Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 31
Capítulo 31




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E no meio da cidade. Em uma empresa televisiva. Heriberto, tinha um crachá que dizia que era visitante naquela empresa, onde circulava muitas estrelas e outras nem tanto .

E então, esperando ser chamado para um certo camarim . Disfarçando como podia a pilha de nervos que estava, Heriberto, esperava em pé em uma sala. Até que uma mulher, assessora o chamou e ele a seguiu.

E do camarim, preparado para aquela conversa que sabia que teria com Heriberto, Osvaldo o esperava. Não deixaria a empresa tão cedo. Pois a novela que atuava, fazia sucesso e já estava em sua reta final, e assim cenas e mais cenas estavam sendo rodadas com ele e os demais do elenco. E então ele  conversaria ali mesmo com Heriberto e sem temer aquele confronto com ele.  Um confronto sim, porque Osvaldo podia muito bem imaginar, que o único assunto que traria Heriberto no local de trabalho dele, era o que tinham em comum, Maximiliano e o exame pendente há 22 anos que só faziam aquele momento.


E então, a porta se abriu e a assessora deu passagem para Heriberto entrar. E os dois homens ficaram de frente.

Heriberto sentia que o corpo dele formigava todo diante de Osvaldo. Se existia um homem que ele odiava simplesmente por ter tido também Victoria nos braços, era ele . Odiava aquele fato. Aquele fato que ele mesmo havia jogado ela nos braços dele.  Mas que felizmente a recuperou para nunca mais vê-la voltar pra ele. E agora, sem entender o que acontecia, querendo esclarecimentos, porque Osvaldo tinha contato com Victoria, Heriberto disse de uma vez quando ficaram só.

— Heriberto : Há muito o que me esclarecer, Osvaldo. E eu não saio daqui sem saber do porque tenho a infeliz sensação que sua volta para minha vida e de Victoria, ameaça meu casamento com ela. E comece me dizendo que assunto é esse que trata com ela, sobre DNA!

Osvaldo respirou calmo. Enquanto a respiração de Heriberto era ouvida alterada naquele metro quadrado que estavam. E se Heriberto queria esclarecimentos, ele teria. E então, ele o respondeu.

— Osvaldo : Já sou muito bem casado, Heriberto. Não estou ameaçando casamento de ninguém! Apenas tive coragem agora de averiguar algo que ficou no meu passado com Victoria!

E Heriberto, bufou de raiva. Estava morrendo de ciúmes e não queria ver Osvaldo em contato com Victoria sobre nenhuma circunstância. E então ele respondeu Osvaldo mais nervoso.

— Heriberto : Não tem que averiguar nada, Osvaldo! E disse certo, passado! Tudo que teve com minha mulher ficou no passado! Então volte para ele, e não volte a cruzar o caminho dela!


Depois de suas palavras, Heriberto, fechou os punhos com força com os braços ao lado do corpo. E Osvaldo, ainda vendo que Heriberto se alterava cada vez mais, ele como estava de frente para Heriberto, como seus peitos quase colando,  decidido em não fazer o que ele exigia, não antes de ter seu desejo realizado, Osvaldo .

— Osvaldo : Vou fazer isso quando souber o resultado do exame que fizemos em Maximiliano!

Heriberto então respirou fundo . Piscou nervosamente e sentiu um calafrio ao ouvir o nome de Maximiliano naquela “ conversa” e então ele disse.

— Heriberto : O que tem meu filho nessa história?!

Osvaldo então riu ironicamente e Heriberto não gostou nada, nada daquele riso dele e então ele o respondeu. Achando que Heriberto não queria ver o que estava tão claro. 

— Osvaldo : Por Deus, Heriberto. É como dizem, o pior cego é aquele que não quer ver! É um médico, e se está aqui em minha frente é porque sabe que estou em contato com Victoria e que realizamos um exame de DNA. E está mais que claro que ele foi feito pra mim tirar a dúvida se Maximiliano é meu filho!

Heriberto, ouviu aquelas palavras de Osvaldo, sentindo que elas foram um tiro no peito dele. Ficou sem fala por segundos e depois seu rosto se transformou, se avermelhando de nervoso. Estava possesso com a barbaridade que acabava de ouvir. E por isso, cego pegou Osvaldo pelo colarinho  e o gritou.

— Heriberto : Está brincando comigo, não é seu infeliz!


E aquela máscara que Osvaldo, usava de autocontrole foi embora. E bufando de ódio por ter Heriberto o tocando.  Ele levou as mãos nos braços dele e também disse possesso como Heriberto estava.

— Osvaldo: Me solte e seja capaz de resolver as coisas como um homem civilizado, Heriberto! Me solte ou chamarei os seguranças!

Heriberto, de mãos em Osvaldo seguiu o fulminando com os olhos.  O viu agora tão possesso como ele e a vontade que Heriberto tinha era de resolver aquela questão nada civilizadamente . Mas infelizmente, tinha que concordar com seu antigo rival. Perder a cabeça como estava fazendo, só o faria ser jogado na rua pelos seguranças daquela empresa, e isso não daria a ele as respostas que Victoria não queria dar. Então a “conversa” com Osvaldo tinha que seguir . E assim, descontente, Heriberto soltou Osvaldo se afastando dele pra não se sentir tentado outra vez. E Osvaldo arrumou sua blusa amassada. E ouviu Heriberto dizer.


— Heriberto : Me casei com Victoria, logo depois que descobri que ela estava grávida! Maximiliano é meu filho! Meu!

E assim, Osvaldo rapidamente rebateu Heriberto, mostrando seus  rancores incubado.

— Osvaldo : Se casou com ela logo depois que a roubou de mim! Victoria, estava comigo quando voltou da onde nunca devia ter saído!


Heriberto então deu uma gargalhada alta. Tinha sentido a dor de cotovelo que Osvaldo ainda tinha do passado. E então ele disse debochado.

— Heriberto : Vejo que ainda não superou o fato dela ter me escolhido. E no fundo, no fundo me alegra saber que te incomoda saber que Victoria é minha, segue minha e seguirá sendo!

