Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas, tem dois capítulos gigantes pra vcs. Bjsss



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Depois das palavras de Heriberto, Victoria suspirou. Não tinha o que responde-lo. O casamento deles passava por aquele vendaval e ainda não podiam saber que estrago ele poderia fazer. E o silêncio se fez. Victoria, segurou o choro e Heriberto foi beber mais. A discussão estava encerrada e tinham 30 dias para saber o resultado dela. E então, de fininho, Victoria deixou o escritório e Heriberto ficou nele.

E no meio da noite. Victoria deitada já de camisola, saiu da cama dela, que só tinha ela desde que se deitou. Ela não tinha conseguido dormir, havia rolado de um lado ao outro, sofrendo de insônia enquanto lembrava de cada palavra de Heriberto. Mas então inquieta, Victoria se levantou, buscou seu robe e saiu do quarto. Já era de madrugada e a casa estava em silêncio. E ela suspirou indo em uma direção, desejando buscar um consolo que ela sabia que teria mais que aquilo nos braços de alguém. E de frente de uma porta encostada, ela abriu vendo Isabela dormindo na cama dela. Estava agradecida que Elisa tinha feito o que ela tinha pedido e tirado a irmã mais nova de casa. E que em busca de um afago, como não tinha sono, Victoria a buscou certa, que a filha mais nova que ela sabia que era quem merecia a preocupação dela aquela noite com seu carinho de mãe e que sabia que receberia em troca aquele amor puro, que sentia que precisava aquela noite, faria bem as duas.

Bella, nunca tinha presenciado qualquer briga dos pais, era uma menina mansa, inteligente e amorosa, que crescia em uma típica família tradicional. E isso fazia dela uma criança que tinha uma infância tranquila e sem muitas preocupações.

E Victoria sorriu  olhando a filha que amava. Bella, era uma menina tão perfeitinha e as vezes tão madura com pouca idade por ser inteligente e curiosa com tudo que as vezes, Victoria, sentia que esquecia que ela ainda era uma menina e que precisava de atenção. E cheia de amor pra dar, Victoria,  foi até o lado da caminha de sua menina, acendeu o abajur rosinha ao lado da cama dela e se deitou de lado com ela, a abraçando de frente e ela resmungou sonolenta.

E Victoria beijou a testa dela e disse, enquanto tirava alguns fios de cabelos castanhos dela dos olhos pra vê-la melhor.

— Victoria : Deixa a mamãe dormir essa noite com você, meu anjo. E me perdoe por mais cedo. Estava tão nervosa. Me perdoe, filha. Você é meu bebê.

Victoria deu mais beijos no rosto de Bella e ela despertando, mas com voz ainda de sono, disse procurando os olhos da mãe.

— Bella: Papai também estava nervoso comigo. Os dois estavam. Eu não sabia que ver novelas do seu amigo era errado, mamãe. 

Victoria então suspirou sentida ao ouvir sua menina. Tanto ela como Heriberto tinham errado por ter tratado Bella do jeito que tinham tratado. Estavam de nervos a flor da pele e Isabela esteve presente em um momento nada bom deles. Mas a menina não tinha culpa dos problemas que começavam ter, e Victoria era ciente disso e por isso se lamentava pelo erro.  E assim, decidida em conversar com ela. Ela disse sincera.

— Victoria : Osvaldo não é só um amigo meu. Ele foi um antigo namorado da mamãe. E que por você ser muito curiosinha estava vendo novelas dele e por isso seu pai não gostou. Mas não fez nada errado. Quem errou foi nós dois da forma que nós a tratamos .As vezes nós adultos fazemos coisas idiotas, meu amor. Vou falar com seu pai também para que te peça desculpas.

Bella então se aconchegou em Victoria e cheirou ela. Ela gostava do cheiro da mãe que sempre estava cheirosa . E depois ela disse, baixinho.

— Bella : Então namorou ele mamãe. Eu prefiro o papai.

E Victoria riu e disse.

— Victoria : Eu também prefiro ele. Mas seu pai é cabeça dura. Só quero que entenda, que não há nada que precise se preocupar, hum. Tudo está bem.

Victoria abraçou mais Isabela. Não sabia que de certo tudo ficaria bem, mas não ia deixar claro aquilo a sua menina. Queria, Bella, no mundinho perfeito dela . No mundinho de criança feliz que ela era.

E sendo apertada pela mãe. Isabela disse.

— Bella: Eu amo muito vocês . Não gosto que fiquem bravos comigo como estavam.  

Victoria, a olhou nos olhos e roçou o nariz no narizinho dela dando aquele beijinho de amor. Estava mal, mas ali com a filha, parecia que os problemas tinham por um momento desaparecido.  E se lembrou, quando sentiu Bella, cheira-la quando ela fazia o mesmo quando era bebê. Ou melhor, a primeira vez que ela fez aquilo, quando como mãe a segurou recém nascida e que ao fazer aquilo a bebê reconheceu o cheiro de mãe dela e se calou.  E Bella seguia com aquilo, a cheirava quando tinha aquele mimo que estavam sendo raros aqueles tempos. 

E então ela disse.

— Victoria : E nós a você. Te amo minha bebê. Perdoe seus pais, que passe o que passar a amaremos sempre.

