Jungle Guards School - INTERATIVA escrita por Giovanna


Capítulo 22
Carry On My Wayward Son


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amorzinhos, tudo bem com vocês? Eu espero que sim.
Hoje o capítulo está cheio de informação, espero que vocês consigam captar todas as mensagens escondidas e explicitas nas entre linhas.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753433/chapter/22

[Jungle High School, 22 de outubro, quarto da Claire, 11:21 AM]

O barulho incessante da chamada telefônica enchia o quarto, a espera matando aos poucos a esperança de Claire de ser libertada daquele pesadelo chamado: ficar na escola no fim de semana.

Sua mãe havia acha o castigo perfeito, deixar Claire dentro de uma escola praticamente vazia, onde não pudesse se meter na vida de ninguém e não teria nenhuma diversão à custa dos outros, tudo porque Claire havia quebrado sido pega saindo escondida de casa.

É claro que os pais nem ao menos imaginavam que ela ia se encontrar com o seu grupo terrorista, mas com certeza uma fuga já bastava. A sempre rigorosa obsessão em seguir tudo o que era planejado era como um mantra para os pais da jovem e assistir sua filha jovem e rebelde tentar desobedecê-lo, era como o pior crime.

— Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa postal... – Claire apertou o botão vermelho antes que a voz robótica pudesse continuar.

— Telefone estúpido. – A castanha jogou o aparelho de lado na cama.

Ousava a dizer que nessa hora, estava até com saudades da irritante Maxine. A jovem de cabelos curtos e negros buscava incessantemente a aprovação de Claire e Claire gostava de massagear seu ego estando perto dela.

Entretanto nesse momento não tinha o que fazer, estava fadada ao tédio. Uma das coisas que mais abominava em sua vida, a falta de ação e informação nova simplesmente a deixavam irritada ao ponto de subir pelas paredes.

Seu celular vibrou como um ultimo grito de esperança e a jovem se agarrou a ele rapidamente, mas só para suspirar vendo uma clara mensagem de Jocelyn caçoando de sua questão atual.

De Jocelyn:

“Espero que esteja curtindo o fim de semana :p” 11:35 AM.

A mensagem vinha acompanhada de uma foto onde metade do rosto de Jocelyn aparecia e na outra metade, Heather parecia brigar com a mãe ao fundo enquanto Jocelyn comia pipocas. Apreciando uma boa discussão.

Claire suspirou, daria de tudo para poder ver a briga ridícula de Heather com a mãe se pudesse, isso parecia muito mais divertido do que ficar presa dentro da escola. Suspirou, estava na hora de parar de se lamentar, pensou.

Claire se levantou e calçou os sapatos, colocou o casaco e saiu a andar pelos corredores. Estar praticamente sozinha na escola devia ter alguma utilidade, mas logo descobriu que não poderia fazer muito sem ter de quem rir ou quem atormentar.

— Já chega. – declarou a si mesma. – Eu vou falar com o diretor agora mesmo, ele não pode me prender aqui, ou eu não me chamo Claire.

A castanha andou a passos fortes até o corredor da diretoria. Esperou alguns minutos e viu a secretária do Sr. Carpenter sair de sua mesa com uma porção de papeis, nem mesmo conseguiria ver Claire entrando aos poucos na sala, com todo o silencio que um crocodilo podia fazer.

Porém quando estava prestes a abrir a porta, ouviu algo que fez seus pelos da nuca eriçarem. O diretor não estava sozinho, a voz inconfundível de Penélope entrou pelos seus ouvidos, fazendo com que a castanha apurasse a audição para ouvir o que eles diziam.

— Sua organização me prometeu que não haveria ataques diretos a escola. – O diretor Carpenter não parecia contente. – Vocês me traíram.

— Isso não é verdade. – Penélope parecia tão irritada quanto ele. – Nos fizemos de tudo para proteger a escola, mas vocês não são os únicos a serem atacados, eles nos dividiram.

— Não importa mais.  – O Sr. Carpenter parecia decepcionado. – Eles descobriram nossa localização, é questão de tempo até a escola ser fechada e todos começarem a ser caçados.

