Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 16
Capítulo 16




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Maria não sentia suas pernas, nem sentia mais o chão que pisava enquanto em seus olhos refletia as chamas do carro de Estevão. O coração dela batia forte e ela sentia que podia desmaiar, porque enquanto aquele carro queimava, ela só pensava nos seus dois amores, Estrela e Estevão que poderiam estar sendo consumidos pelas chamas alta daquele fogo. E lágrimas de dor caíram dos olhos de Maria. E quando ela foi dar passos desesperado até o carro em chamas, Heitor sofrendo da mesma dor e medo a agarrou pela cintura dizendo.

— Heitor: Não, mãe! Não!

Maria chorou alto e Heitor a apertou mais para que ela não saísse dos seus braços.

— Maria: É Estrela e seu pai que estão naquele carro, Heitor! São eles!

Heitor sentiu que também descia lágrimas de seus olhos enquanto Maria tentava se soltar dele e o carro seguia em chamas. Só estavam a alguns segundos contemplando aquela desgraça para sentirem o temor e a dor da perca de alguém que eles amavam, mas que parecia estarem tempo suficiente para morrerem por dentro juntos em pensar que poderiam ter perdido Estrela e Estevão de uma vez só.

Mas Estevão tinha voltado para dentro da mansão a tempo do carro dele virar uma bola de fogo e que por sorte, ele havia levado Estrela junto com ele para buscar o distintivo que ele havia deixado no quarto dele com Maria.

E calado a segundos, atrás de Heitor e Maria e ainda com Estrela nos braços, Estevão também via seu carro pegando fogo ao som das chamas e choros e gritos de Maria, que chorava por um luto que por segundos poderia ser real. Os olhos verdes de Estevão, estava mudado de cor com as chamas que refletia neles e que acendia ódio por ele entender o porque seu carro queimava daquele modo. Era uma ameaça ou melhor um atentado contra ele, mas não só contra ele. E por isso Estevão ainda segurando Estrela, sentia ódio por saber que aquela vez tinham chegado tão perto de sua família, que por pouco não seria sua princesinha que estaria sendo horrivelmente assassinada daquele modo. E Estevão tinha plena consciência do porque daquele atentado, era um aviso era uma resposta da máfia que ele tinha estremecido ao prender um dos cabeça deles na operação recente que ele tinha ordenado.

E então tenso ele disse.

— Estevão: Maria, Heitor.

E quando Maria ouviu a voz de Estevão junto com Heitor, ambos olharam para ele e Maria soluçou vendo seu amor vivíssimo com sua pequena Estrela tão viva e ilesa daquele fogo todo que os olhos dela contemplou com tanta dor.

Então Heitor, largou ela e ela correu para Estevão. Correu pegando Estrela nos braços enquanto ainda chorava e se agarrava a ela e a seu marido também.

Estevão passou um braço em volta do corpo de Maria e tocou os cabelos dela com as mãos e com uma calma apenas por fora, enquanto ele olhava Heitor em sua frente que também tinha os olhos chorosos, ele disse, buscando a calma dela.

— Estevão: Estamos bem meu amor. Se acalme, Maria.

Maria então buscou os olhos de Estevão com os dela cheio de lágrimas e tentou dizer.

— Maria: Estevão eu pensei que vocês, que vocês...

Maria chorou mais sem poder falar nos braços de Estevão e sem soltar Estrela que começou a chorar também. E Estevão sentiu mais cede de encontrar o mandante daquilo, porque não tinham só mexido com ele daquela vez, mas também com sua família, com o maior bem que ele tinha naquela vida que sem eles seria sem sentido.

E agora, o dia de Maria já não ia ser feliz e nem calmo e Estevão queria cobrar aquele abalo da mulher que ele amava além de cobrar o risco que Estrela sua filhinha tinha passado com ele no carro.

E longe dali

Cristina estava em uma clínica para mulher.

Ela estava sentada com uma ficha que tinha preenchido todos seus dados e aguardava ser chamada. Cristina havia respondido tantas perguntas pessoais naquele momento e ainda iria passar por um breve analise, antes que fosse provada a lucidez dela em tomar aquela decisão. Horas, muitas horas talvez o dia todo Cristina passaria sendo analisada e depois internada para finalmente concretizar aquele aborto que tinha decidido fazer.

Haviam perguntado se ela tinha companhia, mas Cristina sabia que para aquela decisão dela, ela estava só e depois de tomada ela seguiria porque ela sabia que já não seria a mesma coisa. Depois daquele bebê já não existir, Cristina tinha seus planos, seus planos de voltar a sumir no mundo e ser sozinha outra vez.

Sozinha...

Cristina olhou as folhas em sua mão meditando na palavra que pensava.

O aborto era legalizado por isso ela estava ali a luz do dia e com algumas mulheres entrando e saindo com o mesmo proposito que ela daquele lugar, mas quando Cristina olhava de lado, via uma mulher sempre acompanhada. E ela suspirou se sentindo sozinha de verdade.

