SAGA HP; Sob uma Nova Visão escrita por DarkyPhoenix


Capítulo 9
A Noite em que o veneno da Iris salvou a minha vida


Notas iniciais do capítulo

Aqui novo capitulo

Perdoem a demora mas estou desmotivada.

Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753034/chapter/9

N Isabelle

Entrei na câmara secreta possessa de raiva, se aquela maldita aranha comedora de gente está certa Hagrid sempre foi inocente assim como eu pensei desde o ínicio o que só pode significar uma coisa que meu amigo foi incriminado por aquele que realmente cometeu os crimes: Incriminado pelo herdeiro de Slytherin.

—Agora não Basilisco – Falo irritada para o Basilisco que entra para me cumprimentar, então no meio dos meus livros de estudo eu peguei o diário, e uma pena.

“Como você pôde? Seu mentiroso desgraçado e manipulador”

Escrevi com tanta raiva que faltei rasgar o papel, mas desapareceu rapidamente.

“Oi para você também Isabelle”

Minha raiva apenas aumentou, não era de esse filho da mãe vir com deboche para cima de mim.

“Hagrid não merecia aquilo, você armou para a pessoa mais gentil que eu conheço. Por quê?

Então você descobriu? Vou te mostrar o porquê”

De repente as folhas começaram a virar como se estivessem sendo levadas por um vendaval e pararam no mês de julho, e a folha começou a me puxar e conseguiu me levar para dentro do diário.

Quando abri os olhos estava no lado de fora da câmara secreta, estava dentro da cabana do Hagrid e nela estava o Hagrid mais novo, com uma varinha no bolso aparentemente não havia perdido ainda, entrei na frente dele para vê-lo melhor, mas ele pareceu não ter percebido a minha presença e em seguida passou direto por mim e dirigiu o olhar para outra pessoa que estava sentada como visita. Essa pessoa era Tom Riddle

—Se veio falar novamente sobre os ataques aos sangues-ruins- Riddle diz com frieza- Não estou no clima para esta conversa.

—Sinto muito que vão fechar Hogwarts- Hagrid diz com gentileza colocando a mão no ombro dele- Mas não é sobre isso que vim falar e sim sobre a Eleanor.

—Eleanor Black? - Tom pergunta mudando seu olhar frio para um olhar preocupado quase instantaneamente.

—Eu sei sobre vocês dois, e conhecendo esse seu jeito- Hagrid diz parecendo preocupado- Só peço que não a machuque, Eleanor é uma menina muito boa e ingênua ainda mais agora que ela está nessa condição e não precisa se preocupar mesmo sendo contra as regras eu prometi a ela que guardaria segredo.

A Cena girou, e de repente escuridão total, eu me senti caindo e com um baque eu senti meus braços e pernas se chocarem contra o chão molhado da câmara secreta com o diário ao meu lado.

Olhei para cima, não estava sozinha Tom estava novamente livre do diário e de pé olhava para mim com uma certa indiferença enquanto girava a minha varinha entre os dedos despreocupadamente, é ele tem mesmo a mesma mania que eu tenho.

—Depois daquilo resolvi não arriscar, Hagrid sabia demais e eu precisava de alguém para colocar a culpa -Ele começou e eu o fuzilei com os olhos- Bem você pode imaginar o que pareceu ao velho Armando Dippet. De um lado Tom Riddle pobre, mas brilhante, órfão, mas muito corajoso, monitor, aluno-modelo...do outro lado, o guarda caça trapalhão do Hagrid, que vivia se metendo em encrencas, tentava criar filhotes de lobisomens debaixo da cama, ia para a Floresta Proibida para brigar com trasgos...mas admito até eu fiquei surpreso que o plano tivesse funcionado tão bem. Achei que alguém deveria perceber que ele não era o herdeiro de Slytherin. Eu gastei anos inteiros para descobrir tudo sobre a Câmara Secreta e encontrar a entrada...como se Hagrid tivesse cabeça, ou poder para tanto.

—Mas Dumbledore não caiu nessa sua armação, não é? - Pergunto com um sorriso de deboche o que o faz se irritar.

—Aquele velho idiota mesmo sendo apenas um professor naquela época não tirava mais o olho de cima de mim- Ele diz indiferente- Percebi que não seria mais seguro abrir a câmara enquanto estivesse na escola, então segui os passos do meu ancestral resolvi deixar aqui um diário na esperança de que outro herdeiro o encontrasse e eu o conduzisse pelas minhas pegadas a terminar a nobre tarefa de Salazar Slytherin, só não contava que seria minha própria herdeira.

