeado monitor e nós dizíamos que você era a vergonha dos Marauders mesmo que, de certa forma, estivéssemos orgulhosos por seus esforços serem reconhecidos.

Também quando você confessou estar afim da Meadowes mas nervoso demais pra chamá-la pra sair, ou então quando dividiu conosco seu desejo interno de talvez algum dia poder lecionar, para que as pessoas soubessem o que poderiam enfrentar sem medo.

Você é o cara mais corajoso, inteligente e devoto que eu já conheci, e me orgulho disso mesmo tendo estragado tudo. Sempre acreditei em você, Remus, e sinto muito que eu tenha falhado em fazer com que você visse isso de volta.  Mas independente de onde o tempo nos leve - seja à reconciliação, ou à morte - você sempre vai ser meu melhor amigo, minha família, meu irmão.

Eu nunca vou me esquecer.

E sinceramente, espero que possamos nos encontrar novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu acho que nenhuma combinação de palavras seria o suficiente para descrever o tamanho do meu amor e devoção por Remus Lupin.

Eu poderia passar horas falando sobre ele e afirmar com provas as razões de ele ser a melhor pessoas de todos os mundos fictícios, mas pouparei vocês aqui de um monólogo, haha.

Um brinde pela vida do melhor amigo, professor e inspiração que alguém que poderia ter, e que a data de hoje (10/03) seja sempre usada para relembrar e honrar o seu nome!

Espero que tenham gostado e sofrido tanto quanto eu, rs. Comentem suas reações ou me chamem no twitter (@lubsfoot) pra me deixar feliz! ♥

Até breve, beijos com amor! xx



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