Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas, o capítulo ficou enorme e eu não o dividi pra postar tudo de uma vez, espero que gostem dele.



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 Em um rio dentro de um barco movido a motor em alumínio e madeira, estavam Frederico, Estevão e Heriberto.

Dentro do barco quem tinha a vara de pescar, era Heriberto em uma ponta e Frederico na outra, enquanto Estevão estava em pé entre a divisão do barco. O dia estava lindo e o rio calmo com só o barco de pesca deles ali. Tudo colaborava para que eles voltassem para o chalé com o peixe prometido, se não fosse Estevão que estava entediado com o que faziam e por isso não parava de reclamar. Que reclamando mais uma vez, ele disse.

— Estevão: Isso é em vão. Não nascemos para pescar. Já está perto do almoço e nada de peixe.

Ele passou a mão no rosto que suava pela quentura do sol, que pelo clima os três ali usavam roupas para a ocasião, bermudas e blusas regatas. Que assim que o ouviu de novo reclamar, Frederico disse.

— Frederico: Cale a boca, Estevão, se segue falando não iremos pescar peixe algum mesmo.  E temos que voltar com esse bendito peixe. Ou se esqueceu que a minha Cristina está grávida.

Heriberto suspirou e também disse.

— Heriberto: Frederico tem razão, Estevão. Agora já estamos aqui e assanhamos uma mulher grávida nesse final de mundo. Temos que voltar com esse peixe!

Estevão então mexeu em um pote que eles traziam com iscas pra peixes. Tudo que eles precisaram para pescar, nada tinham no chalé, que por isso tinham alugado aquele barco próximo ao rio como outros pescadores faziam que então as varas de pescas e as iscas iam incluída no aluguel do barco, que pegando na mão um pouco das iscas, ele jogou no rio para chamar os peixes.  Que entendendo que não iriam em lugar algum, sem um, ele disse limpando as mãos em uma toalhinha que estava ao lado do pote com as iscas.

— Estevão: Por culpa da sua brincadeira tonta ontem de dizer a verdade, Heriberto, agora Maria está encanada com minhas fantasias sexuais. Me colocou em maus lençóis com ela, hum.

Frederico riu sem olhar para Estevão por estar de costa para ele e sentado no barco. E Heriberto o respondeu depois de soltar também um riso, estando na mesma posição que Frederico.

— Heriberto: Você quer fazer de minha cunhada uma submissa de suas sádicas fantasias. BDSM? Quem diria que gostava disso, Estevão.

Estevão deu de ombros e pegou o pote das iscas na mão, agora jogando mais delas no rio, ele respondeu Heriberto.

— Estevão: Também não penso em fazer tudo que essa pratica exige com ela. Mas quer saber não vou mais falar disso, hum. Eu nem devia ter exposto isso a todos vocês, muito menos a Maria.

Heriberto riu de novo, mas cheio de malicia e disse.

— Heriberto: Talvez nos agradeça depois por isso. E Frederico. Já que você e Cristina são tão liberais, já fizeram algo parecido?

Frederico ouviu a pergunta de Heriberto, que sabia que vinha por Cristina e ele terem deixado mais exposto o que gostavam de fazer, que então ele disse, pensando naquela pratica na hora do sexo que eles já tinham também experimentado.

— Frederico: Já sim, Heriberto. Mas dominação e disciplina na hora do sexo, não é para Cristina. Ela gosta de sexo livre ou melhor, gostamos assim.

E Estevão curioso, agora que não tinha nenhuma mulher entre eles, ele também perguntou.

— Estevão: Já sabemos que foram aonde fazem trocas de casais. Mas realmente trocaram, ou só ficaram olhando?

Frederico se levantou ficando de pé, mas ainda de costa para Estevão e Heriberto, apenas mirando o rio a espera de seu peixe que dessa forma, ele respondeu Estevão também.

— Frederico: Trocamos. Ela já me viu fazendo sexo com outras mulheres como eu a ela.

Estevão olhou estranho para Frederico e Heriberto quando o ouviu se virou ainda sentado para vê-los e perguntou com um riso nervoso nos lábios.

— Heriberto: Cristina com mulheres, suponho?

Frederico então lembrando da primeira noite que estiveram no chalé como havia sido a conversa com eles, olhou Heriberto e o respondeu fixando os olhos nele.

— Frederico: Não, Heriberto.

Frederico teve Estevão e Heriberto os olhando em silêncio por alguns segundos, teve também os dois irmãos se olhando, até que Estevão resolveu dizer quando voltou a olhar Frederico.

— Estevão: Como conseguiu? Eu nunca seria capaz de ver minha Maria com uma mulher e pior ainda com outro homem.

Frederico voltou olhar para o rio e soltou mais um pouco o anzol de sua vara de pescar pensando nas palavras de Estevão que era de se esperar vindo dele. Mas que fazer comparações com o tipo de relacionamento que ele teve com Cristina, não cabiam fazer com os relacionamentos que ele via que seus primos tinham com as esposas, o que era um casamento. Mesmo que Frederico tinha noção que na vida existia todo tipo de relacionamentos a dois que muitos podiam desconhecer, até mesmo dentro de um casamento. Que mesmo sabendo dessa realidade, ele podia entender o assombro de seus primos, que viviam em um casamento de anos com só uma mulher sem existir qualquer tipo de “regalias.”

Que por entender a forma deles ver aquele relacionamento aberto que ele teve com Cristina, os deixarem incrédulo, ele o respondeu Estevão mas que servia também para Heriberto que o olhava em silêncio.

— Frederico: Respeito sua posição e o que pensa sobre isso, Estevão sendo um homem casado e que ama sua mulher. Mas Cristina nunca foi minha mulher, minha esposa como Maria é a sua que por isso entendo que nunca faria algo como eu e Cristina fazíamos. Ela e eu tínhamos esse tipo de relacionamento porquê gostávamos. Mas agora sabem que tudo está mudando entre nós.

Depois de ouvir Frederico, Heriberto imaginou a vida boa de solteiro que ele tinha e ainda com uma mulher que ele gostava de estar todos aqueles anos e o melhor sem nenhum tipo de cobrança. Que pensando, ele deu um riso de lábios fechados, como homem ele só pensou que a vida que seu primo tinha, era boa demais, livre demais para trocar pela seriedade de um casamento. Que ele sabia também, que isso se devia ao amor. Quando Frederico amou Cristina tudo mudou. Que tirando a parte do amor que ele poderia entender, ele disse com seu lado homem que já fantasiou alguma vez na vida ter duas mulheres de uma só vez.

— Heriberto: Tudo que você e Cristina vão começar viver agora, realmente é novo, Frederico. E se me permite dizer, a vida que você tinha, parecia boa demais para trocar por um casamento. Sexo com mais de uma mulher ao mesmo tempo e nunca ter cena de ciúmes vindo de nenhuma delas, soa como algo muito interessante. Mas sei que Victoria nunca aceitaria isso.

Heriberto depois de falar, sustentou um riso sacana nos lábios que Frederico poderia fácil imaginar assim como Estevão ao olha-lo, que os pensamentos dele o tinha levado em uma cama com duas mulheres. Que vendo que a ideia o agradava, Frederico disse, algo de propósito que sabia que não agradaria nada Heriberto de imaginar.