Osvaldo então afrouxou a gravata com raiva. Em todos aqueles anos quando lembrava de Victoria, desejava que um dia ela pudesse se arrepender da escolha que tinha feito em deixá-lo e voltar ao ex dela. E então, ele disse expondo de primeira seus singelos desejos.

— Osvaldo : Ainda acredito que ela se arrependerá dessa escolha que fez. Mas não estou aqui, pra fazer o mesmo que fez comigo Heriberto. Quero apenas o direito de saber se Maximiliano é meu filho. 

E sentindo nada bem, em seguir ouvindo Osvaldo mencionar Maximiliano, o olhando raivoso, Heriberto disse.

— Heriberto : Já disse que ele não é! Maximiliano é meu filho com Victoria! O que pretende conseguir plantando essa dúvida, Osvaldo! Hum? O que pretende!

E Osvaldo rebateu ele, com suas palavras ensaiadas para aquele momento.

— Osvaldo : Ter a verdade! Apenas ela! Pensa um pouco, Heriberto, e reconhecerá que Maximiliano pode ser meu filho sim! Quando voltou era comigo que Victoria estava! Era comigo que ela seguia estando, mesmo que já me enganavam!

Heriberto então pensou por um momento. Quando retornou para vida de Victoria, não teve ela completamente entregue a ele. Lutou para que ela se decidisse em escolhe-lo . Foi amante dela insistiu até que ela se rendesse ao amor que ainda sentiam. E então ele sentiu um gosto amargo de entender que naquele meio, ela pôde te estado com os dois. E claro que podia e ele na época, morria de ciúmes por entender que ela tinha dúvidas de quem escolher. O que fez de Osvaldo um forte rival.  E então, ele disse sentindo que não tinha mais argumento para afirmar que Maximiliano era filho legítimo dele. Mas ainda assim, duvidando da irresponsabilidade de Victoria em não ter se cuidado ao estar naquele triângulo amoroso que tiveram no passado. 


— Heriberto : Victoria não seria tão irresponsável de ter feito o que insinua. Ela não pôde ter sido tão tola e ter estado com nós dois ao mesmo tempo!

Heriberto passou a mão na cabeça e depois socou a parede para não fazer aquilo na cara de Osvaldo. Lembrou do passado. Lembrou do que pensou quando regressou em busca do seu amor. Osvaldo sempre quis Victoria, e não havia perdido tempo para tê-la quando ele já não estava no caminho dele.


E longe dali. Na Bananal.


Cristina estava trancada no quarto. Estava tão furiosa. Tinha brigado com Frederico durante o caminho todo até a casa . Não esquecia da imagem da língua de Débora na boca dele e as mãos dele no corpo dela. Estavam agarrados, ele tinha ela nos braços e não tinha justificava para aquilo que ela viu.

Frederico, tinha exigido fidelidade da parte dela e ela cumpriria aquilo, mas também tinha o direito de exigir também que ele cumprisse. Estava grávida, e engordando. Débora tinha jogado na cara dela aquele fato. E Cristina, começava temer que de fato só servisse para Frederico, para ser sua incubadora e que logo ficaria feia e gorda demais para ele ter sexo com ela. E ela sentia que não era a provável falta dele que doía nela, mas em pensar que ele iria buscar outras para satisfaze-lo quando ela já não tivesse ao agrado dele.

E ela sentia que era uma droga  sentir aquela dor. Cristina apertou o travesseiro que tinha entre as pernas e braços enquanto chorava de raiva. Odiava chorar. Odiava ficar daquele modo, e odiava mais ainda ficar como estava por conta de um homem.  Chorava por um e aquilo parecia o fim do mundo para ela, mas também ela notava que estava se tornando rotina chorar por Frederico.  E tendo essa conclusão, Cristina só pensava que realmente estava no fundo do poço. Sentia que não era nem mais a sombra da mulher que um dia foi. Não era capaz nem de chorar pelo pai, que poderia ser o único homem digno das lágrimas dela e chorava por Frederico. Logo por ele que era o modelo de homem que uma mulher não devia se apegar demais porque ela sabia que ele sempre foi um bicho livre, assim como ela era . Ou melhor, foram. Porque naquele momento, nenhum eram os mesmos que foram dentro daqueles anos que tiveram aquele caso escondido.

E tirando de seus devaneios sofridos, Cristina ouviu o bater da porta e a grossa voz de Frederico dizer por trás dela.


— Frederico : Já chega de se manter trancada aí, Cristina! Vamos conversar!

Frederico, soltou pesadamente o ar da boca ali na espera de Cristina atende-lo . E ela não querendo saber de conversas com ele, disse gritando da onde estava.


— Cristina : Já não temos o que conversar. A língua de Débora estava dentro da sua boca quando disse que não faríamos isso com outros! Você é um puto mentiroso, Frederico!É como todos!

Frederico então bufou da porta . Tinha perdido a paciência com Cristina, quando haviam chegado a cavalo na fazenda e ela tinha dito o mesmo para ele e que para se de defender, disse que foi por instinto suas mãos pegarem o corpo de Débora. Enquanto a língua dela na boca dele, ele não conseguiu se defender, apenas piorou as coisas deixando ela trancada como estava. O que, o já tinha tenso de preocupação. E assim ele disse.

— Frederico : O sol já está baixando, Cristina. Candelária disse que não se alimentou ainda. Então saia desse quarto antes que eu derrube essa porta e te tire daí a força.

Cristina então sentou na cama trazendo o travesseiro dela para o meio dos seus braços e voltou grita-lo, ainda que por não ter feito sua segunda refeição do dia estava cheia de fome.

— Cristina: Derrube se for capaz!

Frederico então mexeu no trinco da porta bravo com a teimosia de Cristina. E então ele a respondeu.

— Frederico: Já fiz isso! Acha que não faria de novo? Ande logo, deixe de ser teimosa e pense no nosso filho, Cristina!

Cristina então suspirou.  Ela olhou a barriga dela, já visivelmente volumosa e se deu conta que não podia negar que ela roncava há horas e que por ter um bebê dentro dela aumentava assim mais a fome que sentia . E então, ela se levantou, passou a mão no rosto para limpar as lágrimas e abriu a porta logo em seguida.