Bella, abraçou Victoria escondendo o rosto no pescoço dela, ainda tinha sono e Victoria entendeu e ainda deitada, ela apagou o abajur e depois a beijou entre os cabelos, se aconchegou mais a ela e tentou dormir .

E assim o dia amanheceu.

Na mansão San Román, ainda muito cedo.

Estevão estava deitado com Maria e Estrela, que dormia no meio deles.  A menina só de frauda limpa e blusinha de bolinhas, dormia com os pais atravessada na cama. Ela tinha a cabeça encostada nas costas de Maria e os pés, tocavam o lado do corpo de Estevão, e foi ela chutando ele que ele acordou. Ele olhou então a filha e sorriu cheio de amor e depois olhou para Maria que estava de costa para ele ainda dormindo. Estevão então se sentou se mexendo na cama e Estrela resmungou despertando. Ele imaginava que Maria que teria colocado Estrela na cama pela madrugada, depois que ele já dormia e tinham feito amor também na cama deles depois de deixarem o escritório. E assim, vendo que a menina se espreguiçava na cama, Estevão falou baixinho com ela.

— Estevão : Bom dia, minha princesa.

Estrela abriu um olho fazendo careta e depois o outro. Quando tinha aqueles par de olhos bem verdes como esmeralda olhando o pai, ela pediu mama. E Estevão, sorriu e pegou ela nos braços, dizendo.

— Estevão : Papai, vai fazer sua mamadeira.

Ele então calçou os pés na pantufa azul como a cor do pijama que usava e saiu do quarto com ela.

Estrela, no caminho, agarrou no pescoço do pai dela e deitou sua cabecinha no ombro dele ainda sonolenta, mesmo que já tivesse fome.

E logo depois, Estevão esteve com ela na grande cozinha. E ele sentou ela no balcão no centro da cozinha. E disse .

— Estevão : Não sai daí, hum.

Estrela balançou os pés que ficaram pendurados na altura que ela estava e olhou pra baixo. Nunca que Maria faria aquilo, deixando ela ali. Mas Estevão fazia por confiar que Estrela já entendia, que sabia que com movimentos bruscos dela ela podia cair. Além de ver que ela gostava muito de estar sentada ali enquanto ele fazia mamadeira pra ela. E assim, ele de costa para ela e a frente dela, abria a geladeira e ele pegou o leite e o achocolatado que ela gostava de beber. E depois voltou até a filha, colocando o que pegou no balcão também e disse, como se a menina soubesse falar a arte que ele estava fazendo com ela.

— Estevão : Sua mãe não gosta que te sento aqui. Então não vamos contar pra ela.

Ele tocou no narizinho dela e deu uma piscada,  e Estrela sorriu sapeca e depois olhando novamente para as pernas dela a sacudiu.

Até que Estevão misturou o leite com o achocolatado e levou ao microondas.   E momentos depois, ele estava dando leite fresquinho para sua bebê.

E com ela mamando, ele subiu ao quarto outra vez e sentou com ela nos braços na poltrona que estava ao lado de uma cômoda no quarto e a frente da cama. E assim, enquanto Estrela mamava, Estevão olhava Maria deitada na cama .

Ela estava deitada de bruços e sem coberta e vestida com apenas uma fina camisola rosa, que ergueu um lado e tinha as pernas um pouco separadas uma da outra. E daquele modo, Estevão conseguia ver mais do que só as pernas dela.

E em silêncio enquanto a via dormir daquele modo, um despertador elétrico soou. Maria então, bateu a mão nele, procurando o botão para desligar e quando fez ela virou o corpo e viu Estevão sentado aonde estava com Estrela nos braços . E então ele disse com os olhos bem vivos.

— Estevão : Tentadora visão que me dava.

Maria tocou nos cabelos os arrumando e sorriu, se sentando na cama.

— Maria : Bom dia, Estevão para você também. Bom dia, meu bebê.

Ela baixou os olhos olhando para Estrela, que virou a cabeça quase acabando com seu leite para olhar a mãe dela. E então, Maria saiu da cama. E Estevão disse querendo conversar com ela.

— Estevão: Ontem não tivemos tempo de conversar. Não, depois que me atacou daquele modo no escritório, Maria. Estava bem, não estava?

Maria assentiu indo até ele e pegando Estrela nos braços e entregando a mamadeira logo em seguida para ele segurar.  E então ela o respondeu com um sorriso. 

— Maria : Estava ótima, Estevão.

Ela beijou a cabeça de Estrela, e passou os dedos nos cabelos loiros dela para arruma-los.

Estevão então sorriu vendo que tudo seguia bem depois do tesão dela da noite  . E depois disse.

— Estevão : Não tive tempo para dizer que conversei com Heitor. E tenho meu filho ao meu lado se eu provar que não vou machuca-la e que vou mudar. E vou provar, meu amor. Eu prometo.

Ele buscou os lábios dela e Maria depois disse, o olhando nos olhos confiante que tudo mudaria se ele quisesse.

— Maria : Você vai provar, Estevão. Vamos voltar a ser o que éramos.

E ele tocou agora nós cabelos de Estrela. E disse sério.

— Estevão : Sei que isso só depende de mim. E não vou falhar, Maria. Estrela está crescendo e quero dar a ela uma infância que Heitor teve . Onde éramos felizes.

