Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá lindonas tem dois capítulos pra vocês. Espero que gostem. Bjs



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Depois que ouviu Cristina, Frederico riu. Riu e tragou seu cigarro e depois que fez, jogou no chão o pisou e disse. Como que se o que Cristina acabava de falar, não tivesse sido nada de mais.


— Frederico : Já chega dessa noite. Vamos embora!

E ele simplesmente andou deixando Cristina para trás. Ela se tremia toda depois de ter realmente pedido Frederico em casamento, pedido não, implorado. Tinha tido consciência que precisava dele, mas não só como o pai do bebê que esperavam. Era estranho, era novo pra Cristina, ver a condição que se encontrava. Mas ela sentia que necessitava de Frederico, precisava de mais dele, do que ele mostrava que iria dar. E ele casado com outra, ela não o teria como ela sentia que precisava.

E sem entende-lo. Sem entender o porque ele agia indiferente ao pedido dela, enquanto ela sentia que estava morrendo depois de suas palavras. Ela o impediu de dar mais um passo. E disse, nervosa, passando a frente dele.


— Cristina: Não vai dizer nada, Frederico? Eu acabo de te pedir em casamento, e não diz nada!

Frederico então a olhou nos olhos. E só pensou que poderia ter sido em forma de uma declaração de amor as palavras de Cristina. Poderia ter sido em um sim, que ele ouviu quando pôs um anel no dedo dela antes de estarem ali. Aquele sim, que o iludiu até que ele acordasse e não a visse mais ao seu lado. Mas as palavras de Cristina naquele momento, não passava daquilo. De palavras. Palavras de uma mulher ciumenta e despeitada . Ele sabia que era assim que ela estava. Ela sentia ciúmes por achar que o perderia pra outra. E se ela aceitava se casar com ele, era apenas porque ela não queria perder. Não queria perder para Raquela. Frederico conhecia Cristina, o suficiente pra saber que se não houvesse o casamento dele com Raquela, muito menos uma gravidez dela, ela não estaria se prestando aquele papel. Na verdade, ela estaria longe dele vivendo como ela gostava de viver. E sem amor, sem ela assumir que o amava ele não casaria com ela. Não para depois vê-la arrependida e infeliz por ter perdido sua liberdade que tanto amava.


E assim, ele disse com raiva na voz.


— Frederico : Não quer se casar comigo, Cristina! Não quer fazer isso! Está despeitada, não está suportando a ideia que me case! Assim não vamos se casar! Eu tenho minha dignidade em não me casar com você nessa circunstância. Então, não vamos falar nesse maldito casamento e nem no meu com Raquela!


Cristina abriu a boca e fechou rápido vendo ele ir até a porta do carro e abri-la com raiva . E então ela disse gritando.


— Cristina : É um covarde! É isso que é! Agora que quero me casar com você, não quer!


Frederico então bateu a porta fechando ela, e foi até Cristina que estava na frente do carro. E gritou também com ela as verdades que pensava.


— Frederico: Não quer casar! Não se casaria se não estivesse grávida! A prova foi quando te pedi em casamento e fugiu de mim, Cristina! Você foi a covarde e não eu!

Depois de suas palavras, irritado, Frederico bateu no capô do carro com a mão, fazendo Cristina saltar para trás no seu lugar. E depois de vê-lo levar as mãos na cabeça, ela perguntou o encarando.

— Cristina : Prefere Raquela? Prefere aquela mulher do que a mim?

Frederico a olhou sério, coçou a barba ficando de frente para ela, e a respondeu a olhando nos olhos.


— Frederico : Raquela sabe o que sente por mim, ela não me mente . Ela sabe o que quer . Diferente de você Cristina, que não sabe nem o que está sentindo!

Cristina, engoliu em seco ficando em silêncio. Ela não sabia expor como devia o que estava sentindo, na verdade não sabia lidar com a necessidade que tinha por Frederico. Só sabia que o queria da maneira dela .


E então tomando voz, ela levou as mãos nos cabelos e disse aflita.


— Cristina: Eu só sei que estou assustada, me assusta o que ando sentindo, Frederico. Porque a única coisa que sei, é que estou precisando de você, precisando de uma forma que me causa dependência de querê-lo junto a mim . E por isso, em hipótese alguma vou deixar que se case, Frederico! Não vou, porque você é meu!

Cristina então se jogou nos braços de Frederico, ela pegou na camisa dele agarrou com as mãos enquanto se erguia nas pontas dos pés para beija-lo. Mas ele não retribuía. Frederico bufava de raiva. Porque ele a amava, e ainda que quisesse seguir com sua vida não iria conseguir, Cristina com suas palavras mostrava aquilo. Ela era ardilosa, sempre tinha o que queria e ele fazia parte do pacote dos caprichos dela. Mas se ela não jurasse amor como ele já jurou sentir por ela. O único que seguiria sendo prejudicado seria ele, por estar preso a uma mulher que não podia ama-lo como ele queria e merecia.

E ele sabia que a única coisa que Cristina podia amar era ela mesma. Ele então segurou nos braços dela e a afastou. E então ele disse convicto.

— Frederico : Não sou seu, Cristina! Não me quis e não vou quere-la quando acha que me quer! Eu mereço mais que isso!


Frederico então a largou e Cristina tentou não chorar e gritou toda revoltada, quando o viu dar as costas para ela.

— Cristina : Se casar com ela eu vou te odiar Frederico! Vou te odiar e fazer da sua vida um inferno!


E Frederico que tinha dado as costas para ela, parou. Já sentia que vivia em um inferno, desde que começou ama-la. Amar uma mulher que fugia do amor e só queria uma coisa, o prazer todo que podia ter da vida tirando aquele tal amor, era um inferno.

E assim ele se virou para ela, voltou e a pegou por um braço e disse bravo.


— Frederico : Não tenho medo de suas ameaças de uma mulher despeitada, Cristina. E eu sei exatamente o que quer para parar com suas histerias. A única coisa que quer !

Ele então a levou até a frente do carro e a virou de costas para ele sem delicadeza.


Cristina entendeu onde iam chegar. E ela disse agitada, olhando de lado para ele o vendo abrir as calças com pressa.

— Cristina: Não vai se casar com outra que não seja comigo! Está preso a mim como estou a você!

Frederico ergueu o vestido dela, que ainda sem calcinha por ter deixado ela dentro do carro, a teve nua e segurando seu membro já duro na mão, ele disse.