Quando fez, Frederico a olhou descalça, de vestido e com os cabelos assanhados sem deixar passar despercebido aos olhos dele que os dela estavam vermelhos de choro. E que ainda assim, por ter estado jogada na cama todo o fim do dia e por isso ela estar com aquela aparência, Frederico contemplava mais uma vez que ainda assim como estava, desgraçadamente ela não conseguia ficar feia de nenhuma forma. E ele suspirou profundamente, certo que seria louco por ela tanto vestida com roupas de gala como em trapos.

E então sem mais estar tenso como antes ao vê-la, Frederico disse com pesar na voz.

— Frederico : Então vai ser sempre assim agora? Vamos sempre brigar?

E Cristina deu de ombros e cruzou os braços deixando ele entrar no quarto. E então, ela o respondeu andando.

— Cristina: Quem estava com uma mulher nos braços e tinha a língua dela na boca, não era eu, Frederico.

E Frederico a olhando se jogar na cama de volta e ficando de bruços e de costa para ele, ele a respondeu.

— Frederico : Já disse que Débora me pegou desprevenido, Cristina! Agi por instinto, mulher!

Ele olhou para bunda dela que desenhou no pano leve do vestido que ela usava. Mas que ao ouvi-lo, Cristina saiu da posição que estava e rápido ficou de pé. E o respondeu brava e sentida por ter na cabeça ainda as palavras de Débora.


— Cristina: Claro, por instinto! Até que não vai ter essa desculpa, quando me ver gorda e feia e só me querer como sua incubadora, Frederico!

E Frederico depois de ouvia-la e pensar que ela usava a palavra gorda por Débora ter chamado ela assim,  ele disse .

— Frederico : Não diga besteiras, Cristina! É impossível que seja  feia um dia. E sabe que não é minha incubadora! Deixe de falar isso! É muito mais que isso pra mim! Fala assim por Débora. Não a leve em consideração .

Cristina riu ironicamente, cruzou os braços e virou o rosto. E depois de voltar olha-lo, ela disse certa.


— Cristina : Mas gorda serei! Quero ver até quando vai me querer! Até quando vai seguir com sua postura de um homem que quer ser pai e me pediu em casamento porque queria esse filho!

Ela virou o rosto de novo segurando lágrimas nos olhos. Frederico, então pegou nos braços dela pra ela olha-lo. Não era certo o que ela falava. Não tinha pedido ela em casamento apenas para ter um filho. A amava, queria uma vida ao lado dela e parte daquela vida a dois veriam os filhos, que sim ele queria mas não significava que era por eles que quis se casar com ela. O amor dele nunca foi fingimento nem por interesse, simplesmente aconteceu. Só a amou o que os levou aonde estavam agora.

E então, com ela o olhando da forma que ele pegou nela, ele disse.

— Frederico : Nada do que eu já disse e fiz foi fingido, Cristina. Te pedi em casamento, antes de mais nada por amor e por isso, queria sim formar uma família com você, não nego . Mas você não quis! E agora estamos aqui. As circunstâncias podiam ser outras! E não duvidaria dos meus sentimentos se tivesse ficado ao invés de fugir de mim naquele maldito dia!

Cristina suspirou nervosa, queria saber aonde tinha ficado aquele amor que ele dizia, que ainda tivesse o negado de primeira agora sentia que precisava dele.  E que sem rodeios, ela disse o que mais queria.

— Cristina : Eu voltei Frederico. Estou aqui. E a  pergunta que me faço desde que voltei, é porque não se casa comigo agora que estou aqui. Porque?

Frederico então a largou e andou no quarto dela. Cristina ficava cada vez mais insistente com o casamento deles que antes ele não podia esquecer como tinha a feito recordar que o tinha rejeitado.  Casar com Cristina para ele naquela circunstâncias que seguiam, ainda era arriscado. Arriscado para ele. Arriscado, para ele ver ela o deixando. Cristina não nomeava o que sentia e não tendo ela dizer o que ele desejava, não se casaria com ela. Não podia arriscar seu coração de novo.

E então ele olhou para ela, ali parada e a respondeu.

— Frederico : Porque ainda acho que não é isso o que quer, Cristina! Não vou arriscar perdê-la outra vez! Não serei esse tonto mais! Tenha nosso filho primeiro, e quando não se ver mais presa a mim e possa decidir isso sem pressão em ficar ao nosso lado, ao meu e ao de nosso filho. Conversaremos sobre casamento. E vai ter que ser por amor sua escolha não por pressão.


Cristina suspirou brava, mas brava com ela mesma.  Pois sabia que Frederico tinha motivos de não querer casar com ela sem ele ter a prova que ela não o deixaria. Mas como dar aquela prova, que ela ainda se julgava incapaz de poder ser mãe e quem diria esposa. Por se julgar tão incapaz era que ela o queria por perto. Mas não só como pai queria como homem, como marido.  Não sabia definir mais a intensidade que o queria apenas 10 anos depois daquela forma, mas queria.  Sentia aquela necessidade dele na vida dela e não mais pela metade, e sim por completo. E tinha um nome ao que Cristina sentia, mas parecia que ele ficava entalado na garganta dela. Ficava lá, junto e mais embaixo ao frio que dava na barriga dela em pensar na nova vida que a esperava.  Mas que entre os dilemas do que sentia, ainda sem poder dar o que Frederico claramente exigia para se casar com ela. O amor . Ela não aceitando que agora era ele que se negava ainda se casar, ela disse.

— Cristina : Tenho menos de 9 meses, Frederico, para que eu possa fazer a escolha que tanto teme . Mas se eu escolher ficar ao lado do nosso filho e o seu, e você não me querer mais?  Se já estamos aqui que façamos isso direito!

Frederico então ao analisar as palavras de Cristina. Ele disse, na tentativa de tirar da garganta dela, duas palavras que mudaria tudo.


— Frederico : Eu temo que me faça de tonto outra vez. E vejo que também teme que eu já não a queira. Por que Cristina? Porque de repente teme tanto isso?

Cristina então nervosamente tocou os cabelos não conseguindo olhar nos olhos de Frederico. E então, ela disse rapidamente e quase num fôlego só.

