30 Dias, 30 Contos escrita por kunquat


Capítulo 1
Dia Um - Sakura Card Captors


Notas iniciais do capítulo

História escrita logo que acordei após uma mini maratona de Sakura Card Captors.



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Toda vez que eu cruzava seu caminho eu sentia algo estranho em minha barriga. Um frio, uma coceira, algo que eu não costumava sentir com outras pessoas. Eu não sabia explicar.

Ela estava no ensino médio, estudava na escola de Tomoeda e estava sempre acompanhada de um casal. Ela era feliz ao lado deles, mas sempre que nossos caminhos se cruzavam nós ficávamos tensos, sérios, desconfiados.

O tempo passou e eu não a vi mais. Entrei para a faculdade e me perdi com meus estudos, até que fatídico dia. Após três provas e duas apresentações, decidi me dar de presente uma noite bem dormida, recolhendo-me em minha cama antes das nove horas e ferrando no sono antes que pudesse ajustar meu despertador. Em meus sonhos eu a vi. Ela estava nervosa, sendo arrastada em meio ao ar enquanto fazia força para segurar um objeto entre seus dedos. Do outro lado, uma figura encapuzada, montada em um dragão tentava arrancar o objeto que ela tanto protegia.

Eu acordei tão rápido quanto adormeci, sem saber o que aconteceu. Quem era ela? E o mais importante, o que Ele queria?

Neste mesmo dia eu a vi novamente, mas não do jeito que eu esperava ver.

Sob o caminho das cerejeiras eu a vi ser arremessada contra o chão. Em sua frente, um espectro negro com máscara de besouro a encarava. Em suas mãos, sob a capa enevoada, um florete raspava contra o chão. Ela se levantou e ele investiu. A criatura sem dono, exalava um odor pútrido de magia. Ela, uma campeã de ginástica, desviava de seus golpes enquanto se defendia com seu báculo.

Conseguindo distância ela o levantou, apontando-o para o céu onde uma figura retangular brilhava logo a cima.

— Espada! – Gritou.

Seu báculo brilhou e tilintou, crescendo e assumindo a forma de uma espada rosè, tão bela quanto sua forma original.

— Ela também... – Cochichei.

Neste instante a luta mudou de foco. A criatura, tomando conhecimento de minha presença, me atacou rápida como vento, mas previsível, sem vontade. Eu rolei por baixo de seu ataque e pus-me de pé. Novamente ela retornou e com um ataque horizontal ela prosseguiu. As espadas se chocaram e forçando uma defesa eu vi a menina me protegendo.

— O que você está fazendo aqui!? Vai, foge!

A criatura recuou e saltou para um ataque aéreo. Com a espada apontada para baixo a menina não teve reação e eu não tive escolha.

Estendendo minha mão a frente duas cartas tomaram forma, tão azuis quanto o rosa das cartas dela. Eu as arremessei para o alto, selando-nos em um cubo de cristal.

— Parede de cristal! – Gritei.

O cristal, translúcido, refletindo diversas cores em suas paredes nos protegendo dos golpes da criatura que tentava incessantemente penetrar a barreira erguida.

— Como você? Da onde? – Questionou a menina.

— Você achou que só existia você? As opções são infinitas. Prazer, Roberto. – Estendi a mão.

— Prazer, Sakura.

— Vamos juntos. Quando der, sele a carta. – Ela assentiu. – Lança! – Gritei.

Em minhas mãos uma lança, na dela, uma espada; a criatura não teve chance quando iniciamos a investida. Rasgada, cortada e com a espada quebrada ele desistiu, caindo sobre o chão com o que parecia ser seus joelhos. Sakura levantou seu báculo e em uma explosão de luz cristalina ela confinou a criatura. Uma carta rosa transparente, onde um humanoide vestindo uma túnica azulada erguia sua espada sob o nome de Treva.


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