Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 38
Capítulo 38




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Olá lindonas, aqui está o capítulo que eu havia prometido. Espero que gostem.




Dias depois.

— Cristina : Estou nervosa, Frederico.

Em uma cama própria para um exame de ultrassom, Cristina sussurrou apenas para Frederico ouvir. Ele estava em pé ao lado dela segurando em sua mão enquanto esperavam o médico obstetra aparecer novamente na sala que estavam.

Tinha passado algumas semanas de espera para aquela consulta, que depois dela, iriam para a capital. Como vinha prometendo, Frederico já tinha deixado tudo pronto para passar mais do que uns dias fora de suas terras com sua mulher. Porquê sim. Cristina era a mulher dele como todos já sabiam. Depois de declarar que o amava, Cristina só queria desfrutar mais daquele sentimento ao lado de Frederico e que sentia que tinha perdido tanto tempo desperdiçando aquele amor que ela pensava que foi feito na medida deles, a fórmula perfeita que só depois de dez anos tinha compreendido ela. E agora, ao expor o que sentia, Cristina só queria recuperar todo o tempo que cegando seus sentimentos não entendeu que, o que sempre trazia ela de volta para os braços de Frederico, também era amor. E agora tudo fazia sentido. Não era sozinha mais, tão pouco ele. Que olhando a mão de Frederico segurando suavemente a dela, Cristina só pensava que não voltaria a solta-la nunca e nem desejaria que Frederico o fizesse. Que por isso juntos como estavam, iriam para a capital e as pessoas que realmente os importavam veriam o amor os moldando. Parecia loucura descobrir amar alguém em 2 meses, quando se viveu ao lado desse alguém por dez anos e não percebeu. Mas era uma loucura que Cristina queria viver. Ela e Frederico se casariam e seriam pais. Quem os vissem ali e os conhecessem como já foram, não acreditariam fácil.  Mas era real.  Quando o médico entrou de volta na sala, Cristina puxou o ar do peito com força. O que estava vivendo era tão real como o ar que não podia ver mas necessitava para respirar.

A barriga dela estava redonda e linda, levava 5 meses recentes completados e já havia chegado o momento de saberem o que estava crescendo dentro do ventre dela, era menina ou menino.

E então Frederico acariciou a barriga dela com a mão livre. Ele apostava em menino e Cristina não fazia aposta alguma. Ouvia falar que na maioria das vezes, as mães sabiam sempre o que levava no ventre, sabiam como se fossem uma telepatia passada de mãe pra filho, algo que ela não sabia explicar que ao que parecia só mães podiam sentir. E era um ponto a menos para ela que ia ser mãe e não sentia nada do que já ouviu. 

O mais um obstetra que acompanhava a gravidez saudável que Cristina tinha até aquele momento, começou fazer o exame de ultrassom nela. O gel posto na barriga de Cristina fez o coração dela acelerar. Sabia da aposta que Frederico tinha feito que pensava que era um menino. E isso só a fazia pensar se fosse menina. O decepcionaria? Ele a deixaria sozinha com uma criança? Em relação ao amor, ela se enchia de ilusões, mas em relação ao ser mãe, ainda seguia cheia de medos. Cristina sabia que, homens naturalmente sempre queriam ser pais de meninos, principalmente quando eram pais pela primeira vez. Ela lembrava de seus cunhados que tiveram primogênitos  homens como filhos e temeu ser ela das irmãs que não daria essa alegria ao homem que amava. Octávio Sandoval sempre quis ter um filho, pelo menos quando ainda tinha as três filhas mulheres ainda crianças, que Cristina também podia lembrar de algumas falas dele para a mãe dela e até para ela e suas irmãs. Ela tinha certeza que se ele pudesse ter escolhido, as três seriam homens. A verdade era que por mais evoluído que o mundo estava se tornando, os homens se alegravam mais em ser pais de meninos. A definição de gêneros, até entre as cores, como o rosa e o azul entre as crianças ainda contava muito pra sociedade deixando tão evidente quanto preferência dos pais em desejar o enxoval todo azul. E Cristina se perguntou, se para Frederico que tinha uma natureza mais do campo, não seria diferente do pai dela e toda raça de homens que exigiam serem pais de meninos. Ele era dono de terras que com todos seus bens, ela sabia que futuramente tudo teria que ficar nas mãos de alguém, e por que não nas mãos de um filho homem? Talvez Frederico quisesse mais que tudo um menino para tomar o lugar dele naquelas terras. Só não falava isso a ela.