— Frederico : Te dói saber que estou preferindo outra do que você. É essa é a verdade, porque o que quer o que gosta, é isso! Só isso!


Ele então a penetrou. E Cristina de mãos apoiadas no metal do carro, gemeu sentido o membro dele todo dentro dela em um empurrão só que ele fez para entrar nela.

E logo depois o corpo dela começou sacudir nas mãos dele que seguravam com força na cintura dela, enquanto se movimentava.


Ele gemia alto e ela também. Frederico estava com raiva e de olhos fechados. Dessa forma, ele só a tomava dando a ela o que ela nunca rejeitou. E Cristina desfrutava, ainda que soubesse que o assunto que ele quis encerrar tomando ela daquela forma seguiria. Seguiria, porque ela não desistiria de fazê-lo mudar de ideia e não se casar.


E subindo a mão em um do seio dela por cima do vestido, Frederico apertou com força e ela gemeu com seu corpo sacudindo, e seu cabelo em movimentos. E assim, ela virou o rosto para olha-lo, sentindo suas mãos já suarem sobre o metal que elas apoiavam. E então ela pediu, entre suspiros de prazer no meio do nada que estavam .


— Cristina: Mete com força, Frederico . Isso, isso... Com força!

Frederico, apertou os dentes nos seus lábios e com as mãos a frente do vestido de Cristina, depois que ele a ouviu, puxou rasgando parte dele. O pano barato do tecido que ela tinha comprado sem grife, virou pano de chão na mão dele e os seios dela nus saltou para fora.


Frederico, então apertou os seios dela e a encostou mais no carro deitando parte do corpo dela nele, abrindo logo depois mais a perna dela com o joelho dele no meio delas . E como estava ele disse.

— Frederico : Tem medo de perder isso que temos, Cristina. Porque sentirá falta... Sei que vai sentir...

Ele se empurrou com força, saiu e depois voltou da mesma maneira . E depois, ele puxou ela pelos cabelos e jogou a cabeça para trás sem parar de se mover a ouvindo gemer.


E logo depois, Cristina contraiu gozando. E enquanto ela gritava de prazer, Frederico tirou o membro dele da vagina dela, e na posição que estavam ele subiu mais e Cristina sentiu a glande do membro dele forçar entrada em seu ânus.

E ela segurou em um braço dele tentando olha-lo, por saber o que vinha em seguida.


— Cristina: Frederico...

Frederico ouviu ela chama-lo, e em resposta, puxou ela para trás fazendo a bunda dela se empinar mais e com um movimento ela o recebeu todo dentro dela também ali.

E como ele estava rápido , apertando os olhos, Cristina, pediu enquanto sua mão procurava seu clitóris desesperadamente.


— Cristina : Mais devagar Frederico. Ah, meu Deus!


Frederico riu, e Cristina sentiu o riso dele ao pé de sua orelha. E depois, ela ouviu ele dizer.


— Frederico : Sei que você aguenta. Nunca reclamou.


Frederico, ofegante continuou como fazia e Cristina virou o rosto para buscar os olhos dele. Estava nervosa, mas insana entre o prazer e a dor daquela união que estava seus corpos. E então, ela pediu rendida a ele como sempre esteve.


— Cristina : Me beija, me beija e me toca também!


Frederico então colou mais seu corpo nela, e parou quando a boca dos dois se encontraram em um beijo desajeitado mas sedento. E depois dele, os dois sem desfazer a união respiraram quieto . Frederico respirava perto do cabelo de Cristina e ela de olhos fechados sentia seu corpo relaxar. Só que Frederico voltou a se mover, mas dessa vez mais lento. Ele beijou o ombro de Cristina, indo e vindo com seus movimentos, e desceu uma mão enquanto a outra ficou em um lado da cintura dela e tocou com ela o meio de suas pernas, encontrando assim seu clitóris empapado e começou acariciar como ela havia pedido para que ela gozasse com ele.


E então não demorou para Cristina sentir seu corpo tremer e Frederico gozar com ela também.


E quando ele estava pronto pra deixar o corpo dela. Ela disse baixinho.

— Cristina : Não nos casamos por enquanto. Mas só fica comigo, Frederico. Só comigo...

Depois de suas palavras, Cristina sentiu Frederico sair dela, o ouviu vestir a calça e ela se virou para ele segurando o vestido rasgado com a mão na frente do corpo .

E Frederico a olhou a vendo despenteada e rasgada, enquanto ele sentia que tinha sua razão de volta. E assim ele perguntou olhando o que tinha feito nela.


— Frederico : Está bem? Inferno! Eu tenho que lembrar nessas horas que está grávida!

Cristina assentiu, levando uma mexa do seu cabelo para trás de sua orelha. E depois perguntou interessada mais no que ela acabava de propor pra ele novamente.


— Cristina : Ouviu o que eu disse?

Frederico soltou o ar da boca e já arrumado, ele a respondeu.

— Frederico : Ouvi. Vamos para cidade do México depois que eu resolver umas questões pendentes aqui. Além do mais, também tenho que falar com Raquela. E lá decidimos o que faremos, como vamos viver...

Cristina sorriu e perguntou sentindo que tinha conseguido o que queria.

— Cristina: Então, então vamos ser só você e eu e na cidade do México?

Frederico suspirou assentindo com a cabeça. Lembrava de muito antes de estarem ali, quando havia pedido a ela que não tirasse o bebê que tinha proposto o que ela havia pedido ainda dentro do carro com ele. E assim, ele disse.

— Frederico : Me recordou, que te prometi que se quisesse também ficar perto de suas irmãs, ficaríamos também lá. Então vamos ver alguns imóveis. Está fazendo sua parte, não tirou meu filho. Agora seguirei fazendo a minha como nosso trato.

Cristina fez cara feia logo depois com o fim das palavras de Frederico. Trato? Não era um trato que ela queria com ele. Não era isso que ela necessitava. E assim, ela disse indignada.


— Cristina : Que merda, Federico! Eu não quero um trato. Será que terei que te desenhar!

Frederico então puxou o ar do peito irritado. Sabia o que Cristina queria. O pedido dela, havia deixado claro. Mas ele não aceitaria aquilo, não nas circunstâncias que estavam. Pois sabia que eram por elas, que Cristina mostrou não se importar em ter uma aliança no seu dedo. Ele sabia o que ela queria. E era uma vida que antes de estarem ali, ela tinha rejeitado ter com ele.

