Pais e Filhos escrita por KL, Juh11


Capítulo 6
Capitulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753289/chapter/6

Chouji chegou em casa mais tarde do que esperava por conta da missão, ele não esperava que uma missão de escolta para um parente do senhor feudal fosse demorar tanto. Nenhum contratempo ou ataque havia acontecido, apenas um velho rico querendo parar em todas as lojas no caminho e comprar souvenires.

Já passavam das dez da noite quando ele chegou em casa e sabia que havia perdido o horário do jantar. Claro que ele sabia que Karui deixara um prato preparado para ele em cima do fogão, porém ele preferia jantar com ela no horário normal do que sozinho.

—Tadaima. – ele falou ao entrar no quarto e vê-la. Ela estava sentada na cama de casal penteando seus cabelos ruivos, a barriga de quase oito meses de gestação proeminente na camisola.

—Okaeri. – ela respondeu sorridente. –Pensei que fosse chegar mais cedo, seu jantar está separado e dentro do forno, deve estar quente ainda.

—Meu jantar pode esperar. – ele disse deixando a menina um pouco perplexa. – Me deixa terminar de pentear seu cabelo.

—Você está trocando um jantar rápido e provavelmente quente para poder pentear meu cabelo? – ele confirmou com a cabeça e ela riu. – Chouji, sabe que não precisa, você tem exagerado um pouco com esse protecionismo todo.

—Não é protecionismo. – ele protestou e ela riu mais um pouco. –Eu gosto de pentear seu cabelo. Além do mais... – ele começou a dizer se sentando ao lado dela e pondo uma mão na barriga da namorada. – Eu sei que essa garotinha está pesada e te cansando demais, é minha filha afinal.

Karui abriu um lindo sorriso sincero antes de dar um selinho no namorado e lhe entregar a escova.

—Acho que ninguém acreditaria se eu contasse a sua troca. – ela disse feliz enquanto sentia as mãos habilidosas escovando seu cabelo. –Ino daria um ataque e diria que era mentira, talvez Temari acreditasse, desde que ela engravidou, Shikamaru tem cuidado de todas as tarefas domésticas sozinho.

—Parece que você tem se dado bem com as meninas, hein? – ele perguntou enquanto passava a mecha recém escovada para o lado.

—Todas elas me receberam muito bem aqui em Konoha. Ino me trata como se me conhecesse a anos, Hinata tem me ajudado a comprar as coisas do bebê em bons lugares, desde que voltou a vila, Sakura tem me ajudado com a maior paciência com as coisas relacionadas a gravidez. – ela fez uma pausa para respirar, falar muito em pouco tempo a deixava sem ar. – E eu não poderia agradecer mais por ter Temari, ela tem me ajudado a lidar com o trabalho burocrático, a me ensinar os costumes da Vila e até me levou para um lugar onde eu posso comprar itens culinários de Kumo!

—Fico feliz que você esteja se dando bem com as meninas, toda vez que saio em missão, fico preocupado de te deixar sozinha. Acho que vou morrer de aflição quando você voltar para Kumo... – ele soltou e seus olhos se encheram de água por um instante enquanto escovava a última mecha. Eles nunca conversavam sobre o que aconteceria depois que a filha nascesse, e agora que a gravidez chegava ao final, ele sabia que seu tempo estava acabando. –Terminei. – ele disse dando um beijo carinhoso no topo da cabeça dela.

—Chouji... – ela se virou e o encarou com seus olhos âmbares, ele nunca deixava de reparar o quanto eles eram lindos. –Eu estive pensando sobre isso. – ele gelou, não queria trazer aquele assunto a tona, ainda mais de barriga vazia. –Meu tempo em Konoha está sendo maravilhoso: você arrumou essa casinha só para nós e nunca pensei que fosse me sentir tão em casa numa vila estrangeira. As meninas me tratam super bem e é a primeira vez que tenho um grupo de meninas com quem contar. – ela fez uma pausa para respirar novamente. - Além do mais, estamos em tempo de paz, eu não vejo maneira mais produtiva de ajudar minha vila do que cuidar do trabalho burocrático da Aliança. – ele levantou uma sobrancelha confuso, era mesmo o que ele pensava ou só a fome afetando seu cérebro. – Então eu finalmente decidi, vou me mudar para cá de vez.

O sorriso sincero que ele abriu e as lágrimas de felicidade que escorriam em seu rosto, não tinham preço para Karui. Ele a abraçou e a beijou, e ela pode sentir que até mesmo a pequena garotinha que estava em seu ventre comemorava sua decisão.

