Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo da saga que eu comecei falando que só ia ser um capítulo de 4 mil palavras que eu ia escrever e resultou em três com mais de 10 mil palavras kkkk e eu espero que gostem . Essa fanfic pra mim é muito diferente é muito complexa não é todas que conseguirão me acompanhar por ser outro modo que ando escrevendo e eu respeito e seguirei escrevendo por amor a essa historia e pelas que acompanha. Que desfrutem. ❤️



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Já sentados, com um refresco na mesa para Cristina, e uma garrafa de cerveja para Frederico.

E depois de lembrar de muitas idas e vindas naquele lugar, mas uma em especial que tinha a marcado, Cristina disse, tirando Frederico dos pensamentos dele que também o levou a muitos momentos que viveram ali.

— Cristina: Aquela dançarina, ainda trabalha aqui?

E Frederico que tinha levado a garrafa de cerveja na boca, olhou com atenção Cristina perguntar pela dançarina que ele sabia muito bem quem era. Mas fingindo não lembrar para não trazer aquelas imagens outra vez das muitas loucuras que fizeram juntos, ele disse.

— Frederico : Que dançarina?

Cristina sorriu revirando os olhos, por não acreditar que Frederico realmente não lembrava da dançarina que ela falava. E disse.

— Cristina: Oras Frederico, sabe que dançarina falo. É impossível esquecer ela ao entrarmos aqui. Foi a primeira vez que fizemos aquilo.

E então depois que se moveu na cadeira, ele a respondeu.

— Frederico: Não trabalha mais aqui. Se casou.

Cristina levou a mão na cabeça e perguntou, achando que casamentos começava persegui-la.

— Cristina: Porque todo mundo está se casando?

E Frederico pegando sua garrafa da mesa, disse rápido em um tom rude.

— Frederico : É melhor não falarmos em casamentos.

Cristina cruzou os braços vendo Frederico se virar para ver as dançarinas no palco, ficando assim de lado para ela. E depois de observa-lo, ela o respondeu.

— Cristina: Claro, não vamos falar disso. É melhor, porque assim, não lembra da sua noivinha .

Frederico então olhou para ela com a garrafa na boca. Cristina tinha a cara fechada e braços cruzados. E para provoca-la, ele disse.

— Frederico : Está com ciúmes de Raquela?

E como sempre a resposta dela para aquilo, Cristina tinha na ponta da língua. Disse.

— Cristina: Sabe que nunca tenho isso.

Ela virou o rosto e olhou as dançarinas também. E Frederico insistiu .

— Frederico: Não é o que parece. Só está falando dela e de meu casamento.

Cristina voltou olhar para ele, e disse aborrecida.

— Cristina: Você que me faz falar dela. Termine com aquela mulher . Ela não é mulher pra você Frederico!

Frederico então gargalhou alto. Tinha escutado aquilo antes, mas por Raquela. E ele achou graça, porque nunca tinha pensado que ia ouvir  as mesmas palavras vindo de Cristina.  E assim, ele disse pra ela.

— Frederico: Engraçado que ela fala a mesma coisa pra mim, em relação a você, Cristina. É mais engraçado ainda ver você falar assim como ela.

Ele riu outra vez e Cristina mais nervosa disse.

— Cristina: Para de rir Frederico! Está com Raquela porque tem raiva de mim, porque achou que tirei o bebê . Então já pode terminar com essa palhaçada de casamento!

Frederico então bateu a garrafa na mesa e Cristina olhou pra ele. E assim ele disse.

— Frederico : Me faz de tonto, Cristina! Pare com essas cenas. Seja mulher e confesse que algo mudou pra você em relação a mim também.  Por isso te incomoda tanto que vou me casar.

E Cristina diante das palavras que ouvia de Frederico, rebateu logo.

— Cristina: Me incomodo, porque não quero que dê Raquela como madrasta para meu filho!

Frederico riu e disse.

— Frederico: Então agora ele é seu filho também ? Eu não nasci ontem Cristina. Brincamos tanto nesses anos todos com o que tivemos . Que chegamos a esse ponto, você grávida e eu...

Frederico se calou coçando a barba e Cristina completou as palavras dele.

— Cristina : E você me amando! Diz Frederico! Sei que me ama. Não negue, ainda me ama!

