Whispered escrita por lubsfoot


Capítulo 1
About Lily Evans


Notas iniciais do capítulo

Pelas mãos de Atena fui abençoada com a devida inspiração pra sair do hiatus eterno que minha procrastinação me colocou, e aqui estou eu publicando esse projeto que estava em minha cabeça há bons dois anos.

Não vou me estender por aqui então vejam as notas finais e boa leitura!

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Para gioevans;
no começo, eu não sabia se nos daríamos bem. eu tive medo, fiquei receosa, e até senti ciúmes. mas enfim, você conquistou meu coração tão rápido que hoje faço questão de ficar por perto e te encher. acho que mais sirius e lily que nós duas não há! love you, peaches ♥



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É irônico como algumas coisas acontecem e não temos controle sobre elas, até que a gente enfim compreende que tudo tem um motivo maior, no futuro.

Veja bem, eu não intencionava ser seu amigo, Lily Evans, mas ironicamente você foi a melhor amiga que eu tive.

Eu me lembro bem da nossa primeira conversa civilizada sem que me chamasse de idiota ou me repreendesse por fazer algo estúpido. Eu estava totalmente entediado no salão comunal quando notei que você estava quase chorando sobre seu dever de transfiguração. Inicialmente eu achei a coisa mais ridícula do mundo, ver alguém quase aos prantos por não conseguir realizar uma tarefa simples como aquela, mas algo despertou em mim e decidi que ofereceria minha ajuda.

Você estava nervosa, e obviamente questionou minhas intenções por querer ajudá-la, mas francamente ruiva, estávamos no quarto ano e era hora de você perceber que eu não era só um rosto bonito, e que eu poderia muito bem ser inteligente – embora não gostasse de estudar.

Eu não fazia ideia de onde meus amigos tinham se enfiado – com exceção, é claro, do Moony que provavelmente estava na biblioteca – então naquele dia, depois de te explicar que o segredo não era a precisão com que dizia, mas sim com que mentalizava aquele feitiço de transformação, e você mandou bem, você sorriu pela primeira vez na minha presença. E não foi um sorriso pra mim, foi um sorriso pela sua própria conquista, e aquilo me deixou, de certa forma, orgulhoso de você.

O que devo confessar, foi meio estranho. Você era a geniazinha irritante da turma, e eu era o cara que não se importava. Mas desse dia em diante nós nos enxergamos de outra forma; de que você poderia precisar de ajuda em algum momento, e que eu poderia ser alguém com quem pudesse contar.

Claro que isso não nos isentou de continuar discutindo ou brigando pelos próximos anos, eu ainda era um idiota e você uma chata, mas ainda assim o fato de você ter percebido que havia uma pessoa em mim significou alguma coisa, e com o tempo certo, foi acentuando.

Até que houve um tempo, e não me entenda mal, mas eu passei a te odiar. Não só porque você estava decidida a interferir em todas as nossas atividades extracurriculares, mas porque o James começou a desenvolver sentimentos maiores por você, e isso simplesmente não fazia sentido, já que você era implicante pra caralho conosco. Eu queria deletar você da nossa rotina porque sua presença fazia o Prongs se comportar de um jeito idiota, e ele não precisava de estímulo pra ser ainda mais idiota.

Mas então, mais de uma vez, o universo queria que estivéssemos juntos. Estávamos no sexto ano quando ataques contra alunos nascido trouxas começaram a se tornar freqüentes na escola, e nós já não éramos mais os garotos fúteis que costumávamos ser antes. Eu sabia dos sentimentos que meu melhor amigo nutria por você, e sabia também que ele faria de tudo pra fazer com que você e os alunos na sua condição não fossem atingidos. Ele era teimoso o bastante pra lutar por isso, mas para o azar daqueles sonserinos nós todos éramos, e juntos nós lutamos.