OoOoOoOoOoOo

Temari sorriu quando abriu a porta e se deparou com seus dois irmãos e sua cunhada com seu sobrinho no colo. Shijima correspondeu o sorriso e Shinki a encarou com os curiosos olhos claros. Gaara também sorriu, mais contido. Kankuro deu um passo para trás e exclamou depois de olhá-la da cabeça aos pés:

—Uou! –ele deu uma pausa, arregalando os olhos dramaticamente –Você está gigante!

—Kankuro! –Shijima exclamou em tom repreensivo –Isso é jeito de falar com uma grávida?

—Mas é verdade! –ele se defendeu –A última vez que eu vim aqui, não parecia que Temari havia engolido aquelas bolas gigantes.

O sorriso de Temari se desfez e sua expressão se zangou. Ela avançou rápido demais para quem de fato estava se sentindo muito pesada por conta do peso extra do final da gestação e agarrou a orelha de seu irmão antes que ele pudesse perceber o que estava acontecendo, puxando-o para dentro da casa.

—Repita que estou parecendo uma bola e vou fazer uma para meu filho com seu couro, idiota! –ela rosnou enquanto Kankuro reclamava de dor.

Shijima e Gaara se entreolharam, a mulher riu da cena, entrando na casa também e fechando a porta atrás de si. Shikamaru surgiu na porta da cozinha, usava um avental e tinha uma colher de pau na mão.

—Temari, que problemático. –ele resmungou –Seu irmão nem chegou direito e vocês já estão brigando.

Temari soltou a orelha de Kankuro e cruzou os braços por cima da barriga avantajada.

—Ele está me chamando de gorda, Shikamaru! –ela se justificou.

Shikamaru fez uma careta de lamentação. Temari estava um tanto sensível com a questão de seu peso a algum tempo e ele até tentava tranquilizá-la afirmando que o bebê era grande, o que não era mentira, mas não adiantava muito.

—Você não está gorda. –Shijima se adiantou, chegando próximo a cunhada –Está quase parindo um bebê, é normal que esteja se sentindo assim.

—Não vejo a hora disso acabar. –ela respondeu após um suspiro, apoiando uma das mãos na barriga e a outra nas costas –Venham, vamos sentar na sala. Shikamaru está terminando o almoço.

Os olhares se dirigiram o Nara que apenas deu de ombros e voltou a cozinha. Todos seguiram Temari e se acomodaram.

—Como você está, irmã? –Gaara foi o primeiro a se pronunciar.

—Me sentindo um balão prestes a explodir. –Temari respondeu com sinceridade e um tanto ranzinza –Não enxergo meus pés tem mais de um mês, preciso correr para o banheiro de meia em meia hora e já não encontro posição para dormir.

—Caramba! –Kankuro exclamou, Temari pensou que o irmão estava compadecido de sua situação, mas ele emendou logo depois, olhando para Gaara: -Shijima não reclamava tanto assim quando estava esperando o Shinki.

Temari pareceu pronta para voar no pescoço do irmão no momento que ele terminou de falar, mas um gritinho vindo do colo de Shijima tirou a atenção de Temari para o bebê que dava um sorriso banguela ao parecer entender seu nome pronunciado na conversa dos adultos. Temari sorriu para o pequeno depois de lançar mais um olhar amedrontador para o irmão.

—E vocês, como foi a viagem? –ela perguntou, chegando mais perto da cunhada e fazendo uma gracinha para o bebê –Veja só você! A ultima vez que a tia te viu, ela não tinha nem encomendado seu priminho ainda!

—A viagem foi ótima. –Gaar respondeu, sorrindo de leve para o filho no colo de sua esposa, que brincava com os dedos da tia –Shinki se comportou muito bem.

—A última vez que você o viu ele tinha o que? – Shijima perguntou –Dois meses?

—Sim. –Temari respondeu –Foi antes de eu voltar e descobrir toda a maluquice do clã do meu marido.

—Vou cansar um dia de você ofendendo a mim e ao meu clã. –Shikamaru apareceu na porta da sala, já sem o avental com um sorrisinho de canto.

—Kankuro não cansou em vinte e dois anos de ofensas. –ela respondeu –Você é mais paciente que ele, vai aguentar.

—Quem disse que eu não cansei? –Kankuro se pronunciou, causando risos em todos menos Temari –Eu não via a hora de alguém te tirar de uma vez daquela casa!