E mais tarde .

Na mesa do jantar. Mais uma vez estavam reunidos, a família San Román. Estrela, estava solta no chão, ela andava quando tinha algo na boca e quando engolia, ia buscar mais pelas mãos de Maria.  E Heitor observava os pais calado. Ele observava, que aquele café da manhã parecia mais leve do que o café e o jantar anterior que tiveram em família.

O clima parecia realmente leve.

E um, “ Mami “  foi ouvido por Heitor, que Estrela chamou assim por Maria e batendo na coxa dela, o fazendo olhar para ela . E Maria, tirou mais um pedacinho de bolo de baunilha, que Estrela pegou na mão e saiu comendo de novo .

E assim, Heitor, disse, depois de só estar observando.

— Heitor : A babá dela não regressou ainda?

Maria negou com a cabeça, enquanto passava requeijão no pão integral que ela iria comer. E disse.

— Maria : Não, meu filho. A mãe dela está doente. E talvez ela pode ficar ausente o resto da semana.

E Estevão, limpando a boca, disse ao ouvi-la.

— Estevão :  Precisamos de uma babá provisória, então Maria, não pode levá-la todo o resto da semana ao trabalho. Posso ver se levo ela meio período hoje na delegacia se precisar.

Maria então olhou Estrela puxar uma das cadeiras da mesa e disse.

— Maria : Estrela, filha. Não faça isso, vai se machucar!

A menina largou a cadeira e pegou o bolo que pôs no assento dela e andou em direção a Estevão. E Maria voltou a dizer para respondê-lo.

— Maria : Não precisa que leve ela para delegacia Estevão. Hoje levo ela na escolinha. Além do mais, quem ficaria com ela lá? Na minha empresa tenho ajuda.

E Estevão, depois de tomar um gole do café que tinha em uma xícara que segurava, a respondeu certo que poderia dar um jeito na questão dela.

— Estevão : Posso ter também. Pra tudo damos um jeitinho, hum.

E ele logo em seguida, olhou para Estrela que entregava o bolo faltando pedaço para ele. E ele sorrindo, pegou e pôs na mesa, e pegou a menina e pôs no braço também.

E Maria adoçando o chá que ia beber, disse, mexendo o líquido dele para misturar o açúcar.

— Maria : Não sei . Vamos ver o que fazemos. Não quero minha menina com alguém que usa armas o tempo todo.

E Estevão então, entregando uma maçã para Estrela cravar os dentes, a respondeu algo que era óbvio.

— Estevão : Eu uso arma o tempo todo, como estou usando agora e tenho nossa filha nos braços, meu amor.

Maria então revirou os olhos e não se conteve em agora dizer.

— Maria : Pelo menos não usa armas de saias.

E Estevão confuso, perguntou.

— Estevão : Fala do que ?

E Heitor, pronto para deixar o café, bebeu o resto do suco de laranja que tomava . E disse.

— Heitor : Acho que devo me retirar. E mãe, saio cedo do hospital hoje e estava querendo ir no parque com Vivian. Se quiser, podemos levar Estrela com a gente.

E Maria então, perguntou interessada na ajuda que Heitor oferecia, mas ainda assim pensando no passeio de casal dele com a namorada que teria um bebê no meio.

— Maria : E não incomodaria vocês?

E Heitor logo negando com a cabeça, disse.

— Heitor : Não. Quando eu estiver voltando pra casa aviso .

Ele então se levantou e Maria o respondeu com um sorriso.

— Maria : Obrigada, filho.

Heitor então beijou a cabeça de Maria, se despediu dela e depois de Estevão e Estrela . E quando só tinha os três na mesa, Estevão resolveu dizer por ter estado pensando nas últimas palavras dela com ele.

— Estevão : Posso estar enganado . Mas pela forma que falou há alguns minutos, Maria, penso, que se referiu a Ana Rosa, quando disse sobre as saias.

Maria suspirou . Quando se referiu a mulher de saias e armas.  Pensou sim em Ana Rosa. Mas não foi uma crítica. Admirava mulheres como ela que ao contrário que ela tinha dito, não usavam muito saias quem dirá saltos naquela profissão. Que por admirar deixava ela ainda mais enciumada.  Mas negando que seu pensamento foi em Ana Rosa, ela disse.

— Maria : Não tem só ela na delegacia de mulher, não é Estevão.

Estevão então, partindo um pedaço do bolo que tinha no meio da mesa a respondeu certo.

— Estevão : Mas é a única que tem ciúmes.

E Maria, não aguentou e disse descontente mas sem fazer escândalo.

— Maria : Porque ela sempre está te bajulando, Estevão. E não é ciúmes que tenho.

E Estevão dividindo o bolo que tinha na mão com Estrela, respondeu Maria, algo que ele já era acostumado e o que achava.

— Estevão : Boa parte daquele departamento me bajula, Maria. O seu problema é com Ana Rosa.

Maria, então soltou o ar da boca. Não queria fazer de Ana Rosa, uma briga desnecessária, uma que ela percebia que tinha entrado no tema. E então, ela disse querendo muda-lo.

— Maria: Não vamos brigar por ela. Temos problemas maiores para nos preocupar. Minha filha só não vai para delegacia. Não precisa.

