Jungle Guards School - INTERATIVA escrita por Giovanna


Capítulo 8
It's My Life


Notas iniciais do capítulo

Não passei nem dois dias na escola e estou quebrada, mas fiquei bem melhor depois de fazer esse capítulo super diferentezinho ♥
É mais difícil focar em cada personagem, mas também é incrível ver o quanto eu posso colocar as particularidades dos personagens nessas linhas, fiquei incrivelmente feliz em fazer a parte do Pietro hihihi
Espero que gostem!



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[Colégio, portão principal, 16 de setembro, 18:31 PM]

A semana havia passado rápido, para Lucian mais rápido ainda.

Havia ganhado um olho roxo e diversos arranhões pela pele por causa do seu oponente de duelo, Ikky Ezra. Ele precisou usar de seu melhor estilo de luta para ganhar: o famoso soldado sacrificado.

O jovem de cabelos medianos ficou a mercê de Ikky, fingiu muito bem que havia sido pego pelo jovem falcão, só para ficar perto e conseguir mordê-lo. Esse era o estilo das cobras, sorrateiras e sempre se aproveitando dos momentos mais oportunos.

“Todo o ginásio parecia tenso, Ikky tinha pego Lucian em uma de suas investidas de extrema velocidade, por mais que Lucian tivesse escapado por um triz diversas vezes, ninguém conseguia fugir do falcão peregrino.

O corpo do jovem de pele pálida estava apertado sobre as garras de Ikky, alguns ferimentos pelas mesmas garras pingavam sangue, fingindo o quão debilitado ele estaria para não contra-atacar. Ikky voou para o chão deixando o corpo do amigo lá, suspirando cansado.

Quando os espectadores começaram a aplaudir, uma surpresa. Ikky parece petrificar e cai no chão, todos os olhos correm para Lucian que se levanta limpando a boca do seu veneno e do sangue de uma das pernas de Ikky.

— Nunca abaixe a guarda enquanto não tiver arrancado a cabeça da cobra, Ikky. 

Lucian sorriu e todos os alunos vibraram com a reviravolta, Lucian abriu um meio sorriso, antes dos médicos entrarem para recolher o corpo petrificado de Ikky e os amigos correrem ginásio adentro para parabenizar Lucian.”

Depois disso, o clube da Heather passou pelo quarto onde Ikky ficaria até o efeito do veneno paralisante passar. Ele podia ouvi-los e vê-los, mas não conseguia se mover ou falar, por isso não teve como se defender quando Pietro fez diversas piadinhas, onde até mesmo ele internamente ria.

Lucian suspirou sentindo seu olho ainda doer, Ikky era mais forte do que aparentava. Em uma investida havia socado Lucian que ganhou o arroxeado na mesma hora. Ele se espreguiçou vendo o carro da mãe estacionar.

— Finalmente, um final de semana para celebrar a vitória. – Pietro comemorava ao lado do amigo.

— Vamos comemorar a vitória do Lucian? – James perguntou no portão, não iria tão cedo para casa.

— Claro que não, eu vou. – Pietro falou sorrindo. – O Tyler’s me espera hoje.

— E lá se vai meu amigo, – Lucian lamentou. – Para o salão de baile mais recheado da noite.

— Não é como se eu fosse morrer. – Pietro rolou os olhos. – Por mais que eu já tenha ficado com os pés no banco para não ser amassado.

— Isso que dá ser muito grande.  – James brincou.

— Eu me despeço dos rapazes. – Lucian se levantou quando a mãe buzinou. – Mas não chorem, logo voltareis.

— Pelo amor de Deus, para de falar como se estivesse no século XVIII. – Pietro reclamou.

— É legal. – James elogiou. – Porque ele sempre fala assim quando está bravo ou feliz demais.

— Hm... – Pietro se encostou em Lucian. – O que ta pegando, Hermano?

— Nada. – Lucian mantinha seu tom calmo, a frieza de sempre estampada. – Partirei.

E então Lucian deu as costas aos amigos que ficaram discutindo o que será que havia acontecido com ele. Ele entrou no carro saudando a mãe com um beijo na bochecha, ela deu partida por mais que olhasse com um pesar para o colégio.

Lucian sentiu seu coração apertar. Sua mãe era a única não protetora da família, por mais que nunca houvesse reclamado, sabia que as vezes a mãe desejava possuir um espírito. Como uma grande família de heróis, pensou enquanto observava Heather carregar as sacolas de presentes que havia ganhado na semana anterior.