— Cristina: Ainda me pergunta porque temo, Frederico? Céus! Quando te vi com Débora quis morrer de ódio . Senti... Senti, ciúmes! O que está acontecendo comigo? Eu choro por você! Sinto que  estou te necessitando mais que antes! E isso me faz temer que seja...

Cristina se calou. A palavra que nomeava o que ela sentia de verdade ficou entalada na garganta dela outra vez. E Frederico completou, infeliz. Infeliz porque a mulher que amava mostrava ter medo de retribui-lo.

— Frederico : Amor, Cristina! É isso que teme. E não estou disposto a casar com você assim, tendo medo de me amar! É isso o que acontece com você, ainda que não assuma. Isso é o mesmo o que aconteceu comigo!

E Cristina então, cuspiu com voz de choro o que pensava por estar ela ali sentindo coisas que nunca desejou.

— Cristina: Me jogou uma praga!

Frederico então riu sem vontade. E respondeu.

— Frederico:  Tenho certeza que foi o contrário!

Os dois então ficaram se olhando em silêncio por segundos. Até que Frederico, sabendo que mais uma vez aquela discussão que em negação, Cristina não aceitava os sentimentos que começava sentir por ele, não iriam levar a nenhum lugar mais a não ser no que já estavam . Sendo pais de um bebê que logo estaria entre eles. Ele disse.

— Frederico : Acho que já podemos dar fim nessa discussão que não vai nos levar a lugar nenhum, Cristina, e fazer o que  vim mandar que faça. Precisa comer algo. Então vamos descer para que faça isso.

Cristina então, virou o rosto e passou a mão em um lado da bochecha dela que desceu uma lágrima teimosa. E então o respondeu, já não querendo ir a lugar nenhum.

— Cristina : Vou quando eu quiser!

Frederico então respirou fundo, nada disse e só foi até ela e pegou em um dos braços dela a tirando do quarto sem esperar mais protesto dela. E fazendo aquilo, ele disse bravo.


— Frederico : Achei que tinha entendido que não vim pedir que coma, Cristina.

Cristina então parou entre a porta e ele já fora do quarto, mas segurando ainda o braço dela e disse.

— Cristina : Solte -me, Frederico, não vê que estou descalça!

Frederico então, olhou para os pés dela e não duvidou em pegar ela no colo e a jogar nos ombros. E depois dizer.

— Frederico : Já resolvi esse problema.

Ele então desceu com ela daquele modo a escada, com ela até a metade do caminho toda brava e aos berros com ele para  solta-la . Até que rendida facilmente, ela desistiu cansada de berrar, e  depois entraram na cozinha.

E Cristina, de ponta cabeça e de bunda pro alto nos ombros de Frederico, puxou os cabelos para trás erguendo a cabeça para olhar Candelária que estava na cozinha com eles e dizer, azeda.

— Cristina : Diga para seu querido Frederico me largar que não sou uma aleijada, Candelária!

A senhora riu da cena. Achava uma graça a relação que Frederico e Cristina tinham. Ainda que estava ouvindo mais berros aqueles dias pela casa, do que era acostumada ouvir nas visitas de Cristina a Bananal. E assim, ela disse.


— Candelária : Tem que comer menina.

E soltando ela, depois que a levou até uma mesa, Frederico disse.


— Frederico : A ouviu. Coma Cristina.

Cristina então olhou a mesa que tinha, frutas, pães e bolos e uma jarra de suco natural para ela se alimentar antes que o jantar fosse servido. E então a barriga dela roncou fazendo vergonha a ela.

E de volta a capital do México.

Já era noite, e Victoria não via Heriberto aparecer. Seguia nervosa e sem notícias dele. Mas já estava ciente  que ele já sabia de tudo que ela escondia dele, por Osvaldo que a alertou assim que ele deixou a empresa televisiva que ele trabalha.  E por isso, ela estava mais nervosa ainda. Pois sabia que teria que enfrenta-lo. E ainda como estava, uma pilha de nervos, ela ouvia as queixas e perguntas de Elisa, que quando chegou, socorreu sua irmãzinha, que disse como os pais a tratou.

E seguindo, a mãe que descia as escadas apressada. Elisa dizia insistente.


— Elisa : Não vai me dizer do porque, a senhora e o papai brigaram?

E descendo a escada, sem olhar para trás, apenas visando a porta da entrada da casa na expectativa de ver Heriberto passar por ela, Victoria disse.

— Victoria : Já disse que não brigamos. E disse também para passear com Bella, Elisa!


E de fato, Victoria não tinha brigado com Heriberto. Então, não mentia . Ainda que ela tivesse daquele jeito, uma pilha de nervos com a certeza que iriam brigar na volta dele.

E Elisa, nada convencida com a resposta de Victoria. Ela disse, a questionando mais.

— Elisa : Não estão brigando, e ainda quer que eu saia com Isabela? Aonde irei agora com ela? Além do mais, vocês dois precisam se desculpar com ela. Papai quebrou o tablet dela e a senhora a tratou mal. Bella, não tem culpa dos problemas que tem com o papai!


Victoria então parou ao chegar no piso da sala com a filha na cola dela. Sabia que Elisa tinha razão com o que dizia. E ela suspirou com pesar reconhecendo o erro dela. E assim, então de frente a filha ela disse.

— Victoria : Eu sei que errei. E vou me desculpar com ela. Eu prometo. Mas agora, eu só quero que a leve, por favor, para algum lugar, Elisa. Temo que quando o pai de vocês chegar presenciem uma briga, que não quero que ela veja.

E mais preocupada pela forma que Victoria tinha falado, Elisa perguntou.

— Elisa : Mas o que aconteceu mamãe? Vocês nunca brigam feio. As únicas brigas que tem, é quando Maximiliano apronta as dele. E o que ele fez dessa vez ?

Victoria suspirou tocando os cabelos.  Gostaria que daquela vez a briga só fosse pelas libertinagens de Maximiliano. Mas era mais que aquilo, ainda o envolvia mas o tema da briga daquela vez era muito mais complexa. Era o inferno na terra. Ou melhor no casamento dela com Heriberto.

E então, ela respondeu Elisa, com pesar.