Estevão então suspirou e disse sendo sensato e dando a última palavra a Maria.

— Estevão : Tem razão. Vai ser como quiser. Tudo como quiser daqui adiante.

Maria então sorriu gostando das palavras de Estevão. E depois disse se servindo mais de chá.

— Maria : Falei com nosso terapeuta ontem, Estevão. E ele acha que algo aconteceu há 5 anos, para que mudasse. O que aconteceu?

E na espera da resposta. Maria foi surpreendida, por uma empregada, que tinha um telefone na mão e dizia que era Cristina na linha.

E então ela se levantou para ir até a sala falar com Cristina. E Estevão, olhou para Estrela que chamou por Maria quando a viu sair, e então ele deixou a menina ir atrás da mãe, e ficou pensativo na mesa com a pergunta que ela tinha feito.

E na bananal.

Cristina na sala de Frederico já em pé por ser cedo demais. Desligava o telefone que acabava de falar com Maria. E ele que descia as escadas estranhando ela já acordada, via ela de camisola no meio da sala mostrando a ele que esteve no telefone com alguém por vê-la guardando ele.

Naquela noite os dois não tinham dormido juntos. Frederico, tinha encontrado a porta do quarto de Cristina trancada depois do jantar e acreditando que ela ainda estava nervosa por Débora, ele foi até o quarto dele, achando que uma hora ou outra ela apareceria para dormir com ele. Mas aquilo não havia acontecido. E então, sério ele disse em só estar vendo ela aquele momento.

— Frederico :Te esperei em meu quarto e não apareceu.  E agora te vejo ainda cedo de pé . Não me diga que ainda está com a história de Débora na cabeça, mulher?

Cristina cruzou os braços. Sentiu o cheiro dele de homem tomado banho e ela sentiu suas pernas bambearem. Tinha dormido nada sozinha na cama, mas o orgulho dela não a deixou ir procura-lo no quarto dele, ainda mais ciente que não ficaria de roupas nele com ela sem ter forças para resisti-lo. 

E assim, ela disse pra cutuca-lo.

— Cristina : Sim, ainda tenho na mente a imagem da língua de Débora na sua boca Frederico! E não ia dormir ao seu lado depois de ver com meus próprios olhos que faltou com nosso trato!

Frederico então bufou. Mulheres quando metiam algo na cabeça não saia mais até elas verem que a história acabou e com elas tendo a razão. E ele tinha uma estranha sensação que Cristina seguiria falando daquele tema até cansar. Até deixar ambos loucos.

E então ele disse, se explicando mais uma vez.

— Frederico : Não faltei com nada, Cristina! Estou aqui ao seu lado. E Débora me pegou desprevenido. Eu já disse! De repente está se tornando ciumenta demais! E me diga com quem falava!

Cristina então sentou no sofá olhando as unhas. E depois fingindo desdém, ela disse.

— Cristina : Não estou me tornando ciumenta. Só estou exigindo o que me exigiu. Diretos iguais! E falava com Maria. Amanhã estarei com ela.

E Frederico bravo a respondeu, passando a frente dela para ela olha-lo.

— Frederico : Eu já falei que vamos juntos para a capital, Cristina! Sozinha você não vai!

Cristina então se levantou e disse brava,  sustentando a mentira que tinha falado. Porque, só tinha ligado para saber como Maria estava pois só queria fazer raiva a Frederico, a raiva que ela ainda sentia.

— Cristina : Não manda em mim Frederico! E já estou cheia de estar aqui!

Frederico riu azedo.  Não se sentia nem um pouco surpreso. Esperava cedo o mais tarde começar ouvir aquilo de Cristina. E então ele disse, certo do erro que seria se ele se casasse com ela como ela insistia.

— Frederico : É disso que eu falo. Se cansa rápido de tudo Cristina! E acha que vou ser imbecil o suficiente para nos casar e vê-la me deixar depois como já fez!

Cristina então o olhou irritada . Não era aquele efeito que ela queria causar nele. Queria se casar com Frederico e sentia que não iria em nenhuma parte se ele cumprisse o que antes havia dito que também viveriam na cidade grande.  E então ela disse, culpando Débora.

— Cristina : A culpa é de Débora que te agarrou e você deixou! E eu a conheço o suficiente para saber que ela vai voltar a fazer! Já não me bastava Raquela, agora ela?

Cristina, cruzou os braços virando o rosto para o outro lado e Frederico, sentindo que seu coração batia desesperado em pensar na hipótese de ver Cristina partir novamente, ele pegou em um braço dela e disse.

— Frederico: Sabe que para minha total insanidade, não é elas que quero!

Cristina então olhou nos olhos dele, suspirou se perdendo naquele intenso verde. E depois disse sofrida.

— Cristina :Mas elas querem você, Frederico! E é um homem livre para ficar com elas! Porque o que sou aqui é apenas uma incubadora que gera seu filho!

Frederico então pegou no outro braço de Cristina, fez ela agora olhar melhor para ele . Estava cansado de vê-lá se titular como incubadora dele. A amava e era ciente do que ela fazia por ele seguindo aquela gestação, que era um ato de amor. E ele era grato pela escolha dela por ela seguir com o filho deles no ventre dela. E então, ele disse a ela sério.

