Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Oi lindonas, vamos começar maratonar controvérsias? Garanto que os capítulos que vão vim serão divertidos demais. Nossos bebês vão ficar todos juntos em uma casa e eu estou super eufórica com esses capítulos, então espero que gostem tanto como eu estou gostando de escrevê-los.



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Ao final da manhã. A aeronave que Cristina e Frederico estavam, pousou na capital e foram recebidos por Heitor e Vivian, que ficaram encarregados de recepciona-los, já que eles ficariam na mansão San Roman mesmo que Estevão e Maria, contando com aquela noite iriam para o chalé. O que fazia Frederico lembrar que ele e Cristina não estavam na capital apenas para o feriado, mas também para escolherem aonde morariam. Que como havia prometido, Frederico compraria um imóvel na capital para ele e Cristina também morarem, para que quando também fossem a passeio como estavam, não precisassem ficar no hotel tampouco na casa das irmãs dela.


E na mansão San Román, Maria chegava um pouco depois da uma da tarde. Sabia que Cristina já estava na casa dela, então deixou o trabalho para vê-la e almoçar com ela e Frederico. E assim que Maria entrou, ela viu Cristina descendo as escadas e Frederico esperando ela. E Maria sorriu com amor e com os olhos já lagrimando por ter sentido saudades de Cristina.



Cristina descia devagar as escadas. Sobre o olhar de Frederico, não tinha como ela não descer de outra maneira como ele sempre alertava na Bananal, a maneira certa que ela tinha que descer as escadas. Ela vestia um vestido preto que era apertado em cima e solto em baixo, sapatilhas, cabelos amarrados em um rabo e a franja na testa. E com uma mão na barriga e outra no corrimão, ela já tinha visto Maria ali parada quase chorando a olhando, e então ela sorria para sua irmã do meio.


Maria queria chorar não só de saudade mas também de orgulho. Cristina estava crescendo e isso depois de já adulta. Maria a via e  parecia que ela não seria mais a irmã que sumia no mundo. Ali, Maria pelo brilho dos olhos de Cristina via outra mulher. E assim que desceu ela se apressou para abraça-la e disse.


— Maria : Que saudades, Cristina. Está tão linda!


Maria suspirou apertando mais Cristina nos braços e sentindo que ela fazia igual. E quando se separou dela, Maria a viu chorando. E Cristina então disse limpando os olhos e rindo.


— Cristina: Você agora não é mais a única chorona da família, Maria.


Maria riu, limpando uma lágrima dos próprios olhos dela que desceu . E levou a mão na barriga de Cristina, alisou o ventre dela que já se via bem maior do que a última vez que ela a viu e disse.


— Maria : Posso ficar feliz com isso de não ser mais a única chorona entre nós, Cristina. Me diga como minha sobrinha linda está ai dentro. Ela está bem?


Maria já sabia que Cristina esperava uma menina pela mensagem que recebeu dela, e alisando ainda o ventre dela enquanto sorria com amor, ela esperava por sua resposta.


Cristina baixou a cabeça para olhar seu ventre que Maria alisava e então, ela a respondeu.


— Cristina : Ela começou me chutar sem parar. E eu quero que ela pare de me chutar! Isso dói!


Maria quando ouviu a irmã falar, procurou o olhar de Frederico que se pôs ao lado de Cristina e levou a mão na costa dela. E ele fez um gesto com a cabeça que Maria soube na hora que aquela parte que Cristina tinha dificuldade em ter afeto pelo filho agora filha que esperava, ela ainda estava no seu processo de aceitação. Então ela apenas tirou a mão da barriga dela e disse.


— Maria : Daqui há 4 meses sua filha nascerá e vai sentir falta de cada sensação que ela lhe causava aí dentro, Cristina. Olá Frederico.


Maria então sorrindo cumprimentou Frederico com um beijinho no rosto. E ela notou o mesmo brilho nos olhos dele que viu nos de Cristina.


E assim almoçaram os três, Heitor e a namorada na mesa com eles. Enquanto Estevão chegou só no final da tarde. E com as horas passadas, como haviam planejado, Maria pegou a estrada com Estevão. E Estrela, Frederico levou para casa de Victória com Cristina que assim no dia seguinte, Octávio pegaria ela e Isabela, que Victoria aceitou apenas se a babá de Maria estivesse presente como estaria já no seguinte.


E na estrada, Estevão dirigia com Maria ao seu lado. O céu já escuro pela noite e um lado da estrada com matas e o outro também, era a paisagem que ele e Maria tinham toda a rota. O que dizia que estavam cada vez mais perto do chalé e longe da cidade .


E Maria suspirou entre seus pensamentos estando em silêncio por bastante tempo, e Estevão olhou de lado pra ela e disse de mãos no volante.


— Estevão: O que foi, hum? Está muito quieta, minha vida.


Estevão tocou na perna dela levemente e Maria o olhou, e pegou na mão dele e o respondeu.


— Maria : Acha que Estrela vai ficar bem com o avô? Faz bastante tempo que ela não o via. E se ela estranha-lo?


Estevão suspirou e levou a mão de Maria que segurou a dele em seu lábio para beijar. Era preocupação de mãe que povoava a mente dela e ele disse, para acalma-la.


— Estevão : Deixamos a babá com ele para auxiliá-lo, e Isabela vai estar também. Nossa filha está crescendo e não chora mais quando sai sem nós, hum.Ela gosta de folia.


Maria deu um sorrisinho. Estrela não podia ouvir que ia passear mesmo que não ouvisse a mãe dizer, que se colocava eufórica com quem fosse. De fato ainda que mamasse na mamadeira e usava fraldas, Estrela estava crescendo rápido demais.  E então Maria disse.


— Maria : Tem razão Estevão. Mas e meu pai? Dará conta de nossa bebê? Ele prometeu que ficaria com as meninas e as cuidaria. E espero que ele cumpra.