— Frederico: Parece te agradar a ideia de ter mais de uma mulher em sua cama com Victoria, mas penso também se aceitaria mais de um homem com você e ela Heriberto.

Heriberto então desfez do riso que tinha nos lábios, fechou a cara e respondeu rápido Frederico.

— Heriberto: Claro que não, jamais aceitaria isso!

Frederico então riu e o respondeu.

—Frederico: Sabia que não era só ela que não aceitaria.

E Heriberto deu de ombro e disse descontente.

— Heriberto: Quer saber, melhor pararmos de falar sobre isso. Sou feliz só tendo Victoria em minha cama, na minha vida e no meu coração.

Estevão riu da cara de Heriberto voltando atrás em suas palavras e repetiu, agora sério o que antes havia deixado claro o que pensava sobre o tema da conversa que tinham.

— Estevão: Nem mais uma mulher, muito menos mais um homem na minha cama com Maria, não passarão.

Frederico e Heriberto acabaram perdendo a expressão séria que tinham no rosto ao rirem da fala de Estevão. E depois Estevão sentou e tirou três garrafinhas de cerveja que traziam em uma caixa de isopor térmica e jogou uma para Frederico e outra para Heriberto e depois abriu a dele.

E então um silêncio se fez novamente, até que bebendo Heriberto sentiu a corda de sua varinha de pescar ser puxada, ele então ficou de pé rindo alegre e começou puxar o anzol.

O peixe parecia grande, então Estevão foi ajuda-lo enquanto Frederico sentiu também que tinha fisgado finalmente algo.

Quando o anzol saiu da água, Heriberto riu alto, vendo um peixe de 40 cm aparecer debatendo sobre a água. Logo Frederico também tirou o dele, mas o peixe era bem maior do que de Heriberto que quando ele jogou no barco com ele pulando agitadamente, Estevão se assustou com o peixe que pareceu querer em ir em direção aos pés dele, que então logo depois se ouviu dois disparos que espantaram as aves que haviam por perto entre o verdes das árvores. Estevão tinha sacado a arma que tinha na cintura e atirado no peixe.

Que depois, ofegante ele disse.

— Estevão: Nunca mais me chamem para pescar!

Enquanto no chalé.

Cristina entrou no quarto que dividia com Frederico e bateu a porta. Pensava nele e o queria ali com ela. Queria pegar na mão dele e pedir para irem para qualquer lugar, menos seguirem ali.

Cristina havia passado os últimos anos praticamente fugindo do convívio com sua família, fugindo das criticas de suas irmãs, principalmente de Victoria, que era a mais controladora entre elas e do pai machista para viver como queria e aonde queria. Que agora diferente dos arrependimentos de suas escolhas a terem afastado de suas irmãs e de momentos como estavam tendo naqueles dias, ela só cria que o que tinha feito era o melhor para todos, já que ela seria sempre a ovelha negra da família.

E ela então vestiu um roupão branco para cobrir seu biquíni, o amarrou com raiva e depois procurou a mala dela que quando achou ela no closet a puxou e a abriu sobre a cama. Faria as malas dela e de Frederico para o quanto antes deixarem o chalé. Triste e enciumada, Cristina só pensava que tentar conviver com as irmãs como antes, era uma doce ilusão que ela já achava que não podia mais se realizar. Victoria e Maria tinha uma a outra, enquanto ela seguiria sendo sozinha, apenas ela como sempre havia sido, mas que agora tinha Frederico mais presente, que diferente delas, ele nunca tinha a julgado e que acima de tudo ela pensava que ele era o único que a entendia.

E enquanto fazia as malas enfiando roupas dentro dela, chorando totalmente levada pelo ciúme que sentia, Cristina ouviu Maria dizer por trás dela que chegava naquele momento e a via fazer as malas.

— Maria: Por que está arrumando as malas, Cristina?

Maria se aproximou mais, ajeitando o laço do roupão que também usava por cima de sua roupa de banho e sem entender nada. E Cristina fechou a mala já cheia de roupas, tirou da cama e disse brava e mostrando que chorava.

— Cristina: Vou embora, Maria! Vou embora para deixar de atrapalhar você e Victoria! Afinal, se entendem melhor sem mim, sempre foi assim, então não precisam que eu esteja aqui!

Maria ficou nervosa ao ouvir Cristina e disse, preocupada, tentando entender do porque ela falava daquele jeito.

— Maria: Está chorando, Cristina. Por que fala assim? E porque vai embora? Se é pelo que Victoria disse, ignore sabe como ela é. Se ela não usar nada de nossas vidas contra nós, não seria ela.

Maria pegou nos braços de Cristina e alisou, querendo acalma-la. Mas Cristina depois de respirar fundo e limpar o pouco de lágrimas que tinha nos olhos, ela disse mostrando sua revolta com Victoria.

— Cristina: Acontece, Maria é que eu não tenho a mesma paciência que você. E não é só pelo que Victoria disse que estou assim. Eu ouvi vocês trocando segredinhos. E com o que eu ouvi, não entendo do porquê ela quer seguir me criticando, já que pelo menos eu sim sei quem é o pai da criança que espero, enquanto ela nem sabe quem é o pai de Maximiliano!

Da porta Victoria que chegava com uma canga de praia enrolada em sua cintura, ouviu as palavras que Cristina gritava e sua expressão rapidamente endureceu. Havia entrado de volta ao chalé para procurar Cristina e se redimir pela forma que ela havia falado com ela. E agora depois dela ouvi-la, Victoria só tinha raiva de ouvir Cristina falar como havia falado dela, que por isso, seus olhos fulminou com raiva Maria por pensar que havia sido ela que tinha contado a Cristina o que ela dizia, que então ela disse.

— Victoria: Contou a Cristina o que contei a você sobre meu filho, Maria?

Maria arregalou os olhos indignada e rápido a respondeu.

— Maria: Eu não contei nada, Victoria!

Cristina então bufou e disse alto, encarando Victoria.

— Cristina: Maria não contou nada, Victoria eu mesma as ouvi de segredinhos na beira da piscina. Então para não atrapalhar vocês, eu vou embora!

Cristina se afastou querendo pegar a mala agora de Frederico, mas Victoria passou por Maria e pegou no braço dela, dizendo.

— Victoria: Você não vai a lugar algum, Cristina! Não antes de falar olhando nos meus olhos o que acabo de ouvir. Me julgava, não? Que moral tem para isso?

Victoria peitou Cristina que não baixou a cabeça para sua irmã mais velha mesmo sendo segurada por ela, enquanto Maria vendo que a tensão delas havia aumentado ela disse, tentando acalmar as duas, mas também nervosa.

— Maria: Não vamos brigar, por favor. E Victoria solte nossa irmã!

Maria tocou no braço de Victoria, tirando ela mesma a mão dela do braço de Cristina. Que mesmo assim, não se afastando, tampouco Cristina que seguia de frente para ela, Victoria falou mais alto e nervosa.