—Só não queríamos que tirassem para tão longe. –Gaara completou.

Todos olharam para o caçula com as sobrancelhas erguidas. Gaara fazendo piada não era algo que acontecia sempre.

—Até você, irmãozinho? –Temari resmungou –Pensei que gostava de meus conselhos!

Todos riram e Gaara abriu a boca para responder, mas a campainha tocou.

—Esperamos mais alguém? –Shikamaru perguntou franzindo o cenho.

—Sua mãe. –Temari respondeu –A convidei para almoçar conosco também.

Shikamaru sorriu e assentiu, indo abrir a porta.

—Não conheci sua sogra ainda. –Shijima observou.

—Vai adorar ela. –Temari respondeu. – Os céus sabem como eu a adoro.

Shijima sorriu para Temari, que correspondeu. Shikamaru chamou todos para almoçar e eles se encaminharam para cozinha, onde Yoshino já estava. Ela cumprimentou a todos, brincou com Shinki e se virou para Temari, cumprimentando-a antes de tocar sua barriga.

—Como vai meu netinho? –ela perguntou.

—Espero que querendo nascer logo. –Temari suspirou.

Yoshino riu.

—Ele é grande como Shikamaru foi. –ela disse. –Deve estar incômodo mesmo a essa altura.

Temari suspirou, concordando.

—Tomara que seja preguiçoso como eu e durma bastante. –Shikamaru disse enquanto sentava-se a mesa.

—Não conte tanto com isso. – Yoshino falou –Você era um pequeno terror quando pequeno, chorava de hora em hora. Foi dormir uma noite completa quando tinha quase um ano.  –Temari fez uma careta –E nos deu um tremendo susto!  Seu pai levantou aterrorizado, pensando que você podia ter se engasgado ou caído do berço e quando chegamos no seu quarto você estava lá, dormindo tranquilamente.

—Depois disso não parou mais, né? –Kankuro comentou e todos riram da cara de Shikamaru, já sentados a mesa.

O Nara começou a servir os convidados com a ajuda de sua mãe. Comeram conversando sobre a infância de Shikamaru e as peripécias do pequeno Shinki, comentando sobre a espera do bebê de Temari e Shikamaru, que o fato de não ter um nome ainda foi motivo de mais provocações de Kankuro. Em dado momento, Temari parou para observar todos interagindo, até mesmo seu irmão Gaara que era tão retraído, e sorriu, sentindo um calor gostoso no peito. Seus irmãos e sua nova família, e a nova família de Gaara, se davam tão bem, se tratando como respeito e, bem, um certo carinho, principalmente de sua sogra que tinha um ar maternal com todos eles. Seus olhos encontraram os de seu marido ao seu lado e Shikamaru sorriu, segurando sua mão por debaixo da mesa e apertando de leve.

~x~

Ino fechou os olhos, sentindo os dedos habilidosos de Sai massageando seus pés. Suspirou em contentamento. Sua gravidez estava já em suas últimas semanas e ela não aguentava mais aqueles pés inchados e doloridos.

—Você é o melhor marido do mundo! –ela exclamou, contente por tê-lo para fazer aquela massagem prazerosa todos os dias após o trabalho.

—Queria poder fazer mais para realmente merecer esse título. – ele respondeu ainda se mantendo focado no trabalho. –Queria poder adiantar minhas férias...

—Já concordamos em você tirar férias depois que ele nascer e isso não vai demorar muito. – ela abriu um sorriso enquanto passava a mão na barriga avantajada e ele desviou o olhar para ela.

—Fico preocupado em você passar tanto tempo em casa sozinha desde que entrou de licença. – ele confessou enquanto a admirava, Ino irradiava mais beleza do que nunca, mesmo ela discordando por conta do peso extra.

—Você não devia se preocupar tanto, as meninas estão sempre por aqui. –ela deu uma pausa e respirou fundo sentindo uma pequena dor, essas contrações esporádicas eram ainda mais incômodas que os pés cansados. Sai se levantou se aproximando dela e deu um beijo carinhoso no topo da cabeça. –Shikadai, Chouchou e Sarada estão tão bonitinhos, Boruto também, apesar de ser a cara do pai. –Sai riu com o comentário -Não aguento mais esperar pra ver o rostinho do nosso bebê.

—Falta tão pouco agora. –ele disse, passando a mão por seu cabelo loiro –Espero que ele tenha seu cabelo.