E não querendo mais falar do que falavam. Frederico bravo, disse.

— Frederico : É melhor irmos embora.

Ele se levantou e Cristina também, mas se recusando ir. Ela disse.

— Cristina : Não vou a lugar algum, quero dançar um pouco. 

Cristina então se moveu para ir do lado, que pouca gente dançava além das dançarinas que os homens secavam elas com os olhos. Mas Frederico segurou no braço dela ofegante e a olhou com raiva.

E em silêncio logo depois, eles andaram até aonde uma música de um ritmo rancheiro, tocava. Frederico puxou Cristina pela cintura, ela pequena colada nele ergueu a cabeça e buscou os olhos dele. Ele estava sério e ela suspirou sobre o olhar dele e sua pegada em sua cintura . E logo depois, os corpos deles começaram se mover no mesmo ritmo, que foi ficando rápido e mais quente.

Mas cansada, Cristina retornou pra mesa. Tinham dançado pouco e ela puxava o ar pela boca.  E ela só pensava que não era mais com toda certeza, a mesma Cristina que tinha entrado ali pela última vez. E assim, em pé na mesa e de costa, ela apoiou as mãos a espera de Frederico que tinha ido buscar água fresca para ela.

E na espera dele, ela sentiu uma mão passar na cintura dela e depois a virar. E foi o cheiro horrível de bebida, que ela notou  antes dela olhar para o rosto do homem que a tinha agarrado, que não era Frederico.

E tentando se soltar dele, ela disse brava.

— Cristina: Me solte! Eu nem te conheço! Me solte!

O homem não obedeceu Cristina. A Agarrou mais forte e forçou beija-la.

E Frederico que largou o que tinha na mão quando viu o que acontecia ao se aproximar, gritou.

— Frederico : Solte ela, seu infeliz!

Ele então puxou o homem de cima de Cristina, pela sua jaqueta de couro que ele vestia.  E quando o homem barbudo se virou para ele, Frederico o socou com força.

Cristina levou a mão na boca dando um pulo para trás, vendo o homem cair em uma mesa ocupada por outas pessoas que se levantaram.

E então sem perceber uma roda se fez, e Frederico viu que vinha mais três homens pra cima dele, enquanto o que tinha atacado Cristina estava estendido no chão apenas com um soco que levou de tão bêbado .

Frederico então olhou para Cristina, pensando na maldita hora que tinha cedido aos caprichos dela a levando para aquele lugar estando grávida.  Mas sem correr da briga, ele ficou de frente para o corpo dela deixando ela atrás dele e chamou pra briga os demais.

E quando um se moveu contra ele, Frederico o deteu torcendo o braço dele para trás, e dando uma chave de pescoço com o braço dele no homem .

Ele apertava sufocando o imbecil, enquanto olhava com raiva os dois que restaram. Não era apenas mais um fazendeiro na região, ele era Frederico Rivero podre de rico que sabia acabar com seus inimigos e tinha quem fizesse também aquele serviço para ele.

E trincando os dentes, ele soltou o homem que saiu com a mão no pescoço tomando fôlego que lhe foi tirado até para falar.  E puxando uma arma que tinha na cintura, Frederico apontou para frente, vendo os olhos agora de homens assustado e de algumas pessoas que viam a cena da onde estavam, e disse.

— Frederico : Deem mais algum passo que os mando para o inferno agora mesmo! 

Cristina estava com uma garrafa nas mãos em forma de defesa,   preparada para dar na cabeça do próximo que fosse pra cima de Frederico. E quando o viu com uma arma ela abriu a boca assustada.

Mas sem ela prever a ação dele seguinte. Ele, a pegou nos braços e a jogou no ombro dizendo, enquanto saia do local por ver os covardes não dar um passo mais contra ele.

— Frederico : Falei que não era uma boa ideia virmos aqui!

Ele então saiu com ela daquele modo do estabelecimento . E quando estavam ao lado de fora, Frederico a soltou guardou a arma no lado da calça e foi em direção a caminhonete dele.

Cristina então correu para alcança-lo e disse, ainda tentando assimilar com tudo que tinha acontecido e rápido demais.

— Cristina: Espera Frederico!

E Frederico na frente de seu carro, com o lado de Cristina aberto. Ele disse irritado .

— Frederico : Já fiz seus caprichos, Cristina. Agora vamos embora.