Cristina não era contra crianças, não estava ali porque não gostava deles pelo contrário ela queria todas as crianças felizes com suas famílias, tendo um pai e uma mãe que os amassem e os protegessem a vida toda dando sempre um alicerce a eles de um lar com pais. Mas ela sentia que não podia ser mãe. E por isso não arriscaria por uma criança no mundo para ela errar naquilo, porque Frederico tinha razão, ela era egoísta e Cristina sabia que era. Porque ela já não era uma filha e irmã ligada a família como um dia foi, aquela filha querida havia morrido quando tinha visto que os pais já não eram os mesmos e que a família que tinha não era para sempre, e que sim ela tinha descoberto que tinha um poder o poder de escolha de viver como queria e em não tentar ser feliz como a mãe quis ser, formando a família que ela fazia parte e depois suas irmãs fazendo o mesmo. Cristina só queria ser feliz da maneira dela e não via mal em suas escolhas. Ter os pés no chão e no final não sofrer uma desilusão fazia parte das escolhas de Cristina.

E assim ela tocou a barriga pensativa, aquele bebê merecia um lar com os pais que ela sabia que ele não ia ter porque ela não o queria e já estava falhando com ele em não querê-lo e se Frederico mudasse de ideia, se não a amasse o suficiente nem a ela e nem aquele bebê pra vida toda como ela pensou que o pai delas faria com a mãe que agora vivia sozinha em uma clínica de repouso, Cristina sabia que aquele bebê era o único que sofreria aqueles males da vida sem ter pedido para nascer. Mas assim que é a vida, nunca pedíamos para nascer muito menos para morrer e é assim que ela sempre começa e termina sem termos o poder da escolha.

—X: Cristina Alvarez Sandoval.

Cristina então ergueu a cabeça com o chamado, uma porta se abriu que se manteve fechada e uma moça sorriu para ela, mas ela não devolveu o sorriso, porque aquele lugar não era um lugar para risos e ela estava ciente disso.

E assim ela se levantou juntando sua bolsa e os papéis que passou o tempo respondendo perguntas e entrou na sala.

E na casa de moda.

Victória estava de cabelo em pé, a pouco tinha chegado na sua empresa e via que estava atolada de trabalho e sabia que nem teria tempo para respirar.

E assim na sua sala vendo muitas mostras de tecidos na mesa com Pepino e alguns modelos que ele tinha desenhado, ela discutia com ele qual tecido ficaria melhor nos modelos que ele havia criado.

E com os dois em pé na frente da mesa dela, ouviram alguém bater na porta. Victoria olhou e era Antonieta entrando com um pequeno cartão na mão. E assim ela disse.

— Victória: Antonieta, estamos atolados de trabalho, por favor cuide daquelas criaturas que Pepino deixou no atelier dele.

Antonieta suspirou, as modelos estavam todas alvoroçadas a espera de respostas dos novos modelos que iriam usar e Antonieta estava com elas, até ter chegado uma jovem e lhe entregar o cartão que ela tinha nas mãos. E assim ela disse, tirando a atenção de Victória da mesa outra vez.

— Antonieta: Tem uma moça te procurando Victoria, e segundo ela, ela foi recomendada a te procurar por esse homem.

Antonieta entregou o cartão para Victoria, ela sabia quem era o homem sabia tudo como amiga de longa data de Victória.

Victória então bufou, não estava para visitas, mas quando ela olhou o cartão buscou os olhos de Antonieta e disse.

— Victória: Osvaldo? Osvaldo Rios?

Antonieta assentiu e disse.

— Antonieta: Sim, ela disse que quer muito ser uma de suas modelos Victoria. E por acaso o conheceu e ele disse que um cartão dele chegando até você poderia ajuda-la tentar conseguir o que queria.

Victória olhou o cartão de novo tentando entender do porque, Osvaldo tinha aquela confiança toda que ela empregaria alguém na sua casa de moda só porque tinha o apoio dele. O cartão tinha o nome e telefone dele e ela pensou que seria interessante ter um contato com ele para dizer que ele não tinha aquele poder sobre ela, quando ela mandasse seja quem fosse embora que esperava por ela em nome dele.

Mas então com desdém ela colocou o cartão na mesa e disse.

— Victória: Não tenho tempo para ninguém agora, Antonieta. Mande embora quem for que está me esperando.

Antonieta então por ter gostado da pobre moça esperançada que esperava por Victória, tentou insistir.

— Antonieta: Estou com pena dela Victória. Se quiser peço para ela esperar.

Victória colocou a mão na cintura e respondeu Antonieta.

— Victória: Se ela for capaz de esperar talvez me mostre o quanto deseja trabalhar conosco. Mas faça o que quer Antonieta, só que não garanto que terei tempo para ela hoje. Já que quando estamos precisando de novas modelos, o RH que faz esse nosso trabalho de buscar elas para mim e não chegam sem serem chamadas.