Estevão soltou a mão de Maria para virar uma rua que pegaria uma estrada de terra e muito verde. E então ele disse sem olhá-la, mas confiando no sogro.


— Estevão:  Seu pai pode ser tudo, mas nunca um irresponsável com os netos, meu amor. Lembra como ele era com Heitor na idade de Estrela e Isabela? Sempre foi atencioso e até demais com aquele jeito protetor e durão.


Maria puxou o ar do peito. Lembrava sim do que Estevão falava. O que estragava seu pai nos dias que estavam, era a paixão dele por mulheres mais novas e ele esfrega-las sempre que podia na cara dela e das irmãs, o que as incomodava e doía, por saberem do abandono dele com a mãe delas .

E assim ela disse.


— Maria : Sim eu lembro, Estevão. Pelo menos como avô mesmo que não tão presente como antes, meu pai não falha. E além do mais, domingo de manhã nossa filha estará com a gente. Heitor vai levá-la.


Maria  deitou a cabeça no ombro de Estevão e ele sorriu de lado para respondê-la.


— Estevão: Sim. Agora não se preocupe, hum.


Ele alisou uma perna dela e voltou a prestar atenção na direção, enquanto ela ficou daquela forma encostada nele o resto da viagem.



E na mansão de Heriberto e Victória. O casal estavam com visitas.


Frederico estava no sofá da sala com Estrela que dormia no colo dele, e Heriberto estava sentado a frente dele e com um copo grosso de bebida com gelo na mão. Enquanto Victória e Cristina estavam na cozinha.


Já tinham jantado os 4, com Elisa e Bella também presente e Max. Mas Cristina voltou pra comer mais da sobremesa de chocolate que haviam servido no jantar e Victória estava com ela . E assim ela comia em pé a frente de um balcão e Victória estava debruçada sobre ele.

E assim, Victória quis saber. Já que só Maria teve mais detalhes pela tarde de como agora Cristina estava vivendo com Frederico.


— Victoria: Notei que você e Frederico estão diferentes, Cristina. Os olhares que davam um para outro na mesa, a cumplicidade que tinham. Não estão mais juntos só pelo sexo. Algo aconteceu entre vocês.


Cristina engoliu o doce que levou uma colher na boca. E deu de ombros com desdém sobre a clara curiosidade que Victória tinha, quando pensou que não era a primeira escolha dela como irmã para dividir seus segredos. E então ela disse, raspando a tigelinha de sobremesa com a colher.


— Cristina: Não devia falar da minha vida com Frederico pra você. Já que não me conta nada da sua com Heriberto.


Victória revirou os olhos com a graça de Cristina e a recordou de como ela falava, muito antes dela descobrir que ela andava com Frederico .


— Victória : Já gritou muitas vezes que eu e Heriberto vivemos um casamento sem graça que por mais isso não queria casar. Não sei porquê o interesse agora. 



Cristina largou a tigelinha na sua frente sobre o balcão com mais nada ali pra ela comer, e depois a respondeu de braços cruzados.


— Cristina: Heriberto é um marido perfeito por isso dizia isso. Mas a questão é que não fala nada comigo, não confidencia nada pra mim. Mas com Maria e ela com você, são cheias de segredos!


Cristina cuspiu revelando seu ciúme da cumplicidade que ela via que suas irmãs mais velhas tinham e com ela não. E Victória entendeu a queixa dela e também fez a dela sem rodeios.


— Victória : Talvez se estivesse mais presente faríamos mais isso com você, Cristina!


Cristina fez um bico sem ter como responder Victória, mas disse depois que pensou que se as reclamações dela era porquê ela nunca estava, logo aquilo mudaria.

— Cristina: Frederico e eu vamos comprar uma casa aqui também. E só quero ver se o que diz é certo, quando eu virar a senhora Rivero e me tornar tão casada como vocês duas são.



Victória arregalou os olhos. Cristina usou senhora e casada na mesma frase sem rir, sem mostrar reluta, já que ela sabia que Frederico queria se casar, mas duvidou muito que Cristina cederia algum dia. E então, Victória sorriu feliz dando a volta no balcão para estar de frente com Cristina e disse.


— Victória: Eu não posso acreditar que te ouvi se chamar de senhora Rivero e assim sem nenhuma repulsa ou revirar os olhos! Cristina você irá se casar, estou tão feliz!


Victória abraçou Cristina que riu achando que ela parecia que seria a noiva. Mas depois Victória a soltou e olhou para o ventre dela.  Ela não havia a apoiado em relação ao aborto, mas tinha dado a opção de criar aquele bebê que ela sabia também que já era uma menina. E então, Victória deixou o riso de lado, quando passou em sua mente a preocupação que Cristina só aceitava se casar pela criança. E então ela disse.


— Victória: Não está querendo se casar pela gravidez, não é Cristina? Sei que pode ser a mãe dessa menina sem precisar casar com Frederico. Ainda que eu o aprecio, não quero vê-la presa em um casamento e sendo infeliz nele.


Victória suspirou com a mão no ventre de Cristina, que ela tocou na mão dela a fazendo olhá-la, e confessou.


—Cristina : Eu estou amando Frederico, Victória. Eu o amo de verdade, ainda que me assuste esse sentimento que a pouco entendi que tenho por ele. Eu o amo e vou casar com ele por isso e não pela menina.


Enquanto na sala, Heriberto depois de tomar sua bebida disse, olhando Frederico com Estrela ainda dormindo sobre as pernas dele.


— Heriberto : Logo é sua filha que vai estar no seu colo, Frederico.


Frederico olhou Estrela dormindo. Ela esteve dormindo durante o jantar no quarto que Victória tinha um berço, mas havia acordado chorando e agora estava ali com os tios.


E então Frederico disse.


— Frederico: Não sabe a ansiedade que já estou para minha Maria do Carmo nascer.