E Cristina de frente pra ele, disse ofegante.

— Cristina : Estava com uma arma todo esse tempo, e não senti que estava nem ao menos quando dançamos.

Frederico riu sem vontade e a respondeu

— Frederico : Estava concentrada sentindo outra coisa minha.

Cristina não ligou e tocou no rosto dele. E disse.

— Cristina : Se machucou? Pensei que todos aqui sabiam quem era você. Foram muito imbecis em pensar que poderiam enfrenta-lo.

Frederico tocou na mão dela, olhando para o  bar e disse.

— Frederico: Nem todos que frequentam aqui são da região, Cristina. E o imbecil que te agarrou nunca vi. Mas vou descobrir quem é.

Cristina abraçou Frederico pela cintura e com a cabeça no peito dele. Ela disse.

— Cristina: Você tinha razão,não devíamos ter vindo.

Frederico olhou para baixo vendo ela agarrada nele e disse.

— Frederico : Vamos de uma vez.

Cristina então entrou no carro.  E Frederico bateu a porta a fechando.

E momentos depois estavam parados quase perto da bananal.

Cristina tinha tirado o cinto e encostado a cabeça no ombro de Frederico. E assim, ela dizia calma enquanto os dois observava a noite silenciosa .

— Cristina: Posso entender porque ama esse lugar. Esse silêncio, essa paz não se encontra nem mesmo a noite na cidade.

E Frederico que tinha um braço em volta do ombro dela, a olhou vendo os cabelos morenos dela e disse.

— Frederico : Passei bastante tempo longe dessas terras . Não a abandono mais, Cristina. Aqui estão minhas raízes mesmo que passei parte da vida na cidade, com Estevão e Heriberto.

Cristina buscou os olhos dele sorrindo e disse.

— Cristina : Por isso muitas vezes age como um ogro. Um homem do campo, tão diferente deles.

— Frederico: O ogro que você gosta e fantasiou por eu ser diferente dos seus cunhados, Cristina.

Cristina se afastou se sentando normalmente e disse.

— Cristina: Exatamente, Frederico. Mas agora você me fez um filho e sigo confusa se poderei ser a mãe dele .

Frederico suspirou pensando no filho deles. E preocupado disse.

— Frederico : Nosso filho, Cristina. Você grávida e esteve naquele lugar presenciando aquela briga. Não vamos mais lá. Ainda que eu tenha que amarrar você na cama todas as noites.

Cristina riu e mordeu um lado do ombro de Frederico. E depois ela pediu.

— Cristina :Dorme comigo essa noite.

Ela cheirou o ombro dele coberto com a camisa de olhos fechados. E Frederico apertou o volante com as mãos, e disse. 

—Frederico : Já deixei claro que não, Cristina. É melhor para não confundirmos mais o que temos. Agora o que nos une é nosso filho. E é ele que me importa.

Cristina ignorou qualquer argumento de Frederico, levando a mão para o meio da perna dele . E ele sentiu endurecer seu membro na mesma hora que sentiu a mão dela.

— Cristina: Tem certeza que não irá dormir comigo?

E Frederico olhando a mão dela esfregando seu membro, disse o nome dela como se quisesse repreende-la.

— Frederico : Cristina...

— Cristina : Vou agradecer como se deve o que fez hoje por mim.

Cristina então abriu a calça de Frederico, com ele deixando e rápido ela liberou o membro dele, tocou com a mão subindo e descendo, e depois de olhar nos olhos de Frederico, ela baixou a cabeça e o abocanhou.

Frederico então apenas segurou os cabelos dela e jogou a cabeça para trás, soltando gemidos roucos de prazer.

E na cidade do México.

Victoria de robe vermelho e transparente no meio do quarto, lia uma mensagem no celular dela.

Era Osvaldo, que tinha agora o número dela e respondia em concordância sobre o que ela planejava. E distraída, ela não ouviu Heriberto saindo do banheiro de toalha na cintura.

Como ele tinha pedido, ela tinha voltado pra casa cedo. E naquele horário perto das 11 da noite eles já tinham passado um tempo juntos na hidromassagem como gostavam até se saciarem.  E assim, Heriberto abraçou por trás Victoria. E ela em um pulo se afastou assustada.

E nervosa apagando o celular, ela disse.