— Frederico: Não! Não Cristina! Já entendi o que você quer! Quer uma vida de casados. E isso que quer! Ainda que não nos casemos de verdade é essa vida que iremos viver. E então verá o que está me pedindo. Sei que vai se arrepender!

Cristina então ergueu a cabeça para enfrentar Frederico que vermelho tinha lhe gritado aquelas palavras. Ele dizia que ela se arrependeria sem saber de certo o que passava na mente dela, sem saber de verdade o quanto ela sentia que o necessitava. E então, ela o respondeu convicta do que queria. Pois não voltaria atrás nem que ele parecesse querer colocar medo a ela.

— Cristina: Eu sei que vida é que teremos! Será um casamento sem papel! E não me importo, contanto que deixe, Raquela!

E Frederico depois de ouvi-la tão certa dizer o que dizia. A respondeu.

— Frederico : Vou deixa-la, e vou cumprir tudo que te prometi! Mas sua vida vai mudar, Cristina! Quer fidelidade minha? Eu também vou exigir isso de você! Não vou pagar o preço dessa loucura sozinho!


Cristina então suspirou, buscando se acalmar . E olhando nos olhos de Frederico, ela o respondeu.


— Cristina : Minha vida já mudou há quatro meses, Frederico. E sem você nela, não irei conseguir. E sobre ser fiel, não entendeu ainda que só estou te querendo?

Frederico ficou mudo por um tempo. Queria encerrar aquela discussão e pensar sozinho em tudo que foi dito por eles naquele lugar. Então, logo depois ele apenas andou até um lado do carro, abriu a porta fazendo Cristina entender que era hora de ir dali. E ela como estava, segurando seu vestido na frente com suas mãos, andou até seu lado do carro em silêncio, assim como ele estava.


E mais tarde.

Depois de ter esperado Frederico no quarto, e que ele havia mentido que voltaria pra dormir com ela. Cristina de camisola, apareceu no quarto dele o encontrando já dormindo.


Ela fez cara feia, olhando o corpo dele adormecido sobre a cama. Ele havia mentindo e deixado ela na espera dele. Frederico, só dormia de cueca boxer da cor preta, o que deu tesão nela em vê-lo. Mas o que não dava tesão nela vindo dele? Ela não sabia responder. Mas cansada do dia que logo iria amanhecer, ela apenas desejando a companhia dele pra dormir como ele havia se negado na noite passada. Caminhou e deitou no lado vazio da cama, e como ele dormia de peito pra cima e pernas estiradas, ela o abraçou colocando o braço por cima dele e ao redor do corpo, deixando a cabeça sobre o peito dele. Cristina não gostava muito de dormir daquela forma com um homem, pra ela dormir agarrado a um, só se fosse bêbada mas com Frederico era diferente, ela agarrava nele lúcida e buscava afeto mesmo que não pedisse com palavras como aquele momento.


E como ele havia dito, a vida dela ia mudar e aquele modo dela dormir com ele poderia se repetir. E pensar nessa hipótese, fez Cristina sorrir.

E assim agarrada e ele, ela adormeceu . E as horas correu e o dia clareou.

Sobre a cama, Frederico acordou tendo uma cabeça cabeluda sobre o peito dele e um braço que o abraçava de uma forma possessiva ao redor dele. Ele olhou, Cristina, dormir como um anjo agarrada nele. E ele suspirou. Quando voltaram pra fazenda, ele estava pensativo. Iria viver uma vida de casado com Cristina, ele estava consciente daquilo, mas ela estaria? Realmente estava? O casamento com Raquela já não ia existir. Não era justo com ela, não era com ele. Cristina estava de volta e ditando regras de como ela queria viver . Que no fim era um casamento, um casamento sem papel como ela havia dito. Viveriam juntos, até o bebê nascer e ela não se ver mais presa a ele e dependente, como parecia estar. E mesmo achando que Cristina estava topando tudo pra ele não casar, apenas pelo estado que estava e por despeito também . Ele tinha cedido. Cedido aos caprichos dela . Ia ser como ela queria.

Mas aonde ficaria o coração de Frederico Rivero, se depois de tudo Cristina resolvesse bater asas e voar? Ele, perderia ela de novo e ficaria só com o filho deles se ela tomasse a decisão de ir.


Frederico passou a mão no rosto pensando. Estava na mão dela, na mão no corpo inteiro e ela no coração dele cravado ali marcada na sua pele. E ele não conseguiria correr dela, ou odiá-la por aquilo.

E como estava, ele sentiu beijos em seu peito. Cristina acordava e o beijava por vê-lo acordado também.

E assim, ela disse com voz de sono.

— Cristina : Bom dia... Bom dia...

Ela olhou nos olhos dele sorrindo enquanto sua mão entrava na cueca dele, sentindo o membro dele na palma de sua mão e entre seus dedos .

E assim Frederico disse.


— Frederico : Devemos conversar melhor sobre ontem, Cristina.

E Cristina ainda o tocando, o respondeu.


— Cristina: Devia ter ido dormir na minha cama como achei que ia. Mas como viu, dormimos juntos de qualquer forma.

Cristina deu um selinho nos lábios de Frederico depois de suas palavras. A mão dela, começou a ficar mais rápida quando havia percebido que ele crescia entre os dedos dela. E já ficando com a respiração irregular, Frederico disse olhando nos olhos dela.

— Frederico : Se quer viver comigo como quer, vamos repetir esse ritual muitas vezes, Cristina. É isso mesmo que quer?


Ele olhou para os lábios dela, enquanto ela assentia com a cabeça. E Cristina tirou a mão de onde estava e o respondeu, séria.

— Cristina : É Frederico. É isso.

Frederico puxou o ar do peito, tocou nos ombros dela com as mãos. E a olhando nos olhos, ele expressou o que pensou quando havia regressado ao quarto dele.

— Frederico : Não vou permitir que brinque comigo mais. Não sabe o que sente mas eu sim! Então terá que respeitar meus sentimentos. Por isso a fidelidade no que vamos viver estará valendo, Cristina. Sou bom com você, sou paciente e quero seguir assim!


Cristina então o respondeu rapidamente.

— Cristina: Não estou de brincadeira, Frederico . Seu filho cresce em mim de verdade! Sei que tenta se paciente com minhas dúvidas e receios. E também, acha que não sei ser fiel? Já disse que serei porque pedi o mesmo a você!