Heriberto bebeu um pouco e lembrou dos tios dele, pais de Frederico que o nome que levaria a filha dele seria como da mãe. E então ele sorriu depois e disse.


— Heriberto : Nome de minha tia. Que ela descanse em paz.


Frederico nostálgico pensou na mãe que morreu há anos que por isso foi criado como irmão de Estevão e Heriberto pelos pais deles, que dos pais dos dois só ainda vivia a mãe que já senhora de idade vivia em Cuba com uma parente próxima.


E assim, Frederico disse depois de pensar na mãe.


— Frederico: Ainda não falei com Cristina, mas quero esse nome em nossa filha.



— Cristina :Que nome? 


Cristina vinha chegando com Victória, que pediu Estrela e com cuidado a pegou no colo dizendo.



— Victória : Vamos para o berço, meu amor.


Quando o colo de Frederico esteve livre, Cristina sentou nele de lado e o beijou nos lábios e repetiu.


— Cristina : Que nome falava, meu amor?


Heriberto buscou os olhos de Victória confuso e ela cochichou que depois falaria com ele, e saiu  para subir com a sobrinha pro quarto. Heriberto achava que tinha escutado demais, apesar que tinha visto também algo de diferente e novo em Frederico e Cristina de regresso a capital, fora a barriga maior dela e a notícia que teriam uma menina.  E então ele ficou olhando os dois conversarem como que vê-los ali daquela forma fosse algo de outro mundo.


— Frederico : Quero que nossa filha tenha o nome de minha mãe. Maria do Carmo. O que acha? Sei que está cedo para decidimos o nome de nossa filha, Cristina, acabamos de descobrir o sexo dela e...

Cristina levou um dedo nos lábios de Frederico para cala-lo, sorriu e depois disse.



— Cristina : Gosto do nome e sei o que significa pra você, meu amor, então pode ser ele .


Ela o abraçou pelo pescoço e Frederico abraçou ela pela cintura. E assim começaram trocar beijos, enquanto Heriberto calado os olhava bebendo e totalmente incrédulo. Nem em 100 anos imaginaria Cristina e Frederico da forma que estavam agindo, como fossem um casal em plena lua de mel. Já que primeiro, duvidou que Frederico escolhesse uma mulher para casar algum dia, segundo quando descobriu  que ele havia escolhido Cristina, percebeu que o primo estava em uma enrascada ainda que torceu por ele, conhecia o espírito livre que sua cunhada tinha que até vê-la ainda grávida estava sendo um milagre. E ele sentiu que precisava beber mais para conciliar a novidade.



Longe dali já no chalé da mãe, Maria junto a Estevão haviam chegado. O chalé ficava no meio da natureza,  sofisticado e de dois andares, tinha piscina e um parquinho para crianças no quintal, que mais no fundo dele havia uma casinha aonde tinha um senhor, chamado Firmino que era contratado pela família Sandoval há anos e cuidava do chalé. Nele era um lugar onde, Maria e suas irmãs tinham as maiores lembranças de suas infâncias em família.


E Maria suspirou olhando uma das salas, retirando do corpo um sobretudo preto e quente que ela usava por fazer frio. Perto do chalé havia um rio e muito verde, o que fazia a região mais fria que o normal que por saber disso era que Maria trazia na mala mais que uma peça de frio.


Estevão fechou a porta depois de entrar no chalé e deixar algumas madeira no chão pra pôr na lareira que  havia pegado, aonde Firmino havia deixado já cortadas e separadas para a chegada deles. E assim ele disse, vendo Maria parada no lugar.

— Estevão : Eu vou já acender a lareira, hum.


Por trás dela, ele lhe beijou os cabelos . Estevão sabia que Maria ficava nostálgica quando pisava naquele chalé. Mas ela sentia uma  nostalgia que trazia saudades, saudades de momentos felizes que viveu ali. Ela lembrava de tantas histórias que haviam acontecido entre aquelas paredes que entre elas, também existia travessuras dela com suas irmãs que jamais poderia esquecer .


Maria olhava tudo com atenção. Todo o lugar estava limpo e conservado. Limpo, porquê duas vezes no mês alguém limpava o chalé todo e a piscina, que como Firmino já estava ciente da chegada das patroas, providenciou o serviço no chalé naquela mesma semana. E enquanto a parte que tudo era conservado, Maria via em cada detalhe da decoração, que quase toda ainda era a que a mãe dela havia escolhido. Os quadros em família alguns ainda existiam, menos os que só tinha Leonor e Octávio. Ela e Victória fizeram questão de tirar de vista as fotos que tinha dos pais ainda casados espalhada no chalé, que assim podia ver mais fotos delas com a mãe ou as três sozinha mas que apenas uma foto havia ficado com Octávio e elas, que era uma que ele pescou um peixe enorme no rio próximo ao chalé e com elas presentes. Maria podia lembrar muito bem de ver Cristina chorando com medo do peixe e elas três a beira do rio vendo o pai segurar ele, que só foi Leonor aparecer com a máquina fotográfica ainda das que tinham filmes para registrar o momento.



Maria sorriu pensando na foto, que ela e Victória uma de cada lado ficaram ao lado do pai, enquanto Cristina bem mais pequena que elas saiu na frente deles, apontando para o peixe de boca aberta chorando como ela lembrava.



Que então, Maria saiu para procurar o quadro e ela achou em cima da lareira que Estevão já botava madeiras.Ela então o pegou e Estevão parou de fazer o que fazia e disse em ver ela em silêncio .



—Estevão : Tudo bem, meu amor?


Maria assentiu sem olha-lo. Não podia negar que antes da mãe dela ser diagnosticada com Alzheimer, tudo era só felicidade, que por isso ela sentia que Victória e ela principalmente, foram afortunadas, em terem boa parte de suas vidas presenciado o casamento feliz de seus pais que por isso, tiveram uma infância calma e cercada de amor. Mas que tudo mudou depois. E então ela disse, desejando que sua filha caçula tivesse uma infância como a dela e como Heitor teve até sua adolescência.