— Victoria: Eu quero brigar Maria e vejo que Cristina também! Então, anda, vamos, Cristina, diga que sou uma vadia na minha cara que por isso não sei quem é o pai do meu filho!

Cristina cruzou os braços e abriu e fechou a boca. Não havia chamado Victoria daquele nome, ainda que suas palavras deram entender. Mas que na verdade, sua indignação era por ter vivido escolhendo caminhos diferentes de suas irmãs e ter sido julgada por isso, principalmente por Victoria que estava se comportando também indignada por algo que ela sempre tinha feito com as irmãs que tinha.

Que assim, ela disse também na mesma altura que Victoria falava com ela.

— Cristina: Eu não te chamei de vadia, Victoria, não seja louca! Eu só acho engraçado que sempre me julgou pelas escolhas que fiz na minha vida, inclusive por nunca ter desejado casar e formar uma família como vocês duas, mas que ainda assim como eu vivia e você julgava tanto, eu não tenho dúvidas de quem é o pai de minha filha, enquanto você, já não podemos dizer o mesmo.

Cristina quando soltou de novo no calor que estava, tais palavras, sentiu o temor de se arrepender depois, enquanto Victoria depois de ouvi-la, deu um riso sarcástico e tocou a testa baixando a cabeça, que depois que levantou, ela disse furiosa a olhando outra vez.

— Victoria: De minha vida e as questões dela que inclui meus filhos e meu casamento, você não tem o direito de opinar. Já que nem sabe de nada do que está acontecendo, Cristina. E se por acaso não sei mais quem é o pai de Maximiliano, o problema é meu não?

E foi Cristina agora que riu tocando os cabelos e disse, enquanto Maria respirava fundo fazendo uma prece silenciosa para que as duas parassem com aquela discussão.

— Cristina: Claro que é só seu esse problema, como era só meu a forma que eu vivia e que ainda assim, sempre me julgava e se sentia no direito de opinar sobre minha vida, Victoria. Só que agora que faço mesmo com você, não gosta. Hipócrita!

Victoria então mais furiosa, torceu os lábios de lado e apontou com o dedo frente ao rosto de Cristina, dizendo.

— Victoria: É melhor que comece a medir suas palavras comigo, Cristina. Ou...

Cristina bateu na mão dela tirando o dedo do seu rosto e disse, sentindo que Maria pegou no braço dela dessa vez.

— Cristina: Ou o que? Vai me bater? Porque só estou dizendo a verdade. Sempre se sentiu no direito de opinar sobre minha vida e de Maria, Victoria!

Cristina então olhou para Maria que nervosa ia dizer algo, mas ela fora de si disse primeiro, dando o tiro que faltava para Victoria perder a cabeça.

— Cristina: Agora a irmã vadia, irresponsável que julgava que eu era, é você, querida!

Victoria então, não se conteve mais e ergueu o braço pronto para esbofetear Cristina, que fez Maria passar o meio delas e segurar com força o braço dela e dizer, agora tão mais nervosa como as duas estavam.

— Maria: Se bater em Cristina, se bater em nossa irmã grávida, vai ter que se atrever a bater em mim primeiro, Victoria!

As duas então se olharam como feras uma pra outra. Victoria estava ofegante, Maria também, enquanto Cristina seguia de cabeça em pé, mas agora seus olhos mostrando temor perante a situação.

E Victoria então torceu os lábios e baixou a mão com raiva, o que fez Maria solta-la, mas ainda sem sair de onde ela estava e nem quebrar o contato visual com ela. Que depois, ainda ali, com Maria na frente dela, Victoria cuspiu suas palavras contra Cristina, buscando vê-la por trás de Maria.

— Victoria: Não sabe nada da vida, porque até agora, nunca precisou ter responsabilidades de verdade, Cristina! Nunca precisou trabalhar de verdade, como eu e Maria e não amou mais alguém que a você mesma, por isso sempre foi essa egoísta. Mas quando você ser mãe tudo vai mudar. E você vai aprender a deixar de pensar só em você! E só nesse momento vai começar ter que tomar decisões que nunca precisou tomar. Então te desejo sorte, querida, sorte para sua vida adulta!

Maria pensou nas palavras de Victoria que eram verdades da vida. Apesar do tom duro que ela falava, elas eram verdades. Cristina vivia uma vida de irresponsabilidades. Tinha formação acadêmica, mas não exercia, não tinha um negócio em que se firmasse nem para ao menos construir seus próprios bens, para não ter só os que por direito elas já tinham como filhas de pais ricos. Agora aquela forte discussão que acabavam de ter, havia sido tudo ao ver de Maria, por uma crise boba de ciúmes vinda de Cristina que acabou com ofensas.

O que ao pensar assim, Maria suspirou desanimada por aquela desnecessária briga ter acontecido entre elas e disse, olhando pra Cristina.

— Maria: Não usaria o mesmo tom nas  palavras que Victoria acabava de falar com você, Cristina, mas ela está certa. Sua vida vai mudar e agora você vai ter que crescer de verdade e não agir mais como agiu agora, porque ofendeu Victoria por ciúmes por ter escutado algo que não sabia. E estão felizes agora vocês duas?

Maria olhou pra Victoria agora que riu e disse, olhando Cristina.

— Victoria: Não tem direito de ter ciúmes de nada aqui. Nunca esteve presente, Cristina por isso não te procuramos para nada! Já tem muito tempo que só é eu e Maria aqui!

Cristina piscou se sentindo abalada com as palavras de Victoria e segurou o choro que vinha nos olhos dela e disse.

— Cristina: Ótimo. E vou seguir desse jeito. Sigam as duas amiguinhas, não precisam de mim mesmo e não vão precisar.

A lágrima correu dos olhos de Cristina e Victoria suspirou, enquanto Maria disse.

— Maria: Acho que agora depois de se magoarem, já chega com essa tola discussão.

Victoria cruzou os braços e virou de lado não querendo olhar Cristina e disse.

— Victoria: Cristina que começou, Maria. Não tenho sangue de barata como você.

Cristina então bufou ainda que chorava e voltou a dizer.

— Cristina: Olha como trata a Maria. Não sei como ela te suporta, Victoria.

Victoria riu e voltou olhar Cristina enquanto Maria levou a mão no rosto impaciente, vendo que elas iam para outra rodada naquela discussão, que assim, ela ouviu Victoria provocar Cristina.

— Victoria: Está com ciúmes porque sabe que apesar de tudo, Maria prefere a mim como irmã.

Cristina deu de ombros e depois de dar um riso irônico, ela disse.

— Cristina: Claro, deve preferir porque não tem opção já que não estou por perto, porque se mete tanto nos problemas do casamento dela com Estevão, que se eu fosse ela, te mandaria para o inferno.

E Victoria com raiva, expondo suas razões do porquê era tão pendente nos assuntos do casamento de Maria, disse.

— Victoria: Eu me meto porque temo que Estevão a machuque! Diferente de você, que não se importa com ela, ou melhor lembrando que você não se importa com ninguém que por isso não tem a noção que pelo ciúme doentio dele, ele pode ferir nossa irmã!