— Victoria : Agora a questão não é quem seu irmão leva ou não para cama e se foi no sofá do seu pai ou no quarto dele. Agora é bem mais grave filha.

E então. Elisa disse temerosa.

— Elisa : Está me assustando, mãe.

Victoria então, forçou sorrir. Já tinha cometido o erro de ter tratado Bella mal por algo que ela não entendia e que não era culpa dela e agora não desejava fazer o mesmo com Elisa, que sendo capaz de entender, se ela soubesse o que estava acontecendo a deixaria preocupada e a traria para os problemas que ela e Heriberto que tinham que resolver. E então, ela tocou um lado do rosto dela e disse. 

— Victoria : Leve sua irmã ao cinema. E quando voltarem eu vou conversar com ela. Só me ajude nisso. E não se preocupe com nada.

Elisa então tocou na mão de Victoria e disse baixo.


— Elisa: Está bem, mamãe. Vou fazer o que me pede.



Victoria então, suspirou aliviada e viu Elisa dando meia volta para buscar sua irmãzinha no quarto.


E na mansão San Román.

Maria, entrava com uma longa camisola vermelha no escritório de Estevão.

E ele sentado no sofá, tinha as pernas estirada sobre uma mesinha e Estrela no colo dele. A menina dormia de bruços no peito do pai, enquanto ele tinha os braços em volta dela dormindo como ela. Maria tinha seguido o dia sem a babá e Estevão ficou de fazer ela dormir, que depois que deu mamar a ela com a mamadeira que Maria via sobre a mesinha, ele exausto ainda que tinha que voltar para delegacia mais tarde, havia adormecido também.  E assim de passos leves, Maria foi até os dois com um sorriso leve no rosto. E devagar não querendo acordar Estevão, ela puxou Estrela, mas que com o movimento ele abriu os olhos segurando firme a filha nos braços .

E sussurrando, Maria disse.

— Maria: Sou eu, Estevão. Vou levá-la, meu amor . Mas já volto.

Estevão então assentiu, desceu as pernas da onde estava e fechou os olhos outra vez jogando a cabeça para trás. Até que ele não soube quanto tempo passou que apenas despertou novamente, vendo Maria  ajoelhada na frente dele e já com a boca no membro dele.

E ele jogou a cabeça para trás, gemendo. Depois voltou olhar Maria que o sugava . Queria ver se não era sonho o que acontecia. E ele sorriu de lado, vendo definitivamente que não era sonho.

Os cabelos de Maria, de cabeça baixa como estava, caiam sobre o rosto dela o cobrindo. E então, Estevão segurou eles, juntando os fios na mão.  E teve melhor a visão dela o tomando daquela forma pela boca.  E ele disse, cheio de tesão, vendo a cabeça dela subir e descer com os movimentos que ela fazia chupando ele.

— Estevão : Que delicia, Maria. Que delícia...

Ele fechou os olhos mais uma vez, sentindo Maria o sugando mais forte. O tendo rendido nas mãos dela daquela forma também. Ela tomava ele com a boca com desejo, enfiava a ereção dele quase toda com maestria e com a mão ela também acariciava toda a extensão do rígido pênis dele. Estava sendo mulher dele ali. Dando a ele aquele prazer porque desejou aquilo desde que o viu entrar na casa bem pontual para o jantar em família. A família que ela amava e que ela queria manter ao lado dele. Queria mais que tudo. Amava os filhos que tinha e i marido que gemia com mais intensidade com o que ela fazia. Estevão, precisava dela, havia entendido mais ainda naquela tarde que não podia desacreditar que juntos poderiam vencer aquela fase ruim que estavam no casamento deles. Mas só fora da cama, porque nela, eram daquele jeito que no momento estavam. Porque sempre, Estevão foi um homem que a desejava naquele casamento e ela sempre era aquela mulher disposta a amar e ser amada por ele sem pudores.

E, Estevão abriu os olhos de novo, vendo Maria toma-lo quase todo na boca, e ele com tesão se moveu pra frente, se movendo dentro da boca dela e depois se moveu pra trás movimentando o membro dele em um vai e vem .  E ela buscou então os olhos dele e gemeu deixando ele se mover como fazia . E Estevão sentiu que logo gozaria.  Até que depois de mais alguns movimentos e fortes gemidos dele, Maria, tirou a ereção dele da boca, sorriu o olhando e brincou com a língua na glande rosada do pênis dele. E Estevão achou que não resistiria por mais tempo ao que ela fazia.

Que ofegante ele disse, cheio de tesão.

— Estevão : Oh, Maria. Estou a ponto de explodir.

E ela riu, voltando chupa-lo rapidamente como antes estava. E, Estevão sem ter soltado os cabelos dela, mas relaxado as mãos neles,  puxou os fios outra vez que caíram com a rapidez dela em seus movimentos no rosto dela e os puxou gemendo o nome dela. Até que ela parou por ver que ele estava no limite e se levantou, ficou de pé na frente dele e desceu a camisola do corpo, ficando nua .

E assim, depois de morder de leve os lábios, desejando ver Estevão terminar dentro dela, ela disse pronta para dar nele aquele xeque mate.

— Maria: Quero o seu prazer dentro de mim, Estevão. 


Estevão suspirou de tesão, os olhos dele foi no seios de Maria empinados para ele e depois, ele desceu o olhar ao ventre dela e mais embaixo, onde tinha o triângulo bem depilado dela. E então, depois ele olhou ela subir no colo dele e começar abrir a camisa que ele vestia.  Estava tão entregue ao desejo que sentia por ela, que sabia que ia gozar assim que Maria o tivesse no interior dela.

E foi o que ela fez no passo seguinte depois de abrir um pouco a camisa dele, o levou com a mão até a vagina dela. E Estevão gemeu sentindo ela molhada e quente para ele, sentindo ela sentando devagar, recebendo a ereção dele enquanto soltava leves gemidos.

E Maria quando teve ele todo dentro dela, ela subiu e desceu apenas uma vez na ereção dele e depois contraiu a vagina com ele todo dentro dela. O que foi o suficiente para ela sentir Estevão se derramando dentro dela.