E continuamos a lutar mesmo depois que nos formamos na escola. Nosso grupo se aproximou o suficiente para que andássemos juntos por aí: eu com os meninos; você, McKinnon e Meadowes; Frank e Alice, e outras pessoas seletas. Foi inevitável para nós entrar para a Ordem da Fênix quando deixamos Hogwarts, mas há essa altura você já não era mais minha amiga, você era minha irmã.

Finalmente você percebeu que o James não era o monstro que imaginou que fosse, e deu a ele uma chance de mostrar que apesar do sarcasmo, ele era um cara divertido e interessante. E acredite, foi chocante para nós também quando ele se deu conta de que o lance com você não era passageiro, mas quem poderia julgá-lo, não é? Juntos nós passamos pelo sétimo ano e vivemos relativamente em harmonia até aquele maldito halloween.

Nós éramos uma família, compartilhávamos não só nossas ideologias como também nossos sonhos. Lutamos nossas batalhas internas e as contra o Voldemort ao lado um do outro. Choramos de felicidade no seu casamento, e quando meu afilhado nasceu; assim como choramos pela devastação de ver nossos amigos mais próximos caírem de formas diferentes quase diante de nossos olhos. Mas ainda assim, estávamos juntos.

Na noite em que perdemos você Lily, foi como perder o chão. Mas não só de cair sobre ele como eu fiz, ao encontrar o seu corpo caído naquela casa que pra mim era um lar, mas sim como cair num abismo eterno, vazio e constante. Nada nunca te prepara pra ver alguém que ama da forma que eu vi você partir, e isso me atormenta só de lembrar. Você era a última pessoa do mundo que merecia morrer.

Por vezes eu desejei que fosse eu no seu lugar.

Você deveria ficar aqui e ver o seu filho crescer, vê-lo aprender a voar naquela vassoura que fiz questão de dar de presente e assistir James ensiná-lo as melhores técnicas – mesmo que ele fosse um bebê de colo.

Você deveria ter ensinado ele a não ser um idiota como eu e os rapazes fomos, mas também mostrá-lo que ele poderia ser o que quisesse como você mesma nos ensinou de diferentes formas no decorrer dos anos.

Você deveria viver, Lily Evans, e deixar que toda essa vitalidade fluísse como era natural de você.

Porque é dessa Lily que eu sempre vou me lembrar.

Da que lançava olhares mortíferos quando eu fazia besteira, que me abraçava quando percebia que estava sobrecarregado com as merdas do meu irmão, que ria da minha cara por achar que eu estava apaixonado por sua melhor amiga quando estava irritantemente certa sobre isso.

Das vezes em que você pegou minhas jaquetas emprestadas, de quando me pedia carona pra fazer coisas de trouxas, mesmo que tivesse medo da minha motocicleta, e até mesmo do quão insistentemente você ficava trançando o meu cabelo só porque estava entediada.

De ter aceitado dividir não só a sua melhor amiga comigo, mas também seu melhor amigo, seu marido, seu filho e nos dias de sol a casinha do cachorro pra eu poder relaxar.

Nem mesmo a morte poderia ser capaz de ofuscar a sua luz, pimentinha, e não importa quanto tempo passe, você sempre será lembrada por mim.

É difícil pensar em você, mas seria pior ainda viver em um mundo em que não houvesse uma irritante Lily Evans para se lembrar.

Só espero que esteja em paz onde estiver.


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Notas finais do capítulo

Escrever sobre Lily Evans é sempre muito intenso pra mim, mas escrever sobre ela com o olhar do Sirius, é emocionalmente desafiador!

Ela é de longe a minha personagem feminina favorita de Harry Potter, e como hoje (30/01) é seu aniversário, não poderia não começar com ela.

Então, fica aqui meu carinho imenso e amor incondicional à essa personagem que foi amiga, mulher, mãe, esposa e uma guerreira nata, cujo poder nem mesmo a morte pode tirar.

Espero que tenham gostado, que acompanhem, e comentem o que estão achando ou quem deverá ser o próximo! rs

Até breve, beijos com amor! xx



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