Cristina abriu mais os olhos. Ela sabia apenas que Estevão era um marido ciumento, mas nunca imaginou algo como Victoria falava. Que na verdade, ela nunca buscou saber mais e ouvir Maria. Que mesmo abalada pelas palavras de Victoria, ela disse como que se Maria não estivesse entre elas.

— Cristina: Estevão não seria louco de fazer isso com ela!

Maria que já não aguentava mais aquela discussão e ainda agora meterem o casamento dela no meio como que se ela não estivesse presente, ela disse brava com as duas.

— Maria: Já chega! Agora meu casamento com Estevão não vai ser a pauta da briga de vocês! E vão para o inferno as duas! As duas!

Maria então saiu do quarto nervosa e Cristina e Victoria, se olharam em silêncio com o surto dela. Até que Victoria saiu também e Cristina sentou na cama e chorou toda vermelha de raiva.

Agora as três seguiriam brigadas.

Alegres, depois que tiveram que passar um cartão para o dono do barco que eles tinham alugado por Estevão ter furado com os tiros, voltaram para o chalé com dois peixes.

Assim que chegaram, colocaram o peixe no freezer na cozinha e como ordem dada assim que saíram, foram para o banho antes de preparem o almoço. Mas o silêncio que o receberam, fizeram os três se olharem desconfiados e só entenderam o que estava acontecendo quando cada um encontrou suas amadas no quarto.

Cristina foi a primeira abraçar Frederico quando ele cruzou a porta, mas se afastou logo sentindo náuseas pelo cheiro de peixe que ele estava. Victoria, Heriberto encontrou ela de cara virada deitada na cama do quarto deles, enquanto Maria carregou Estevão ao banheiro e se enfiou no banho com ele e só depois que gozou debaixo do chuveiro com ele, ela contou que ela, Victória e Cristina estavam brigadas.

E momentos mais tarde, mexendo com uma colher de pau uma panela de peixe ao molho sobre o fogo alto no fogão, com um avental amarrado na cintura, Heriberto por trás dele ouviu Frederico dizer, com um projétil de bala na palma da mão, já que a outra havia atravessado o peixe e furado o barco que estiveram .

— Frederico: Aonde vamos jogar isso?

Heriberto olhou a bala. Em sua vida de médico havia realizado muitas retiradas de balas em cirurgias, mas nunca dentro de um peixe, como ele havia feito aquela tarde. Que então ele disse, por saber que não podiam se livrar daquela bala em qualquer lugar.

— Heriberto: Aonde está, Estevão? Ele que fez o favor de atirar em um peixe e agora some. Nem ao menos ele nos ajudou com o almoço.

Frederico deu um riso de lado, jogou a bala pro alto e pegou de novo e disse.

— Frederico: Sabe aonde ele deve estar e fazendo o que.

Heriberto bufou em só pensar que não teve a sorte de Estevão ao chegar, que então limpando a mão em um pano de prato ele disse.

— Heriberto: Pelo menos ele foi bem recebido. Porque Victoria nem quis me explicar direito o que aconteceu na nossa ausência, só entendi que elas três brigaram, porque ela se recusou sair do quarto para não olhar na cara de Cristina.

Frederico deixou a bala no meio do balcão da cozinha se apoiou nele e disse, por ainda estar tentando fazer Cristina mudar de ideia em relação de irem embora.

— Frederico: Eu só sei que Cristina quer ir embora depois que comer e não quer nem saber das irmãs.

Heriberto suspirou já familiarizado com as brigas de sua esposa com suas cunhadas e disse, sabendo quem eram as mais que brigavam entre elas.

— Heriberto: De Victoria eu até entendo Cristina não querer ver, porque essas duas brigam demais, mas de Maria também?

E Frederico pendente aos detalhes o respondeu.

— Frederico: Maria mandou ela e Victoria ao inferno.

E Heriberto incapaz de julgar Maria, disse.

— Heriberto: Acredito que com razão.

Enquanto Frederico não gostando muito de ter agora oficialmente suas cunhadas brigando com Cristina, ele disse.

— Frederico: Ainda assim, Cristina anda muito temperamental com a gravidez, as irmãs dela tem que entender isso.

Heriberto então tocou no ombro de Frederico para lhe dar um conselho que ele levava ao pé da letra em relação a três irmãs, dizendo.

— Heriberto: Frederico, é a primeira vez que você como cunhado de Maria e Victoria que presencia uma briga delas três e meu conselho é, deixe elas se entenderem sozinhas e não tome partido, porque vai acabar sobrando para você. Ou quer minha Victoria como inimiga sua, como Estevão tem? Se isso acontecer, eu não poderei te defender.

Frederico ajeitou sua postura e perguntou quase rindo.

— Frederico: Tanto medo tem de Victoria?

E Heriberto voltando para o fogão disse.

— Heriberto : Não é medo. É sabedoria. Se eu compro briga dela com as irmãs e até com o meu irmão, eu que saio perdendo e pode imaginar como, hum.


Enquanto no quarto de Maria e Estevão.

Maria estava deitada na cama com Estevão. Ele estava apenas com uma cueca e ela de toalha. Com a cabeça entre o peito dele, ela suspirou mais uma vez desanimada. Mais uma briga tinha acontecido naquele feriado que ela havia programado com tanta dedicação para passarem um tempo entre família e de novo brigavam. Ela só pensava que tinha arrastado Estevão para estar com ela ali por 4 dias supostamente de paz e entre casais porquê ela sabia que seria bom para eles dois, assim o terapeuta deles havia dito. Mas em troca da paz que precisavam mais uma briga tinha acontecido com os 6 presentes. E Maria estava frustrada, que assim, depois de seu suspiro ela disse.

— Maria: Talvez tenha tido razão todo esse tempo, Estevão. Devíamos termos vindo sozinhos aqui ou ficarmos em nossa casa. É a segunda briga que acontece entre nós.

Estevão suspirou e beijou o topo da cabeça de Maria. Ele sabia que ela havia sido a mais animada para todos estarem naquele feriado juntos, que mesmo ele o tempo todo e ainda estar lamentando não estarem apenas eles, não a queria como ela estava, desanimada. Que então ele disse, por já saber por ela que Cristina e Victoria haviam brigado e ela ficou entre as duas.

— Estevão: Não, eu não tinha razão, meu amor. A intenção sua foi nos unir e nos ajudar como casal. Enquanto a minha intenção era só ter você pra mim e fazermos amor nesses 4 dias, não importando se fosse em nossa casa ou aqui. E eu estava sendo só egoísta. Agora só lembre-se para que passe esse desânimo que está, que até nas melhores famílias há contendas assim. E sabemos que logo tudo se resolverá entre vocês.

Maria suspirou outra vez e buscou os olhos dele e o respondeu baixo.

— Maria: Eu devia ter ficado com sua intenção mesmo sendo egoísta. Porque a briga que Victoria teve com Cristina me desgastou emocionalmente. Odeio ver elas brigando, odeio brigar com elas. Na verdade, odeio brigas, você sabe meu amor.

Estevão aconchegou mais Maria entre seus braços e suspirando com ela ali entre eles, ele disse.