— Victoria : Me assustou, Heriberto.

Heriberto riu mas seus olhos foram na mão dela. E assim ele disse.

— Heriberto: O que fazia?

E Victoria ainda com um ar que escondia algo por seguir nervosa, mentiu.

— Victoria : Mandava uma mensagem para Maria, apenas.

Heriberto analisou ela. Levava 20 anos casada com ela e não era 20 dias. E por isso ele sabia quando ela mentia, como naquele momento. E assim, ele disse, querendo achar uma brecha pra verdade do que ela queria ocultar.

— Heriberto : Hum. Falei com Estevão hoje e ele me pareceu mal. Como ela está?

E Victoria tocando um lado do seu cabelo, disse.

— Victoria : Bem, eu acho que bem.

Heriberto então cruzou os braços, e perguntou analisando ainda mais ela.

— Heriberto: Falava com Maria, e não sabe se ela está bem?

Victoria então riu nervosa e rápido se justificou.

— Victoria: Maria não me conta tudo, Heriberto. Ainda mais se for algo que seu irmão fez mais uma vez. Ela sabe como fico.

Heriberto nada mais disse. Havia ficado com a pulga atrás da orelha. Victoria claramente não queria contar algo a ele, algo que ele pegou ela fazendo no celular. E apenas a olhando em silêncio, a deixando ainda mais nervosa. Ela disse.

— Victoria : Vou dar boa noite para Isabela.

E Heriberto rapidamente questionou, por não vê-la soltar o aparelho em sua mão.

— Heriberto: Vai com o celular?

Victoria sorriu nervosa e fingindo que não se importava por ver que Heriberto se mostrou intrigado com o celular dela, o deixou sobre o criado mudo do quarto e saiu .

Heriberto então ficou olhando o aparelho, olhou a porta e passou a mão na cabeça e quando viu,  pegava o celular dela na mão .Só que ele tinha senha. E Heriberto respirou fundo se repreendendo pelo que pensou em fazer.

E no quarto de Bella.

Victoria sorria com amor sentada na cama de sua caçula, enquanto acariciava os cabelos dela.

— Victoria : Você e seus irmãos são meus maiores tesouros. Por vocês sou capaz de fazer qualquer coisa.

Ela então beijou a cabeça de sua menina.

E na mansão San Roman.

Em uma poltrona no quarto de Estrela, Maria estava com ela nos braços, enquanto ela dormia como um anjo.

Sua pequena crescia em um momento difícil que ela passava com o pai dela, diferente de Heitor que cresceu com ela vivendo um casamento de contos de fadas com Estevão.

Mas que na verdade, aquele conto nunca existiu. Um casamento nunca era fácil. E as vezes os obstáculos insistiam em aparecer no caminho dos apaixonados como Estevão e Maria eram, estragando a ilusão de um amor de contos de fadas.

E Maria suspirou. Depois da sessão, ela voltou pra casa. Não viu Estevão nela, não ligou pra ele muito menos ele ligou pra ela.

Conversando com seu terapeuta, sozinha, Maria entendeu que a tendência das seguintes sessões eram ficar mais complexas como aquela. Estevão precisava bater de cara com os erros dele e ver que necessitava mudar e que agora ele tinha ajuda e ela também tinha.

E assim, Maria se levantou e colocou Estrela no berço. Ela já estava ficando preocupada com Estevão que não aparecia.

E assim ela saiu do quarto de Estrela, pegou o robe de sua camisola o enrolou na cintura e saiu do quarto dela também .

E quando descia as escadas, Maria ouviu a porta da entrada da casa abrir. E ela se apressou em descer chamando por Estevão.

— Maria : Estevão, é você?

Mas em troca de ouvir Estevão, Maria ouviu Leonel, dizer.

— Leonel : Maria, me ajude aqui.

E assim, ela viu Leonel sustentando Estevão por um braço para que ele não caísse.

E ela disse assustada.

— Maria : Meu Deus. O que aconteceu com ele?

E Leonel só contando o que sabia, disse.

— Leonel : Eu não sei Maria. Estevão não voltou para delegacia essa tarde. E depois me ligou e o encontrei bêbado em um bar .