— Frederico : Eu te amo, Cristina. É mais do que diz e o que faz é mais importante do que pensa pra mim. Deixe de ser tola em se titular assim. Estou pagando meus pecados por ter amar. E por te amar, enquanto tiver ao meu lado não vou querer ninguém a não ser você. Ainda que não tenha garantia de até quando te terei aqui.  

Depois de ouvi-lo, Cristina, quase chorando, abraçou ele pelo pescoço e disse com desespero.

— Cristina : Precisa dizer que me ama mais vezes mesmo que se lamente. Porque não quer se casar comigo, vou ficar feia e gorda . Eu preciso ter a segurança que vai seguir comigo assim, Frederico.

Ela então o beijou e ergueu os pés, para beija-lo melhor. E Frederico a ergueu nos braços e Cristina sentiu que aquele lugar nos braços dele só ela que tinha que ocupar. E se beijando, ele sentou no sofá com ela . E depois que os beijos pararam por falta de ar, Frederico disse, a respondendo calmo porém sério.

— Frederico : Não preciso estar repetindo que te amo, se ainda não sente a mesma coisa por mim, Cristina. Está claro que não tem coragem de nomear o que está sentindo ainda por mim. Quando fizer. Nós casaremos. E te mostrarei que podemos ser felizes também como suas irmãs ao lado dos meus primos são.

Ele mexeu nos cabelos dela e Cristina sem ter palavras para respondê-lo. Ela o beijou de novo.

E de volta na cidade do México.

Heriberto estava no quarto. Tinha despertado, vendo que Victoria ainda não estava na cama. Quando resolveu subir já de cabeça fria e ter pensado em tudo que disse a ela, queria voltar atrás em algumas palavras e esclarecer outras que para ele ficaram pendentes. Mas não a viu no quarto e a encontrou depois no quarto de Isabela. Ele as viu dormindo tão agarradas que não teve coragem de acordar Victoria. E também por ver sua menina grudada entre o peito dela, pensou que tinha que se retratar com ela também. Sabia que devia um brinquedo novo a sua caçula e um pedido de desculpas.

E esfregando as mãos na cabeça, ele ouviu Victoria entrar no quarto. Os dois se olharam no mesmo momento. Victoria lembrou das palavras dele e virou o rosto. Estava magoada com ele. Heriberto tinha lhe mostrado um homem que ela nunca precisou lidar dentro daqueles anos todos que tinham de casados. E ela estava decepcionada além de temer ainda mais perde-lo. E como estava, Heriberto baixo disse.

— Heriberto : Eu quero que conversemos, e dessa vez com nós dois mais calmos.

Victoria então o olhou e disse, séria por estar como estava ainda, sobre as reações das palavras dele. 

— Victoria : Quer me ofender de novo? Me culpar por uma irresponsabilidade que cometi jovem e que também não foi só minha?

Heriberto então se levantou, caminhou até Victoria que seguiu no meio do quarto sem querer se aproximar . Era da forma como havia falado com ela que ele queria se desculpar. E então, ele disse manso.

— Heriberto : Eu quero me desculpar, meu amor. Eu me exaltei. E errei em algumas palavras que disse a você. Não foi fácil pra mim saber de tudo daquele modo. Fiquei cego por ciúmes e também por medo. Maximiliano tem que ser meu filho!

Ele acariciou os lados dos braços de Victoria depois de suas palavras, e ela procurou os olhos dele. Nos dela, ela podia sentir que formavam lágrimas . O medo estava presente. O medo daquele resultado acabar com a família dela e o casamento que tinha como perfeito até então, se tornava cada vez mais real. E então, ela disse, questionando as últimas palavras dele.

— Victoria : E senão for ? Se não for vai me deixar, como insinuou que faria ontem a noite?

E ele suspirou. Não sabia se seria capaz de fazer aquilo. Na verdade, sentia que nunca seria . Um mundo sem Victoria para ele, não seria mundo. Ela era o tudo dele, ela e os 3 filhos que tinham. Na hora da raiva foi fácil insinuar o que ela questionava mas em só pensar em fazer, em só pensar em deixa-la Heriberto se desesperava. E então ele a respondeu.

— Heriberto : Estava de cabeça quente. Não existe um mundo para mim que você não esteja nele, Victoria. Por hora, vamos pensar que tudo pode ser um engano e quando tivermos a prova disso. Eu vou caçar Osvaldo outra vez, e vou fazer ele pagar pelo conflito que nos causou!

Ele tomou os lábios dela em um beijo quando se calou . E Victoria, o olhando respondeu o que queria fazer quando aquele vendaval  passasse sem fazer os estragos que ela temia.

— Victoria : Não. Quando isso passar. Vamos viajar, eu e você. Eu quero esquecer esse medo que sinto que pode realmente me deixar, Heriberto.

Victoria deitou a cabeça no peito de Heriberto, e ele a abraçando agora de verdade e disse .

— Heriberto : Está bem. Vamos fazer aquela viagem que apostamos que faríamos se Frederico conseguisse casar com Cristina.

E ele acariciou mais Victoria entre seus braços, e ela deu um riso fraco com as palavras dele ainda ali naquele abraço dele.  E depois de ouvi-lo ela o respondeu . 