— Estevão: Sim, eu sei. A minha Maria, sempre prefere fazer o amor do que a guerra. Ainda que quando você entra em uma briga é difícil fazer com que saia dela. Eu tenho experiencia própria nisso.

Maria acabou rindo das palavras de Estevão. Ela da forma que ele falava, era mansa, mas que provocada mostrava como podia brigar. Que então, depois de dar um selinho nele e lhe tocar com o indicador no lábio, ela o respondeu sorrindo.

— Maria: Hum, mas faz semanas que já não brigamos como antes, meu amor.

E Estevão olhando para ela depois dele agora a beijar nos lábios, ele disse.

— Estevão: Graças a Deus, porque você tem uma mania de me castigar me tirando o que eu mais gosto.

Maria riu arqueando uma sobrancelha e perguntou, sabendo muito bem a resposta dele.

— Maria: E o que você mais gosta que eu te deixo sem? Hum?

Ela desceu a mão e encontrou o volume da cueca dele e apalpou. Estevão suspirou com o que ela fazia e a respondeu.

— Estevão: De você todinha para mim e sem roupa, sem pudores, gemendo e gritando meu nome enquanto te dou muitos orgasmos, Maria.

E ao ouvi-lo, Maria buscou os lábios dele e se beijaram com desejo, até que ouviram alguém bater na porta e a voz de Heriberto os avisando que o almoço estava pronto.

Quase 14: 00 da tarde era que o almoço estava sendo servido.

Maria, Victoria e Cristina estavam na mesa, mas sem se dirigirem a palavra. Maria seguia chateada por ter mais uma briga no feriado deles, Victoria seguia com raiva de Cristina tê-la chamado de vadia e Cristina de ver que se não fosse por Maria, ela teria sido esbofeteada por Victoria.

Que assim cada uma tinha seus motivos de não se falarem, enquanto os homens na mesa sabendo o que acontecia, não sabiam ao certo como agir com o silêncio delas.

Até que Heriberto comentou, para iniciar uma conversa na mesa e quebrar aquele silêncio.

— Heriberto: Nunca pensei que iria tirar um dia balas de um peixe, mas graças a Estevão, isso aconteceu.

Ele riu achando que era um assunto bobo, mas Estevão olhou sério para ele logo depois e Maria disse, por ter acreditado que ele havia deixado a arma na cidade.

— Maria: Então trouxe sua arma, Estevão? Achei que tinha deixado em casa já que não iria precisar dela aqui.

Ela olhou brava para ele a espera da reposta, enquanto Estevão fulminava Heriberto com o olhar. Até que Frederico depois que limpou a boca disse, para não ter mais uma briga entre eles.

— Frederico: Ele atirou com minha arma no peixe, Maria.

Maria então olhou desconfiada Frederico e o questionou.

— Maria: Por que anda também armado, Frederico?

E Frederico sem fraquejar em sua meia mentira a respondeu.

— Frederico: É um costume que adquiri na Bananal, Maria e por isso acabei trazendo ela.

Cristina olhou Frederico mentindo na cara dura por saber que ele tinha deixado a arma dele na Bananal, mas que ainda assim ela não disse nada por não querer nem sequer falar com Maria que era mais por ciúmes do que com Victoria que tinha ameaçado bater nela.

Ali naquela mesa existia embates que se fossem discutidas, teriam mais temas para brigas, o que era o que Maria havia levantado com seu descontentamento claro em relação a arma de Estevão, por ela e Heriberto serem a favor do desarmamento, enquanto Cristina e Frederico votavam no livre-arbítrio em quem quisesse andar com armas ou não que escolhessem isso, Victoria era a favor da posse de armas tanto que tinha uma escondida em casa e Estevão era evidente a opinião dele na escolha de sua profissão.

E ao final do almoço, ainda na mesa, Cristina disse sorrindo.

— Cristina: Estava uma delícia esse peixe que trouxeram. Mesmo pela história de pescador que contaram que ele foi baleado, estava bom.

Ela bebeu mais da água gelada que tinha em sua frente em um copo farta por ter matado sua vontade de comer aquele peixe, enquanto Heriberto limpando os lábios já farto também, a respondeu.

— Heriberto: Que bom que aprovou, Cristina. Frederico e eu que o cozinhamos enquanto certas pessoas não deram a cara na cozinha.

E Estevão sabendo que Heriberto falava dele, o respondeu.

— Estevão: Talvez essa certa pessoa, tinha outra coisa melhor para fazer.

Maria no momento mexeu no cabelo evitando olhar os cunhados na mesa. Enquanto Victoria, resolveu também dizer.

— Victoria: Ficou bom mesmo, meu amor, parabéns pra você e Frederico. Me surpreenderam.

Heriberto sorriu pra Victoria e disse.

— Heriberto: Obrigado, minha querida.

Mais tarde.

O dia virou noite, que com ela o tempo fechou começando cair um forte temporal. Que enquanto ele caia fora do chalé, bebiam sozinhos na sala, Frederico, Heriberto e Estevão, que tendo suas mulheres ainda brigadas antes das 22:00 da noite estando recolhidas separadamente em seus quartos, acabaram tendo uma ideia que Frederico tinha dúvidas dela.

Que assim ele disse.

— Frederico: Eu não sei se concordo com essa ideia. Você, disse para mim não se meter na briga delas, Heriberto e agora resolve que vamos se meter. Se decida homem.

Heriberto estava sentado em um sofá, que depois de ouvir Frederico em pé e servindo mais bebida em seu copo, ele disse.

— Heriberto: Mudei de ideia e também não vamos fazer nada diretamente. Nem precisaremos tomar partido de nenhuma, apenas vamos dar uma forcinha para que elas 3 voltem as boas. 

E Estevão que bebia olhando a janela, disse voltando para o meio da sala e de copo na mão.

— Estevão: É isso o que Heriberto disse, Frederico. Maria está desanimada, não a quero assim, por isso concordo com o plano.

Frederico então suspirou por ter também Cristina desanimada. Que sentando em uma poltrona de couro, ele disse.

— Frederico: Cristina também se encontra assim, tanto que quer ir embora amanhã na primeira hora, sem esperar os sobrinhos chegarem. Mas é arriscado para ela que está grávida esse tipo de coisa que vamos fazer.

Heriberto pensou no plano que tinham. Como estava chovendo, eles iam deixar o chalé no escuro de propósito e depois saírem dele e deixar suas amadas sozinhas nele. Que pensando que uma ajudaria a outra, como tinha que acontecer para voltarem a se falar, ele disse para tranquilizar Frederico.

— Heriberto: É por esse fato que penso que vai dar certo. Cristina também com medo e sozinha na escuridão que vamos deixar isso aqui, vai fazer com o que as irmãs se entendam.

Frederico suspirou e antes de levar seu copo de bebida na boca, ele disse ainda receoso, já que não podia esquecer que Cristina temia o escuro.

— Frederico: Espero que dê certo, hum.

E Estevão observando a janela outra vez disse.

— Estevão: A chuva já amenizou, vamos logo fazer o que temos que fazer.