— Sentimos muito. – A voz grave de um outro homem preencheu os ouvidos de Claire. – Mas eles nos cortaram completamente, nossas finanças, tecnologia e qualquer privilégio foi retirado minutos antes de atacarem as escolas.

— Eles são covardes. – Penélope suspirou pesado. – Estão nos atacando por causa de um único grupo.

— Não importa, Penélope. – O homem tentou acalma-la. – Se uma maçã está podre, eles preferem cortar a macieira.

— É frustrante saber que vamos ser caçados pela decisão de alguns. – O diretor suspirou e se sentou em sua cadeira. – Aconselho que tentemos esquecer isso por hora, porque quando o Conselho Selvagem nos liberar para ataque, estaremos em guerra.

— Não que não estivéssemos. – Penélope o lembrou.

Os Anjos da Lei cuidavam de ataques que protetores faziam a outros protetores, mas agora os humanos estavam atrás dos protetores e eles não podiam parar esse trem que já estava partindo.

Claire voltou alguns passos e saiu da sala, sua mente girava com que havia acabado de escutar, baseado nas poucas informações que James havia conseguido eles haviam montado uma teoria, mas estava parcialmente errada. Eles não queriam poderes por agora, eles queriam vingança e Claire sabia exatamente quem eles procuravam.

— Alô? – a castanha andou de volta para o seu dormitório. – Teremos uma reunião hoje a noite, a Katastrophy corre perigo.

[Casa dos Hyde, sala de estar, 14:32 PM]

— Hey Anna. – Maxine chamou a irmã mais nova. – Está na hora do almoço.

— A mamãe já chegou? – Anna perguntou com a afeição triste.

— Ainda não. – Maxine suspirou, mas logo colocou um sorriso no rosto. – Vamos, eu sei que ela vai chegar logo.

Anna se levantou e acompanhou Maxine até a cozinha, ambas comeram em silêncio. Anna voltou para seu quarto e Maxine terminou de arrumar a casa, o que fazia todos os sábados. Estava cansada quando acabou de limpa-la e ainda tinha que estudar para os exames.

[Horas depois...]

Maxine acordou de sobressalto com a porta da sala se abrindo, havia adormecido em cima dos livros da escola. Não bastou muito para que identificasse a imagem de sua mãe e seu atual namorado entrando na casa, ambos pareciam bêbados.

Maxine suspirou tentando reprimir a raiva que crescia dentro de si por ver aquilo. Anna desceu de imediato para ver a mãe.

— Mamãe! – Anna correu para a mulher loira.

— Anna. – Sylvie pareceu lembrar que as filhas estavam em casa e arrumou rapidamente as roupas que estavam fora do lugar. – Como foi o dia?

— Tudo bem, Max cuidou de mim. – Anna sorriu. – Oi, Jhonny.

— Oi, coisinha. – Jhonny, o namorado cumprimentou.

— Meninas, espero que ambas estejam na cama as 22:00 horas hoje. – Sylvie começou. – Eu vou sair com Jhonny e quero que você obedeça sua irmã, ouviu Anna?

— De novo? – Ambas perguntaram.

— Mas você acabou de chegar. – Anna ficou triste com a noticia.

— Qual é meninas, vocês sabem que a mãe de vocês trabalha muito a semana toda pra sustentar vocês. – Jhonny tentou justificar. – Ela precisa se divertir um pouco.

— Ela devia cuidar da filha dela. – Maxine resmungou enquanto voltava aos seus livros.

— O que você disse, Max? – Sylvie perguntou.

— Nada, mãe.

— Eu perguntei, o que você disse. – Sylvie suspirou, não suportava ter filhas malcriadas.

— Que você devia cuidar da sua filha. – Maxine se exaltou. – Esse é seu trabalho, não meu.

Sylvie andou até Maxine que a encarava sem piscar, estava farta disso. Era a terceira semana que não via a mãe ficar em casa e tinha que cuidar de tudo enquanto ela estava fora, da casa, da irmã e ainda tirar notas boas ou não conseguiria sair do inferno que chamava de casa.

— Olha o jeito que você fala comigo, Maxine. Eu sou sua mãe.

— Exato! – Max gritou. – Você é minha mãe, você devia cuidar da casa, cuidar das suas filhas, mas a única coisa que você sabe fazer é reclamar do trabalho e arranjar namorados novos para transar!