— Antonieta: Ela teve iniciativa.

E Pepino cansado da conversa das duas e uma desempregada sendo assunto delas. Ele disse impaciente.

— Pepino: Está bem Antonieta, resolva logo esse assunto e deixa minha rainha se concentrar aqui que estou ficando louco.

— Antonieta: Vou dizer que ela espere.

Antonieta então saiu e Victória, voltou a dar atenção para Pepino que estava a ponto de dar um chilique.

E atarefada como estava a rainha da moda que gostava de saber de tudo, não sabia o que se passava com suas irmãs aquela manhã.

De volta na mansão San Roman.

A mansão estava cheia, cheia de federais e a perícia que analisava os destroços com o fogo já apagado do carro de Estevão. A casa dele circulava homens de cara sérias e concentrados no que estavam fazendo, já que por eles eram interrogados do jardineiro, a empregada mais simples que trabalhava na mansão.

Porque tinham colocado uma bomba no carro de Estevão e os destroços dela havia sido encontrado, mas não sabiam quando ela foi instalada e para piorar mais as investigações que começavam, as câmeras de segurança tinham falhado. E Estevão já estava temendo ainda mais a segurança de sua família que estava em jogo, porque a dele ele peitaria quem fosse por trás de mais aquela ameaça, mas com os que ele mais amava, ele temia um mal que ele não pudesse evitar.

E Maria estava nervosa e até ela tinha sido interrogada junto a Heitor que estava agora já no posto de saúde aonde ele prestava atendimento agora sozinho por ter seu tio em um plantão, mas estando com a cabeça quente por tudo que tinha acontecido tão cedo. E assim no escritório de Estevão, com as mãos unidas, Maria fazia preces por perceber que o que tinha acontecido era consequências de Estevão ser quem era e trabalhar para prender pessoas ruins que faziam o mal aonde passavam e que por isso ela só temia pela segurança dele porque ela sabia que o que tinha acontecido poderia se repetir, pois com todos os anos de casados ela já havia presenciado muitas ameaças de morte que ele havia recebido e atentados mas nunca como aquele pela manhã.

Ela então sacudiu a cabeça, estava tudo bem o único problema maior que tinham ia ser resolvido e agora tinham mais para se preocupar. Porque Maria ainda que tinha se recuperado do susto que tinha passado, tremia outra vez em só lembrar de ter achado que tinha perdido seus dois amores de uma vez naquela manhã.

E assim a porta se abriu e Estevão entrou por ela a vendo nervosa.

E ele suspirou querendo dizer que tudo ficaria bem, mas ele sabia que a tendência era piorar porque ele tinha mexido em um enxame de abelha e das bravas, mas que ele pretendia derrubar um por um antes de ser derrubado ou que eles voltassem a estar tão próximo de sua família. E com o rosto tenso ele disse, se aproximando.

— Estevão: Sei que não está em condição de ir até a sua loja e prataria Maria, mas se resolver ir peço que vá escoltada.

Maria então o respondeu nervosa em ouvi-lo dizer aquilo.

— Maria: Como Estevão?

Estevão respirou fundo de frente para Maria, não podia deixar ela sem segurança pelo menos naquele primeiro dia de investigação do que tinha realmente acontecido. Ele sabia que ela e seus filhos precisavam ser protegidos. E então ele reforçou o porque de seu pedido.

— Estevão: Colocaram uma bomba no meu carro Maria, poderiam ter matado nossa filha, você, Heitor todos nós, se estivéssemos dentro dele. Eles não estão de brincadeira tão pouco eu estou. Então se sair quero que seja escoltada pelos menos por hoje, já mandei que cuidassem de Heitor. Então por favor não questione essa decisão, só aceite Maria.

Mara fechou os olhos juntando as mãos uma na outra e levou nos lábios para depois dizer, aflita em pensar no que acontecia de repente.

— Maria: Isso está errado Estevão, errado! Estava tudo bem e colocam uma maldita bomba no seu carro! Íamos começar uma nova semana em nossa terapia, porque esse era nosso único problema! E agora tudo isso acontece!

Estevão passou a mão no rosto ficando vermelho. Parecia que estava difícil Maria entender o ponto de vista dele e que agora para ele só importava a segurança dela e dos filhos deles. E assim depois puxar o ar ele disse.

— Estevão: Não há tempo para pensar em nada que não seja a segurança de vocês Maria. O resto não importa! Tentaram me matar, mas por pouco matam nossa filha! Por muito pouco deixo ela no carro! Tem noção disso?

Maria ergueu a cabeça com lágrimas nos olhos, ela não tinha só noção das palavras de Estevão como tinha sentido no peito a dor daquele pesadelo ter sido real. Então ela o respondeu indignada.

— Maria: Claro que tenho Estevão! Eu vi aquele carro pegar fogo junto com a dor que dilacerava meu peito em pensar que você e ela estavam mortos dentro dele! Mas antes só tínhamos que tentar salvar nosso casamento e agora é a nossas vidas, sua vida! Por que eu sei que isso não vai parar! Eu te amo Estevão, mas tem hora que odeio seu trabalho!