E ela respirou nervosa e de olhos fechados. Não queria ver a cara de Frederico se o filho que ela esperava fosse menina. Não queria nem prestar atenção no que ouvia, já que começou ouvir Frederico sempre o mais interessado em todas consultas que iam, perguntar sobre o filho deles. Ela ouvia o médico falar, do peso do bebê, o tamanho, falar de cada parte do corpo dele, até que ela ouviu a palavra vagina . E os olhos dela assombrada buscou a tela rapidamente. E a bebê estava lá de pernas abertas, mostrando que era uma menina. Os olhos de Cristina se inundou de lágrimas enquanto parecia que seu coração batia do lado do seu ouvido de tão forte que estava. Se Frederico fizesse algum comentário ruim, se ao menos ao olha-lo de modo que ela entendesse seu descontentamento em ser pai de menina, ela sentiria que morreria por dentro.

Mas Frederico emocionado, buscou a boca dela e a abraçou forte depois do beijo dado cheio de euforia. E Cristina tremia de lágrimas nos olhos, não sabendo o que dizer perante a reação que via dele. E depois que Frederico a beijou novamente em um beijo rápido, ele disse, ainda emocionado.

— Frederico : É menina! Vamos ter uma menina! Obrigado, Cristina! Vamos ter uma filha, meu amor!

Ele a beijou de novo sem deixar de falar, sem poder se conter e dessa vez ela riu chorando nos lábios dele. Era claro que ela não esperava tal atitude de Frederico. Era mais certo para ela, uma clara decepção nos olhos dele, mas uma aceitação de cara? Isso não! A verdade era que, Cristina passou todos aqueles anos envolvida com Frederico, mas só estava o conhecendo de verdade vivendo com ele.

E assim ela disse, com lágrimas escorrendo entre suas bochechas.

— Cristina : Está feliz? Está feliz de verdade, Frederico? Está feliz meu amor?

O médico viu que precisavam de um momento a sós e os deixou depois de avisar que faria. E então Frederico, limpou os olhos dela e disse.

— Frederico : Claro que estou feliz, Cristina. Vou ser pai de uma menina, que se for como a mãe será linda.

Cristina suspirou e fechou os olhos, como que estivesse nas nuvens . E sussurrou sem olha-lo.

— Cristina: Apostou que seria homem achei que falhava com você quando viu que não era.

Ela tocou os olhos passando os dedos neles. Havia se tornado tão chorona, mas seria pior se fosse uma chorona sem Frederico ao lado dela. E ele então deixou um beijo no meio da testa dela e depois sorriu. Tinha feito uma aposta que a maioria dos pais faziam em uma conversa sobre seus futuros filhos, mas para ele ter um filho independente do sexo, seria uma benção, a família que ele buscava ter ao lado de alguém, que para sua sorte era Cristina que agora o amava. E assim ele disse.

— Frederico: Olha pra mim Cristina. Fiz uma aposta que qualquer pai faz . Mas não significava que não queria uma menina. Cristina, meu amor. Eu queria uma família com você e está me dando isso. Como não estar feliz?

Cristina sorriu e tocou no rosto de Frederico que tinha o dele no modo que estava perto do dela. Iam ser pais de menina e que ela gostaria de querê-la como Frederico queria desde quando descobriu que ela esperava um filho. E então ela pediu.

— Cristina : Me ajude, me ajude com essa menina a ser tão maravilhosa como mãe dela, como será como pai dela. 

Frederico pegou na mão de Cristina e juntou com a dele, beijou e depois disse, a olhando nos olhos.

— Frederico : Eu prometi que ia estar com você todo o tempo. E estarei sempre aqui e para as duas meu, amor. Vou ajudar você. Não tenha medo, hum.

Cristina suspirou entre lágrimas. Estaria ela vivendo seu próprio conto de fadas ou era uma ilusão?

E na capital.

Na mansão de Heriberto e Victoria.

Ela descia as escadas de bolsa na mão. Estava bela e sobre lindos saltos violeta para ir para casa de moda. Naquela semana que estavam, tinha um prolongado feriado que, Maria tinha programado o que iriam fazer nele. Tinham 4 dias de descanso, depois da quarta – feira que estavam e com Cristina na capital, Maria queria as três no chalé da mãe delas e que incluíssem na mala delas, seus homens. E Maria com Estevão iria primeiro e depois ela com Heriberto e Cristina com Frederico.

E para dar tudo certo os planos que tinham para o feriado, a rainha da moda e também mãe, tinha que dar as ordens em casa com seus filhos que ficariam.

E assim ela apareceu na mesa. Os três filhos estavam tomando café juntos ao pai . E ela sorriu. Tinha uma família linda e que ela amava com todo seu ser.

E então ela cumprimentou primeiro cada um dos filhos e depois antes de sentar, beijou os lábios de Heriberto e sentou ao lado dele na mesa que estava montada com um delicioso café da manhã.

E assim, ela começou lançar ordens.

— Victoria : Depois de amanhã vão estar sozinhos em casa mais com uma criança que estou confiando no cuidado de vocês. Elisa e Max, falo com vocês. Os dois irão cuidar da irmã de vocês!