Frederico riu de lábios fechados, se sentou na cama e disse.


— Frederico : Me diga qual foi a última vez que teve um relacionamento de verdade e que foi fiel?

E Cristina se sentando de frente para ele, pensou e depois de um sorriso ela o respondeu.

— Cristina: Nos meus 15 anos tive um . E fui fiel! Só o traia quando tinha meus pensamentos impuros com você.

Cristina mordeu o canto dos lábios. Frederico tinha se tornado cedo o proibido dela, despertando assim desejos nela quando ela ainda era uma adolescente com seus hormônios todos ouriçados. E Frederico a olhando por lembrar dela, daquela idade e recordar também que teve muito trabalho para ignorar as investidas dela que começou logo depois, disse.

— Frederico : Você já não valia nada ainda usando frauda, Cristina. Com 15 anos ainda era uma menina!

Cristina riu e o beijou rapidamente. E depois de rostos próximos, ela o respondeu com um riso no lábios.

— Cristina : Uma menina que já te queria loucamente.

Ela então, subiu no colo de Frederico, se roçou nele e ele agarrou a cintura dela e a virou na cama rápido.

Cristina riu enquanto ele a olhava sem dizer nada, e então ela perguntou se perdendo no verde intenso dos olhos dele.


— Cristina: O que foi?

Frederico então, tocou a barriga dela, entrando a mão por baixo do pano da camisola que ela vestia e disse.


— Frederico : Quero que fique conosco quando ele nascer, Cristina. Não quero que suma no mundo como sempre costumou fazer. Quero que tente ser a mãe de nosso filho.

Cristina suspirou. Sabia que podia ser difícil realizar o desejo de Frederico, mas sabia só olhando nos olhos dele que ele passaria a força e a segurança que ela precisava para tentar ser mãe e ser mais do que aquilo se ficasse ao lado dele. E assim, com lágrimas nos olhos que se formava . Ela o respondeu.

— Cristina : E eu quero ser capaz de ficar, Frederico. Eu quero tentar ser a mãe do seu filho.

Frederico então, se debruçou e a beijou na boca e Cristina o abraçou com os braços e pernas retribuindo ao beijo dele.


E na cidade do México.

Maria, tomava café na mesa sozinha.

Já era mais das 8 da manhã. Heitor já não estava na casa, tão pouco Estrela que já estava a caminho da escolinha. E por isso ela estava sozinha, sentada na mesa vazia do jantar, enquanto meditava no dia e na noite que teve com Estevão chegando bêbado em casa.


E por falar nele. Ela tinha deixado ele acordar tarde, o despertador ela desligou, as chamadas da delegacia ela mesma atendeu e disse que ele chegaria tarde aquele dia no trabalho. O bem estar de Estevão, estava sendo prioridade pra ela. Ele havia bebido depois de um dia nada bom pra eles, e ela achava que era de uma boa noite de sono que ele precisava pra acordar um pouco melhor.


Havia quebrado o coração de Maria ver o estado de Estevão. Ver ele chorar como um menino que sofria por seus males sem querer solta-la com medo de perde-la, lhe partiu a alma .

O amava tanto. E por ama-lo que não tinha jogado a vida que tinham juntos no lixo.

E levando a xícara do chá que tomava na boca, ela ouviu o dono dos seus pensamentos dizer ao chegar.


— Estevão : Acordei sem saber aonde estava. Perdi hora, Maria.


Ela olhou de lado, vendo ele ainda de pijama. Um roupão peludo e preto, cobria o pijama dele da cor azul marinho. E assim ela disse, o vendo esfregar a mão no rosto.

— Maria : Bom dia, Estevão.


Estevão suspirou com a mão acima da cadeira sem afastar ela ainda pra se sentar. Não lembrava como tinha chegado em casa, muito menos como havia adormecido na cama deles. O que ele lembrava, era da traumática sessão deles, que o fez parar dentro de um bar e beber todas depois que viu Maria, chorar e jogar tudo que ele fazia de ruim naquele casamento deles, na cara dele.

E então sem jeito de como agir. Estevão apenas disse.

— Estevão: Bom dia.


Ele puxou a cadeira e se sentou. A mesa estava montada de café da manhã e ele foi direto no café preto. Ele morria de dor cabeça e não tinha fome.

E Maria o observando calada por alguns segundos, resolveu dizer .

— Maria : Precisamos conversar. Te esperava para isso.


Estevão suspirou cansado emocionalmente e com medo de mais uma conversa como a da terapia que ele e Maria tiveram. E assim, ele a olhou e disse querendo adiar qualquer conversa.

— Estevão : E nossos filhos, aonde estão?

Maria deixou sua xícara na mesa percebendo que Estevão não queria conversar sobre o que deviam conversar agora sozinhos. E então, ela o respondeu.

— Maria : Já é mais das 8 da manhã, Estevão. Heitor, está no trabalho e Estrela na escolinha, a babá a levou com nosso motorista. Só tem nós dois em casa. E não quero que deixemos ela sem conversarmos.

E Estevão rapidamente, negando com a cabeça disse a ela, expressando o que se passava com ele .

— Estevão : Eu não quero, não posso ouvir de novo que tem medo de mim, Maria. Já entendi o que ando lhe fazendo, mas não me faça ter que reviver o que suas confissões me causaram.

Maria o olhou depois das palavras dele, beber mais café como se fosse água mostrando nervoso. E assim, ela perguntou.

— Maria : E o que elas lhe causaram? Temos que conversar sobre isso, Estevão.

Estevão respirou fundo. Parou pra olhar Maria nos olhos, e a respondeu.


— Estevão: Repúdio, arrependimento. Me senti um lixo, o pior dos maridos! E o pior é que não sei como vou concertar isso, Maria. Porque se ainda está comigo é porque me ama demais ou porquê sente pena. Porque eu não te mereço! Não mais!

Maria sentiu o peso das palavras de Estevão, buscou a mão dele sobre a mesa, e disse sentindo que sofria com ele .


— Maria : Não fale assim, Estevão. Eu realmente te amo demais. E por isso não é pena que me faz seguir ao seu lado. É por amor que sigo! Você é o único homem que amo e que vou amar . Sei que sofre, não está sendo fácil pra mim também, mas não fale assim mais!

Estevão olhou para mão de Maria na dele, ele então segurou ela e depois a olhou e disse.