Maria deixou suas lágrimas escorrer, tremula Estevão tocou nos braços dela os segurando e tentando se acalmar para acalma-la, ele disse calmo e baixo para que ela o entendesse.

— Estevão: Vamos salvar nosso casamento, mas antes está você em minha vida Maria e nossos filhos. E vou protege-los não se preocupe. Sei que não tenho um dos melhores trabalhos, mas é o que escolhi fazer e não tenho medo!

Maria suspirou fechando os olhos e os abrindo logo em seguida voltando a olhar Estevão nos olhos. E com a voz cansada ela o respondeu preocupada com ele.

— Maria: Está claro que não tem medo, Estevão! Mas eu tenho, enquanto nos protege quem te protege?

Estevão alisou os braços dela com amor e disse.

— Estevão: Eu sei me proteger não se preocupe comigo Maria, apenas colabore para que tudo saia bem só até que isso se amenize.

Maria então se esquivou do toque de Estevão e retrucou as palavras dele mais indignada ainda.

— Maria: Você é o pai dos meus filhos o homem que amo e não quer que me preocupe com você, Estevão? Está sendo egoísta!

Estevão então passou a mão na cabeça vendo Maria chorando nervosa. Ele não tinha apenas que procurar quem tinha feito aquilo com ele, mas também tinha que driblar Maria, que era mais difícil que caçar qualquer rato que tinha tentado aquilo contra ele.

— Estevão: Por favor não chore assim Maria. Só tente confie em mim e me entenda.

Estevão então tentou trazer ela para abraça-la, mas Maria surtada o empurrou e disse.

— Maria: Esse seu maldito trabalho se não te tirar de mim com vida me tira sem Estevão! E estou tão revoltada!

Estevão então passou a mão na cabeça nervoso outra vez, e Maria tocou seus cabelos com uma mão dando as costas para ele.

— Estevão: Se acalme Maria!

Maria então se virou com raiva torcendo os lábios e o respondeu, odiando ver ele insistir que ela tivesse calma. Porque ela só desejava que tudo voltasse estar como antes estava, quando tinha aberto os olhos pela manhã.

— Maria: Não, não me acalmo Estevão! Você vai começar fazer as malditas terapias comigo e vamos voltar a ter só esse problema! Eu não sairei com medo nas ruas e nem dormirei sem ter você ao meu lado imaginando que algo pode te passar!

Estevão então pegou Maria pelos braços e disse alto para que ela o entendesse de uma vez.

— Estevão: Vocês são minhas prioridades agora Maria, nada nem essas malditas terapias como disse vai me tirar do foco de protege-los e buscar quem está por trás desse atentado contra mim e minha família!

Maria então virou o rosto com raiva de Estevão, mas era medo mesmo da situação que estavam que ela estava sentindo e por isso ela estava transformando ele em toda raiva que sentia. E assim ela disse quando voltou olha-lo nos olhos.

— Maria: Eu te odeio Estevão! Me deu a segurança que tudo ia ficar bem e agora está me tirando ela!

Estevão então sem baixa a guarda a respondeu sem tirar os olhos dos olhos dela.

— Estevão: Me odeie, me odeie Maria. Mas agora está em primeiro lugar a segurança de quem amo que são vocês! E juro que não vai ficar como está o que fizeram, não vai!

Estevão então depois de suas palavras, trouxe Maria para perto dele e a apertou nos braços mesmo contra a vontade dela e que ela não resistiu e descansou a cabeça no peito dele.

E fora dali...

Heriberto no hospital circulava pelos corredores seguindo no seu plantão sem ter hora pra voltar para casa. Até que ele viu Elisa e ele parou no caminho olhando sua linda filha o visitar.

Elisa sorriu de lado e abraçou o pai quando chegou nos braços dele e Heriberto abraçado a ela sorriu mais e quando se afastaram ele disse, por saber que aquele horário ela devia estar ainda na faculdade.

— Heriberto: O que faz aqui meu amor? Não teria que estar na aula?

Elisa suspirou tensa. Ela começava passar por uma fase ruim que ela não conseguia se entender e nem tinha coragem de revelar o que começava a sentir. Mas ainda assim ela o respondeu.

— Elisa: Eu não consegui ficar até o fim das aulas hoje, papai. Me perdoe.

Heriberto analisou as palavras de sua filha vendo ela buscar os braços dele de novo e encostar a cabeça no peito dele. O perdão de Elisa, foi apenas pedido, porque ela sabia que ter ela na faculdade cursando medicina era o orgulho de Heriberto. Mas ele alisou as costas dela compreensível ao entender que algo passava com ela e disse.

— Heriberto: Não me parece bem filha, se quer terminar o dia com seu pai aqui no hospital será mais que bem-vinda.