Max olhou para Victoria e Elisa fez o mesmo, estavam conversando enquanto Isabela brincava com a comida dispersa no que a mãe falava.

E Heriberto depois beber de seu café ele disse, ao lembrar do recado que havia recebido mais cedo pela secretária de seu sogro.

— Heriberto : Meu amor, Octávio quer pegar Isabela e Estrela para estarem pelo menos um dia do feriado com ele. Assim a secretaria dele disse.

Victoria torceu o lábio olhando a sua frente sua menina de nove anos, que quando ouviu agora o pai dela falar, pareceu se importar com a conversa. Mas Victoria como deixava visível a todos, não aprovava a vida que o pai vivia.  Ele era cercado de mulheres mais jovens que só se importavam com os luxos que ele poderia dar. Então como confiar a ele um de seus tesouros? Ainda que durante os 9 anos de Bella assim como seus irmãos já tiveram dias longes dela e Heriberto para estar do lado do avô, mas Octávio parecia estar mais sem juízo do que os próprios netos homens. E assim, ela disse, servindo suco em um copo.

— Victoria: Não sei se Maria confia Estrela com ele, Heriberto. Mas não confio nossa filha com ele. Cada dia meu pai está com uma mulher, e sabemos como é as que ele se envolve. Elas não tem um pingo de caráter. Todas são novas demais e oportunistas. Então como teremos garantias que ele não vai deixar as meninas sozinhas e preferir a libertinagem com elas?

Heriberto suspirou e limpou os lábios. Nunca tinha queixas de Octávio como avô. Mesmo carrancudo como era, os netos que tinha os queriam bem, porque Octávio era um bom avô mesmo não sendo presente sempre. O que Heriberto não queria julgar a conduta do sogro como homem e avô. Que como homem claramente ele errava mas que ele também não o condenava como Victória e as irmãs faziam. Mas como avô ele não errava. E então ele disse.

— Heriberto : Não é segredo como é as mulheres que ele gosta, meu amor. Mas não vamos julgar seu pai por conta disso. Porque estamos falando do avô que quer estar com as netas, o que eu acho que ele não iria deixar de dar as devidas atenções as elas. Sabe que, o que não falta na casa de seu pai é alguém para auxiliá-lo. Ele não ficaria só com as meninas.

Victoria suspirou calada. Em certa parte Heriberto tinha razão. Octávio tinha muitas casas na capital, e sempre tinha funcionárias do lar para auxiliá-lo, além do que, se Maria permitisse Estrela ficar com ele, ela tinha certeza que ela mandaria a babá junto. Além do mais, a raiva dela era mais quando ele estava cercado de oportunistas. E ainda indecisa, ela ouviu Max dizer na mesa.

— Max : Eu concordo com meu pai, mãe. Deixa o velho Sandoval com as netas um pouco.

Elisa deu um riso achando graça das palavras de Maximiliano. Conhecia ele e sabia que ele só concordava com o pai deles para se livrar da responsabilidade de cuidar de Isabela junto com ela.  E assim ela disse rindo.

— Elisa : Max, só concorda porque quer se livrar da responsabilidade, mãe.

Max jogou uma uva de um cacho que tinha no meio da mesa entre outras frutas, nela e os dois riram. Porque na verdade nenhum queriam ser babá naquele feriado.

E Victoria então vendo a graça dos dois na mesa, disse séria.

— Victoria: Parem vocês dois. Ninguém vai fugir de nada! E domingo bem cedo, queremos vocês lá com a gente e então voltaremos juntos pra casa. E não vamos falar mais nisso!

E Elisa então quando ouviu os planos da mãe de reunir a família no último dia do feriado, disse.

— Elisa : Domingo eu tenho compromisso mãe.

Victoria parou seu garfo que tinha em uma tigela de frutas vermelhas fatiadas e olhou desconfiada para Elisa. Ultimamente a via mais distante, mais desinteressada quando o assunto era estar entre eles, entre a família. E assim ela a questionou.

— Victoria : Com quem terá esse compromisso? Quem é mais importante do que sua família, minha filha?

Elisa sentiu seu coração acelerar e Max notou a cor do rosto dela mudar. Elisa não era a filha que escondia coisas, tão pouco era a irmã que tinha algo a esconder. Mas ele a observava há dias e notava ela fazer o que nunca fazia, como esconder algo que ele sentia que ela passava a esconder. E que esse algo a deixava como ela estava, claramente em apuros sobre os olhos investigador da mãe deles. E então ele disse para tirá-la do apuro que estava, ou deixa-la em outro .

— Max : Ela está namorando Leonel.

Heriberto que ficou apenas esperando Elisa dizer algo perante a pergunta de Victoria, disse claramente contente já que apreciava Leonel por Estevão tê-lo como filho e saber como era a conduta do rapaz.