— Maria : Quero que Estrela cresça sabendo que somos felizes assim como cresci boa parte da minha vida, sabendo que meus pais eram, Estevão. Estamos aqui para isso também. Por ela estamos tentando salvar nosso casamento.


Ela se virou para Estevão depois de suas palavras, e ele entendeu muito bem o que ela quis dizer. Heitor teve boa parte da sua vida os vendo apaixonados e sem brigas como as que tinham.  Apenas nos 5 anos que Maria cobrava dele que tudo tinha mudado. E ele também queria que tudo voltasse ser como antes. Ele também desejava que Estrela tivesse a mesma infância calma que Heitor teve. Além do mais, o terapeuta deles estava deixando claro nas sessões que seguiam, que as brigas entre um casal que tinham filhos também afetava eles.


E assim ele disse convicto.


— Estevão: Ela vai ter, meu amor. Vai ter.



Enquanto já tarde da noite, longe dali.


Victória passava creme na pele. Vestida em uma camisola vermelha longa em rendas, ela olhava na cama dela, Heriberto já de pijama para dormir como ela, brincar com Estrela que havia acordado e não quis ficar no quarto que tinha berço para ela dormir. Até uma babá eletrônica Victória levou para o quarto dela com Heriberto, mas Estrela não quis acordo em dormir em um quarto sozinha e ameaçou chorar quando chamou pela mãe.


Que Maria ao telefonar para ela quis se desesperar quando perguntou de sua menina, mas que logo Victória a tranquilizou e foi comunicada que precisariam reabastecer a dispensa do chalé para ficaram o feriado todo nela, e ela e Heriberto que ficariam com aquele dever.  E assim, Victória só esperava o e-mail que Maria ficou de mandar para ela com a lista do que teriam que comprar.

E Heriberto todo bobo, brincando com Estrela, disse trazendo a atenção de Victória.


— Heriberto : As vezes penso na decisão que tomamos em não termos mais filhos, quando tenho um bebê tão lindo como nossa sobrinha é em minha frente.


Victória saiu de seus devaneios, desceu a perna que colocou em cima da cama para passar o creme e foi levá-lo até sua penteadeira. E depois na volta pra cama, ela respondeu Heriberto.


— Victoria : Sim, ela é linda. Mas não vamos ter mais um bebê Heriberto. De mim pelo menos não vai sair mais nenhum.


Ela se arrastou subindo de joelhos na cama e rindo para Estrela que brincava com a chupeta na boca. A menina parecia uma boneca de grandes olhos verdes e cabelos bem lisos e loiros. Mas era um bebê que dava trabalho e Victória pensava que já não teria paciência e nem tempo para cuidar de um. Mesmo que concordava que sentia cócegas no útero em ver a graça de bebê que sua sobrinha era, o que não a fez resistir já frente dela e beijou a barriguinha dela, subindo a blusinha do pijama branco e cheio de bolinhas coloridas.


E Heriberto vendo ela brincar com Estrela riu. Victória não tinha tempo e nem ele para bebês, não tinham tempo nem para ser tios como estavam sendo para filha de Estevão e Maria naquele momento. E então ele disse depois de soltar um suspiro.


— Heriberto : Estava brincando. Decidimos que depois de Isabela não teríamos mas outro bebê em nossa casa. Então me conformo com Estrela e a filha agora que vem de Frederico e Cristina, hum.


Victória olhou para Heriberto, e ele buscou os lábios dela para lhe dar um beijo. Um que a língua deles se encontraram e Estrela chutando Heriberto no braço ainda deitada e vendo os tios, o fez se afastar e rir .


E assim os dois começaram conversar com a menina e descobrindo as palavrinhas curtas que ela já sabia erradamente falar.


E Heriberto riu quando Estrela pegou o celular de Victória que estava largado na cama e que ela disse não a menina e ela repetiu com o dedo dizendo não. Até que ele olhou para a porta do quarto deles e viu ela se abrir e Bella aparecer com um travesseiro na mão.


— Bella : Não estou conseguindo dormir.


O olhar dela foi direto ali em Estrela e Victória do lado dele e ele sorriu, para sua bebê que ainda era assim pra ele, percebendo que ela queria ter o mesmo privilégio de dormir com eles como a prima ia.


E ele então tocou no colchão da cama e disse.

— Heriberto : Dorme aqui com a gente também, hum.

Bella sorriu e Victoria, sentou pegando Estrela nos braços quando ouviu a filha e depois Heriberto a convidando pra ficar no quarto. E então ela disse.


— Victória: Vem meu amor, cabe você também aqui.


Bella então subiu em disparada pra cama e Estrela saiu do colo de Victória quando viu a prima. E Victoria sorriu olhando pra Heriberto, quando notaram que as meninas estavam cheias de energias ainda que já era tarde para elas estarem acordadas.



E na mansão San Román.


Cristina estava no quarto de hóspedes  deitada sobre o peito de Frederico.


Estavam nus, ele alisava as costas dela em uma carícia e ela brincava com o dedo no peito dele, até que ela disse baixinho.


— Cristina : Se o que estamos vivendo é um sonho eu não quero acordar, Frederico.


Frederico beijou a cabeça dela e a abraçou. Estavam sim vivendo quase um sonho, mas faltava algo para esse sonho ficar melhor. Que era ele ver, Cristina demonstrar mais afeto a filha que esperavam. Mas ele sabia que tinha quer ir com calma com ela e paciência. Já que Cristina não sabia lidar com pressões, ele sabia disso ainda que ela não assumisse. Ele sabia já que sempre que ela se sentia pressionada ela sumia. Já que suas viagens, não era só por curtição, não era só porquê ela amava e gostava de viver livre, era também para fugir das responsabilidades, da vida adulta, do medo e das inseguranças que essa fase trazia. Que ele que a conhecia tão bem era ciente disso e estava sendo mais ainda com o que estavam vivendo. E assim ele sabia que uma coisa de cada vez era assim que tinha que ser com Cristina, que não fazia muito que tinha declarado que o amava, que por isso e pela filha deles que merecia ter uma mãe presente, ele teria paciência com ela.