— Estevão: Talvez o homem que ama não esteja mais aqui, Maria. Não suportei a dor de ouvir o que eu lhe causava e fui beber. Me refugiei no álcool. Sou um covarde!

Maria sentiu que uma lágrima escorria dos olhos dela. E rápido, ela limpou um lado do rosto dela, enquanto a mão dela que Estevão segurava, ela apertou firme o olhando nos olhos, para responde-lo.

— Maria : Não é, meu amor. Você não é um covarde. Isso só é o começo. Só estamos começando a dar os primeiros passos para voltarmos ser quem um dia fomos. Vai doer em nós dois esse processo . Mas vai ser para o nosso bem e da nossa família, eu sei.

Estevão então beijou a mão dela. Seus bonitos olhos verdes estavam cristalinos de lágrimas. E depois, que ele voltou a olhar para os olhos de Maria, ele disse cheio de amor mas também de medo.

— Estevão : Eu te amo tanto, Maria. E sei que se eu te perder, eu vou enlouquecer. Eu juro que vou enlouquecer.

E na mansão de Heriberto e Victoria.


Eles ainda estavam na cama. Heriberto tinha que trabalhar, mas viu Victoria despertar quase nua se mostrando para ele e não resistiu, o desejo de fazer amor com ela e tão pouco ela o resistiu.


E assim, encaixados, de conchinha debaixo das cobertas eles se amavam. Victoria tinha o rosto entre seu travesseiro, agarrava os lençóis da cama enquanto gemia e seu corpo era agarrado pela cintura por Heriberto. Ele entrava e saía de dentro dela, com o rosto na curva de seu pescoço. Ele sussurrava palavras entre gemidos no ouvido dela e beijava a pele dela .


Victoria virou o rosto para ele e se beijaram. As línguas se enroscaram uma na outra no beijo, e entre ele, eles gozaram juntos. E trocando mais alguns beijos, Victoria depois de pararem para se olharem enquanto ainda recuperavam o fôlego estando agarrados, ela disse.

— Victoria: Acordou cheio de desejo assim, Heriberto. Nem parece que essa noite fizemos amor como gostamos.


Heriberto beijou mais uma vez a boca dela, e a olhando nos olhos ele, disse depois de soltar um suspiro relaxado.


— Heriberto: Ainda não esqueci das noites que me evitou depois do seu acidente. Agora que voltou a ser a minha Victoria, tenho que aproveitar.

Heriberto riu . Não havia cobrança nas palavras dele, era mais uma brincadeira feliz, por ela estar como sempre era com ele. Mas pra Victoria, as palavras dele a incomodou, já que a breve mudança de atitude dela na semana que ele relembrava, era porque ela escondia dele ainda a dúvida que quando ela pensava a corroía por dentro. E assim, ela o respondeu em um tom de aborrecimento.

— Victoria : Só foi alguns dias, Heriberto. Somos tão ocupados que passamos dias sem fazer amor. Não foi pra tanto.

Ela se esquivou um pouco dele olhando para o outro lado, mas Heriberto, não a soltou e insistiu.

— Heriberto: Tem razão. E nós dois, entendemos esse fato e reservamos algum tempo para nós pra descontar os dias que não tivemos tempo para estarmos juntos. Mas depois do seu acidente foi diferente, Victoria. Me evitava . Me evitava por algum motivo.

Victoria suspirou, e olhou para o teto pensando no motivo que Heriberto falava. E depois de voltar olha-lo com as mãos no peito dele, ela e disse desejando encerrar aquela conversa.


— Victoria : É melhor levantarmos. Temos muito que fazer.

Heriberto então se afastou vendo ela sair da cama. E Victoria arrumou sua camisola no corpo. Heriberto só tinha tirado a calcinha dela depois de tê-la tocado entre as pernas duas vezes, o que só precisou fazer para ela entender que ele a queria e pra ela se entregar como sempre fazia.

E fazer isso sempre, quando ele a procurava para fazer amor, era que ele seguia intrigado do porque depois do acidente ela tinha agido daquela forma. E quando levantou da cama, ela ouviu Heriberto dizer por trás dela .


— Heriberto : Me esconde algo, Victoria?


Victoria sentiu seu coração acelerar quando ouviu Heriberto. Como estava de costas para ele, ela se virou para olha -lo debaixo das cobertas, vestido também de pijama. Ele a olhava com um olhar desconfiado enquanto esperava uma resposta. Ele esperava ela, ainda que ela parecesse bem há uma semana, mas ela não vinha. E a noite passada, depois que tinham feito amor, para Heriberto vê-la nervosa com o celular na mão havia o intrigado tanto, como os dias que ela passou o evitando como ele achou que ela estava. E agora, vê-la querer fugir do assunto o intrigava ainda mais.

Mas levantando a cabeça, não querendo mostrar que realmente sim ela escondia algo. Victoria disse ironicamente.


— Victoria : Vocês homens são engraçados. Não podemos dizer não uma vez a vocês que ficam de paranoias. Ou já não está pensando que tenho um amante?

Heriberto ficou todo vermelho pronto pra sair da cama depois que a ouviu. E então, ele rapidamente a respondeu.

— Heriberto: Não estou pensando nisso, Victoria! Não seja exagerada. Fiquei intrigado como ficou apenas! E agora volto a tocar no assunto e age dessa forma.


Victoria levou a mão na cintura e disse depois que deu um riso nervoso.


— Victoria : Que forma?

E ele, a respondeu direto.

— Heriberto : Fugindo! Isso me intriga! Se tiver me escondendo algo, me fale te ajudarei se precisar de mim . Somos marido e mulher, Victoria, nunca teve nada que precisemos esconder um do outro todos esses anos de casados. Não será agora que faremos isso, não?


Victoria ficou calada, diante das palavras de Heriberto. Ela apenas analisava a expressão do rosto dele enquanto ela sentia o sangue do corpo dela correr rápido com aquele assunto deles que seguia. E quando ela abriu a boca pra falar algo, ouviu a porta se abrir e Bella dizer ao entrar, sem ao menos bater.


— Bella: Mamãe, não estou achando meu livro de matemática.

Victoria olhou para trás e arqueou uma sobrancelha e repreendeu a filha.

— Victoria : Tem que bater na porta antes de entrar no nosso quarto, filha!

Com a mão ainda no trinco, a menina baixou a cabeça diante do olhar bravo da mãe dela, e disse baixo.