— Heriberto : Está namorando? E Leonel? Ele é um ótimo rapaz filha.

Elisa buscou rápido os olhos de Max que estava na frente dela querendo estrangula-lo. Se a intenção dele era salva-la das perguntas da mãe e coloca-la entre a mira do pai deles, ele estava de parabéns. E então confuso Max passou a sua mão na nuca e olhou para Heriberto na mesa enquanto Elisa fazia o mesmo para respondê-lo.

— Elisa : Max está mentindo papai! Não estou namorando!

A voz de Elisa não saiu segura como gostaria e Victoria a encarou a vendo desviar o olhar que só sustentou por alguns segundos no olhar de Heriberto.

E Bella soltando o que sabia, disse entregando Maximiliano e inocentemente trazendo mais um tema na mesa que trairia dores de cabeça pra mãe.

— Bella : É Max que está namorando a Maria Desamparada.

Maximiliano buscou com os olhos da pequena que sentou na ponta da mesa e ela se encolheu no lugar. Depois do primeiro passeio que teve com o irmão e Maria Desamparada, ela teve mais dois e o último foi quando ele a pegou na escola. Ela gostava dos dois juntos ainda que juravam que não estavam namorando a ela.  E sentindo que seu bom humor que sentiu que havia acordado naquela manhã, estava com o segundos contados, Victoria disse brava, agora questionando seu filho mais velho.

— Victoria: Como? Está namorando minha modelo, Maximiliano? Não acredito que vai me obrigar entrar em mais brigas jurídicas por você outra vez não saber segurar suas calças no lugar!

Heriberto deu um sorriso discreto na mesa cheio de vontade de soltar o famoso, eu avisei pra Victoria.  Porque desde do princípio sabia que o filho deles não faria carreira ao lado dela. Não com tantas belas distrações desfilando de saias pra todos os lados da empresa dela. Por isso, não tinha se ilusionado, ainda que reconhecia que em todos aqueles meses que via Max trabalhando com ela, o fazia ter pelo menos algumas horas de ocupação e responsabilidade. E então ele disse, tentando esconder o sentimento que sentia de ter estado certo o tempo todo.

— Heriberto: Sabe que nosso filho é assim Victoria. O que tem de novo, hum?

Ele fatiou tranquilo a panqueca doce que tinha no prato dele e levou na boca para não rir alto da cara que Victoria já vermelha fazia. E Max por fim disse.

— Max : Mãe, até o coroa sabe que sou assim. Por que criar caso?

Ele deu de ombro . O que tinha com Maria Desamparada não era namoro como Isabela havia dedurado. Mas que depois de tanta insistência dele, e entre tapas e beijos roubados ele tinha conseguido o que queria. Se surpreendendo com a mulher que Maria Desamparada era. Madura e nada artificial.

E Victoria sentindo que nem poderia mais seguir com seu café da manhã. Disse, brava depois que ouviu Max e Heriberto.

— Victoria: Por que criar caso? Sabe o que acontece quando você se envolve com minhas modelos, Maximiliano! E você também sabe, Heriberto!

Ela buscou os olhos de Heriberto toda brava e ele respirou fundo.  Não iria esquentar a cabeça, não mais com quem Maximiliano quisesse se meter entre as pernas . Na verdade, estava desejando que sua única preocupação com ele fosse sua falta de controle carnal e seu futuro jogado as traças, como antes eram. E  assim ele disse a Victória, enquanto os três filhos deles, os olhavam.

— Heriberto : Botou a abelha em uma fonte de mel, o que queria? Agora não reclame, Victoria.

Victoria bufou jogando o guardanapo que tinha no meio das pernas na mesa e  Elisa riu junto a Maximiliano com as palavras de Heriberto. Parecia que só Victoria havia esquecido que aquilo poderia acontecer. E Bella, por ter escutado a palavra mel, disse sem entender o porquê usavam ela na mesa.

— Bella : Eu gosto de mel. Queria mel agora.

Ela mordeu um pedaço de bolo. E Victoria tocou a testa e depois cobriu o rosto todo com as mãos e disse, se lamentando mais pela perca da modelo do que com o fato que Heriberto com toda razão havia dito, que ela tinha colocado o filho na fonte de mel, do mel das modelos que ela criava com tanto suor.

— Victoria: Eu gostava tanto de Maria Desamparada. Agora todo meu trabalho com ela será jogado fora!

Prevendo toda dor de cabeça que Maria Desamparada podia lhe dar, Victoria já desistia dela. Até que Heriberto disse, tocando no ombro dela .

— Heriberto : Talvez não seja, Víctoria. Não faça drama, meu amor.  A moça pode ser profissional e saber separar as coisas.