E então entre suas certeza que tinha que fazer, ele a respondeu calmo

— Frederico: Não é um sonho ainda que pareça um. É agora nossa vida. Nossa nova vida que teremos ao lado de nossa filha Maria do Carmo, Cristina.


Cristina suspirou em um respirar leve e de alívio. A contrário de antes, ainda que sentisse um pouco de medo de seus novos sentimentos, ela se sentia segura nos braços de Frederico. Tinha agora a certeza depois que expôs o que sentia a ele, que amava o homem certo. E assim depois que ouviu o nome que ele havia escolhido pra filha deles, ela disse.


— Cristina : Gostei realmente do nome . Acho que combinou com ela...


Frederico então riu dizendo.


— Frederico : Ainda nem a vimos, meu amor.

Cristina levantou a cabeça rindo também se ajeitou nele e disse o olhando.


—Cristina : Ela é sua filha, vai combinar com o nome da vó dela. Eu sei.


Ela então beijou a boca dele, e desceu a mão por baixo da coberta e começou acaricia-lo.  Frederico suspirou sentindo a mão dela lentamente subir e descer no membro dele. E ela sentindo ele seco demais em sua mão, tirou ela da onde estava e levou a mão entre o lábios e cuspiu na palma dela, para dar assim o lubrificante mais natural que existia. E então ela voltou com a mão molhada e passou na ponta do membro dele enquanto o olhava. Frederico gemeu baixo e tirou a coberta que cobria eles . E com tesão ele disse rouco.


— Frederico : É uma safada incorrigível, Cristina.


Cristina o olhou e riu sem deixar de mover a mão na ereção que ele já tinha e latejava na mão dela. E depois disse do modo dela.


— Cristina : Não tenho culpa que tem o pênis mais lindo e delicioso que já vi.


Ela o beijou e o montou e logo depois, o cavalgava como que se o mundo fosse acabar fazendo Frederico esquecer aonde estavam.


Longe dali. No chalé.



Com a lareira acesa e colchonetes ao chão, cobertas quentes e travesseiros, Maria tinha Estevão em cima dela .De corpos nus, se amavam de uma forma calma por uma terceira vez na noite. Trocavam um beijo lento enquanto gemiam na boca um do outro. E quando gozaram, Estevão descansou a cabeça no peito de Maria e ela levou as mãos nos cabelos dele. Tinham bebido algumas taças de vinho, depois de comerem macarrão ao molho branco que Maria havia feito. E depois só estavam naquela entrega.


Estevão sentia que vivia dias mais felizes com Maria, mais calmos, mas ainda tinha em posse o cartão que havia encontrado dias atrás de outro homem com a filha deles e com ela de chegada de uma viajem sem ele. Durante os dias que passou, Estevão só queria esquecer do tal cartão e tentar aceitar o fato que Maria sempre iria se relacionar com homens e mulheres do ramo que ela trabalhava ele querendo ou não, já que havia pesquisado e de verdade o cartão vinha de um empresário que tinha realmente uma rede de joalheria. O que só não o deixava esquecer, era o número no cartão ao próprio punho que para ele era pessoal e ele lutava para não ligar nele. Mas ela fazer isso e até questionar Maria,  poderia levá-los a uma briga que o tirariam daqueles dias de paz que estavam vivendo. Maria estava fazendo amor com ele em uma semana mais vezes do que ele conseguia contar, e por nada ele desejava estragar a forma que ela começou se empenhar  fora as terapias que faziam para que o casamento deles voltassem a ser como foi.


O que fazer amor sempre como Maria, para Estevão, era o único remédio eficaz para seu controle, o controle de seus medos e inseguranças. Que mesmo que ele sabia que Maria pensava que para ele era só o sexo que ele não poda ficar sem, para ele era mais que isso, mais que tê-la entre seus braços, era a certeza que ela queria seguir sendo dele, apenas dele.


Que por isso ele queria mais dela. Mais, porquê nunca seria suficiente para ele tê-la só pra ele. Que por isso, queria passar os quatros dias ali naquele lugar, entre as cobertas a frente da lareira tomando um bom vinho e fazendo amor com ela e com os dois sozinhos. Mas que ele sabia que dos quatros dias, só aquela noite iria fazer aquilo com ela  e naquela santa paz que estavam.


E então ele disse com pesar, depois que suspirou descontente.


— Estevão : Sente essa paz, hum? Ela logo vai acabar quando Victoria chegar, Maria.


Estevão saiu da posição que estava, sentou e virou pro ladoaonde tinha duas taças de vinho e a garrafa no chão e pegou uma taça, quando sentiu Maria que sentou também deixando a coberta escorregar do corpo dela assim como fez no dele, lhe beijar as costas e dizer.

— Maria : Deixe de seguir reclamando, como um velho, meu amor . Sei que no final vai gostar de ter todos aqui.


Estevão virou agora com duas taças na mão e deu um para Maria e a respondeu.



— Estevão : Talvez . Mas na próxima vez vamos vim só nós dois, hum.


Ele beijou os lábios dela depois tomou o vinho e Maria quando tomou o dela também, lembrou da última vez que estiveram sozinhos no chalé, o que era mais de um ano atrás. E então ela disse.


— Maria : Me confesse algo Estevão, ainda que eu tenha certeza da resposta.