Heriberto assentiu e os três saíram pra fora do chalé e foram até o quarto de serviços que tinham o interruptor que gerava energia para todo o chalé. Quando Heriberto baixou a chave do interruptor desligando tudo, Estevão acendeu o lampião que tinha em mãos e Frederico, encheu os copos deles de conhaque com a garrafa junto aos copos que tinha levado para onde eles estavam.

E assim, sentando em caixas de madeira, Heriberto olhou para o celular que ele pegou de Victoria sem ela ver e disse.

— Heriberto: Acho que deixando elas por 3 horas sozinhas, é suficiente, não?

Ele colocou em cima de uma mesa de madeira empoeirada o celular dela, que estavam ali o de Maria e Cristina também, já que o plano era elas lutarem por luz juntas, que por isso eles deixaram duas lanternas em um ponto estratégicos para elas não buscarem a lanterna do celular delas que seria fácil achado.

Frederico coçou a cabeça ainda tenso. Cristina temia a escuridão estando sozinha nela, enquanto Maria, Estevão sabia que ela temia os trovões e Victoria não temia nem a escuridão como os trovões, ela apenas temiam as trampas que Heriberto sabia que se ela sacasse antes de se reconciliar com as irmãs que estavam em uma, tudo iria por água abaixo.

E assim dentro do chalé, Victoria deitada, depois de não ver nada apenas o breu, sentou na cama. Pela janela do quarto ela viu um clarão do raio que ainda dava depois do temporal e ela então caminhou até a janela, que com frio ela a fechou alisando os braços depois. E tateando o caminho até uma poltrona, ela conseguiu pegar seu robe preto de manga cumprida para se agasalhar do frio que sentia e cobrir sua camisola para deixar o quarto, já que não ouvia mais a voz de Heriberto junto ao irmão e primo e acreditava que havia faltado energia pela intensa chuva.

Cristina quando viu que tudo tinha ficado escuro, ela sentou na cama trazendo a coberta com ela e gritou por Frederico, grito no qual fez Maria que cochilava abrir os olhos do quarto que ela estava. Que então, vestida em um moletom pela temperatura ter caído de novo ela esticou o braço até o abajur e a ligou percebendo então que não havia energia o chalé.

Ela então suspirou olhando a janela e se sentiu aliviada que pelo menos não havia mais trovões, mas não sabia por quanto tempo então ela se levantou para procurar por Estevão.

Enquanto no quartinho que os homens estavam, Estevão disse.

— Estevão: Trancaram a porta de saída do chalé? Victoria é uma demônia, ela pode sair pra fora e nos achar aqui.

Frederico mostrou a chave, tirando ela do bolso e Estevão se tranquilizou. E depois de puxar o ar do peito Heriberto disse.

— Heriberto: O que vamos fazer por três horas nesse meio metro quadrado que estamos?

Frederico puxou o ar do peito também já entregue aquele plano e respondeu Heriberto.

— Frederico: Beber e esperar.

E dentro do chalé.

— Victoria: Heriberto?

Já na sala Victoria depois de ter andado passando as mãos na parede, desceu um degrau da escadinha de dois degraus que fazia ela chegar na sala, quando chamou por Heriberto pela milésima vez sem ser respondida. E ela olhou as janelas de vidros amostra com suas cortinas abertas, mostrando outro clarão de um raio e folhas de uma planta ao lado de fora roçar no vidro com o vento.

Olhando a chuva voltar a cair pela janela, Victoria olhou o resto da sala desconfiada que depois do raio que viu dar, veio um trovão forte que em seguida ela ouviu um grito de Maria e então ela revirou os olhos, sabendo que ela tinha medo de trovões.

Outro clarão então se fez e ela conseguiu enxergar no sofá uma lanterna jogada. Uma lanterna que Victoria conseguia lembrar que antes de deitar ela não estava ali. E ela então caminhou de passos certos até a lanterna e tentou acendê-la, mas Victoria não teve resultado e então ela bufou e rosqueou impaciente a ponta da lanterna, bateu ela na palma de sua mão e percebeu que não havia pilhas nela.

Que então de costa aonde estava, ela ouviu a voz de Maria dizer.

— Maria: Victoria é você?

E ela ainda que estivesse morrendo por Maria deixar de dar aquele gelo nela e em Cristina, ela disse sem olha-la.

— Victoria: Achei que não queria falar comigo, Maria.

Maria suspirou ali em pé e com a mão na parede ainda na entrada da sala e disse.

— Maria: E não quero. Só estava procurando meu marido nessa escuridão.

Victoria então resolveu se virar pro lado de Maria, conseguindo vê-la ainda que não nitidamente pelo claro que entrava da janela. Que então ela a respondeu levando seus pensamentos agora em Cristina.

— Victória: Ele não está aqui, tampouco o meu, o que é estranho. Aonde está sua irmã? Frederico está com ela?

Maria se aproximou mais notando que Victoria tinha algo na mão e disse.

— Maria: Não sei se ele está com ela. E o que tem na mão é uma lanterna? Acenda ela.

E Victoria olhando para lanterna disse brava com a situação.

— Victoria: Eu faria isso se tivesse pilhas.

E Maria sabendo aonde podia achar algumas pilhas, disse logo.

— Maria: Eu sei aonde tem. Mas vem comigo que é muito escuro o caminho para chegar até lá.

E assim que as duas decidiam ir atrás de pilhas novas, elas ouviram a voz de Cristina dizer.

— Cristina: Frederico! Inferno de escuridão. Você sabe que tenho medo. Aparece!

Maria e Victoria então se olharam, pela voz de Cristina elas perceberam que assim como elas fizeram, ela também estava andando pelo chalé sem luz alguma. Que então Maria mostrando de cara sua preocupação, disse.

— Maria: Cristina está andando por aí também no escuro, Victoria. Ela pode se machucar vamos primeiro até ela e depois vamos buscar pilhas.

Victoria suspirou. Teve a mesma preocupação assim que ouviu Cristina, mas por orgulho não queria dizer em voz alta, que assim ela apenas disse.

— Victoria: Ela me chamou de vadia. Vamos deixar ela um pouco no escuro.

Maria bufou lembrando da briga desnecessária das duas. Que então ela parada de frente para Victoria disse.

— Maria: Na verdade você se chamou primeiro de vadia, Victoria. Ela só comparou que você a julgou sim por muitas vezes. E não, não vamos deixa-la no escuro com perigo dela tropeçar em algo e cair.

Victoria torceu os lábios de lado e disse com uma parte sua se rendendo.

— Victoria: Eu estava brincando. E devo recorda-la que você também não aprovava o jeito irresponsável que ela vivia. Afinal você é a mais conservadora entre nós duas.

Maria então cruzou os braços e se defendeu rápido.

— Maria: Eu ficava preocupada com ela, não a víamos nunca. Mas não fazia como você que sempre a criticava com palavras duras. E não sou o que diz, Victoria. Não vou cair em suas provocações.