— Victoria : Se ele conseguir, viajaremos novamente.

Heriberto então a afastou levemente para pegar na mão dela e dizer, o que ainda ele queria falar.

— Heriberto : Vem, vamos sentar . Tem algo que ficou pendente.

Ele sentou na cama e fez Victoria sentar na perna dele. E depois ele disse quando já a tinha sentada de lado sobre uma perna dele.

— Heriberto: Maximiliano, não precisa saber disso. Vamos ficar só entre nós. Já temos conflitos e ele saber que não pode... Não pode ser meu filho. Pioraria tudo, Victoria.

Victoria suspirou nervosa e uma lágrima desceu dos olhos dela. Era ciente que não mexeria só com o casamento perfeito dela mas também com o filho dela se tudo fosse verdade. Maximiliano, teria parte da vida dele que cresceu chamando Heriberto de pai completamente mudada. Seria um engano revelado para já um homem e não um menino. E tudo porque ela foi irresponsável em não pensar que aquilo podia acontecer. Ninguém pensou, nem ela, nem Osvaldo muito menos Heriberto. E então, chorosa ela disse.

— Victoria : Eu não fui uma vadia Heriberto. Fui irresponsável, sim.  A Minha idade naquela época pode ter influenciado muito em eu não ter pensado na hipótese que Maximiliano não podia ser seu filho.  Mas eu não estava só. Nenhum de vocês também me trouxe essa clareza. Erramos. Eu não errei só.

Heriberto respirou fundo. Reconhecia naquele momento que poderia também questionar a paternidade de Max antes que chegassem como estavam, um pouco tarde e trazendo problemas maiores. E olhando Victoria, limpando aquelas lágrimas dela, ele disse tomando a culpa pra si também.

— Heriberto : Eu sei, meu amor, eu sei. Eu também não fui muito maduro naquela época. Estudava medicina. Olha que ironia e não pensei nessa hipótese. A verdade é que estive tão feliz que finalmente havia escolhido nosso amor e logo depois me contou que estava grávida, que só queria me casar com você . Só queria se casar com você para não voltar vê-lá com alguém que não fosse eu.

E ele tomou levemente os lábios dela e depois que o beijo se desfez. Victoria, sentindo que precisava falar mais com agora os dois ali calmos, ela disse.

— Victoria : Eu sentia rancor por ter me dado um belo chute na bunda Heriberto. Não podia dizer sim no primeiro momento que reapareceu. Foi meu primeiro amor e sofri ao saber que já não o teria. Mas me recuperei e conheci Osvaldo, que era livre assim como eu. Eu não fui uma vadia. Eu tinha direito na flor da idade que tinha de seguir minha vida e ter experiências novas. Ontem me julgou tanto que me senti dessa forma.

Heriberto tocou nos cabelos e Victoria. Tinha as mãos ao lado do rosto dela e sentia remorso por lembrar como tinha agido. Mas aquele lado que tinha de sua natureza, falou mais alto do que o respeito que tinha com a mulher que amava e a responsabilidade também que tinha na história que ele só a culpou. E então ele disse com pesar.

— Heriberto : Sei que tinha, sei que tinha direito de seguir com sua vida sem mim, Victoria. Eu fui egoísta te julgando como eu fiz. Minha natureza de um completo imbecil que todos nós homens podemos ser, falou mais alto . Não queria ofende-la como fiz.  Me perdoe, por favor.

Victoria baixou a cabeça por um momento. A razão dela pedia mais do que palavras bonitas de Heriberto. Pedia mais com a atitude machista dele tinha causado nela. Mas o lado emocional, o lado que sentia que não podia perde-lo, que morria pelo homem que estava na frente dela, só dizia para beija-lo e mantê-lo ao lado dela para sempre. Pois sem ele sentia que morreria por dentro. Ela aparentava ser uma mulher dura . Mas fraca quando amava.  Foi fraca desde que o viu passar pela porta dela outra vez há 22 anos pedindo volta. Victoria, era das mulheres que quando amava se tornavam vulneráveis. Ainda que negasse aquilo, a verdade era que era Heriberto que a tinha nas mãos por simplesmente ama-lo.

E descartando toda a razão que tinha. Agindo pela necessidade de ter Heriberto junto a ela, Victoria disse o olhando nos olhos .

— Victoria : Eu te perdoo Heriberto. Eu te amo tanto. É minha vida, meu amor. Não posso te perder novamente. Errou. Mas minha necessidade de tê-lo comigo fala mais alto .

Victoria tinha algumas lágrimas descendo no rosto e Heriberto, limpou elas novamente.  E disse atencioso.

— Heriberto : Não chore mais, hum . Acho que nunca tivemos uma crise dessas antes. Mas se me ama tanto como te amo, vamos passar por ela.

Heriberto então depois de suas palavras, tomou os lábios de Victoria em um beijo. A beijou calmamente e ela retribuiu com a mesma calma.

E horas depois. Na casa de moda.

Victoria, estava na sala de reunião dela e tinha Maria fazendo parte daquela reunião com ela, junto também, a Pepino, Oscar, Antonieta e um representante vindo de New York.