Estevão deixou sua taça ao chão, puxou ela pela cintura e começou lhe dar beijo nos ombros, depois pescoço. Maria fechou os olhos quase deixando sua taça cair, o que logo sentiu Estevão pega-la e percebeu que não podia raciocinar mais com palavras. Quando esteve há mais de um ano no chalé, ela e Estevão estavam já separados com ele morando fora da mansão, que por isso ele planejou sozinho a fuga deles para aquele lugar com malas dela prontas no carro e a dele. E depois quando regressaram semanas depois, ela descobriu que estava grávida e a questão do divórcio morreu.


E por isso Maria tinha certeza que entre seus pertences pessoais, Estevão tinha deixado as pílulas dela para trás de propósito, naquele quase sequestro dela quando ela entrou no carro dele e de repente estavam saindo da cidade.


E abrindo os olhos quando Estevão a puxou para seu colo, ela ao abraça-lo no pescoço, disse finalmente.

— Maria : Estava nos seus planos tentar me engravidar na nossa última vinda aqui, não foi Estevão?


Estevão suspirou pensativo. Os peitos de ambos estavam nus e próximos um do outro, e ele acariciou as costas dela e disse negando qualquer teoria que ele sabia que ela tinha e expressava ela naquele momento.


— Estevão : Claro que não . Mas aconteceu e nossa menina salvou nosso casamento. E eu sou grato ao nascimento de nossa filha.


Ele baixou a cabeça e beijou o ombro dela subiu as mãos e lhe apertou os seios. Maria jogou a cabeça para trás quando sentiu a boca dele em um dos seus seios logo depois. Não acreditava em Estevão mas também agradecia pelo belo presente que era Estrela na vida deles.



Era quase duas hora da manhã.


Maria Desamparada estava rolando de um lado para outro na cama enquanto meditava na decisão que devia logo tomar.


“ Tem um grande futuro Maria Desamparada que não se limita apenas nas passarelas. Vejo a paixão que tem pelo mundo da moda e a ambição nos seus olhos. Então não erre, não como eu que errei ainda jovem e não me dediquei totalmente a minha carreira. Seu êxito está apenas nas suas mãos, e na minha é claro. Então decida. Meu filho ou sua carreira. “


A voz que ouvia na mente e lhe tirava o sono era de Victória. Não sabia como ela havia descoberto que dormia com Maximiliano, já que Maria Desamparada, temia que ela soubesse pois já havia escutado pelos corredores da casa de moda, quantas modelos já quiseram enganar sua chefe e filho e como elas terminaram. Mas que diferentes delas, Maria Desamparada só queria seguir trabalhando para buscar as realizações de seus sonhos e seu êxito profissional para mudar de vida e não usar Max em um golpe da barriga para fazer isso. Já que com ele, ela só estava tendo um sexo casual que ambos estavam em acordo naquele relacionamento aberto e sem pressões. Mas que agora ela se via tendo que decidir sobre seguir tendo o que tinha com o filho de sua chefe e sua carreira. O que para ela já era demais se ver ter que tomar tal decisão. Já era demais porquê sem dúvidas ela tinha uma resposta certa para aquela escolha.


Ela sentou na cama de seu quarto novo, dentro de seu apartamento também novo localizado em um bairro tranquilo e perto do centro da cidade, que pagava com Vivian nele um aluguel mais alto do que pagavam na vila simples que viveram. Agora as duas trabalhavam em empregos bons e por isso começavam a viver melhor. E  Maria Desamparada só pensou que a pouco tinha financiado seu primeiro carro. O que era uma conquista que conseguiu graças ao seu trabalho. E por mais isso ela não poderia perde-lo. Se perdesse, Vivian não conseguiria sustentar sozinha agora os gastos do novo lar que tinham e tudo que estavam conquistando como duas órfãs, se resumiria a nada. E para quê e porquê botar a perder tudo? Maria Desamparada se fez essa pergunta.


E então ela levou as mãos nos cabelos. Tinha sonhos ainda pra realizar, e estar com Maximiliano ainda que em uma relação aberta a prejudicaria. E ela suspirou profundamente certa que, entre seus sonhos e um homem. Ela escolheria os sonhos.


E assim ela saiu da cama, cobriu o corpo com um roupão rosa e saiu em direção a cozinha.



Comendo cereal no balcão, Maria Desamparada viu Vivian sentada e disse em tom de malícia.


— Maria Desamparada: Alguém parece que acordou com fome.


Vivian sorriu. Heitor finalmente dormia na cama dela já que antes tinham feito amor mais de uma vez até ele se ver cansado e se render ao sono. E então ela disse, rindo.


— Vivian: Heitor me deu fome.


Maria Desamparada riu e abriu a geladeira para pegar leite. E Vivian sabendo o que acontecia com sua amiga, perguntou.


— Vivian: Já tomou uma decisão?


Vivian esperou a resposta de sua amiga, enquanto ela já enchia leite em um copo, que disse de costa para ela .


— Maria Desamparada: Já tomei. E é a mais óbvia de todas.


E Vivian sabendo qual era mas querendo ter a certeza, disse.


— Vivian : Vai terminar o que tem com Maximiliano, então?


Maria Desamparada assentiu com a cabeça e sentou de frente para Vivian, e desabafou.


— Maria Desamparada: Sim. E sabe que na verdade não temos nada. Max foi sincero comigo, não me enganou sobre o que queria de mim e eu de livre e espontânea vontade, me entreguei a ele sabendo que só teríamos sexo. E estava gostando disso. Mas já não posso mais seguir, se meus sonhos estão ameaçados por uma aventura boba.


Vivian suspirou agradecendo aos céus que tinha Maria como sogra e disse.

— Vivian: Se Maria me desse esse ultimato eu acho que morreria. Graças a Deus ela é minha sogra e Victória Sandoval.