— Hey! – Jhonny chamou a atenção da jovem e indicou a irmã mais nova que ouvia tudo aquilo.

— Olha aqui. – Sylvie se abaixou ao nível de Maxine que estava sentada. – Agradeça por ter uma casa onde morar, Max, porque se você continuar desse modo, você sabe muito bem o que vai acontecer.

Maxine vibrou de raiva, não era a primeira vez que sua mãe a ameaçava. Ela segurou as lagrimas e olhou sua mãe fixamente de volta.

— Talvez morar na rua seja melhor do que continuar morando com você.

Antes que Maxine pudesse prever, um tapa foi desferido em seu rosto e Anna gritou começando a chorar ao ver sua única família começar a brigar mais uma vez.

— Não seja tão ingrata, Maxine. – Sylvie se levantou. – Agradeça por eu ainda suporta-la, aberração.

Maxine se levantou alterada. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, sua mãe se tornava uma vádia quando estava bêbada. Porém Maxine não ligava se aquilo lhe traria problemas, ela simplesmente precisava tirar aquele peso de si.

— Você me chama de aberração? – ela riu. – Você é o monstro, quem colocaria duas filhas no mundo só para trata-las como peso e rejeita-las da maneira como você faz? Você é a aberração!

— Você tem certeza, minha querida? – Sylvie a olhou com pesar. – Seu pai nem mesmo ousou ficar com você quando nos separamos.

Max ficou surpresa. Em todas suas brigas, Sylvie nunca havia citado o pai da jovem. Ela não sabia o exato motivo deles terem se separado e nem mesmo porque o pai não ligava muito para as filhas, mas no fundo, Maxine alimentava a esperança de que o pai era mantido afastado dela, por mais que soubesse que isso não era verdade.

Anna correu dali com o rosto molhado em lágrimas, ela não aguentaria ver sua mãe e irmã brigando mais uma vez e agora tendo o seu pai na conversa, era muito para uma menina aguentar.

— Viu só, você fez Anna chorar. – Maxine revirou os olhos de ódio. – Parabens por ser a pior mãe do mundo.

E subiu correndo para tentar acalentar a irmã, porém Anna não queria sua companhia, achava que aquilo também era culpa de Maxine. Max sempre incitava as brigas dentro de casa, seu temperamento explosivo sempre foi um problema.

Max foi para o seu quarto, mas ouviu sua mãe e o namorado saírem de casa novamente, mas dessa vez, ficar seria a pior opção.

A jovem de cabelos pretos se aninhou em sua cama, pegou o celular e ligou para a única pessoa que sempre a ouvia em situações assim, Kenai. Porém o jovem urso não atendeu. Max sentiu as lágrimas brotarem mais uma vez, a briga repassando em sua mente diversas vezes, o sentimento de desprezo e raiva acumulado em seu coração, ela precisava da ajuda de alguém.

Por isso recorreu a seu novo e especial amigo, Ikky.

Maxine: Ikky... Você pode falar? 18:54 PM.

Porém ele também não respondeu, o azul da mensagem indicava que ele a havia lido, mas simplesmente ignorado. Maxine desatou a chorar, o que os amigos estariam fazendo de tão importante, para não atendê-la?

[Esconderijo da Katastrophy, 20:17 PM]

Ikky desligou o celular depois de visualizar a mensagem de Maxine. Poderiam se falar em outra hora, pois sua mente não parava de girar com o que haviam acabado de discutir.

Claire abriu o jogo dizendo claramente que os atos da Katastrophy eram o motivo da escola dos protetores terem sido atacada, um motivo claro contra os protetores. Storm levantou a hipótese de que eles haviam sido descobertos, não quem estava atuando, mas sim o que.

Os outros integrantes concordaram. Eles haviam acabado com diversas empresas famosas até o momento, se a polícia tivesse tido algum progresso no caso, deviam ter descoberto que pessoas normais não conseguiriam fazer o que eles faziam. O governo era o único que sabia dos protetores... pelo menos uma parte pequena deles.

— O que nos leva a acreditar que alguém que está ligado aos Anjos da Lei e ao governo humano colocou nossas cabeças a premio. – Claire nunca havia sido to séria em toda sua vida.