Um evento da moda importantíssimo se aproximava e a casa de moda estaria presente em nova York. Mesmo que, Victoria já planejava para alguns meses seu próprio desfile de uma linha da estação nova que estava por vim. Aquela oportunidade que tinham não podia ser recusado, era o 16° evento anual que acontecia da moda em nova York e aquele, Maria, também estaria presente, representando sua linha de jóias, por isso fazia parte da reunião, já que a linha dela também seria apresentada no desfile com a aliança que ela tinha com a empresa de Victoria.

E aquela reunião acabou com as duas ficando ciente que tinham 24 horas para estarem em New York e se apresentarem com o presidente que organizava aquele desfile glamoroso todo ano no centro da cidade que nunca dormia.

E depois que cada um foi saindo da sala de reunião. Ainda que agarraram aquela viagem sem um porém Maria disse, pensativa. 

— Maria : Eu não posso me ausentar assim. Estou sem babá, e eu e Estevão ele... Bom você sabe, Victoria.

Victoria se levantou da mesa. Sabia que os dilemas de Maria, que era uma mulher de negócio mas que fora de uma sala como aquela, era mãe e esposa como ela. E que por serem também aquelas mulheres fora do ramo que trabalhavam, eram subestimadas e taxadas como incapazes de ser mais do que mães e esposas. O que mulheres como elas também lutavam todos os dias por igualdade, mostrando que eram capazes de fazer o que um homem também podia.  

E então para encorajar mais Maria pra embarcar naquela viajem que fariam . Ela disse, ciente que também tinha os próprios dilemas que poderia fazer ela também recusar aquela viagem.

— Victoria : Eu sei, Maria. Eu também não estou em meus momentos bons em minha casa. Mas não vamos dar esse gosto a essa sociedade, que nos subestimam só porque usamos saias, e não ir, não é mesmo? Podemos ser tudo que quisermos, além de sermos mães e esposas. E isso tudo, usando nossas saias de grifes com saltos, hum.

Depois de suas palavras, Victoria deu a volta na mesa e tocou no ombro de Maria. Por um momento os pensamentos, de Maria, foram nos problemas que ainda eram reais que ela tinha no casamento com Estevão. Mas sabia que Victoria tinha razão. Ela nunca foi mulher de se acovardar em fazer algo. E se algo exigia mais esforço dela lhe trazendo desafios como mulher era o que mais a instigava a fazer . Então, Maria, olhou de lado e pegou na mão de Victoria que estava no ombro dela e subiu seu olhar pra vê-la e respondê-la.

— Maria : Não . Não, Claro que não. Tem toda razão, Victoria. Não deixaria de fazer essa viagem por nada nesse mundo. E posso levar Estrela e uma babá junto comigo. E Estevão, tenho certeza que ele não deixaria de ir a delegacia por uma questão doméstica ou simplesmente por nosso casamento. Então porque eu faria isso?

Victoria sorriu. Sabia que Maria não recuaria e pensava igual a ela em relação a Heriberto, que trabalhava salvando vidas e não deixaria um dia de trabalho só porque a nuvem que tinha sobre o casamento deles ainda os rondavam.  Então ela se perguntava também, do porque faria o que ele não seria capaz em fazer .E assim, ela disse.

— Victoria : Sabia que não iria me deixar ir só. E se levar a babá, levo Bella, também. Quero que ela se divirta um pouco nessa viagem.  As vezes esqueço que ela ainda é uma criança .

E Maria, depois que ouviu Victoria, pegou as coisas dela da mesa. E disse, já apressada por lembrar de seu próximo compromisso.

— Maria : Então, amanhã a essa hora já estaremos em nova York . Agora tenho que ir porque ainda tenho que pegar Estrela na escolinha, Victoria.

E Victoria vendo, Maria jogar a bolsa no ombro e segurar uma pasta de esboço de suas jóias nas mãos, ela disse, querendo a irmã mais ali para conversarem.

— Victoria : Está com tanta pressa que não pode me ouvir cincos minutos?

E Maria olhou o relógio dela e depois olhou os olhos de Victoria que parecia implorar mais alguns segundos com ela. O que fez, Maria lembrar das palavras dela, que a fez entender que Victoria também estava com problemas, e ela logo lembrou que podia ser relacionado com o que dividiam em segredo. E assim, Maria disse.

— Maria : Por que não pegamos minha filha comigo e depois vamos para um restaurante almoçar e lá conversamos?

Victoria então sorriu contente, sobre o que queria falar com Maria, só tinha que ser com ela. Não podia ser com Antonieta que sempre estava pendente a ela. Só era Maria, a irmã do meio dela que as vezes parecia a mais velha por parecer a mais sensata entre as três.

— Victoria : Ótima ideia. Pego também Isabela e a levamos em um restaurante que podemos conversar enquanto elas brincam.

E assim, elas saíram da sala de reunião e Maria, sorrindo disse entrando na sala de Victoria.

— Maria : Que restaurante é esse? Porque já vai se tornar o meu preferido para levar Estrela. Ela não para mais na mesa para comer. Minha menina está crescendo rápido demais .

Victoria, juntava as coisas dela na mesa e ao ouvir Maria, ela disse por estar pensando em ir no restaurante que viu Osvaldo.