E ele a agarrou forte, apertando a pele dela enquanto gemia, sentindo fortes espasmos de prazer. E quando parou. Estevão olhou Maria nos olhos, subiu uma  mão dele que estava nas costas dela, agarrando ela pela nuca entre os cabelos dela e a beijou. A beijou com vontade, com tesão.  Era louco por ela e tinha várias razões para ser assim, inclusive aquelas que ela dava. Pois Maria sabia, levá-lo ao céu e ao inferno em questão de segundos. E depois de beija-la com eles seguindo naquela posição. Ele disse.

— Estevão: Quando decide acabar comigo faz com êxito, Maria. Só você tem esse poder sobre mim.

Ele então a beijou outra vez e Maria começou se mover,  rebolando no colo dele. O queria o resto da noite e Estevão, percebia claramente aquilo e por isso não iria a nenhum lado até tê-la mais satisfeita do que ela o tinha deixado naquele momento.

E longe dali.

Na mansão de Heriberto e Victoria


Heriberto finalmente chegava. Depois de ter falado com Osvaldo, havia passado em um bar pedido dois copos fortes de conhaque e rodou caminhos desconhecidos dirigindo o carro para que entre as tantas voltas que deu, soubesse o que fazer em relação do que havia descoberto, além de ter tentado em uma fracassada tentativa, esfriar a cabeça. Porque sentia que ela estava mais quente e que nelas formava palavras que tanto queria dizer a Victoria e de um modo nada amável como era.


Pois estava se sentindo enganado. Victoria estava ocultando dele todo aquele tempo algo que por direito ele tinha que saber. Mas que entre aquilo que ela esteve escondendo que ele já sabia, ele batia o pé cheio de orgulho necessitado sem assumir em satisfazer o grande ego que tinha, que Maximiliano era filho dele. Era dele! Mas que ainda assim, por Osvaldo, ter criado aquela fantasiosa dúvida ele não queria abrir mão daquele  direito que tinha de saber. O envolvia e era marido dela.  E por isso, Heriberto sentia tanta raiva da atitude de Victoria, além de também estar sentindo uma carga pesada de ciúmes dela que não sabia se suportaria muito carregá-la. Que por segundo Osvaldo, que o contou antes de deixar aonde estava, que o exame de DNA ficaria pronto em 30 longos dias. Esses dias eram muito longos para ele engolir que Victoria, podia estar em contato com ele. Em contato com o ex dela que ele tanto odiava.

Que para ele, Maximiliano, era só um pretexto . Tinha que ser, que Osvaldo achou para se aproximar outra vez de Victoria.  Porque ele não podia ser filho de Osvaldo. Heriberto, só gritava, dentro do seu ser que Max era filho dele. Dele!

E do corredor dos quartos no andar de cima da casa, Victoria ouviu a porta se abrir. Então ela correu. Já era 22:00 horas e tinha que ser Heriberto de volta em casa. E quando ela desceu e os olhos dela encontrou os deles. Nada disseram, Heriberto apenas se dirigiu ao escritório dele todo sério. Queria conversar com ela ali.

E Victoria então o seguiu. Heriberto entrou primeiro. Ele passava a mão nos cabelos nervosamente, quando ouviu Victoria entrando e trancando a porta.

E então ele se virou para olha-la. Pelo modo que a via, ele tinha certeza que ela já sabia que ele já estava ciente do que ela o escondia dele. Ele sabia que era  pelo maldito Osvaldo que ela teve consciência daquilo. Tinham contato, se falavam e aquele fato estava o consumindo.  E por isso,  ele estava disposto a proibir até que aquele resultado saísse que Victoria tivesse algum contato com Osvaldo, e se tivesse pelas costas  dele, ele saberia sem dúvidas.

Heriberto era um homem bom, apaixonado e controlado até que sentisse que o ultrapassassem os limites dele. E para ele, Victoria tinha ultrapassado todos e mais um pouco. Porque, não tinha sangue frio de aceitar a mulher que amava ter conversas com o ex. Um ex que a tocou também no passado, que a teve como mulher. O que ele não suportava apenas lembrar . Era errado, ele se sentir como sentia. Era errado porque também havia estado com mulheres depois de Victoria.  Mas Heriberto, só media o que lhe cabia medir naquela história que ficou no passado, mas que agora o passado estava presente pondo em risco o futuro deles.

E então, como não viu Victoria dizer nada, já que ela não encontrava palavras em como começar aquela conversa, Heriberto, disse, bravo, rude sem poder ser capaz de medir qualquer palavra que poderia soltar depois daquele momento.

— Heriberto: Imagino que já está ciente que já sei o que me escondia. E pensou que faria isso até quando, Victoria? Hum? Achou que eu fosse um imbecil e que aceitasse qualquer desculpas por seu  estranho comportamento? Subestimou a minha inteligência e a sua, em achar que seria capaz de conseguir esconder algo tão grave de mim e que eu tinha direito de saber!

Heriberto ainda que grosso, tinha começado suas palavras em um tom sério sem gritar, mas ao fim delas, ele todo vermelho aumentou a voz deixando, Victoria, de coração acelerado. Heriberto, era um marido que sempre fazia o que ela queria mas era genioso quando se sentia contrariado, era também rígido com os filhos e com os erros que passava diante dos olhos dele, que ele julgava imperdoável. E ela tinha errado com ele. Tinha escondido dele o que acontecia e que ela sabia que ele não aceitaria qualquer desculpas dela. E ela sabia que não tinha. Realmente tinha confiado demais no taco dela, que seria esperta o suficiente debaixo de avisos dele, que ele descobriria o que estava acontecendo. E ele descobriu sem causar espanto nela, porque sabia que não tinha se casado com um homem bobo. E agora estava ali, respirando aceleradamente, sem saber o que faria, mas ciente que devia começar a falar o que ela devia ter dito antes.

E então ela começou se explicando, nervosa.



— Victoria : Eu nunca achei que era um imbecil, Heriberto! Eu só queria te poupar disso tudo! Maximiliano, pode ser seu filho! Pode ser o pai dele e tudo pode ser um engano!

Heriberto então riu. Passou as duas mãos nos cabelos. Tinham até ele bagunçado de tantas vezes que tinha feito aquilo. E então depois, ele disse, cheio de raiva, apontando pra Victoria, que estava há alguns passos a frente dele.