Maria levou as mãos na cabeça, Estevão mal conseguia abrir os olhos de tão bêbado. Ela sabia o porquê ele estava daquela forma. Era o resultado daquela extensa sessão deles. Ele não havia aguentado ouvir o que ouviu e foi se refugiar no álcool. Mas não querendo expor isso a Leonel, ela apenas disse.

— Maria: Estou sozinha, me ajude a levar ele para o quarto, Leonel.

— Leonel: Como quiser, Maria .

E assim os dois subiram apoiando um de cada lado Estevão, que andou falando o que nenhum deles compreendia.

E quando entraram no quarto, largaram Estevão na cama.

E Maria arrumando os cabelos vendo o marido como estava,  disse sofrida .

— Maria: Obrigada pela ajuda, Leonel. Eu vou cuidar dele agora.

E Leonel apostando que algo grave poderia estar acontecendo para ver Estevão daquela forma, disse .

— Leonel: O que aconteceu para que ele bebesse assim, Maria? Nunca vi meu padrinho tão bêbado .

Maria suspirou, tocou seu pescoço por baixo de seus cabelos e esfregou a mão nele. E então ela resolveu dizer.

— Maria: Não tivemos um dia fácil, Leonel. E o escape dele foi a bebida, enquanto a minha foi a nossa filha.

Leonel se preocupou ainda mais. Tinha passado boa parte de sua vida ao lado de Maria e Estevão, era como pais para ele e por isso os adorava. E assim, ele perguntou querendo ajudar mais.

— Leonel: Quer que eu fique essa noite, pra ajudar se precisar de mim novamente com Estevão, Maria?

Maria sorriu com carinho para Leonel. E o respondeu.

— Maria : Não, Leonel. Já ajudou bastante trazendo ele em segurança pra casa. E também, Heitor não demora chegar. Pode deixar que eu cuido dele.

— Leonel : Está bem, madrinha.

Leonel então beijou a testa de Maria, e ela retribuiu com um sorriso e saiu.

E já sozinha, Maria suspirou triste e preocupada . Estevão estava largado no meio da cama, de calças, sapatos e blusa arregaçada nas mangas e aberta no peito em alguns botões.

E devagar ela se aproximou dele e começou abrir mais a camisa dele, enquanto dizia.

— Maria : Porque bebeu tanto assim, Estevão. Tem todo esse tamanho mas só faz besteiras.

Estevão resmungou e depois que Maria abriu toda a camisa dele, levou a mão mais embaixo pra abrir a calça . Mas Estevão segurou a mão dela e abriu os olhos.

E ele disse o que levou na mente enquanto se dirigia até um bar.

— Estevão : Tem medo de mim, Maria . Tem medo de mim...

Maria olhou ele nos olhos. Tinham que conversar sobre aquele tema mas agora só eles dois, o próprio terapeuta havia a aconselhado que fizessem isso. Mas Estevão chegava daquela maneira e não teria nenhuma conversa com ele assim .

E então ela disse.

— Maria : Quando estiver sóbrio conversamos, Estevão. Agora vem, precisa de um banho.

Maria foi se levantar, mas Estevão a segurou pelo braço.

— Estevão : Eu ... Eu ... Nunca te machucaria meu amor. Nunca...

E baixo ela disse.

— Maria: Estevão, deixe eu cuidar de você.

— Estevão : Eu vou mudar. Vou mudar por você . Vou ... Vou...

Maria calou Estevão um com rápido beijo e o olhando nos olhos, ela disse.

— Maria: Amanhã conversamos, meu amor. Agora me ajude a terminar de tirar sua roupa e te levar até o banheiro.

Maria se levantou e fez Estevão se levantar também. E momentos depois,  juntos entraram no banheiro. Ele já estava sem a camisa e a calça enroscada nos pés dele.

E assim ele disse encostado na parede, enquanto Maria ligava o chuveiro dentro do box do banheiro.

— Estevão: Cadê... Cadê minha arma, Maria?

Maria olhou para ele e saiu do box. A arma dele, ela tinha guardado antes que entrassem no banheiro .  

Ela então pegou na mão dele, o ajudando a se livrar das roupas que sobraram. Aquele bonito homem ainda que bêbado, era o pai dos filhos dela o homem que ela amava. E que antes dos erros que ele estava cometendo, antes de todos eles houve vários acertos, que só em pensar Maria sorria . E pelos acertos de Estevão, pelo amor que sentiam todos aqueles anos juntos. É que ela lutaria por aquele casamento, lutaria contra o monstro que Estevão sem perceber alimentou dentro dele. O amor deles merecia aquela luta .