—E eu queria que ele tivesse seus olhos. –ela falou, pousando a mão no rosto dele e o se aproximando para beijá-lo de leve.

—Os seus são mais bonitos. –ele contrariou.

Ela riu, corando de leve.

—Você me mima demais.

—Casei com a linda princesa Yamanaka, não? – Ino deu uma pequena risada enquanto ele se aproximava para sentar ao lado dela na cama. –Tenho que te dar o tratamento de uma rainha, minha linda.

Ino sorriu mais, mais corada. Era incrível como Sai era tão carinhoso e romântico o tempo todo. Ela se endireitou na cama, sentindo a coluna incomodar.

—Estou com fome. –se queixou.

Sai assentiu.

—Vou fazer o jantar e trago pra você. –ele disse, se levantando da cama.

—Não! –ela respondeu rápido, antes que ele saísse do quarto –Quero jantar lá embaixo.

Sai pareceu que ia protestar por um momento, mas deu de ombro e deu a mão para ajudar Ino a se levantar. Ino se colocou de pé e sorriu para ele, mas logo depois corou intensamente. Sai franziu o cenho, até sentir seu pé molhar e olhar para baixo.

—Desculpe. –ela murmurou envergonhada. –Acho que minha bexiga...

—Eu acho que não. –Sai respondeu apressado e de expressão assustada.

—O que quer dizer? –Ino perguntou, mas logo depois seus olhos se arregalaram –Oh! –ela exclamou.

Mas Sai já não estava mais ao seu lado e sim correndo em direção as malas já feitas para o hospital.

~~x~~

—Doutora Uchiha. – Sakura sentiu uma mão a tocando com leveza. – Doutora Uchiha, acorde, por favor.

—Me deixa dormir. – ela murmurou mal humorada virando para o lado, ela não dormia tão bem tinha meses, Sarada chorava a madrugada inteira e seus plantões no hospital passaram a ser suas melhores noites de sono desde que virou mãe. –Por favor...

—Doutora Uchiha, uma paciente em trabalho de parto acabou de dar entrada no hospital... – a enfermeira iria continuar, mas foi interrompida pela voz sonolenta de Sakura.

—Peça para Shizune fazer a avaliação inicial, daqui a três horas eu vou lá para acompanhar. – a rosada agarrou o travesseiro na intenção de voltar a dormir.

—Doutora, a senhorita Yamanaka está aos berros na recepção dizendo que faz questão do seu atendimento e que sabe que hoje é seu dia de plantão. – a enfermeira deu um sorriso vitorioso ao ver a mudança de comportamento de Sakura ao falar o nome da amiga.

—Ino entrou em trabalho de parto? – Sakura questiona se levantando da cama, os cabelos completamente emaranhados, a menina a sua frente confirmou com a cabeça. –Certo, a acalme e faça os exames iniciais, em quinze minutos eu estarei lá.

~~x~~

Sai ainda não sabia dizer o que era exatamente aquele sentimento dentro de seu peito. Ele, que entendia tão pouco disso, mas que nos últimos anos havia aprendido tanto com tantas pessoas, se sentia confuso com a bola no estômago, a garganta fechada e os olhos lacrimejados ao mesmo tempo, que o peito apertava e parecia faltar ar em seus pulmões. Seu cérebro rodava em um milhão de pensamentos e ele estava receoso em se aproximar mais, por mais que isso fosse sua vontade.

—Por que você está tão longe? –Ino soltou um murmúrio e o chamou com o braço livre, o outro segurava com firmeza e delicadeza a manta verde agua onde estava enfim, depois de onze horas e meia de trabalho de parto, o filho deles.

Sai suspirou, olhando rapidamente para o outro lado da cama onde Sakura olhava o filho da amiga com um sorriso orgulhoso. Voltou a olhar para sua esposa e o bebê e se aproximou, encostando-se na beira da cama.

—Diz “oi” pro papai, Inojin. –Ino murmurou em um tom calmo e amoroso –Você é a coisa mais linda desse mundo, não é? –ela virou os olhos para o marido.

—Ele... Parece amassado. –Sai respondeu.

Sai levantou os olhos do pequeno nos braços da mãe depois que nenhuma das duas mulheres disse nada e as encontrou com caras incrédulas, Ino parecia a ponto de bater nele.

—É isso que você tem a dizer sobre nosso filho? –ela perguntou.

Sai suspirou.

—Eu... Não sei. –ele respondeu, sentindo todo aquele turbilhão de coisas dentro de si.