— Heriberto : Disso eu sei! Eu sei que posso ser o pai de Max, como sou Victoria! Mas não existiria essa dúvida, se tivesse se comportado com decência como devia! Esteve com ele e comigo de uma vez! A culpa do que está acontecendo é toda sua!

Victoria, depois de ouvir as palavras de Heriberto, sentiu o impacto delas, sentindo que perdia o chão que pisava. Que voava naquele pesadelo que as palavras dele se formou na mente dela. Elas bateu na mãe e esposa que era do homem que lhe gritava elas, mas também bateu na mulher que ela era. E ela riu mas querendo chorar. Tinha 22 anos todo aquele passado que Heriberto, titulava como a indecência dela. Tinha 18 anos neles, recém entregada na faculdade, cheia de vida e de sonhos a ser cumpridos. Que ela com a indecência dela, tinha sofrido a primeira desilusão amorosa da vida dela e depois sacudido a poeira e se dado a chance de viver novas experiências em outro relacionamento ainda na flor da idade que tinha. Mas Heriberto, via aquilo como indecente. A mesma indecência, que ele protagonizou muito com ela, mas que naquele momento tirava o corpo fora. Porque para ele, era mais fácil.  Era mais fácil porque a indecência dele de ter estado com ela namorando outro, não era tão importante como a dela . E por isso ela levava a culpa sozinha. Levava porque naquela indecência toda, era ela que tinha uma vagina.

E sentindo que tinha lágrimas se formando nos olhos, agora ela toda vermelha, foi pra cima de Heriberto. Ela deu dois socos no peito dele depois dele ter segurado os braços dela calado . Estava furiosa, indignada e sendo segurada ainda por ele, ela gritou jogando também na cara dele as verdades que tinha.

— Victoria : Então eu sou a indecente agora, Heriberto? Voltou para minha vida quando eu já vivia bem sem você, refazia ela e estava em um relacionamento que se meteu no meio dele ciente disso! E eu que tinha que ter a decência de só abrir as pernas pra você, só porque resolveu lembrar que eu existia? Enquanto cobrava a posse que já não tinha sobre mim quando me deixou? Foi tão indecente quanto eu! Traímos alguém juntos e por isso agora estamos aqui, colhendo o que plantamos!


Heriberto então depois que Victoria gritou aquelas palavras, a soltou. Ela ofegante, deu as costas para ele. Estava consciente do erro dela, mas era consciente e assumia sozinha a responsabilidade deles do que agora viviam e não do passado, que era claramente era julgada por ele. E Heriberto a olhando como estava, foi até o bar de bebida, aquela “ conversa” parecia que não ia ter hora pra acabar, e ele abriu uma garrafa conhaque, mas antes de servir no copo ele respondeu Victoria, depois de ter pensado nas palavras dela, mas ainda assim vendo o que lhe convinha.

— Heriberto : Você era a mulher entre nós . Cabia você não ficar de jogos, Victoria! Se eu voltei a ter procurar era porque te amava e se me lembro muito bem era muito bem recebido por você. Devia ter se cuidado!

Ele então derramou a bebida no copo dando as costas agora pra Victoria, e ela depois de ouvi-lo. Desacreditando que ele seguia usando os argumentos que seguia usando contra ela tão... Tão... Machista. Ela se virou para ele e disse.

— Victoria :Claro que eu devia ter me cuidado, Heriberto! Devia, quando me arrastava para qualquer canto e tirava minha roupa como um desesperado e que também poderia ter tomado cuidado ao se prevenir! Não pode seguir só me culpando, Heriberto!


E Heriberto riu, se virou para ela de copo na mão e disse ironicamente. 


— Heriberto : Agora vamos falar de camisinha? Da camisinha que não usei há mais de 22 anos?

Ele então virou parte da bebida na boca . E Victoria o respondeu brava.


— Victoria : Claro que vamos, seu machista! Se me joga na cara minhas irresponsabilidades nesses 22 anos, faço o mesmo com você!

Heriberto então, terminou de beber.  Bateu o copo vazio na mesa do bar de bebidas e sério ele disse, olhando Victoria.

— Heriberto : Não sou machista Victoria! Não me titule assim!


E Victoria retrucando o respondeu.

— Victoria : Me chamou de indecente!

Heriberto então olhou o corpo dela na frente dele, mediu ela de cima a baixo e desgraçadamente para o azar dele, sentiu tesão naquele momento tão inoportuno.  E bravo, com o que sentia. Ele pronto para beber mais, a respondeu de costa para ela de novo e se servindo de mais bebida.


— Heriberto : Santa que não foi, Victoria. Gozava comigo e depois com ele. Como era pra você, hum? Eu era melhor?


Victoria riu tocando a testa. Via que Heriberto fugia da questão principal, que era a paternidade de Maximiliano, e só parecia ser importar com o fato que ela no passado não só tinha estado com ele como mulher. E então, ela cansada de ver ele como estava agindo. Disse.


— Victoria : Vamos falar de Maximiliano, Heriberto! Dele! E não do seu ego ferido!

E então, Heriberto deixou de fazer o que fazia. Se virou novamente para Victoria . E disse.


— Heriberto: Está bem, hum. E então me responda, Victoria, com toda sinceridade .  Sabia dessa dúvida? Sabia que Maximiliano, não podia ser meu filho, quando nos casamos?

Victoria então suspirou . Ia ser sincera sem Heriberto precisar ter pedido. No passado, ainda que não fosse mais inocente, era inexperiente com a pouca idade que tinha. Que se tivesse a maturidade que já tinha, aos 40 anos que breve completaria, estava certa que nem ficaria com Osvaldo tão pouco com Heriberto. Pois teria focado nos estudos, que por ter sido inconsequente, lhe tinha dado uma gravidez não planejada, a tirando da faculdade por bastante tempo.

E então, ela o respondeu o olhando nos olhos.

— Victoria : Claro que não, Heriberto. Se eu soubesse, não teria me casado sem comprovar ela. Eu nunca te enganaria dessa forma. Meu erro foi com minha inexperiência não ter cogitado essa hipótese. 