E logo depois, Maria colocava Estevão debaixo do chuveiro. Mas ele a puxou junto com ele quando viu que ela ia deixar o box . E a molhando com ele, sem larga-la, enquanto a água molhava os dois. Ele disse angustiado.

Estevão : Não posso te perder, Maria. Não posso.

Debaixo do chuveiro sem soltar Maria, Estevão começou a chorar com a cabeça deitada no peito dela enquanto a abraçava forte.


Longe da cidade do México, na Bananal.

Ainda dentro do carro. Frederico tinha Cristina em cima dele. Ele tinha afastado o banco mais pra trás e ela havia montado nele . Com o vestido embolado em sua cintura e seios a mostra, ela tinha o rosto colado no de Frederico, depois de ter desfrutado de um orgasmo com ele . E assim ela disse, depois que soltou um suspiro do que pensou em silêncio como estava com ele.

— Cristina : Tenho uma proposta. Ou melhor quero lembra-lo da que me fez.

Frederico aspirou o ar sentindo o cheiro do cabelo de Cristina. E assim, ele disse.

— Frederico : Que proposta, Cristina?

E Cristina como ainda estava começou expor o que havia pensado. Era uma solução, era uma solução para que Frederico não casasse.

— Cristina : Disse que seria capaz de comprar uma casa para ficarmos durante minha gravidez na cidade do México, também.

Frederico assentiu pensando nas palavras dele. E depois a respondeu.

— Frederico : Eu disse. Mas você não aceitou. Disse que eu queria que fosse minha incubadora e logo depois foi embora.

Cristina então depois de ouvi-lo se moveu um pouco no colo dele para olha-lo. Do modo que estavam, ela no colo dele e o abraçando pelas pernas, ainda os deixavam intimamente ligados.   E assim ela disse com ele a olhando nos olhos já o despertando sexualmente de novo com seus movimentos.

— Cristina: Mas agora é diferente. Não vou mais embora. E sei que não me deixará ir . Então além de ficarmos aqui, quero ficar perto de minhas irmãs também. Mas quero que também faça uma coisa. 

Frederico fixou mais seu olhar em Cristina, era claro que ela ia pedir mais e do jeito dela.  E assim, ele disse.

— Frederico : O que ?

— Cristina: Quero que deixe Raquela, que fique só comigo.

Frederico então tocou nos ombros dela, analisou o rosto dela observando a seriedade de seu pedido  e estranhando o que ela pedia mesmo se encontrando em circunstâncias diferentes de como começaram ele perguntou, desacreditado.

— Frederico: Está querendo fidelidade? É isso? 

Cristina se afastou e arrumou os cabelos sem jeito para assumir que era fidelidade mesmo que ela queria. Mas ainda assim, ela disse.

— Cristina : Se quer titular assim, é.  Não vou ficar com ninguém, só estou com você . Então nada mais justo que seja igual.

Frederico suspirou pesadamente. Cristina não dava um ponto sem nó. Se estava pedindo que ele só ficasse com ela era porque algo passava. E ele sabia o que. Era ciúmes, talvez despeito mas claramente o casamento dele com Raquela a incomodava mais do que ela assumia . E então, reforçando o que antes ele dizia no bar, ele disse.

— Frederico : Confesse de uma vez que está com ciúmes que não está suportando a ideia que eu possa me casar,  Cristina.  Esta despeitada, é isso!

Cristina se irritou e séria o respondeu, demonstrando mais o que sentia.

— Cristina : Só quero algo justo!Vou te dar um filho, vamos passar esses meses todos juntos . Não quero pensar que depois de estar comigo vai estar com ela também ou pior depois de estar com ela vai estar comigo, Frederico!

Frederico bufou. Cristina o enlouqueceria logo durante aquela gestação dela. E assim, ele disse para ver se ela percebia como falava.

— Frederico : Você está ouvindo bem suas palavras?

Cristina assentiu passando um lado de seu cabelo para trás de sua orelha Baixou a cabeça e depois voltou a olha-lo. Estava confusa e com medo de como começava se sentir. O sentimento de posse e necessidade sobre Frederico, estava tomando posse dela perigosamente. E então ela o respondeu.