Victoria tirou a mão do rosto e bateu na mesa. Ninguém ali poderia entende-la. Longe da família, ela era a rainha da moda e já tinha o futuro de Maria Desamparada já desenhado na sua mente e estava fazendo ele acontecer, mas do que com as outras. A moça era novata mas tinha se destacado tanto que ela mesma a pegou para treina-la e visar de perto seu desempenho . Mas então, Maximiliano entre tantas outras modelos se meteu com ela. E assim ela respondeu Heriberto.

— Victoria: Não é drama Heriberto! É a verdade! Maria Desamparada tinha um futuro que eu mesma estava ajudando criar. Mas agora vejo que ela foi mais uma que botou os olhos em nosso filho! Agora é só contar os dias para ela aparecer dizendo que está grávida dele e querer roubar nosso dinheiro como as outras tentaram!

Maximiliano sentiu vontade de deixar a mesa. Aquelas questões que Víctoria levantava nunca o tinha afetado, na verdade, quando acontecia ele sempre a buscava para socorre-lo. Mas daquela vez em ouvir que Maria Desamparada podia fazer o mesmo que algumas modelos que ele havia se envolvido, o incomodou. Pensava que ela não faria aquilo. Que não o usaria assim. Mas sem ter o valor de falar por ela, ele ouviu Elisa dizer.

— Elisa : Calma aí mamãe. Primeiro, até agora Max não confirmou com todas as letras que está com Maria Desamparada. Segundo, não é porque outras modelos quis enganar ele e a senhora, que Maria Desamparada também vai fazer igual. Ainda que tenha mulheres que dão motivos para que sejamos ofendidas em geral, nem todas somos um par de oportunistas.

Victoria revirou os olhos perante as palavras de Elisa. Sentiu que ela tinha razão. Não poderia acusar Maria Desamparada daquela forma. Mas já tinha passado por episódios suficientes como os que acusava Maria Desamparada para ser ingênua. E então ela disse.

— Victoria : Ótimo agora vai me ensinar a entender mulheres, filha! Sou uma e que não esperei nada do seu pai para ter o que conquistei hoje.  Mas convenhamos que tem outras, que buscam um caminho mais fácil para crescer na vida. E engravidando de um jovem tolo e rico como seu irmão é, é o caminho mais fácil!

— Max : Mãe!

Maximiliano disse ao sentir ofendido pelas últimas palavras de Victoria, que ela brava apenas o fulminou com os olhos. E Elisa, depois de passar um lado de seus cabelos ruivos pra trás da orelha, seguiu disposta a defender as mulheres.

— Elisa: Eu sei mãe que meu irmão não é muito inteligente. Só não quis que incluísse todas nós por meia dúzias.

E Max então voltou a dizer para se defender agora da irmã que o colocava também como o desprovido de inteligência.

— Max : Eu sou inteligente, Elisa . Muito inteligente!

Max prendeu o olhar nela, parecendo querer dizer algo a mais e Elisa fez o mesmo gesto com a cabeça que Victoria fazia quando queria se sair superior a alguma situação, e até mostrar ser superior a alguém, que era erguer a cabeça, empinar o nariz e cerrar os olhos ao seu alvo. E Max sentiu ser fuzilado por ela, que disse, fazendo ela baixar a guarda.

— Max: Acaba de dizer que nossa mãe não pode julgar as mulheres por meia dúzia, mas vocês dizem que todos homens são iguais. Cadê os direitos de igualdade?

E Heriberto então o respondeu rápido, querendo debater aquele assunto “polêmico” .

— Heriberto : Penso que seu irmão tem razão, filha. Vocês dizem que todos somos iguais e depois se doem quando alguém faz o mesmo com vocês.

Heriberto e Maximiliano se olharam com cumplicidade, enquanto cruzaram os braços juntos a espera das mulheres responderem a questão da injustiça que sentiam, até que Victoria disse nada calma.

— Victoria : É porque são! Vocês homens são todos iguais! E só querem uma coisa.

— Bella: Que coisa é mamãe? 

Como que tivessem esquecido Isabela na mesa, os adultos se olharam quando a ouviu. Era hora de deixarem o que falavam para outro momento. E então, Max disse, vendo um pedaço do seu pão integral com requeijão no prato em sua frente.

— Max : Pão com queijo e geleia de morango . Todos os homens querem que as mulheres lhe sirvam isso de café da manhã.

Max então pegou uma colher encheu de geleia e pôs no pão dele e então Bella disse, com cara de nojo de ver ele misturando o salgado do requeijão com o doce da geleia.

— Bella : Eca que nojo, vocês meninos são muito nojentos. Eu não vou fazer isso pra vocês.

Momentos depois .

Victoria estava na sala e pegava a bolsa dela em cima do sofá para ir para casa de moda, mas antes deixaria Bella na escola. E Heriberto chegando por trás dela, disse .

— Heriberto : Espere, Victoria. Quero saber se está calma antes de ir . Se te conheço o assunto da modelo que Max está, não acabou naquela mesa.