Victoria soltou um suspiro. Era certo o que Maria falava, ela não sabia nunca dizer as coisas que não gostava em alguém ou até mesmo mostrar sua preocupação de um modo que não  ferisse ninguém, saia tão rápido o que ela pensava, que quando via já não tinha mais tempo de concertar as coisas e ela na verdade não tinha muito interesse de fazer, o que era quase sempre o que acontecia com ela e Cristina quando brigavam. Que assim ela disse.

— Victoria: Esse é o meu jeito de dizer que amo e me preocupo com vocês, Maria, vocês já deviam estarem acostumadas. E sobre o que eu disse, claro que você é, casou virgem e só fez sexo com um homem nessa vida. Que é seu marido possessivo aspirante de um psicopata quando está com ciúmes de você.

Maria ficou nervosa. Ali ela via que Cristina tinha suas razões quando havia falado que Victoria só se metia na vida delas e as criticava por suas escolhas, ela mesma era o alvo de criticas dela outra vez quando o assunto era seu casamento com Estevão, que então lembrando também da discussão que elas duas no dia anterior tiveram, ela a respondeu.

— Maria: Então aconselho que mude esse seu modo de mostrar que nos ama e se preocupa com nós, Victoria porque eu também estou me cansando. Enquanto o rótulo que me dá, me casei virgem porque foi uma escolha minha e se sigo fazendo amor com só um homem é porquê eu o amo. Por isso Cristina falou tudo aquilo, porque você julga nossas escolhas quando não são as mesmas que as suas!

Victoria ficou em silêncio. Viu que Maria estava se alterando de verdade e ela tinha duas escolhas, rebater as palavras dela ou encerrar a discussão que começariam ter ali mesmo. Que então, sabendo que com Maria as discussões com ela podiam ser mais sérias e ela perdendo quase sempre, ela disse.

— Victoria: Está bem, Maria. Não quero brigar mais muito menos com você. Tanto que minha briga foi só com Cristina, não tinha que se doer.

Maria estreitou os olhos respirando fundo, tocou os cabelos e disse tentando se acalmar.

— Maria: Ia bater nela, por isso me meti.

E Victoria rebateu arrependida daquele momento que Maria falava.

— Victoria: Mas não bati, Maria.

— Cristina: Maria, é você?

As duas procuraram olhar pro lado da porta da sala, quando ouviram Cristina, que então Maria indo rápido até ela disse.

—Maria: Meu Deus você já está aqui Cristina. Cuidado com os degraus aí.

Maria pegou no braço de Cristina e ouviu ela perguntar.

— Cristina: Você viu Frederico?

E foi Victoria tocando a testa que a respondeu calma.

— Victoria: Nenhum deles estão aqui. Por isso Maria e eu vamos procurar pilhas para lanterna que temos aqui e você fique aqui, Cristina.

Cristina revirou os olhos sem poderem olhar seu gesto, cruzou os braços ficando de lado e de frente pra Maria e disse.

— Cristina: Maria, fala para Victoria que não estou falando com ela e vou aonde você vai, mesmo que tenha me mandado ir para o inferno eu não guardo rancores.

Maria então suspirou sentindo o mesmo desanimo que antes e respondeu Cristina.

— Maria: Mandei porque vocês me irritaram. Não era para estarmos brigando entre nós. Esse feriado saiu tudo errado. Eu não devia ter programado ele.

E foi Victoria dessa vez que revirou os olhos e disse, não gostando de ver Maria falar como falava como se fosse um erro o que ela tinha feito unindo todos eles ali.

— Victoria: Não seja boba Maria, esse feriado está perfeito e se não tivesse nenhuma briga entre nós não seríamos nós aqui e sim outra família.

Cristina suspirou, conseguiu ver que Victoria ao final das palavras buscou olha-la que então ela também disse.

— Cristina: Talvez sua irmã Victoria, Maria, tenha razão. Esses dias até que foram bons. Há tanto tempo que não passávamos tanto tempo juntas.

Maria então suspirou olhou as duas irmãs e tocou nos cabelos, dizendo.

— Maria: Por que então não paramos de brigar? Essa é nossa última noite aqui.

Victoria resolveu sentar no sofá cruzou as pernas e disse.

— Victoria: Me chamaram de vadia. Não vou esquecer.

E Cristina sabendo que para paz reinar outra vez entre elas, uma das duas tinha que ceder, ela disse.

— Cristina: Te pedirei desculpas se também me pedir por ter ameaçado me bater, Victoria. Além de que, vadia não devia ser uma ofensa. Eu sempre gostei de ser uma, já que fui de livre e espontânea vontade. Você que se doeu demais, Victoria.

Victoria suspirou. Reconhecia que toda a discussão que tiveram tanto ela como Cristina tinham sido extremas demais, que então ela disse.

— Victoria: Reconheço que não tinha o direito de ter feito o que fiz, mas não entende o que estou passando Cristina por isso fala assim. Heriberto ele, bom, já discutimos pelo que ouviu e ele me fez sentir culpada sozinha pela minha irresponsabilidade no passado, literalmente ele me fez sentir uma vadia e não desse jeito que se orgulha.

Victoria baixou a cabeça levando as mãos nos cabelos e apoiando os braços em suas pernas. Quando a ouviu, Cristina e Maria suspiraram. Maria já sabia da forma que Heriberto havia agido, o que a tinha surpreendida desde então, enquanto Cristina era pega de surpresa naquele momento. O cunhado que conhecia não era daquele modo que ela imaginava pelas palavras de Victoria, que agora ela entendia que para quem foi julgada pelo homem que amava, ser julgada também por uma de suas irmãs deixaria Victoria fácil como tinha ficado com ela de primeira se ofendendo. Que então, andando para estar mais perto de Victoria, Cristina disse.

— Cristina: Então me explica, Victoria como foi que Heriberto reagiu e ainda está reagindo. Você e Maria só sabem ficar de segredos e nunca me contam nada. Eu posso ter errado muito com minha ausência, mas agora estou aqui. Me deixem mudar e não me afastem novamente.

Ao final de suas palavras, Cristina se agachou tocando em um joelho de Victoria, que vendo as duas se olhando, Maria sugeriu.

— Maria: Vamos subir até o sótão e pegar as pilhas e depois sem ter essa escuridão entre nós 3, conversamos.

E assim as 3 seguiram devagar entre aquela escuridão até o sótão, onde Maria recordava que tinha visto uma cartela de pilhas.

Enquanto fora dali.

Heriberto olhou a hora de novo que estava preste a bater as três horas dada por ele e disse.

— Heriberto: Está perto de voltarmos. E o silêncio significa que não estão brigando, não?

Estevão deu de ombros enquanto Frederico havia se afastado para receber uma ligação que vinha da Bananal naquele horário da noite. Que assim, Estevão depois de pensar, disse.

— Estevão: E se já estão dormindo e estamos como tontos aqui?

Frederico acabava de desligar o celular, que se aproximando dos dois ele disse, quando ouviu Estevão.

— Frederico: Se Cristina dormiu antes que desligássemos as luzes, isso provavelmente pode estar acontecendo com ela.

E Heriberto pensando com o que ouviu disse aos dois .

— Heriberto: Claro. Uma mulher grávida se torna sonolenta durante toda a gestação. Mas ainda assim, creio que Maria ou Victoria procurariam também por ela como já devem terem feito procurando a gente. Elas não estão dormindo, sosseguem.