— Bella: Desculpe mamãe.

Mas logo então, ela olhou para Heriberto que estava sentado sobre a cama com a coberta cobrindo suas pernas e a blusa de regata de seu pijama mostrando. E então ela passou pela mãe e foi até ele animada.


— Bella : Bom dia papai.

Ela beijou o rosto de Heriberto o abraçando e ele retribuiu o abraço animado enquanto olhava, Victoria seriamente pois sabia que o assunto não tinha acabado.


— Heriberto : Bom dia, minha princesa.

E Victoria aproveitou a deixa e foi ao banheiro.


E momentos depois. No closet, Victoria terminava de calçar seus saltos vermelhos e Heriberto, entrava todo de branco pronto para ir direto ao hospital sem passar no posto de saúde aquela manhã.


E assim ele disse, novamente.


— Heriberto : Ainda quero terminar a conversa que começamos essa manhã.


Victoria o olhou e suspirou ajeitando sua roupa e saindo do closet. E então ela disse, o deixando pra trás.


— Victoria : Pare de pensar nos dias que não tivemos sexo como se fosse o fim do mundo, Heriberto! Já passou, não temos mais nada pra conversar sobre eles!


Heriberto a seguiu já se irritando e disse pelas costas dela.


— Heriberto : Está bem Victoria. Mas estarei te observando, se algo tiver passando que não quer me contar vou saber. Bom dia!

Ele então passou por ela, irritado como estava e saiu do quarto. E Victoria então levou as mãos nos cabelos. Tinha que resolver de uma vez o que escondia. Tinha que saber a verdade. E a verdade que iria buscar, tinha que estar a favor dela. Max, tinha que ser filho do homem que ela viu deixar o quarto todo irritado. Victoria não aceitava outro resultado, que não fosse a verdade que ela sustentou todos aqueles anos.


E assim, ela pegou a bolsa dela e saiu do quarto, mas antes de descer, ela voltou para trás e entrou no quarto de Maximiliano.


E ela ouviu o som do chuveiro que dizia que ele estava no banho. Ela então, olhou a mesinha que tinha um notebook dele, viu uma agenda pegou ela e uma caneta que viu deixou um recado a ele. E saiu do quarto.


E momentos depois, saindo do banheiro, Max enquanto tinha uma toalha enrolada na cintura e outra ele secava seu pescoço. E assim ele viu o papel sobre a mesinha dele. O pegou e logo viu pela letra que era um bilhete da mãe dele.


“ Essa tarde vamos ao médico. Seu pai quer que faça novamente exames preventivos . Sua mãe que te ama.”


Max passou a mão na cabeça e depois se jogou na cama, odiava aqueles exames mas não tinha opção. Contrariar Heriberto, não era uma opção.


Horas mais tarde, Maria estava na empresa dela. Sentada, por trás da mesa dela, ela falava com Victoria no telefone que estava no viva voz.


E assim, elas falavam.


— Victoria: Já combinei com Osvaldo. Conseguirei uma amostra de sangue de Maximiliano, hoje mesmo. O quanto antes eu tirar essa maldita dúvida, voltarei ter meu casamento perfeito e minha família perfeita!

Maria suspirou preocupada. Andou pensando se o resultado fosse o oposto do que Victoria esperava o que ela faria. E ela tinha que pensar naquela hipótese também. Então, com cuidado nas palavras, ela disse.


— Maria : Já pensou se Max for filho dele, Victoria? Eu não quero que se desespere pensando nessa possibilidade. Mas tem que pensar no que vai fazer, se por acaso esteve enganada esses anos todos.

E Victoria que estava no meio da sala dela na casa de moda, andou e parou de frente a sua mesa. Ela apenas acreditava que o ser humano atraia pra si muitas coisas o que pensava. E por isso, muito cedo ensinando isso a ela, Octávio a incentivou sempre pensar positivo. Pensamentos de uma vencedora, foi o que a levou até aonde estava. E não seria a beira de seus 40 anos, que ela iria se deixar vencer pelos acontecimentos que estavam ameaçando sua vida perfeita. E por isso, ela respondeu Maria.

— Victoria : Eu não sei o que vou fazer, Maria. Na verdade não quero pensar nessa possibilidade. Me nego pensar que essa desgraça cairá sobre mim.

Maria rogou por dentro desejando que realmente, sua irmã mais velha não tivesse sua vida desestruturada se o que pensava acontecesse. Pois ela não via Victoria derrotada ou abatida e não gostaria de ver. E assim ela disse.


— Maria: Rogo para que tudo seja um engano de, Osvaldo. E que possamos rir disso logo, Victoria.

Victoria sorriu tocando sua mesa. Maria era tão calma mesmo conversando de assunto tão sério com ela . Victoria acreditava que era um dom que Maria tinha. Ela tinha o dom de acalmar apenas por ser quem era qualquer pessoa aflita. Sempre tinha sido assim, mesmo que com ela mesma esse dom muitas vezes não funcionasse. E assim, Victoria disse, desejando ter a companhia de sua irmã.

— Victoria : Vamos almoçar juntas? Quero saber como está. Só estou falando de meus problemas . Segue com as terapias?

Maria suspirou, girando sua cadeira e ficando de costa para porta da sala dela. E assim, ela respondeu Victoria.


Maria : Sim. E ontem foi tão difícil para nós dois. Mais para Estevão. Mas vamos seguir com elas.

Victoria rodeou sua mesa, e sentou e depois respondeu Maria.

— Victoria : Estevão é obcecado por você Maria. Ele tem que seguir com essas terapias. Eu realmente acredito que seja difícil para ele enxergar isso. Mas não desista delas.

Maria olhou sua aliança na mão esquerda. E convicta ela respondeu Victoria .


— Maria : Depois desse tempo todo buscando uma solução para meu casamento, agora que achei não irei desistir dela, Victoria. E o que acontece com Estevão, é que ele me ama de uma forma sufocante e que por isso precisa ser curada. Não sei se dizer que ele é um obcecado por mim é a palavra certa.

Victoria sorriu cruzando as pernas e disse, debatendo as palavras de Maria.

— Victoria : Que ele te ama desse forma, não duvido. Mas que ele é um obcecado por você, ele é. Talvez tenha até um chip dentro da sua vagina. Eu não confiaria.

Maria ficou de pé rapidamente ouvindo Victoria rir das palavras que ela acabava de dizer. E nervosa, Maria a respondeu.