Victoria então de bolsa entre os braços o respondeu, convicta do que faria.

— Victoria: Está certo Heriberto, o assunto pra mim não acabou. Vou conversar com ela. E se eu ver que terei um problema, cortarei a erva daninha que estou cultivando pela raiz.

Heriberto enfiou a mão no bolso da calça. Diferente dela, só iria trabalhar mais tarde. E então ele disse em relação a modelo.  

— Heriberto : Como eu disse na mesa, conhece nosso filho. Então antes de ataca-la tenha certeza das intenções dela. As vezes a carne é fraca e sabemos muito bem disso.

Victoria suspirou e sentiu o passado dela a condenando. Teve um namorado e ex namorado que tinha se convertido em um amante, que resultou em uma gravidez com ela de início na faculdade. A carne era sim fraca e poderia trazer consequências depois. Como a qual eles estavam enfrentando.  E sem dizer nada, ela ouviu ele falar quase em um sussurro aonde estavam.

— Heriberto : Já está completando um mês de espera, quando sai esse DNA, Victoria?

Como que fosse a cereja do bolo que faltava pra pilhar mais o dia e a cabeça de Victoria o que Heriberto perguntava, a fez desejar nem ter se levantado da cama. Que mesmo querendo correr de volta para o quarto e se esconder do dia nada bom que poderia ter, ela o respondeu.

— Victoria : Semana que vem Heriberto.

E ele então a respondeu, impondo o que ia ele mesmo fazer.

— Heriberto : Quero buscar o resultado eu mesmo . Me passe o endereço da clínica que fez o exame. Que se tivesse feito no hospital que trabalho, já teríamos esse resultado a muito tempo.

Victoria assentiu .  Sobre a questão de fazer o exame no hospital que Heriberto levantava, não iria nem debater, já que tinha feito tudo em segredo com Osvaldo e não queria  recorda-lo desse fato.

— Victoria : Passo mas...

Heriberto viu claramente lágrimas quererem se formar nos olhos de Victoria, que desviou dos dele antes que ela completasse o que queria falar. E então ele disse.

— Heriberto : Mas o que?

E ela então voltou olha-lo e o respondeu baixo.

— Victoria : Não abra sem mim.

Heriberto apenas assentiu, e Bella chegou com Elisa, fazendo com que eles encerrassem o assunto ali mesmo.

Enquanto na mansão San Román .

Maria descia as escadas apressada. Levava uma bolsa de bebê em um lado do seu braço e Estrela no outro . A menina havia acordado tagarela, não deixava de balbuciar palavrinhas novas que pouco se entendia e gritavs . Ela já tinha 12 meses, um ano e Maria via que o tempo estava passando rápido. E assim que ela apontou na ponta da escada, Estevão apareceu vindo do escritório segurando a bolsa dela que tinha ido buscar, e a beijou nos lábios e disse.

— Estevão: Vamos?

Ele iria levar primeiro Estrela na escolinha e depois deixar Maria na prataria e só então ir para  delegacia.  E então saíram os três da mansão. E mais tarde no carro, Maria do lado de Estevão enquanto ele a deixava no trabalho, depois de já ter deixado junto a ela Estrela na escolinha, ela disse para lembrá-lo do compromisso que em mais tarde teriam.

— Maria : Não esqueça de nossa sessão hoje Estevão. 

Estevão assentiu mas antes dela ir, ele a segurou no braço. Estava cheio das terapias, que para ele não via efeito algum, não, vindo do terapeuta. E assim ele disse.

— Estevão : Não acha que devíamos parar com ela? Estamos tão bem, meu amor. Hum? O que acha?

Estevão buscou a boca de Maria enchendo ela de beijinhos . A contrário do que Estevão achava, não estavam bem. Maria nos dias que passavam, fazia de tudo para ser a melhor esposa para ele, pensando assim que poderia reverter o que ela sozinha ocasionou . Mas tudo era feito sem ela enfrentar a verdade com ele. Que por isso, não sabia se estava certa no que pensava mas também não tirava a dúvida que estava a corroendo, que por ter confessado o beijo que há 5 anos recebeu de outro homem o tinha deixado tão inseguro e ciumento como agora era.  E tão pouco ela via aquilo se revelar nas terapias. Pois Estevão não se abria como ela gostaria que fizesse.  Mas torcia com todas as forças que logo ele fizesse aquilo para o terapeuta deles, e assim ela dialogar com ele sem ter medo de por estar pisando em um terreno desconhecido sem a ajuda do profissional, piorar mais as coisas. Mas enquanto ele não se abria, Maria seguia a risca alguns exercícios que o terapeuta começou a passar a eles como um casal. No último final de semana, fizeram um piquenique no parque ao ar livre e em família, pois Heitor esteve presente e levou a namorada e Estrela claro, também esteve.  O dia tinha sido lindo. Maria no momento pensou que não recordava mais quando teve um momento tão relaxante com sua família. Fazer o que o terapeuta dizia e o que ela achava que era certo fazer como mulher para resgatar seu marido, era o que ela estava fazendo a todo custo . E agora iriam ao chalé da mãe dela, primeiro, passar uma noite romântica com ele e depois esperar Victoria e Cristina chegar com Heriberto e Frederico. O que era mais um exercício dado pelo terapeuta a eles. O doutor Monteiro queria ver como iam se sair passando alguns dias com outros casais e Maria pensou logo nas irmãs.