Elisa se afastou do peito de Heriberto com o rosto iluminado e perguntou animada.

— Elisa: E me deixaria ver as cirurgias papai?

E Heriberto tocou no rosto dela e a respondeu feliz.

— Heriberto: Se isso te deixar sorrindo assim, claro, filha. Mas só ver, porque não é uma interna aqui.

Elisa então abraçou rápido seu pai e voltou a dizer eufórica.

— Elisa: Ai que legal, eu te amo papa!

Heriberto riu de Elisa, por saber que ver um corpo aberto em uma cirurgia ao vivo era tudo que um estudante de medicina deseja por isso tanta animação dela. E assim ele disse a respondendo.

— Heriberto: Eu muito mais filha. Então se prepare, que em quinze minutos tenho uma retirada de baço.

Elisa então de repente perdeu parte de sua animação dizendo ao ouvi-lo.

— Elisa: Justo de baço papai? Não poderia ser uma retirada de órgãos ou uma implantação?

Heriberto riu outra vez e disse convicto do que em um dia longo de trabalho no hospital podia acontecer.

— Heriberto: O dia só está começando filha, ele pode te surpreender.

Elisa então sorriu mais e beijou o pai no rosto dos dois lados. Ter ele como um médico todo conhecido que era e respeitado naquele hospital, realmente lhe dava regalias assim como Heitor tinha com ele sendo tio dele. Ela iria ver um corpo vivo aberto o que era muito diferente dos corpos que ela treinava sem vida e por isso, Elisa se sentia tão feliz como uma pessoa que tinha acertado em um bilhete premiado.

Heriberto então guiou a filha até uma enfermeira que ia preparar ela para entrar na sala de cirurgia e ele vendo ela se afastar levou a mão no bolso sorrindo, mas então ele desfez aquele sorriso por pensar que algo podia estar abatendo a menina de seus olhos e ele tinha notado aquilo, mas ele tinha certeza que Victória não notaria por ela estar muito ocupada em proteger e esconder o que Maximiliano estava fazendo, o que ela achava que ele não tinha visto duas mulheres sair do quarto dele na manhã anterior.

Heriberto então passou a mão na cabeça e desceu a outra no bolso do jaleco dele aonde estava seu celular, e andando ele discou para Victória. Ele sabia que teriam que ter uma longa conversa que deveriam ter desde do almoço que ele também havia ficado engasgado com o que tinha acontecido na casa de Estevão e Maria.

Enquanto isso...

Longe dali, Frederico estava inquieto não tinha sinal de Cristina. Ela estava quieta demais, e ele começava desconfiar que ela tinha cumprido o que sempre havia dito que tiraria aquele filho deles.

Ele estava dentro do carro dele que ele tinha alugado naquela manhã. Ele estava tenso não só com o sumiço de Cristina que nem atendia as ligações dele, mas também pelas palavras de Candelária, que Ernesto, seu homem de braço forte na Bananal, que ajudava na ausência dele a tomar rédeas da fazenda com os peões, que ele estava tendo trabalho com eles. E ele bufou descontente, e pensando que talvez deixar Cristina fazer o que queria e seguir com a vida que tinha era o melhor o que se fazer para ele seguir com a dele.

Ele então saiu do carro dele batendo a porta. Tinha estacionado em uma praça cheia de gente e assim ele ligou para Cristina, tomando ele a decisão que precisava tomar para ser ver livre, para deixar Cristina livre. Mas então a ligação caiu na caixa postal e depois do toque, ele disse preparado para as consequências daquela decisão.

— Frederico: Cristina, não posso mais seguir com isso, não posso seguir com suas indecisões enquanto eu só tenho certezas. Não posso mais querer obrigar você ter nosso filho, então te libero para que faça com ele o que quiser e seja feliz. Estou te ligando apenas para me despedir porque volto hoje para Bananal. Não posso mais estar pendente de você se você não quer isso. Realmente você não precisa de mim Cristina. Adeus!

Frederico então depois do recado deu as costas refazendo seu caminho, e sério voltou a ligar para Candelária avisando que estava voltando.

E assim na Bananal.

Na cozinha a senhora entrou feliz, enquanto na mesa sentada de pernas abertas e vestida com um leve vestido de mangas caídas no corpo em uma cadeira da grande mesa enquanto picava alguns legumes, Raquela olhou para cara da senhora e disse por saber que ela estava no telefone com Frederico outra vez.

— Raquela: E então, Frederico volta quando?

Candelária suspirou antes de responder a pergunta de Raquela. Ela estava feliz por ter Frederico de volta, porque sem ele a bananal não era a mesma e Ernesto no controle se sentia dono das terras que não pertencia a ele. Mas ela sabia do que estava acontecendo com Frederico o que o conhecia a bastante tempo para conhece-lo e ter a confiança dele em saber por ele que Cristina estava gravida e se ele estava voltando sem ela, ela sabia que Cristina não tinha aceitado voltar com ele o que a deixava triste, porque ela havia presenciado muitas vezes os dois juntos e sabia que o que os ligava era mais que desejo ,era amor. E assim ela disse.