— Maria : Que horror, Victoria! Eu não tenho um chip na minha vagina!


Victoria riu mais. Mas depois disse.

— Maria : Estou brincando Maria. Estevão não seria tão louco assim .


Maria ficou calada. E Victoria percebeu que a irmã dela estava realmente pensando naquela hipótese. E então, pegando a bolsa dela da mesa, ela disse.


— Victoria: Sei que está pensando no que eu disse, Maria. Então não pense mais. Vamos almoçar juntas e me conta com detalhes o que houve na terapia.

E então, Maria a respondeu saindo de seus pensamentos.

— Maria : Eu vou. Mas sem brincadeiras como essas Victoria e sem julgamentos também em relação ao meu marido. Estevão precisa de ajuda e eu de seu apoio.

Victoria parou o que fazia e com um sorriso sincero, ela disse.

— Victoria: Está bem, Maria. E sabe que terá sempre meu apoio, irmã. Agora vou sair daqui, faça o mesmo.

— Maria : Está bem, te encontro no mesmo restaurante de sempre.


E assim, ambas apressadamente pegaram suas bolsas e saíram de suas empresas.

E momentos mais tarde.


Em um restaurante, Victoria e Maria bebiam refrescos por estarem dirigindo na espera de seus pedidos.

E na mesa de canto em uma parede, Maria estava sentada ao lado de Victoria, enquanto as duas olhavam para a tela de um celular. Estavam em um vídeo chamada com Cristina, que estava na Bananal naquele momento.


Elas podiam ver, por trás de Cristina, um estábulo grande e bonito. Na imagem, Cristina estava bem vestida com roupas de montaria. Os cabelos dela voavam com o vento que dava enquanto falava com as irmãs dela. Mais moreninha e com os olhos brilhantes, Maria e Victoria, nitidamente notavam que aquele lugar fazia bem a irmã mais nova delas.


E assim, enquanto elas falavam de assuntos aleatórios, depois de revirar os olhos, Cristina disse, enquanto tirava uma parte de seus cabelos a frente de seus olhos.


— Cristina : A rede aqui é péssima . Talvez a chamada caia.


E Victoria, depois disse cheia de saudades dela mas negando expor .

— Victoria: Saia desse fim de mundo, e volte para a cidade do México! Nunca vi alguém odiar tanto a pátria que nasceu.

Victoria tomou um pouco de seu outro copo a frente dela mas de água gelada. Parecia que ela podia sentir o clima quente que imaginava que aonde Cristina estava sentia. E Cristina, depois de ouvir Victoria falar azeda mas entendendo o orgulho que ela tinha muitas vezes. Contou as novidades para duas irmãs que via uma do lado da outra.

— Cristina: Frederico e eu iremos ver imóveis, aí. Mas também ficaremos aqui. Bom, é uma longa história que contarei quando vê-las.

Maria sorriu, ela segurava o celular. E colocando a tela só no rosto dela, sem dificuldade de expressar o que sentia como a saudade da irmã mais nova. Ela disse, feliz por ouvi-la.

— Maria : Sinto sua falta Cristina. Fico feliz por essa notícia que nos dá. Mas se nota que está muito bem aí. Sua pele brilha e seus olhos também. O que anda fazendo muito ai, hum.


Maria deu um sorrisinho depois de suas palavras. E Victoria, entendendo a malícia contida mas entendida nas palavras de Maria, deitou a cabeça no ombro dela e disse pra ver a tela também.

— Victoria : Tomando banho de rio que não é, né Cristina.

Victoria riu e Maria revirou os olhos arrependida de ter começado aquele assunto, aonde estavam. E assim, ela disse com um riso no rosto.


— Maria : Não responda a ela, Cris . Estamos em um restaurante, e minhas palavras não foram exatamente uma pergunta que precise ser respondida.

Cristina riu desejando brincar . E disse.

— Cristina : Estou cavalgando muito. Isso eu posso dizer.

E Victoria não duvidando daquilo, perguntou curiosa.


— Victoria : Mas e a noivinha de Frederico?

Cristina arrumou os cabelos que voavam de novo com a mão livre. E respondeu.

— Cristina : Não existe mais.

E Maria a respondeu.

— Maria : Conseguiu exatamente o que queria, não é Cristina.

Ela riu e Victoria também. E depois que os risos acabaram, Cristina quis saber.


— Cristina : Bom o que me conta de novo ? Algo está acontecendo aí?

Maria rapidamente olhou para Victoria trocando olhares cúmplices do segredo que ela guardava da irmã mais velha dela, o que Cristina não sabia . E depois disse, voltando olhar para câmera do celular.

— Maria: Estou seguindo nas terapias com Estevão, e acredito que logo teremos resultados.

Cristina sorriu ainda que tenha pegado aquele olhar de cumplicidade que ela sempre via entre Maria e Victoria e que sempre a deixavam fora. E tentando ignorar aquele fato que lhe trazia ciúmes . Ela disse.

— Cristina : Eu fico feliz. Não é certo o que Estevão faz. Você tem que ser exclusivamente dona de você, Maria, e não ele! Mas e você, Victoria?


Victoria então dessa vez buscou os olhos de Maria e Cristina sacou de uma vez que tinham um segredo juntas e que ela de novo não fazia parte dele. E ela sentiu uma menina outra vez que seguia de ciúmes delas. Já que sendo a caçula entre as três, havia crescido se sentindo excluída com a desculpa que ouvia dela ser a mais nova entre elas e por isso não poder saber tudo que passavam com elas. E aborrecida, Cristina disse.


— Cristina : Eu vou desligar.

E Victoria querendo saber o porquê, por ainda nem ter respondido Cristina. Disse.

— Victoria: Por que ? Nem vai esperar eu falar.

E rapidamente, Cristina a respondeu.

— Cristina : Tenho outras coisas importantes pra fazer.

Victoria revirou os olhos e ficando aborrecida, também, ela disse.

— Victoria: Como o que? cavalgar em Frederico, por exemplo?

Maria então olhou pra frente, vendo que um homem olhou para trás, da sua mesa por ouvir as palavras de Victoria . E assim, ela disse.

—Maria : Por favor, Victoria estamos em público.

E Cristina já nervosa e de cara feia para Victoria, a respondeu.

— Cristina : É isso mesmo que irei fazer . E vocês podem seguir com seus segredinhos. Adeus!