E assim olhando nos olhos de Estevão ela o respondeu paciente.

— Maria : É muito cedo ainda para pararmos Estevão. Só estamos nos primeiros meses delas . Por favor, não vamos desistir agora.

Ela buscou os lábios dele e deu um beijinho e Estevão depois de suspirar, disse rendido apenas na questão das terapias porque tinha outra que não o agradava muito.

— Estevão : Está bem. Mas por que não pensa melhor nesse feriado que programou e desconvida todo mundo e fica só nós dois no chalé da sua mãe, hum? Vai ficar cheio demais aquele lugar Maria.

Maria que estava de corpo virado para o lado, voltou a estar normal. Estevão dizia besteiras, ou melhor estava só pensando no que ele queria. O chalé que passou parte de sua infância com suas irmãs e pais, era grande e espaçoso e que ainda tinha nos fundos perto da área de lazer com piscinas, uma casinha para os senhores que cuidavam do chalé morar.  E assim ela respondeu Estevão.

— Maria : Não seja ruim Estevão. Lá tem espaço suficiente para nós seis. Sei que vai me agradecer depois. Terá Heriberto e Frederico, podem ir pescar, conversar muito e relaxarem enquanto não estão na bagunça que é estar na cidade. E acho que todos nós precisamos disso.

Estevão respirou fundo. Deixaria a delegacia aqueles dias e seria substituído por outro delegado que cobria outro departamento da delegacia que ficava no prédio que ele trabalhava. Então com o trabalho não tinha que se preocupar a não ser na sua volta que sabia que encontraria tudo errado. E então ele disse, buscando uma mão dela .

— Estevão : Está bem. Mas pense que poderia ser só nós dois, só isso.

Ele beijou a mão que segurava dela e Maria suspirou, só tinha Estevão entregue aquele feriado ao lado dela ainda que queria só estar com ela, porque o tinha domado entre a pernas dela todos aqueles dias.  E assim ela disse, sorrindo para ele. Queria lembra-lo do motivo maior que o levariam pra fora da cidade.

— Maria : Parte desse feriado além de nos dar momentos com quem queremos muito Estevão, é um exercício para nós que nosso terapeuta passou. Temos que conviver com outros casais pra sairmos de nossa bolha.

Ele suspirou. Entre os casais que Maria dizia estava Victoria e então ele disse, não muito feliz.

— Estevão : Victoria vai estar lá e Cristina e então terei que competir por sua atenção . E Victoria a pior de todas, vai me provocar o tempo todo!

Estevão virou o rosto para o outro lado e bufou. Victoria e ele era como a água e óleo, não podiam ficar muito tempo perto um do outro e iriam passar quase 3 dias inteiros juntos.

E Maria vendo a cena dele, riu de lado e o tocou no ombro para ele olha-la. Pensava que deixaria ele manso como uma pomba branca, apenas na primeira noite com eles no chalé, para que assim esperassem as irmãs dela, junto aos seus cunhados chegarem.

— Maria : Seja bonzinho que ela não fará isso. E Estevão esse é o desafio. Não posso ser sua o tempo todo e 24h do meu dia, e você vai lidar com isso interagindo com seu irmão e primo também, e sem precisar que seja só comigo.

Ela beijou o ombro dele e Estevão se virou para ela. Maria vestia preto, saia, terninho, meia e sapatos tudo da mesma cor e de quebra tinha a boca com batom vermelho. O que fazia Estevão mais entregue a imagem dela . Nenhum defeito ele a encontrava nela, a não ser a insistência em não fazer daquele feriado só deles.  E assim ele disse, descontente.

— Estevão : Talvez esse feriado não seja tão interessante como me pareceu.

Maria agora bufou e foi ela que virou o rosto dessa vez. E então depois de uma intensa puxada de ar ela disse sem olha-lo.

— Maria : As vezes parece um velho Estevão quando está assim, resmungão demais.

Ela pegou no trinco da porta para sair do carro, mas Estevão pegou na perna dela e levou o rosto no lado do pescoço dela . Ele cheirou ali entre os cabelos dela soltos a fazendo estremecer e disse.

— Estevão : Eu te amo e só queria que esse feriado fosse só nós dois. É crime querer isso?