— Cristina : Estou . E não está sendo muito bom dize-las.

Frederico puxou o ar do peito. Buscava entender Cristina, que era uma mulher livre todo aquele tempo e que se ver grávida e sentindo algo mais que antes dizia não sentir podia ser difícil para ela entender , como foi para ele também quando descobriu que só queria estar com ela. E então ele disse, aborrecido por ela ser tão inconstante.

— Frederico : Porque só agora veio com isso, Cristina? Por que antes não? Sempre quer fazer o que quer e quando quer!

Cristina então o olhou. Talvez devia recolher sua dignidade tirando tudo que havia dito em ter deixado tão claro que estava necessitando dele mais do que assumia.

E assim ela o respondeu.

— Cristina: Eu estou aqui te querendo só pra mim e você quer brigar?  Eu estou tentando fazer isso funcionar. Sei que com você será mais fácil.

Cristina se enganava. Dizia que para Frederico seria fácil, mas era tão difícil para ele quanto para ela. Ele a queria de um modo e ela se negava a quere-lo como ele a queria. Negou receber o amor dele como ele queria dar. E agora dava índices que as coisas poderiam mudar. Mas Frederico se perguntava, até quando? Até quando ela seguiria daquela forma. Talvez quando o filho deles nascesse ela partiria novamente mesmo. E ele ficaria para trás com o filho deles. Ele sabia que ela poderia fazer aquilo. E porque se iludir novamente com ela? Frederico se recusou logo em pensamentos, respondendo a mesma pergunta para ele.  E depois ele disse, por pensar que o que ela precisava ouvir é que independente de tudo estaria com ela como desde do início tinha deixado claro.
  

— Frederico : Eu vou estar com você Cristina.  Já disse que vou! Não deixarei meu filho e se não puder ser a mãe dele, ele me terá sempre! 

Cristina então puxou a blusa dele segurando ela com força, e com um desespero que mostrou em seus bonitos olhos, ela disse.

— Cristina : Mas quer casar com outra! Não estará sempre pra nós se casar com Raquela!

Frederico segurou nas mãos dela e nervoso como ela mostrou ficar, ele disse.

— Frederico: O problema segue sendo meu casamento com ela! Você precisa saber o que quer, Cristina! Não sou seu brinquedo! 

Frederico ficou a olhando de lábios cerrados, não piscava enquanto seu olhar a penetrava cortante. Cristina então bufou, não sabia mesmo o que queria ou melhor não sabia expressar como queria. Apenas queria que ele não se casasse. Mas não podia, não conseguia dizer para que ele fizesse aquilo com ela e não com Raquela. Não tinha coragem . Talvez tivesse já mexida com a gravidez. Ver o bebê como já estava, tinha mexido com ela. Só podia ser aquilo.

Ela não sabia mesmo o que queria. E por isso, não ia mais lutar para procurar palavras para esconder e justificar o que já a estava a assustando. E irritada, ela subiu seu vestido cobrindo seus seios e saiu do colo de Frederico, enquanto dizia.

— Cristina: Isso tudo era diferente antes. É difícil pra mim. Nunca quis ser mãe me contentava com a vida que levava com nosso caso que ninguém sabia, com minha liberdade. E agora vou ser mãe e estou precisando de você desesperadamente do meu lado, porque não pode entender isso do meu jeito, Frederico?Saber que pode se casar, está me deixando louca porque se faz isso. Não existirá mais nós.

Cristina fez que ia saia do colo de Frederico, mas ele a segurou e virou o rosto dela para ela olha-lo quando ela o virou assim que foi impedida de sair do colo dele.

Ele olhava os olhos dela que brilhavam em lágrimas que não desciam . E olhando ela, ele disse.

— Frederico : Me ama . Também me ama e não consegue entender isso, Cristina. Por isso está assim.  Precisa de mim com você não só porque está grávida mas porque me ama .

Cristina piscou e uma lágrima desceu. Nunca na vida ela pensou que seria dependente de um homem ebcomeçava sentir que ficava de Frederico. E então com raiva da vida que estava ensinando a ela como amava de verdade outro alguém, ela disse depois que limpou sua lágrima .

— Cristina : Não é amor, não se iluda. 