Por mais que sentisse ciúmes das diversas cartas românticas e de admiradores que ela ganhava, sabia que não podia fazer nada para impedir. Jamais deixaria a ruiva parar de brilhar, e era orgulhoso demais para admitir, mas adoraria ser domado por ela.

[Colégio, estacionamento, 18:55 PM]

— Você demorou! – Aurora reclamou com o menino a sua frente, enquanto abria um sorriso.

— Eu tinha me esquecido das pizzas. – ele a tomou em um abraço – Jamais poderia esquecer da pizza do papai.

— Uh. – Aurora assobiou. – O papai fica uma fera quando você se torna um cabeça de vento, Audrey.

Audrey Weeber, irmão do meio de Aurora. Sendo 3 anos mais velho do que a morena, Audrey sempre a apanhava no colégio depois de suas aulas, as sextas-feiras da família Weeber eram dedicadas a família.

Os filhos de Jin Weeber, pai de Aurora, deviam todo respeito a ele. Eles haviam aprendido desde criança que sem respeito, não chegariam a nenhum lugar, por isso o respeito máximo ia aos pais da jovem, eles haviam criado ela, ela devia tudo a sua mãe e seu pai.

Aurora subiu na caminhonete do irmão. Ele a havia herdado de seu irmão mais velho, Austin Weeber. Com 23 anos, Austin era o herdeiro da loja de material de construções do pai. Aurora e Audrey repudiavam o cargo, por isso agradeciam imensamente Austin a ter aceitado seguir a tradição da família.

Por mais que amassem o pai, ambos não suportavam a ideia de ficarem presos na mesma carreira do pai. Por mais que Aurora quisesse ser dona de um projeto próprio, o que não diferia muito do que o pai fazia, mas sua visão sobre o mundo era extremamente diferente. Sua empresa seria voltada as mulheres, elas teriam direitos iguais a qualquer homem.

Não conseguia aguentar o fato de que em diversos lugares do mundo as mulheres eram rebaixadas simplesmente por serem mulheres. Por fatores de igualdade como esse, ela havia sim tomado o nome das feministas a si. Ela lutaria pelos direitos de ser mulher do seu modo e sabia que estaria ajudando o mundo da mesma forma.

— Vamos, Bee? – Audrey a olhou enquanto passava o cinto pelo corpo.

— Não vejo a hora de participar da noite da pizza mais uma vez. – ela comentou com um sorriso.

Sua família era tudo para si, eles eram seu poço de felicidade e sempre estava disposta a ser a melhor Aurora Weeber que o mundo podia conhecer, por eles. Os Weeber seriam mundialmente conhecidos e Aurora finalmente poderia orgulhar seus pais ao máximo.

Ela sorriu com o pensamento, jamais desapontaria seus pais, nunca mais cometeria um erro... Não como aquele.

[The Tyler’s, sexta feira, 20:35 PM]

Pietro observou a enorme fila para entrar, dois seguranças – que mais pareciam portas – ficavam ali para controlar o fluxo de pessoas. Ele saiu de seu Jaguar e ativou o alarme, logo os olhares de diversas mulheres recaíram sobre si, seu sorriso de vitória estampado no rosto.

Alguns olhares na fila ficaram tortos ao vê-lo passar na frente de todos e chegar próximo dos seguranças. Ele não precisou dizer muito, assim que o sobrenome Nivans saiu de sua boca, os guardas faltaram beijar o chão pelo qual ele entrou no Tyler’s.

Esse era seu maior poder, concedido por seu pai, nada era negado a um Nivans. Ele arrastou os olhos por todo o salão enquanto subia as escadas para a área VIP, era divertido ficar na multidão quando seus amigos estavam com ele, porém sozinho, era uma diferente história.

Em poucos minutos ele tinha seu energético em mãos, não era fã da famosa bebedeira, preferia tratar seu corpo como um templo e não lava-lo com o álcool como algumas pessoas faziam. As meninas da VIP pareciam se atirar em cima dele, não podiam negar o quão bonito Pietro era.

Os cabelos ruivos lhe diferenciava da maioria, as roupas novas e de marca chamavam a atenção e também seu corpo, assim como seu rosto. Ele parecia um imã para mulheres, até mesmo algumas que já estavam acompanhadas perdiam seu olhar por algum tempo no menino.

Ele se divertia com a atenção, como qualquer outro rapaz de 18 anos. Seu sorriso nunca lhe deixava o rosto, apesar de ser conhecido por sua raiva abundando, nada precisava sair dos trilhos se não recebesse um ‘não’ como resposta. Assim como nunca havia acontecido em sua vida.