Enquanto no sótão, sobre a cama de casal que tinha ali, agora com duas lanternas com pilhas. As irmãs conversavam depois das desculpas dadas e aceitas como que se não tivesse existido briga nenhuma entre elas.

Que Maria não querendo segredos que causassem ciúmes mais em Cristina, contou o que ela também não sabia, mas o que Victoria também a pouco tempo sabia, sobre suas suspeita do porque Estevão tinha se tornado tão ciumento.

E então, as três deitadas de barriga pra cima, com Cristina no meio das irmãs, ela disse o que pensava.

— Cristina: Eu não contaria sobre o beijo. Foi um beijo tão bobo, Maria. E você se penalizou tanto e agora pelo visto ainda mais.

Maria suspirou com mais uma vez passando em sua mente o desejo de voltar atrás, mas que duvidava que se tivesse uma segunda chance não teria feito o mesmo. Pois recordava agora mais ainda depois de voltar a ver Geraldo o que tinha sentido quando ele havia beijado ela, na verdade o que sentia antes mesmo do beijo dele. Uma carência como mulher que podia lembrar muito bem. Que então ela disse, respondendo Cristina e Victoria apenas a ouvindo em silêncio.

— Maria: Eu estava gostando da atenção que Geraldo me estava dando, o beijo só foi a prova daquilo, foi como um choque de realidade, Cristina que eu estava brincando com fogo. Por isso foi tão doloroso ter essa consciência, me fez sentir suja depois. Então eu tinha que contar a Estevão. Mas pelo visto eu acabei com o meu casamento.

Cristina ficou em silêncio. Experimentava agora o que era amar e seus dilemas então pra ela parecia fácil demais, enquanto Victoria virou de lado e buscou o braço de Maria, tocando Cristina na barriga. Que então, por ela sim podendo entender Maria melhor, ela disse.

— Victoria: Consigo entendê-la, Maria. Sabe o que vivi com Osvaldo. Eu ainda era jovem, não queria ficar sozinha ainda mais depois de ter sido decepcionada com a minha primeira relação amorosa. Mas então essa minha decepção voltou para minha vida, deixei Osvaldo e me casei com Heriberto e já grávida e agora estou nessa situação sem saber quem é o pai de meu primogênito. Amar não é fácil, fazer escolhas em nome do amor tampouco é.

Maria agarrou na mão de Victoria acariciou, como que uma tivesse consolando a outra, enquanto Cristina disse, depois que Victoria falou.

— Cristina: O pai de meu sobrinho Max, é Heriberto antes de qualquer coisa, Victoria. E você não o traiu, tampouco cometeu o erro de não pensar nas consequências sozinha, não se puna tanto também.

Victoria suspirou outra vez e alisou o ventre de Cristina. Não tinha sido capaz de apoia-la com o aborto, mas uma coisa era certa, que aquela gravidez como ela sabia e havia dito iria mudar Cristina, na verdade, Victoria já via essa mudança em só tê-la ali com elas. Que por isso, ela disse.

— Victoria: Eu não quis que abortasse minha sobrinha. Mas você tinha uma vida que eu não tive por muito tempo, Cristina. E as vezes me lamento por não ter desfrutado mais minha liberdade em minha juventude. Fiz a besteira de amar cedo demais.

Maria ficou pensando nas palavras de Victoria, enquanto Cristina a respondeu como ela se via e via Victoria.

— Cristina: Temos um chamado para sermos vadias por isso se lamenta quando pensa, Victoria. Mas o meu chamado acabou. Agora só serei a vadia de Frederico Rivero. Como Maria é do Estevão.

Victoria deu uma gargalhada alta enquanto Maria sentou na cama iluminando o rosto de Cristina, dizendo.

— Maria: Ei, Cristina você só fala besteiras mesmo quando quer falar sério!

Cristina cobriu o rosto com a mão até que Maria voltou a deitar, e depois disse o que ainda estava fermentando a mente dela.

— Maria: Mas sabe, talvez Estevão não me veja como a vadia dele. Já que tinha fantasias ocultas e não me revelava.

Victoria revirou os olhos com a bobagem que ouviu. Ela não era fã número 1 de Estevão, mas tinha certeza que ele era tão obcecado por Maria que ela era tudo para ele dentro e fora de uma cama. Que antes mesmo de falar algo, Cristina rindo disse.

— Cristina: Pesquisa sobre essas tais fantasias, que você terá a explicação do porquê ele não disse nada, Maria. Sexo com um submisso e um dominador, é excitante, mas também um pouco perturbador. Eu sinceramente, curto umas algemas de vez em quando ou umas amarras, uns brinquedinhos também, mas eu gosto mesmo é de sexo sem regras, livre e sujo. Bom não tão mais sujo como antes.

Maria pensou nas palavras de Cristina. Já tinha feito muita coisa na cama com Estevão mas nada tão fora do comum, que só lembrava dele ter algemado ela duas vezes. Que assim ela disse, olhando o teto.

— Maria: Parece intimidador quando fala assim Cristina, Estevão já me algemou, mas nunca usamos nenhum brinquedinho nem nada.

Victoria então sentou incrédula e disse dando a lanterna que tinha em mãos para Cristina.

— Victoria: Não acredito que nunca usou um brinquedinho sexual se quer, Maria. Mas agora que já sabe que Estevão quer apimentar mais as coisas, permita que ele use ou peça, é bom. Só comece aos poucos sem ultrapassar seus limites.

Agora Maria e Cristina olharam incrédulas para Victoria por vê-la falar algo que favorecia Estevão, que então, Victoria disse.

— Victoria : O que foi que me olham?

E Cristina então a respondeu.

— Cristina: Você acaba de dizer algo que favorece muito Estevão.

Victoria então deu de ombros e disse.

— Victoria: Favorece primeiro, Maria. Quero que ela não se sinta insegura com essa história dele. Você não?

E Maria então olhando pra elas de novo falar das questões do casamento dela como que se ela não estivesse ali, mas que dessa vez era algo que causava riso nela, ela disse.

— Maria : Só queria lembrá-las que estou aqui.

E Cristina então buscou olha-la sentando e disse.

— Cristina: A questão é Maria, se permita viver coisas novas na cama com Estevão se você quer. Eu tenho certeza que ele não vai te amordaçar e amarrar, na primeira noite enquanto te enfia um plug anal. Ele te ama então ele vai devagar.

Maria abriu a boca e arregalou os olhos se vendo amarrada e amordaçada do modo que Cristina falava, que depois de puxar o ar do peito nervosa ela disse.

— Maria: Você conseguiu me alarmar insinuando essas amordaças e amarras, junto com esse negócio no meu, ai meu Deus, Cristina é melhor mudarmos de assunto.

Cristina junto com Victoria riram enquanto Maria se abanava nervosa. E momentos depois as luzes voltaram e elas escutaram Heriberto, Frederico e Estevão chamando por elas.

E não precisaram nem perguntar pra eles que aquele apagão junto com o sumiço deles, havia sido proposital.





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