— Candelária: Sim ele volta hoje. E ele é o senhor Frederico para você, Raquela.

Raquela riu e partiu um pedaço do pão feito pelas mãos de Candelária, que estava sobre a mesa e começou a comer ainda sentada esquecendo do que fazia. E assim ela disse, por saber daquele caso que ele tinha com Cristina e que sem dúvida ele tinha ido atrás dela.

— Raquela: Pela sua cara ele não volta com Cristina. Aquela mulher não é para ele, Cristina é uma madame da cidade e Frederico já criou raízes aqui, ele tem que ficar com uma mulher que não seja fresca como ela.

Candelária então cruzou os braços e respondeu Raquela.

— Candelária: Com uma mulher como você, por exemplo?

Raquela então disse, mais certa do que desejava e que ainda mais naquele momento não iria desistir.

— Raquela : E por que não? Pode ter certeza que eu não fugiria do patrãozinho.

Candelária torceu os lábios pensando na fila que Raquela teria que enfrentar para ficar com Frederico, já que ela sabia como ele variava com mulheres e ela conhecia algumas delas, como Débora que era um grude.

— Candelária: Então entra na filha Raquela, porque Débora quando ver que ele voltou vai vim com tudo.

Raquela então se levantou esfregando uma mão na outra para limpar do farelo do pão, e respondeu a senhora.

— Raquela: Aquela mulherzinha azeda não pode comigo. Eu vivo debaixo do teto de Frederico, estou mais próximo dele do que qualquer uma aqui.

Candelária então riu agora passando por Raquela para ver sua comida no fogão, com Frederico ausente ela cozinhava para os empregados da casa e alguns peões. E assim de costa ela disse.

— Candelária: Boa sorte então. Porque meu Frederico só estava disposto se amarrar por uma e não era por você e nem por Débora.

Raquela cruzou os braços ciente que Cristina era a debilidade de Frederico, tão era que ela não esquecia da noite fracassada que ela tentou agarra-lo entre sua pernas, mas que ela com certeza esteve presente na mente dele. E irritada ela respondeu Candelária.

— Raquela: Eu vou tirar o feitiço que Cristina jogou nele, escreve o que eu digo.

Raquela então saiu da cozinha e Candelária olhou para a mesa vendo que ela não tinha acabado de fazer o trabalho que ela havia pedido.

E no centro da cidade do México, na clínica que Cristina estava...

Já era tarde quando ela assinava agora mais papéis, mas para a internação dela que seria precisa e o pagamento alto que ela iria pagar para aquele atendimento rápido e particular.

Ela estava de cabeça baixa, enquanto rabiscava sua assinatura sobre o balcão da recepcionista, quando ela ergueu a cabeça quando ouviu o nome de Estevão San Roman falar no noticiário daquela tarde que se iniciava na tv grudada na parede.

Cristina então atenta arregalou os olhos por ver em vídeos a fachada da mansão que sua irmã morava. Então de coração acelerado, Cristina olhou para a caneta em suas mãos, faltava assinar sua internação, então ela largou a caneta no papel voltando olhar para tv, vendo agora Maria abraçada com Estevão e a legenda abaixo que dizia o que tinha acontecido com o conhecido delegado Estevão San Roman.

Então segundos depois ela saiu da clínica e pegou um táxi e nele ela ligou finalmente o celular.

E Cristina ouviu a mensagem de voz de Frederico. Com lágrimas nos olhos e quase sem ar ela sentia o impacto de saber que ele estava desistindo dela. E nervosa ela tentou ligar para ele, mas agora era o celular dele que dava na caixa postal.

E no céu entre as nuvens de um jato particular, Frederico já voltava para Bananal. Ele só tinha tido tempo de se despedir de Heriberto com uma ligação.

Aonde estava, ele seguia decidido em deixar Cristina para trás e de verdade. Ela não o queria tão pouco o filho dele e por isso ele perderia a sanidade com ela. Frederico apertou a mão de olhos fechados pensando na hipótese dela tirar aquele filho deles e também em ela voltar estar com outro, como tinha insinuado, e ele sofria porque definitivamente aquelas decisões não era dele ainda que quisesse ter o poder de fazer Cristina fazer o que ele queria. Mas não tinha, nunca ia ter porque aquela era ela. Mas ele tinha a escolha de se manter são longe dela optando não sofrer por quem não o queria. Já que ele era Frederico Rivero, um homem vivido e que tinha sua pendência em um mundo que Cristina não queria estar. E agora ele não iria mais sofrer por aquela mulher, por Cristina que o tinha enfeitiçado. Agora longe, o coração dele não iria sentir o que não via, mas que não o impedia de imaginar o que era mil vezes pior. Ele então suspirou pesadamente, encostando a cabeça no banco macio do avião todo pensativo. Cristina e ele só tinham dado certo na cama, mas fora dela ele estava convencido que não dariam porque pareciam água e óleo. Então agora, ele voltaria ser quem era e ela sem a pressão dele poderia viver como queria.