Sakura pareceu perceber que o casal precisava de um momento, pois se desencostou da cama e falou:

—Vou deixar vocês sozinhos. –ela se afastou depois de um aceno positivo de Ino e completou já da porta: -Se precisarem de mim, estarei aqui fora.

—O que foi, Sai? –Ino perguntou quando a porta se fechou.

—É estranho. –ele murmurou respirando fundo, parecia que havia muito ar em seus pulmões ao mesmo tempo em que não havia nenhum –Eu... Você... O bebê... –ele começava cada frase sem terminar, perdido nas próprias palavras.

Ino sorriu.

—É intenso, né? –ela perguntou, chamando ele para mais perto.

Sai assentiu, sentando-se a beira da cama e desviando os olhos de volta para a pequena criatura nos braços de sua esposa. Era seu filho ali. Ele tinha feito aquela pequena criança junto de Ino e, mesmo tendo acompanhado todo o crescimento dela no ventre de sua mulher, ainda parecia irreal.

Ele era pai.

O significado dessa palavra era algo que ele não conhecia na pele. Ele reconhecia agora o medo em meio as suas emoções. Medo de não poder ser o que seu filho merecia. Medo de não conseguir dar conta, de desapontar Ino. Medo de se um péssimo pai.

—Você está bem? –Ino perguntou quando ele continuou sem dizer nada, apenas fitando o bebê que pouco se mexia.

Ele não respondeu de novo, levantando a mão com receio e tocando a penugem loira no topo da cabeça do bebê. Mais um reconhecimento. Instinto de proteção. Ele faria qualquer coisa para proteger aquela criança, assim como por Ino ou por seus amigos, por sua vila, mas por Inojin, nome que Ino escolheu no momento que colocou os olhos no bebê, ele daria a vida sem pensar duas vezes.

Ino não se pronunciou novamente, mas segurou sua mão que não estava tocando seu filho. Ele voltou os olhos para os azuis da esposa, que sorriu, terna. Ele sorriu de volta, ainda receoso, e quando olhou para o bebê novamente ele tinha aberto os olhinhos, tão belos e azuis quanto os de Ino.

E ali ele viu o amor. O amor que crescia em seu peito, que sentia pela mulher que o escolheu para estar ao seu lado.

Ele amava Inojin. E aquele sentimento o tomou de tal forma que ele sentiu os olhos marejarem e uma lágrima escorrer.

—Sai..? –Ino chamou.

Sai olhou para ela e sorriu, deixando as lágrimas cairem. Sua vida começou a guinar quando foi colocado no time 7 e seus sentimentos só se afloraram mais e mais depois dali, até o momento que ele percebeu o que Ino causava nele, naquela missão no País do Silêncio onde ela o trouxe de volta a si.

E ali, naquele dia, ele e Ino estavam construindo a família que ele não teve.

Ele sentiu o ar entrar e sair de seus pulmões e coração bater acelerado. Trouxe a mão de Ino para perto de seu rosto e a beijou com carinho, fazendo a esposa rir e encostar a cabeça do ombro dele. Os dois fitaram Inojin voltar a fechar os olhos, tranquilo.

Sai tinha certeza agora sobre o que era felicidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Juh: E então chegamos ao último capítulo!
Já dá uma dorzinha no peito em saber que essa fic tá acabando, mas não se preocupem que ainda teremos um epílogo. ;)
Pedimos desculpas ao atraso, admito que a culpa é minha. Minhas aulas retornaram essa semana e já está uma loucura.
Sobre o capítulo: ele se tornou um dos meus favoritos, Chouji sendo fofo e Karui aceitando ficar de vez, ShikaTema recebendo a família em casa e SaiIno tem o tão aguardado filho.
Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu.
Vejo vocês no epílogo, e, se por acaso tem alguma cena que vocês achem que esteja faltando, avise para gente nos comentários.

KL: Esse capitulo com certeza foi o mais explosão de amor da fics toda. Temos ChouRui curtindo os ultimos momentos da gravidez e ela decidindo ficar, ShikaTema com a familia, algo que eu acho tão importante pros dois, principalmente para o contexto de vida que a Temari cresceu junto dos irmãos, e temos SaIno de uma meneira totalmente amor, com nosso Sai se deslumbrando com a sensação de ser pai. Eu fiquei toda boba escrevendo essas cenas e todo o amor que existe nelas dos nosso casais. E sim, Pais e Filhos está chegando ao fim D:
Proxima semana nos vemos no epilogo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pais e Filhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.