— Se descobrirem que somos nós, os donos das empresas vão querer vingança pessoal. – A menina mais alegre do time nunca pareceu ter tanto medo.

— E daí que eles vão querer vingança pessoal? – Ikky bufou. – Você ainda não entendeu? Nós colocamos um alvo em cima dos protetores, se uma guerra sair disso, seremos os culpados.

— Ora, não nos dê todo o crédito. – O maior deles riu de desgosto. – Essa guerra estava armada antes mesmo de iniciarmos nossa missão.

— Julius está certo. – Storm concordou. – Essa guerra já estava predestinada, eles só vão colocar a culpa em nós.

— Não podemos continuar com isso. – Ikky parecia ter caído em consciência.

— Não meu querido Ikky. – Claire abriu um sorriso. – Você não vê? É agora que devemos atacar com toda a força, agora faremos com que eles sintam o poder da mãe natureza.

Claire sorriu vendo seus outros quatro lacaios a apoiarem. Ela estava pronta para jogar a fagulha que faltava para aquela dinamite estourar.

[Casa dos Carpenter, mesa de jantar, 21:20 PM]

James limpou a lágrima que caia do rosto, nunca havia rido tanto em um jantar a anos. Convidar Heather e o pai para o jantar havia sido a melhor ideia que seu pai já havia tido.

— Você é demais, Sr. Lancaster. – James sorriu.

James olhou para Heather que estava a sua frente, seu humor havia variado muito durante o jantar. A mesma havia confidenciado que havia brigado com a mãe, mas James nunca a havia visto tão emotiva assim.

Por um momento James analisou toda a situação, Heather não parecia no clima para ter organizado aquele jantar, o pai dela não parecia ser do tipo que fazia um jantar para os amigos da menina e ele conhecia muito bem seu pai para saber que ele nunca cozinhava quando não estavam em uma ocasião especial.

— Posso perguntar uma coisa? – James pediu.

— Claro, filho.

— Porque realmente estamos aqui? – James viu pai e sargento congelarem. – Não estamos só comemorando a minha amizade e da Heather, estamos?

Ambos pais se olharam, pareciam discutir com olhares e um veredito havia sido tomado. O pai e diretor pigarreou chamando a atenção de Heather, vendo seu próprio pai se levantar.

— Nós organizamos esse jantar, para contar a vocês que... – O diretor olhou para o sargento uma ultima vez e entregou os pontos. – há algumas semanas nós decidimos nos tornar um casal... oficialmente.

Um enorme silencio tomou conta da sala, James parou algum tempo para processar. Ele nem mesmo sabia que seu pai era gay, quando isso havia acontecido?

— Eu sabia que você estava feliz demais nessas ultimas semanas! – Heather sorriu e pulou da cadeira feliz. – Meus parabéns, eu nunca imaginei, mas estou feliz por vocês.

Ela abraçou o pai com toda a intensidade e James sorriu, ele não ligava para o fato do pai ter escondido esse namoro dele, ou sobre sua bissexualidade. Ele só estava feliz, por finalmente depois de tanto tempo, ver seu pai feliz.

— Espera um pouco... – Heather balançou a cabeça pensando. – Desde quando a sua orientação é essa pai?

O Sr. Lancaster segurou o ar entre os lábios, essa era a resposta que tanto temia.

— Heather, você precisa ficar calma, eu posso explicar tudo. 

— Ai, meu Deus.

Ela finalmente pareceu entender o quadro por inteiro.

— Você está dizendo que se separou da minha mãe por ser gay e me deixou odia-la todo esse tempo por algo completamente errado?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam do capítulo de hoje?

Parece que a Claire descobriu o que o governo realmente quer de vocês, vingança é inevitável, crianças.
O que vocês acharam dos problemas que a Max está enfrentando?
E o que eu mais estava aguardando pra perguntar, o quão mancada - ou não - vocês acham que o pai da Heather foi por deixa-la odiar a mãe pela separação se na verdade o motivo nunca foi culpa dela?

O arco da família acabou, mas agora teremos um arco inteiro com tema festivo! Mas isso não quer dizer que os problemas vão desaparecer completamente hihihi

Beijinhos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jungle Guards School - INTERATIVA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.