Ele beijou a pele do pescoço dela. E despertando do que ele lhe fazia sentir, Maria jogou o corpo mais para o lado da porta, fazendo Estevão perder o contato que tinha com ela e o respondeu, brava.

— Maria: Não Estevão. É sufocante!

Maria abriu um tanto a porta para sair, mas Estevão segurou o braço dela. Não a deixaria descer do carro como estava.  E assim ele disse.

— Estevão : Não vamos brigar, por favor meu amor. Não me deixe assim aborrecida como está.

Maria fechou a porta de novo e olhou para Estevão, arrumando o corpo para ficar de frente para ele. Não queria brigar. Não estavam brigando então não permitiria que justo quando iam deixar a cidade para estarem mais juntos e entre família brigassem. E então ela disse.

— Maria : Não . Não vamos. Perdoe minha impaciência, meu amor. Mas sei que vai gostar . Acho que todos nós precisamos desse momento juntos. Somos uma família. 

Maria o beijou nos lábios e depois desceu a mão entre as pernas dele e disse, apenas para lembrá-lo.

— Maria : Vamos ser os primeiros a chegar lá, a primeira noite será só nossa.

Enquanto já no céu em um jatinho.

Frederico sentado em uma poltrona de couro, da cor bege ao lado de Cristina que estava pro lado da janela e dormia, a olhava enquanto ele tinha uma pasta de documentos e uma caneta na mão. Havia deixado o trabalho mas levou parte com ele naquele jato e então ele suspirou, e deixou a pasta junto a caneta em uma mesinha ao lado dele e olhou Cristina.

Era surpreendente como os dias pareciam voar e trazer novas experiências que não tinham antes, quando estavam ligados apenas pelo desejo de estarem juntos. Até alguns dias, ele tinha medo de se entregar aos sentimentos incertos que Cristina não assumia ter, e agora se via mergulhado neles e acreditando que poderiam ser um casal de verdade. A aliança que Cristina ainda usava mostrava aquilo. E poderia o amor muda-la? Afinal o amor tinha o mudado e os anos de uma vida sem sentido que levou por bastante tempo, que agora, aos 40 anos ele queria casar e formar uma família com a mulher que via dormir e era a mesma que ele amava.  Há um tempo atrás Frederico poderia rir de tais  pensamentos e ao lado dela, e era o que deixava as coisas mais loucas. Pois agora estavam os dois descobrindo o amor juntos. E esse amor poderia vingar? Frederico se moveu para olhar para frente e não Cristina. Quando ele pensava demais vinhas dúvidas. Pensava no futuro e não vivia o presente. Havia desejado tanto ter Cristina com ele e agora ela estava e o amando.  E o que ele queria mais? Talvez só ficaria sossegado quando estivessem casados e com a filha que teriam nos braços.

E Frederico então tocou na barriga de Cristina. A mulher que não se importava muito com o amor estava mudando seu pensar, mas a mãe, Frederico via que teria que ter mais paciência com ela, que o apoio dele naquela nova fase que Cristina iria passar era fundamental. Ele tinha 40 anos e ela 27, ele sabia mais da vida e ela vivia mais intensamente tanto que desde que apareceu na vida dele, Frederico sentia que Cristina tão jovem e cheia de vida realmente injetava vida nele e agora ele ia fazer ela amadurecer seu lado desconhecido mas não matar aquela mulher que ele se apaixonou. Que foi por uma Cristina que amava a vida e que não baixava a cabeça fácil, que ele se apaixonou. E ele a queria igual mas agora sendo a esposa dele e mãe da menina que iam ter.

E enquanto se via em um meio sorriso nos lábios, Frederico pensou no nome da mãe dele. E ele pensou se Cristina deixaria ele homenagear a falecida mãe dele colocando o nome da filha deles o mesmo nome dela. Maria do Carmo. Era o nome mais belo que ele poderia pensar. Não vinha outro na cabeça. E assim ele acariciou a barriga de Cristina e ela sentiu despertando, e tocou na mão dele e disse .

— Cristina : Estou com gazes Frederico, é melhor que mantenha sua mão longe de minha barriga até o término de nossa viagem.

Frederico riu. Estava todo meloso e Cristina vinha com assunto de gazes . E então ele disse, atencioso com ela.

— Frederico : Não tomou seu remédio, hum?

Cristina agarrou o braço dele e assentiu com a cabeça encostada nele. Tinha tomado 3 remédios que o obstetra tinha receitado antes de viajarem, um era a vitamina, outro para ela não ter enjôos no vôo e o último era para prisão de ventre que ela estava sofrendo. O que Cristina tolamente acreditou que estar grávida só era carregar um bebê e engordar alguns quilos, mas sentia na pele que era mais que aquilo. Seu corpo não só na barriga, mudava sentindo todos os sintomas que durariam nove longo meses.




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