Maria Desamparada olhou Vivian e pensou no que ela dizia comparando assim, as irmãs como sogra e ela só pensou que Victória não estava fazendo mal a ela em dar aquele ultimato. Ela havia conversado com ela como mulher, e Maria Desamparada agradecia tal feito sem antes ser julgada ou atacada pela rainha da moda como ela sabia que ela poderia fazer e passar por cima  como um trator de qualquer modelo que estivesse com seu filho.  O que Maria Desamparada viu que Victória só deu a escolha a ela que como havia notado na conversa que tiveram, ela não teve com a idade dela. E então ela disse.


— Maria Desamparada: Victória não é uma tirana, se é isso que pensa. Ela está certa. Se abriu comigo e foi direta. A verdade é que eu preciso mais dela do que do filho dela.


Vivian riu e zoou Maria Desamparada.

— Vivian: Nossa isso soou tão lésbico.


Maria Desamparada riu também mas depois disse sério.


— Maria Desamparada : Não diga besteiras . Sabe do porquê tomo a decisão que vou tomar.  Não é só por mim é por nós duas, Vivian. Não vou deixar que um homem esteja no meio dos meus sonhos e nem nos pare logo agora que estamos conquistando nossas coisas.


Vivian deu um sorriso e buscou a mão de Maria Desamparada. A entendia e se não tinha amor na história entre ela com Maximiliano o sacrifício de pôr seus sonhos em jogo, não valia a pena . E assim ela disse.


— Vivian : Estava brincando. Sabe que estarei aqui pra você sempre e apoiando qualquer decisão sua, amiga.


Maria Desamparada levou outra de sua mão sobre a mão de Vivian e sorriu. Tinham mais que uma amizade, eram como irmãs.  E assim ela disse.


— Maria Desamparada:  Eu sei. E obrigada Vivian, sei que posso contar com você.


Maria Desamparada tomou o resto do seu leite. No dia seguinte veria Maximiliano, no próximo e no outro também. Ela teria o feriado todo para terminar o que tinha com ele . O que ela acreditava que seria tão maduro o término do que tinham, como começaram.


Pela manhã, Victória amanhecia trocando fraldas. Não era a primeira vez que trocava fraldas de sua sobrinha, mas já fazia muito tempo que fez aquilo e pensava que depois de Bella já não levava jeito para lidar com elas.


Além de que, Estrela era uma bebê agitada, que já com um ano não parava. Que assim nua da cintura pra baixo, ela andava no colchão da cama dos tios enquanto ria. Victória, de fralda na mão, a chamou se debruçando sobre a cama e sentiu um estralo nas costas com o movimento. E ela pensou que ter ido dormir com duas crianças na cama não tinha sido uma ideia sensata. E assim, Heriberto apareceu vestido para trabalhar, mas só no posto, já que se ausentaria do hospital começando com aquele dia. E assim ele viu Victória de mãos nas costas e Estrela como estava sem fralda, rindo dela no meio da cama.


E assim ele disse com graça da cena.

— Heriberto : Alguém está tendo dificuldade aqui.


Victória gemeu de bruço na cama e mão nas costas. Ela ainda vestia a camisola que foi dormir e estava naquela guerra com a sobrinha para vesti-la e depois ela se vestir. E assim ela se virou deitando na cama e olhou Heriberto . E ela reclamou.


— Victoria : Essa menina é terrível. Não tenho mais idade pra isso, Heriberto.


Estrela de repente se jogou no peito de Victoria rindo alto e querendo brincar, e Heriberto pegou a fralda limpa jogada na cama e disse rápido.


— Heriberto : Segure ela.


Victória segurou a sobrinha a abraçando com seus braços em volta dela, já que ela estava de barriga para cima,  que quando viu que foi presa, ela começou gritar e chamar pela mãe. E Heriberto ergueu as pernas dela, botou a fralda embaixo do bumbum dela com ela sacudindo as pernas desesperada e depois fechou a fralda e a pegou no colo e disse rindo.



— Heriberto : Pronto. Não precisava de tantos escândalo .


Estrela suspensa no ar sacudiu as pernas gritando e Victória saltou da cama e disse, ofegante.


— Victória : Tenho certeza que ela puxou seu irmão. Maria foi um anjo de criança.


Ela passou as mãos nos cabelos e viu Heriberto colocar a sobrinha deles no chão, o que fez ela parar de gritar.



E assim Víctoria disse, vendo Estrela andando no quarto deles toda feliz outra vez.


— Victória : Depois que deixar o trabalho, me ligue . Vamos almoçar e depois ao supermercado.


Heriberto assentiu e riu achando graça da programação que estavam tendo naquele dia. E então ele disse.

— Heriberto : Trocamos fralda depois de anos e agora vamos ao supermercado. Estamos quebrando nossa rotina.


Ele riu e depois a beijou nos lábios e saiu do quarto para ir ao trabalho. E Victória vendo que Estrela deixava o quarto, pegou seu celular rápido na penteadeira e ligou para o pai. Logo a babá de Maria chegaria para ir com as meninas para casa do avô, que para isso, ele tinha que chegar para levá-las.


Elisa trombou com Estrela só de fralda e blusinha no meio do corredor. Ela tinha a mochila da faculdade nas costas e pegou a menina nos braços e disse.


— Elisa : Aonde ia princesa?



Victória apareceu desligando o celular, que não teve resposta em sua chamada e disse.


— Victória: Oi, meu amor. Vejo que encontrou essa fujona.


Elisa riu para Estrela que estava em seus braços e disse admirando novamente o tamanho que sua prima já estava.



— Elisa : Como foi que ela cresceu tão rápido que eu não vi?

Ela deu a menina nos braços da mãe e Victória arrumou a blusinha dela com carinho, e disse.


— Victória : O tempo está passando rápido, minha filha.