E assim na casa de moda, Victoria.

Victoria finalmente atendia a mocinha que tinha recomendações de estar ali por quem ela não esperava.

E assim da mesa dela, ela viu a jovem entrar. E Victoria ergueu a cabeça para ver melhor toda curiosa com imagem dela.

Branquinha, de cabelos longos pretos, nariz empinado, mas um olhar meigo e roupas simples para alguém que queria ser uma modelo, que parecia mais uma virgem que procurava serviço para cuidar de crianças. Victória se levantou para olhar aquela jovem melhor.

Ela só pensava que se contratasse ela, teria que fazer uma grande mudança naquela moça. Mas Victoria via os lindos cabelos dela enquanto andava em volta e em silêncio do corpo dela e escolhia mentalmente em não toca-los por ter gostado deles, mas o look ela mudaria por completo. Mais mulher era assim que a rainha da moda deixaria aquela jovem se a tornasse modelo dela.

Maria Desamparada olhava Victória como se fosse sua idola, ela estava na frente da grande Victória Sandoval e não era fácil se manter calma. Era o sonho dela ter chegado ali, que foi uma benção para ela ter trombado com Osvaldo Rios na emissora que ele trabalhava e que ela tinha começado a trabalhar na lanchonete dela, mas revelado ao ator seu maior sonho em ser modelo, que por isso estudava desing de moda pra sempre estar dentro das tendência e não só poder desfilar mas também poder criar. Mas que pelo olhar de Victória, Maria Desamparada sabia que ela não tinha gostado do que ela vestia, mas ela estava tão na crise em seu guarda- roupa que nem a blusa que vestia por cima do bores de lã era dela, e que ela apostava que tinha ficado bom ao ter pegado de Vivian. Mas a combinação estava boa, estava apenas simples demais para o olho crítico de Victória Sandoval.

Quando Pepino viu a candidata que queria ser modelo de Victória, ele apostou com Antonieta que ela a fazia chorar e não a contratava, enquanto Antonieta apostou que ela cederia ao desafio que tinha nas mãos, pois ela via um diamante que precisava ser polido e esperava que a amiga dela visse também.

E na mansão San Roman.

Estevão não estava em casa, apenas cinco homens dos homens dele ficaram vigiando a mansão, enquanto Cristina encontrou Maria no quarto dela sozinha, deitada de lado e descalça enquanto Estrela já estava com a babá.

E Cristina apareceu na porta do quarto vendo Maria assim. E disse, entendendo a gravidade da situação quando chegou por ter visto homens armados na frente da casa da irmã.

— Cristina: Sei que nesse momento seria preferível ao seu lado Victoria, Maria, e não eu. Mas estou aqui se precisar de mim.

Maria moveu a cabeça, para olhar Cristina. Ela não teve cabeça para falar com as irmãs do que tinha acontecido, não tinha nem cabeça ainda para se recuperar da dor do quase luto que ela tinha passado logo pela manhã. Mas de uma coisa que Maria sabia, era que precisava das irmãs perto dela para esquecer aquela manhã e se preparar para qualquer momento ser surpreendida com mais daquele susto, por saber que seu marido seguiria sendo ameaçado. E assim ela se sentou e Cristina foi até ela com sua bolsa a frente do corpo.

E sem Maria dizer nada ela voltou a dizer.

— Cristina: Fiquei sabendo pelos jornais o que houve, Maria.

Maria encostou a cabeça no ombro de Cristina suspirou e disse expressando com palavras o que tinha sentido.

— Maria: Pensei que tinha perdido os dois, minha pequena Estrela e Estevão, Cristina. Eu quase morri enquanto via o carro queimando e imaginando que os dois estariam lá dentro.

Cristina então abraçou forte Maria, agora era ela, que apoiava uma das irmãs o que era raro porque em momentos como esses ela sempre estava longe, e Maria e Victória acabavam tendo apenas uma elas duas uma apoiando a outra quando algo acontecia.

E assim Cristina disse.

— Cristina: Eu posso me colocar em seu lugar e imaginar como se sentiu, Maria. Sinto muito.

Maria olhou para o rosto de Cristina feliz por tê-la ali. Porque ainda que Cristina não acreditasse, Maria em sua mente agradecia que naquele momento só estivesse ela e não Victória, não por menosprezar sua irmã mais velha e sim porque Victória tinha o temperamento forte demais que por isso, a deixaria uma pilha de nervos quando ela soubesse o que tinha acontecido. E assim sincera, Maria respondeu Cristina.

— Maria: Obrigada por estar aqui Cristina, e não, não preferiria Victória, ela ficaria uma pilha de nervos e me deixaria também, a conhece. E o que eu preciso agora é estar calma e você está calma. Então obrigada por estar aqui dessa vez.

