Diário de um Mordomo escrita por The Mistoclis


Capítulo 11
Cumprindo minha função




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As amigas de Sophie me acompanham até o estacionamento.

—Eu tenho certeza que Richard fez isso! - Diz Emilly. - Ele é um marginal! Aquela carinha de inocente não me engana.

Me mantive quieto olhando fixamente para frente. Sophie está em meu colo desmaiada.

—Como ele soube que ia ter uma festa? - Questiona Emilly.

—Qualquer um pode ter contado. A festa não era secreta.

—Mas por que ele aparece assim?

—Pra se aproveitar do que puder!

—Mas o que ele iria fazer com Sophie desmaiada?

—Prefiro nem imaginar!

—Wallace, quem foi que te distraiu?

Não respondo.

—Wallace?

Coloco Sophie deitada no banco de trás da BMW e fecho a porta.

—Cuidem dela. Eu não demoro.

—Tudo bem. O que vai fazer?

Saio em direção ao jardim do fundo da casa onde deixei aquele canalha caído. Ele ainda está lá.

Me abaixo apoiando um joelho no chão e o agarro pelo colarinho, levantando seu corpo o fazendo acordar assustado.

—Não me bate! Sério! Foi mal! O Richard que mandou!

—Você me distraiu. Você ajudou esse tal Richard. Você quase tirou Sophie do meu alcance. - Disse tudo isso com a voz baixa e o olhar fixo enfurecido em seus olhos.

—Calma cara! Calma! Respira, sério! 

—Acha mesmo que eu vou me acalmar?

—Eu nem te machuquei de verdade!

—Você pode até me matar, mas não encoste um dedo em Sophie.

—Entendi! Entendi! Entendi! 

—Diga isso ao Richard.

—Eu falo! Eu falo!

—Aliás. De mais um recado para ele. 

—Qual?

—Esse.

Fecho minha mão direita e lhe dou um soco direto o nocauteando. Solto seu colarinho e o jogo desmaiado no chão.

Me levanto limpando minhas vestes. Tiro minhas luvas brancas e as guardo no bolso.

Vou até um dos seguranças da festa. Aproximo minha boca de seu ouvido e lhe sussurro, colocando uma nota de 50 euros em seu bolso:

—Tem um rapaz caído nos fundos da casa, não lhe faça perguntas e não acredite em nada do que ele falar.

—Pode deixar. - Disse o segurança sorrindo.

Volto para o estacionamento colocando novamente minhas luvas brancas. Eu odeio ter que fazer um trabalho sujo, mas atitudes feitas para quem se ama, como dizia Nietzsche, vão além do bem e do mal.

...

Eu não disse que a amo.

Pode esquecer.

Não.

Eu não disse isso.

Para!

Não tem nada escrito ali em cima!

Esquece!

Escapou, tá ok?

Eu só estou cumprindo minha função! Esse é até o título desse capitulo!

Como assim uma das categorias é romance? O que o escritor tá pensando?

Eu me resolvo com ele depois, ok?

Vou me aproximando do carro. As garotas ainda estão lá, pelo jeito nada mais aconteceu.

—Minhas desculpas, senhoritas. Preciso levar Sophie para casa. Amanha eu explico o que aconteceu com mais detalhes para ela.

—Certo. Ela vai ficar bem?

—Vai sim. Ela está apenas dormindo.

—Espero mesmo.

Abro a porta da frente, sento no lugar do motorista e dou partida no carro. Espero as garotas entrarem novamente na casa antes de sair. 

Não demora muito chego na mansão. Tiro Sophie do banco e a levo no colo até o quarto. A coloco por cima das cobertas e rapidamente saio do quarto. Vou para o meu próprio quarto e tiro as roupas. Decido tomar um banho quente para relaxar, mas mesmo depois de banhado, não consigo dormir. Só uma coisa se passa na minha cabeça.

E se eu não tivesse conseguido?


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Notas finais do capítulo

Devido ao começo do ano letivo, a partir de amanha os capítulos deixam de ser diários para serem semanais. Obrigado pela compreensão. Não se esqueçam de comentar sobre o que estão achando da história até aqui!



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