E então a imagem foi desligada e Victoria e Maria ficaram se olhando, querendo entender o surto de Cristina.


E logo depois Victoria brava, disse.


— Victoria : Eu odeio essa bipolaridade de Cristina.

E Maria refletindo os acontecimentos, e lembrando como Cristina podia ser. Disse.

— Maria : Ela está com ciúmes.

Victoria revirou os olhos outra vez. Um garçom se aproximava com os pedidos delas. E assim, ela disse baixo.

— Victoria : Ciúmes de que?

E Maria então a respondeu.

— Maria : De alguma forma ela percebeu que temos um segredo. Não deve ter esquecido como ela ficava, que por ela ser muito nova escondíamos nossos segredos dela por achar que poderíamos ser deduradas. Ela morria de ciúmes disso.

E então, séria mesmo por ter entendido Cristina depois das palavras de Maria. Victoria disse a verdade que pra ela pesava mais do que qualquer surto dela de ciúme na altura do campeonato que estavam em suas vidas bem adultas.

— Victoria : O que suponho que ela ache que guardamos. Ela não estava aqui quando descobri. Além do mais, ela é a irmã que nunca está quando precisamos. Essa é a verdade. Então por isso não podemos contar com ela. Ou estou mentindo, Maria?


E na fazenda, Bananal.


Cristina assim que desligou o celular bastante irritada, viu um peão de Frederico a chamando com urgência para dentro do estábulo.

E ela as pressas correu e viu uma égua deitada ao chão em trabalho de parto. Normalmente, uma égua não passava mais de 50 minutos para parir o potro, e aquela égua batia uma hora e nada acontecia. E que por isso já inspirava atenção.


E por isso, por não conseguirem achar um veterinário urgente, o peão gritou por Cristina que ele e todos dali, sabiam que ela também era uma veterinária nas horas vagas, muito vagas por sinal.

A égua da cor marrom, de pelo brilhoso e aparentemente saudável, respirava com dificuldade em cima de um monte de palhas ao chão. E Cristina, quando a viu se abaixou, e tocou o ventre da égua com carinho. E disse.


— Cristina: Olá querida. Esta sofrendo muito aí?


Ela alisou a barriga da égua e depois ficou de pé. Cristina sabia o que tinha que fazer. E assim ela olhou os três peões de Frederico, que rodeavam ela e o animal e pediu as luvas especiais para aquele momento. E depois, ela voltou a se agachar e falar com a égua.


E assim, diferente do posto de peão. Ernesto, um capataz de Frederico, apareceu por trás de Cristina. E disse, tendo os olhos nas costa dela mas, mais embaixo aonde mostrava um pedaço do pano da calcinha dela sem que ela percebesse.

— Ernesto: Ela já tá mais de uma hora aí. Acho que esse potro morre.

Cristina ouviu a voz do capataz de Frederico e notou que era Ernesto. Ela não gostava daquele homem, já o havia visto maltratar os trabalhadores que colhiam os frutos com amor da fazenda de Frederico, e ela não havia gostado do que viu mas nada disse. Por achar que não devia opinar em quem Frederico escolhia para ter ao lado dele cuidando de suas terras. Mas também tinha mais uma coisa que ela escondia de Frederico. E era que, uma vez, uma única vez que e que ela imaginou que podia ser mais, ela havia pegado Ernesto espiando ela e Frederico enquanto faziam sexo em uma calada noite. Na hora, Cristina, repudiou por ver o que ele fazia escondido em uma moita que por um descuido dele enquanto ela estava por baixo de Frederico sobre um capo de um carro dele, ela pôde vê-lo pelas costas de Frederico, pelos faróis do carro aceso que facilitou que ela o visse. Aquele ocorrido já havia meses, e ela guardava ainda em segredo.


E com aquilo, Cristina tinha dois fortes motivos para enojar ao homem que lhe falava.

E sem olha-lo ela respondeu, secamente.


— Cristina: Ninguém vai morrer.

Ernesto então se aproximou mais de Cristina, mas com os olhos na calcinha dela. Mas quando foi falar algo, ele ouviu Frederico chegar, agitado com dois de seus peões que foram avisar o que acontecia com uma de suas éguas.

— Frederico : O que está acontecendo com celeste, Cristina?

Frederico se abaixou ao lado dela, ele tinha visto que ela mostrava parte de sua calcinha pela posição que estava. Então com uma de suas mãos, ele levou ao local tampando da visão de todos o pano da peça íntima dela. E com outra mão, ele tocou cabeça da égua alisando.

E logo depois, entregaram uma luva plástica para Cristina, que cobria não só a mão dela mas também todo seu braço. E em pé, ela passava um gel sobre a mão de luva que junto com elas ela havia recebido. E quando estava pronta, ela disse, olhando Frederico ainda como estava tocando na sua égua .

— Cristina : Ela está com dificuldade para ter o potro mas já vou ajudá-la, Frederico. E primeiramente, preciso dela em pé.


E assim, Frederico com um peão, ajudou colocar a égua em pé. E por saberem o que veria depois, amontoaram mais palhas no chão para o potro .


Cristina, então, passou o braço na testa que suava puxou o ar do peito e o soltou pela boca e com a mão que tinha a luva, ela fez o que tinha que fazer, localizou o sexo do animal já em dilatação enfiou a mão e procurou o casco do potro e quando achou ela sorriu movendo a mão para romper a bolsa do animal envolvendo ela com a palma de sua mão.

E então, ela tirou quando viu a água da bolsa sair e deixou que o resto a mãe natureza fizesse. E segundos depois, um porto de pelos brancos caia na palha ao som dos relinchos da égua.

Frederico riu feliz. Sua Celeste passava pela sua primeira cria. E graças a Cristina, tinha corrido tudo bem. E então Frederico pegou no rosto dela e a beijou na frente de seus peões e Ernesto.

— Frederico: Muito bem, Cristina. Muito bem, meu amor.


Ele a abraçou. E mesmo que Cristina não podia retribuir, por manter uma de suas mãos com a luva. No peito dele, ela sorria. Sorria como boba. Por ter escutado meu amor da boca dele.


A última e primeira vez que ela havia escutado ele chama -lá de meu amor, foi quando ele havia lhe pedido em casamento e declarado amor a ela. E nos braços dele, ela só desejava voltar atrás para ter desfrutado como devia daquele amor dele.


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