— Victoria : É um restaurante que pensaram nas mães como nós, Maria. Minha sobrinha vai gostar. 

Maria sorriu, pensando que o restaurante que Victoria falava, se tornaria no preferido dela. E então, logo depois as duas entraram no elevador pra juntas deixarem a casa de moda.

E assim longe dali. No hospital . Heriberto ligava para Maximiliano. Desejava ouvir a voz do filho. Mais do que aquilo, ele queria vê-lo já que quando deixou a casa ele dormia como sempre.

E assim, com alguns toque. Maximiliano o atendeu, já estranhando aquela ligação.

— Maximiliano : A que devo a honra da sua ligação, meu coroa? Não usei mais seu sofá. Se quer reclamar .

Heriberto riu de lado. Estava trancado no consultório dele e então ele disse.

— Heriberto : Acho bom que não esteja o usando mais. Mas não é pra reclamar de nada que estou te ligando, filho. Será que o coroa aqui, não podia querer ouvir a voz do filho dele? Ou fiz mal te ligar?

Max, que estava só e na frente de um computador em uma sala na casa de moda que dividia com Fabian, coçou os cabelos desconfiado e disse .

— Maximiliano : Claro que não pai. É que não me liga sempre e quando liga é pra me cobrar algo. O que tem? Elisa me disse que o senhor e minha mãe estavam brigando. E ia perguntar para ela o porque, assim que a tivesse parada em um lugar.

Heriberto pegou um quadro que tinha uma foto em família deles todos e o olhando, ele respondeu Max, negando a briga que Elisa havia mencionado.

— Heriberto : As vezes sua irmã fala demais. Está tudo bem, entre mim e a mãe de vocês.

E Max então, por saber que Elisa era a consentida de Heriberto. Ele disse, em um tom brincalhão, porque sentia que ele era o de Victoria também.

— Max : Ela é a sua protegida, sua consentida. Devia falar que ela está certa .

E então Heriberto pra se defender disse.

— Heriberto : Elisa, não é minha consentida, Max, ela só faz o que eu quero e me agrada sempre .

Max, colocou os pés sobre a mesa estirando as pernas e disse, sem realmente se importar .

— Maximiliano : Claro . Ela é a prodígio da família, Isabela o tesourinho kids e eu a ovelha negra. Nenhuma família é perfeita.

E Heriberto, incomodado o respondeu imediatamente como pai. Pois para ele, Max para ser a ovelha negra como dizia, teria que se envolver com coisas ilícitas como drogas que seria imperdoável aquele erro. E  o único vicio que ele sabia que o filho irresponsável tinha, se encontrava entre as pernas de jovens mulheres como ele.

— Heriberto : Você não é nenhuma ovelha negra filho! Só é muito irresponsável! Acha que seu futuro está em estar entrando em todas pernas de saia que vê. Não é bem assim. Um dia vai olhar e ver que vai ter que se virar na vida sem seus pais e eu quero que quando esse dia chegue, esteja preparado para isso!

Max então, tirou os pés da mesa e respondeu sério o pai.

— Maximiliano : Eu entendo o que fala pai. Mas já estou trabalhando com minha mãe. Queria que eu fizesse algo. Aqui estou eu fazendo algo!

E Heriberto, sentindo que aquele tema com o filho sempre o desagradava debater, já que mesmo que ele mostrasse entender não fazia nada pra mudar. Disse, descontente como pai dele.

— Heriberto : Não era pra ficar debaixo da saia da sua mãe aos 22 anos que te criei, filho!

E Max, então por entender que o tom de Heriberto ao falar com ele tinha mudado, ele disse.

— Max : É melhor pararmos por aqui, pai.

Heriberto então respirou fundo. Não queria ser o velho pai chato que era. Não naquela ligação.e então ele disse já de voz mansa.

— Heriberto: Vem aqui no hospital me ver para terminarmos essa conversa.

E Max, na dúvida se iria, disse.

— Max : Não sei. Vamos brigar pai.

E Heriberto, insistente disse para convencê-lo.

— Heriberto : Não Faria isso no meu local de trabalho. Só quero estar com você um pouco, Max.

E soltando um riso nervoso, Maximiliano disse em um tom brincalhão como era.

— Max : A Sandoval está te deixando de castigo, pai? Parece carente!

E Heriberto riu e o respondeu.

— Heriberto : Pode acreditar que não. Vai vim?

E decidido, com um sorriso no rosto, Max o respondeu.

— Max : Claro que vou .

E Heriberto riu feliz, dizendo.

— Heriberto : Te espero, filho.

E assim ele desligou a ligação e olhou o celular ainda com um sorriso. Andava todo aquele tempo, só vendo os defeitos do filho, tendo só tempo para caçar motivos para acusar a irresponsabilidade dele e não estava sendo pai, um que não estava só ali para cobrar e por pressão.  E Heriberto, sentia que precisava ser mais um pai que já foi para Maximiliano, um que gostava de fazer o impossível para ter o filho do lado, um que era amigo dele. Que com as brigas cheia de cobranças, Maximiliano, ficava cada vez mais ao lado de Victoria e distante dele. Max errava, mas ele também como pai em só estar presente para cobrar. E agora, por uma lástima enxergava aquilo quando sentia que corria o risco de perde-lo pra outro homem.


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