Cristina então saltou do colo de Frederico passando para o outro lado, abriu a porta do carro e saiu como estava mesmo .  

Frederico aborrecido arrumou sua calça e saiu também, vendo ela de costa pra ele a frente do carro.

A estrada que estavam era de terra e matos verdes ao redor. Estavam só, naquela região afastada.

Cristina ofegava de braços cruzados pensando nas palavras de Frederico . Estaria ela amando ele de verdade? Teria sido amaldiçoada pelo amor? Porque Cristina tinha outra visão desse amor que via no casamento de suas irmãs e que viu nos dos pais, e que o marcou mais.  Porque o amor do pai dela, não foi suficiente para ele respeitar o voto que dizia na saúde e na doença que estaria com a mãe dela. E valeria a pena, se arriscar e se entregar a um amor falho assim?  A vida só estava aprontando com ela.

E como estava brigando com seus pensamentos e com o que estava acontecendo em sua vida que foi tão controlada pelas regras dela. Cristina sentiu Frederico atrás dela e fechou os olhos enquanto sentia ele pegar os braços dela e acariciar. E como estava ela disse baixo.

— Cristina : O que está acontecendo comigo, Frederico? Será que estou te amando de verdade? 

Frederico suspirou e disse baixo .

— Frederico : Só você pode responder essa pergunta, Cristina. Eu respondi pra mim mas não posso responder para você .

Cristina chorou . Ela pensava que amar alguém era querer essa pessoa só pra ela. E ela queria Frederico só pra ela. A vida dela estava de ponta cabeça e esses sentimentos todos revoltos. E Cristina só queria saber quando tudo ia voltar ao normal. E chorosa ela disse com ele ainda atrás dela.

— Cristina: Minha vida era perfeita . Mas tudo mudou. O único que me resta dessa vida que eu julgava perfeita é você. E você quer se casar com outra!

Frederico beijou o cabelo de Cristina por trás de sua cabeça e ficou em silêncio por um momento enquanto aspirava o cheiro deles. Até que ele resolveu responde-la.

— Frederico : Sei que por estar grávida está mudando sua vida , Cristina.  Mas já disse que eu me casando ou não, nosso filho me terá. Não pense mais nisso. Estou aqui, não estou?

Cristina então se virou para Frederico. Estar só ali com ela, já não era garantia de nada. Não era mais a segurança que seu coração quando palpitou louco quando soube que ele se casaria, queria. E assim ela disse aborrecida com tudo que sentia e mais com o maldito casamento que ele insistia falar.

— Cristina : Por que ainda insiste com a droga desse casamento ?

Frederico então se afastou e se alterando, a respondeu.

— Frederico : Porque insiste que eu não me case? Não quer me ver feliz, Cristina?

Frederico passou a mão no cabelo, depois levou ela no bolso e tirou um maço de cigarro dele para fumar.

E Cristina vendo ele acender o cigarro o respondeu sincera. Que ver Frederico feliz, era o que ela mais queira. Mesmo que não pudesse fazer como ele queria. 

— Cristina : Claro que quero! A prova maior disso é que ainda carrego seu filho, Frederico! Quero que seja pai!

Depois de tragar seu cigarro, Frederico nervoso respondeu as palavras de Cristina.

— Frederico: Então me deixa tentar ter o que quero, Cristina. Já estou velho. E estou cansado de ser sozinho! Quero uma esposa, quero filhos. Agradeço pelo que faz por mim não tirando nosso filho. Mas só ele não é suficiente. Quero usufruir dos frutos do meu trabalho e com quem amo!

Cristina piscou e passou a mão no rosto e depois disse, questionando as palavras finais dele.

— Cristina : Então ama Raquela? Não ama ela, para que tenha tudo isso com ela!

Frederico riu sem vontade, soltou a fumaça da sua boca e a respondeu a única verdade que tinha entre eles.

— Frederico : Não, não a amo e você sabe . Sabe também que quem amo não é capaz de me dar o que quero. Você não é capaz de me dar a família que busco, Cristina!

E Cristina depois de ouvi-lo não aguentou e disse o que achava que não teria coragem de fazer.

— Cristina: Não case com ela. Fica comigo Frederico. Já vou dar o filho que quer . Só falta, só falta que nos casemos . Não é isso que quer? Então casa comigo e não com ela!






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