Como Elisa ia para faculdade, ela desceu com Victória que seguiu com Estrela nos braços, ouvindo desde já a mãe reprisar algumas ordens por pela noite a casa ser só dela e de Maximiliano por mais de um dia. E Victória quando esteve na sala só com sua sobrinha viu que a babá da menina chegava . E Victória suspirou agradecida pela ajuda agora que teria com Estrela para que ela pudesse começar se vestir para ir para casa de moda, o que passaria apenas o período da manhã nela, depois voltaria pra casa faria as malas e iria no bendito supermercado com Heriberto. O que ela começava pensar em todos fazeres que tinha naquele dia antes de pegar a estrada, o de ir ao supermercado parecia que seria o mais difícil. Já que ela não lembrava mais da última vez que precisou entrar em um pra fazer compras . Afinal, tinha quem fizesse a despesa da casa para ela e agora iria ao lado de Heriberto, que tão pouco tinha costume de pisar em supermercados.




E mais tarde. Victória já estava na casa de moda. Enquanto, Estrela e Isabela já estavam com o avô, uma babá e a governanta de confiança que trabalhava pra ele .


Na correria, Victória saia da sala de reunião com uma pasta, Antonieta a seguia. Uma viajem logo se aproximaria de novo para nova York, mas agora só Victória precisaria viajar, já que ela trataria da matéria tendo a imagem de Maria, ela querendo ou não estampando a capa da revista. Também tinha um desfile em andamento. Tantas coisas e Victória suspirou, pensando que aqueles dias retirada dos negócios, a faria bem para voltar de cabeça para ele na próxima semana. Quinta, sexta, sábado mais uma parte do domingo fora da capital, era como uma mine férias mas entre família e Victória pensou em Estevão incluído nela e revirou os olhos.


E assim que sentou na mesa dela, Antonieta disse, quando a viu tocar a testa de cara feia.



— Antonieta: Não se preocupe Victória com nada, só terá até amanhã sem você aqui. Deixaremos tudo em ordem para segunda com seu regresso.


Victória então desmanchou a cara que fez já que não estava preocupada com os negócios e sim com o fato que passaria mais de um dia no mesmo lugar que Estevão. E sorriu antes de dizer.


— Victória : Eu sei que sim, Antonieta. Sei como é competente. Você é meu braço direito aqui. Minha cara de aborrecimento, é que pensei em meu cunhado . Terei que suporta-lo todo o resto do final de semana.


Antonieta riu e brincou.

— Antonieta: Sei que no fundo se amam.


Max bateu na porta da sala de Victória e já entrou, e Antonieta pegou a pasta da mesa e saiu mas não antes de desejar bom feriado para Victória. E assim, Max de cara lisa disse.



— Max : Então essa noite a casa já vai estar liberada pra mim e Elisa.



Victória sentada por trás de sua mesa, arqueou a sobrancelha segurando um sorriso com a cara de sínico que seu filho mais velho havia feito e disse.



— Victória: Sim. Mas nada de orgias em nossa ausência, Max. Vou fazer Elisa ficar de olho em você.

Maximiliano riu de lado em pensar que se ele marcasse uma orgia Elisa não ia poder falar nada. E então ele disse, rindo.


— Max : Que falta de confiança em mim Sandoval. Ando só com uma ultimamente. Acho que estou ficando enferrujado.


Victória saiu do seu lugar. Ouvir Maximiliano falar de suas conquistas foi a deixa para ela falar daquele assunto com ele também já que havia conversado com Maria Desamparada no dia anterior.   E assim ela disse.


— Victória:  A mamãe sabe que não fica só com uma, por isso tanta dor de cabeça que me deu filho. Mas se fala de Maria Desamparada. Deixe ela. Quero ela focada no trabalho. E que não seja mais uma que me traga problemas.


Ela pelas costas de Maximiliano tocou os ombros dele subindo as mãos e apertando em uma massagem. E Max girou a cadeira para olha -lá de frente e mentiu.

— Max : Mãe nem estamos juntos. Eu juro. Isabela não sabia do que falava ontem no café. Devia esquecer.


Ele beijou a mão dela . E Victória torceu o lábio. Havia tido uma conversa franca com Maria Desamparada, assim como Heriberto havia pedido pra ela ver qual era as intenções da moça antes de mais nada. E como viu, ela só queria Maria Desamparada focada no trabalho. Victória havia criado muitas modelos, e umas até começaram fazer carreira internacional, e ela acreditava que Maria Desamparada futuramente poderia ser mais uma, que para isso suceder ela teria que fechar as pernas para o filho dela para assim ela confiar que todo seu trabalho não seria em vão. E fez e disse o que precisava ser dito para a jovem que ela viu que ambiciosa também o que ela devia escolher. E agora deixaria claro a Maximiliano que ele devia deixa-la em paz também. E assim, disse começando desmenti-lo.

— Victória : Sei que está com ela meu bebê, não minta pra mim. Mas procure outra. Não seja egoísta.  Aquela menina pode conquistar coisas que nunca teve, se insiste nesse seu capricho, serei obrigada deixa-la de lado, porquê não vou perder meu tempo com alguém que só pensa em crescer em cima do meu filho.


Maximiliano riu com o final das palavras de Victória pensando malícia. Já que era Maria Desamparada em cima dele que ele queria ter mesmo. O resto ele não se importava. Não se importava nem com suas próprias obrigações e objetivos. E então ele disse, quando ficou em pé e cruzou os braços.



— Max : O que tem pra ela?


E Victória logo respondeu a curiosidade do filho.

— Victória : Muitas coisas que um pênis não daria . Apenas uma rainha da moda. Ou seja, eu . Então seja bonzinho e me obedeça. Não tire mais uma modelo de mim.


Maximiliano ficou calado enquanto Victória levou a mão no rosto dele e fez carinho.  Ele sabia que se não obedecesse ela, teria problemas mas ele só tinha imagens de Maria Desamparada linda e nua para ele. E ele só pensou que nem morto se afastaria do meio das pernas dela.


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