Ele gastava todo o dinheiro do pai em sua virtude e seu pai não negava. Sua mãe o paparicava desde pequeno, criando uma criança mimada, mas que havia aprendido a ser legal com os amigos. Por isso todos gostavam de Pietro, ele sabia como ser uma pessoa legal, mas nenhum de seus amigos havia conhecido o seu lado explosivo, pelo menos não ainda.

Depois de diversos copos, dança e bocas beijadas – além de alguns apertões indiscretos que algumas mulheres lhe davam – Pietro se sentiu cansado o suficiente para se sentar. Ele respirava fundo, o cheiro de menta e morango do bar invadindo suas narinas, o cabelo colando na testa e a musica alta afetando sua audição. Mas sua visão, parecia estar perfeita.

Por alguns minutos ele se perdeu no tempo, uma jovem de pele bronzeada, cabelos negros aos ombros e curvas definidas passou a sua frente. Ele a observou paralisado, sua beleza era estonteante, o sorriso que ela esbanjava era apaixonante. Ele sentiu suas pernas agirem sozinhas, se levantou e caminhou até ela, tentado a chama-la, mas a música alta não a permitiria ouvi-lo, por isso tocou seu braço gentilmente.

Mas ao invés de um olhar, recebeu um soco. Segurou-se no individuo qualquer que estava ao lado e ao olhar para trás, ela não estava lá. Porém ao ser tomado em uma chave de braço, ele pode vê-la sorrir e acenar do andar de cima, indo à porta.

Seu instinto gorila o salvou de ser morto pelo cara que ele havia acidentalmente tocado pensando ser ela, no fim da noite, o cara estaria indo para o hospital e Pietro sendo expulso do Tyler’s, mas quando deitou sua cabeça no travesseiro depois da mãe tê-lo tirado de uma enrascada e tanto, sua única pergunta era: Quem era aquela morena?

[Casa dos Uttanum, 23:34 PM]

— Ok, porque você não me contou que sua mãe era tão gata? – Jocelyn perguntava a Somchai enquanto se esparramava pela cama Box do menino.

— Você nunca perguntou. – Ele deu de ombros, mas sorria da reação de Jocelyn.

Todos possuíam a mesma reação, Fei Zhou mãe do menino, possuía o espírito do pavão e assim como o animal esbanjava uma beleza exuberante, o que fazia todos os amigos que Somchai trazia para sua casa babarem nela.

—Eu definitivamente preciso dormir aqui mais vezes. – Jocelyn sorriu divertida se sentando na cama. – A propósito, fiquei muito feliz de ser convidada.

— Você é minha amiga, Jo. – Somchai declarou. – Por mais que ande com a Claire, isso não te faz menos minha amiga.

Ela parecia respirar mais aliviada enquanto lançava um olhar terno a ele. Somchai era o melhor menino da face da terra, mesmo sabendo que no inicio, sua relação de amizade com Jocelyn foi de puro interesse da crespa, ele não a odiava. Quando ela percebeu o quão maravilhoso o jovem tailandês era, ela realmente se tornou amiga dele.

E a empatia que ele sentia pelos outros era um, dos milhares de motivos de torna-lo a melhor pessoa da face da Terra.

— Porque você tem que ser gay? – Jocelyn perguntou parecendo desapontada. – Você é o homem de qualquer sonho.

— Não do seu. – Somchai sorriu sentado em sua poltrona.

— Se você tivesse peitos, quem sabe. – Ela riu o fazendo sorrir.

Jocelyn havia sido sua primeira amiga menina com uma orientação sexual igual à dele, ele tinha James como amigo no ano passado, porém as coisas desandaram quando ele foi usado por Claire e acabou atacando Lucian com seu espírito. Um grande engano que havia transformado amigos em inimigos, tudo porque Somchai estava no lugar errado e na hora errada.

Mas claro, a vingança de Lucian veio contra ele e não adiantava o que Somchai dissesse, as provas estavam contra ele. Não havia como provar que ele não havia vazado aquela informação de Lucian que parou na internet, ele era a única outra pessoa a saber... ou pelo menos era o que achava.

— Little Chai. – Jocelyn chamou. – Publicaram um artigo, no Burn Book... é sobre você.  


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Notas finais do capítulo

O fofo da foto é o Somchai! ♥ Um personagem que está sendo bem amado pela galera toda, estou gostando de ver.
Esse mistério no final hihihi adorei fazer.
Pra aqueles que não lembram, o Burn Book é o livro da Regina George usado para falar mal das meninas da escola. Eu o adaptei um pouco, mas ele vai ser bem importante pra história.
Nos vemos em breve,
Beijinhos



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