Heriberto então, bufou e pegou seu copo cheio. Andou até o sofá do escritório sentou e disse.

— Heriberto : Já não sei mais se acredito em você, Victoria. Porque me sinto enganado de saber que estava me escondendo tudo isso esse tempo todo. E quando foi hum? Quando foi que voltou a ver Osvaldo para que aquele infeliz te colocasse essa maldita dúvida?


Victoria então nervosa, agora dando as peças certas para Heriberto entender que estava certo por questionar a mudança dela. Ela disse.

— Victoria : No dia que sofri aquele acidente. O vi em um restaurante. E então ele me revelou que podia ser pai de Maximiliano.

E enciumado, Heriberto riu sem vontade e disse.

— Heriberto : Até encontrinhos pela minhas costas tiveram! Me diga, tiveram oportunidade também de relembrar os velhos tempos também?

Victoria então foi até Heriberto e tirou o copo da mão dele, e o tacou longe e disse gritando.

— Victoria : Já chega de beber, Heriberto! Chega de beber!

Heriberto então rápido se levantou. E a olhou furioso e disse cego de ciúmes.

— Heriberto : Me responda o que te perguntei, Victoria! Teve tempo de relembrar o que tiveram? Me traiu com ele para matar a saudade de lembrar como é ter dois homens disponível para você?!

E não houve tempo nem de Heriberto piscar quando teve a mão de Victoria no rosto dele. Ela o esbofeteou com força em um lado e quando ele virou o rosto com o golpe e ela esbofeteou ele do outro lado.

O esbofeteou em lágrimas, por se sentir no limite em não poder mais ouvir qualquer ofensa dele e também sofrendo por ter tocado nele pela primeira vez naquela forma com eles já levando tantos anos de casados.

E então, ela o respondeu entre lágrimas.

— Victoria:  Não volte insinuar que te trai, Heriberto! Me respeita, porque sou sua mulher e a mãe dos seus filhos durantes esses anos todos! Sei que errei escondendo de você o que acontecia. Mas não tem o direito de me seguir ofendendo! Eu sou fiel, sou fiel ao nosso amor, a você. E se escondi até agora o que acontecia, foi porque tive medo. Medo de vê-lo dessa forma e no final não passar de uma mentira, de um engano e que Max sempre foi seu filho!

Heriberto sentia os lados do rosto queimar.  Enquanto via Victoria chorando ao ter gritado aquelas palavras a ele. Tinha passado dos limites . Mas estava cego. E os tapas que nunca tinha recebido de Victoria, parecia que tinha servido para ele ser consciente do que falava.

E então, baixo ele disse a respondendo.


— Heriberto : Max é meu filho, Victoria. Ele faz muitas coisas que não me agrada. Mas ele é meu, filho. Eu o amo. E não dividi-lo com outro homem! Não vou! Nunca me bateu e agora faz. Então, é bom que para o nosso bem e de nosso casamento, que Maximiliano tenha meu sangue!


E Victoria soluçou. Ouvia da boca de Heriberto, o que tinha assombrado ela todos aqueles dias. E assim ela disse, limpando em vão as lágrimas que tinha no rosto.

— Victoria : O que está insinuando é o que tive medo Heriberto! Nosso casamento, nossa família está em jogo com esse maldito resultado!

E Heriberto então sério. Novamente dando o aviso que antes deu. Ele disse.

— Heriberto : É bom que ele seja meu filho! E nada vai acontecer Victoria. Caso contrário, não sei o que será de nosso casamento.

Victoria então se desesperou mais e chorou mais ainda . Sentia que morreria sem aquele homem na vida dela. Heriberto era o homem dela, que deixava ela ser a rainha dele da casa, de tudo. Era o marido perfeito, tirando a maldita noite que estavam, e que por isso ela não queria perder.


E então, depois da agressão que antes houve entre eles, ela o abraçou com força e chorando, enquanto dizia.

— Victoria : Eu te amo, Heriberto. Não pode me deixar. Não pode ser covarde e me deixar! Não de novo Heriberto! De novo não!


Heriberto ficou sem reação. Não disse nada e não abraçou Victoria . Apenas sofria também da maneira dele o que acontecia no casamento deles. Até que ele baixo disse, o que não estava disposto a tolerar.


— Heriberto : Enquanto esse resultado não sair, não quero em hipótese alguma que esteja em contato com Osvaldo, Victoria . Ainda é minha mulher e não vou tolerar essa conduta sua!


Ela então saiu dos braços dele e olhou com os olhos chorosos.

E então ela disse sofrida, passando as mãos no rosto.


— Victoria : Tenho ainda 30 dias garantidos, casada com você, Heriberto. Não se preocupe que seguirei te respeitando. Não precisa me dar ordens.


E Heriberto a olhando. Pensando que nada daquilo podia estar acontecendo, se no passado ela tivesse agindo diferente. Ele disse.

— Heriberto : Devia ter deixado aquele homem assim que voltei e não estaríamos passando por isso agora, Victoria.


Ele caminhou até a mesa, deu as costas para Victoria e espalmou as mãos nela.  E Victoria, baixo o olhando como estava respondeu. 


—Victoria: Não devia ter me deixado e me feito ter que buscar em outras partes o que eu já não podia ter de você, Heriberto.  Eu era jovem e tinha direito de seguir com minha vida.

Ele então suspirou com pesar só ouvi-la. Doía, mas ele tinha escutado a verdade que também poderia ter mudado o rumo da história que agora estavam. E assim. Ele virou o rosto para o lado que ela estava e disse.

— Heriberto : Eu, sei Victoria. Isso é um pesadelo. Que inferno é esse que estamos prestes a cair?




Olá lindas. Eu não esqueci de Maristeb, só pra constar para as que tem eles como casal fav na história, que eu notei sim a ausência maior deles nesse capítulo, por isso estou esclarecendo kkk Eles tão nos demais capítulos já escrito. Conto aqui uma história de três casais e é impossível eu apresentar todas as questões deles, em um só capítulo a não ser que eu faça um com 50 mil palavras kkkk . Enfim por hoje foi esse capítulo, bjs e até o próximo!!!! 


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