Cristina suspirou sentida meditando o "dessa vez" de Maria. Ela escondia um ciúme da confidencia de Maria e Victória que tinham uma na outra, e que não revelava mas que ela sabia que era por culpa apenas dela por nunca estar presente como antes com suas irmãs. E assim ela disse.

— Cristina: Eu estou feliz em estar aqui com você Maria. Talvez eu tenha sido realmente egoísta e sigo sendo por só pensar em mim todos esses anos.

Maria então se afastou de Cristina e olhou nos olhos dela e disse vendo eles triste. E então ela perguntou.

— Maria: Por que está falando assim? O que aconteceu?

Cristina então olhou para Maria e a respondeu, desejando esconder o que sentia e o que também tinha acontecido como a ida de Frederico.

— Cristina: Você não está bem, Maria. E estou aqui por você.

Maria então pegou em uma mão de Cristina interessada em ouvi-la, e disse.

— Maria: Me conte, talvez eu esqueça que meu marido está sobre ameaças de morte e isso inclui a mim e meus filhos também, Cristina.

Cristina então suspirou ficando vermelha e segurou o choro, mas ele veio com tudo enquanto seu peito doía por estar se sentindo abandonada por Frederico da mesma forma que ela tinha feito com ele.

—Cristina: Frederico foi embora, ele desistiu de mim Maria.

Maria então estranhando por ter visto Frederico tão convicto no dia anterior que não voltaria para a bananal, disse, vendo Cristina se levantar e se levantou também.

— Maria: Mas o que você fez Cristina? Eu não entendo.

Cristina então virou o rosto de braços cruzados e depois de limpar seu choro ela voltou a olhar Maria nos olhos, e disse confessando o que ia fazer.

— Cristina: Nada, mas eu ia fazer Maria. Eu acabo de vim de uma clínica, iria tirar esse bebê e depois ir embora. Sem me importar com ele nem com vocês, muito menos com esse bebê. Eu sou uma egoísta.

Cristina então levou a mão nos olhos cobrindo eles sem ter controle do seu choro, e Maria a ficou olhando enquanto digeria a confissão dela e tentava entender motivo real de tanto choro dela.

E já a noite, na mansão de Heriberto de Victória.

No quarto de Bella, Heriberto lia um livro para ela sentado ao lado na cama dela enquanto ela estava deitada pronta para dormir.

Heriberto tinha chegado em casa já perto do jantar das 19:00 e já era 22:00 da noite e Victória não tinha voltado para casa.

Os horários que ambos faziam no trabalho nunca era motivo de brigas, e Heriberto não reclamava de Victória chegar tarde tão pouco ela reclamava dele quando fazia o mesmo, porque ambos se entendiam e tentavam conciliar seus horários no trabalhado com os horários que estavam em casa com a família e a sós. Eles não brigavam sem necessidade, não desconfiavam um do outro quando não havia motivos e aquele era o segredo do casamento que ambos tinham ter durado tanto e sem muitos motivos de grandes brigas, porque confiavam um no outro e se apoiavam em suas profissões...

Mas Heriberto quando viu que a filha já dormia ele suspirou e fechou o livro infantil dela, se levantou da cama e beijou os cabelos de sua menina. E olhando no relógio que trazia no pulso, ele pensou em Victória, ele estava terrivelmente cansado, mas tinha assuntos importante para discutir com ela e ela não chegava. Heriberto então passou a mão o rosto, iria em busca de café para espera-la acordado.

E assim ele desceu as escadas e ouviu vozes de Victória e Maximiliano chegando. Eles riam da modelo que Victória estava querendo contratar, porque antes ela iria testa-la e por isso a rainha da moda pediu para ela voltar no dia seguinte. Mas Maximiliano não tinha ideia de quem era.

E assim, Heriberto cruzou os braços na ponta da escada para olhar os dois. Algo estava errado e ele começava ver aquilo. Victória parecia estar com sérios problemas em dar sua total atenção apenas em um de seus filhos e ele não ia aceitar aquilo.

E longe dali.

Frederico já estava na Bananal, já estava finalmente nas suas raízes e longe da bagunça da cidade que ele detestava. Mas ele tinha feito uma perturbada viagem onde pensou a todo momento na vida que ele e Cristina poderiam ter com aquele filho, mas que ele tinha desistido dela mais cedo do que tinha pensado que faria, mas que ela a contrário dele nem tinha tentado em ter muito menos tinha voltado a falar sobre a proposta dele dela entregar o filho deles ao nascer.

E agora bebendo, ele pensava se deixa-la tinha sido o certo a fazer. E na varanda do quarto dele olhando aquela noite estrelada e quente enquanto bebia, ele ouviu uma voz dizer que o tirou de seus solitários pensamentos.

—X: Que bom que voltou Frederico.

Frederico então se virou com o copo na mão e viu Raquela, que não perdeu tempo e o beijou sem esperar qualquer reação dele.


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