Engulo em seco e pego o diário novamente lendo a parte de trás: Tom Marvolo Riddle, então desviei os olhos para um dos meus livros da escola: “Anagramas mágicos e como decifra-los ” Assim que eu bati o olho de novo nas letras do diário me caiu a ficha:

Tom Marvolo Riddle = I am Lord Voldemort

—Você é Voldemort- Falo com os olhos arregalados.

—Agora eu sei porque você caiu na Grifinória- Ele diz ignorando as minhas últimas palavras- Você tem a minha inteligência, mas não sabe usa-la tão bem, seu problema é você é impulsiva como uma Grifinória.

—Não desvie de assunto- Falo me levantando com o diário na mão, e o abro- Você é um monstro e vai voltar para cá, quero ver sua lembrança permanecer viva quando eu jogar essa porcaria no fogo.

Terminei a frase com um sorriso de deboche e tentei pegar o medalhão do meu pescoço mas para o meu desespero, não estava lá o que é estranho porque ninguém consegue tira-lo do meu pescoço apenas eu ou...

—Procurando por isto? - Ele pergunta com um sorriso cínico mostrando o medalhão em sua mão, seus olhos estão com um brilho vermelho rubro- Isabelle querida você é esperta, mas eu sou muito mais.

Engulo o seco novamente sabendo que agora as coisas iriam piorar em um nível cósmico, mas eu não vou me render nem agora nem nunca.

—Como se sente sabendo que pela primeira está completamente indefesa diante do Lorde das Trevas pequena? –Ele diz zombando.

—È aí que você engana, não deixe esse medalhão e essa varinha na sua mão te enganarem- Falo o enfrentando- Sou eu que tenho o poder aqui, eu estou viva e você? Eu disse e repito: Não passa de uma memória vazia e esquecida em um diário velho.

Ele se moveu tão rápido que eu nem consegui perceber o movimento, um momento Tom estava longe de mim e no seguinte ele agarrou meu braço com ferocidade e me jogou contra a parede de pedra, seus dedos que não eram reais mesmo assim cortavam a circulação sanguínea do meu braço e doía, senti minhas costas sangrando devido ao impacto contra a parede e com certeza deixaria arranhões, mas na hora não me importa nenhum pouco meu olhar de ódio não deixou meu rosto nenhum minuto.

—Você nunca, NUNCA, fale comigo assim. Não faz ideia de com quem está mexendo- Tom retrucou me ameaçando com tanta frieza que gelou o meu sangue, depois me soltou- Hora de você ir.

Fiquei esperança por um minuto, mas ainda desconfiada afinal ele é Lorde Voldemort, não me deixaria ir embora assim sem mais nem menos.

—Para aonde eu vou? - Pergunto hesitante com os braços cruzados.

—Não tenho certeza, nunca fui- Ele diz e um sorriso cruel atravessa seu rosto antes de acrescentar -Nunca fui morto.

Mil coisas passaram pela minha cabeça em um segundo, todas como eu estou terrivelmente em desvantagem afinal ele está com a minha varinha, o medalhão e o anel dentro dele e eu só tenho a língua sem filtro que pode acabar me matando bem mais cedo.

—Morreram os seus comentários impertinentes Isabelle? - Ele pergunta zombando e volta a girar a varinha entre os dedos- Vamos eu quero ouvir.

—Você é tão hipócrita- Começo a falar antes que possa me parar- Quer seguir os ideais de puro sangue de Slytherin ignorando que na verdade é um mestiço.

O Olhar divertido dele despareceu assim como eu previ e eu percebi que o mesmo estava se segurando para não me lançar uma maldição imperdoável agora mesmo. E eu como sou eu, decidi continuar provocando, se fosse para morrer não seria implorando por misericórdia.

—Quer que eu te conte uma novidade? - Continuo com um sorriso cínico- Seu pai era um trouxa Tom.

—Já chega- Ele diz irritado e aponta a varinha para mim- Império, você vai voltar lá para cima escrever uma mensagem que eu vou te passar com o seu próprio sangue e depois voltar direto para cá.

Tentei resistir, mas o feitiço é muito mais forte quando dei por mim já estava no corredor em frente a parede aonde havia escrito a primeira mensagem com sangue falso, bem agora seria real.

Cortei a minha mão com uma navalha e comecei a escrever a mensagem na parede, depois que terminei tentei desviar meus passos para o escritório do Dumbledore ou para o Salão Comunal da Grifinória para pedir desesperada por ajuda, mas sem sucesso, não demorou muito tempo até estar pisando novamente no piso molhada da Câmara Secreta.

Assim que cheguei o feitiço cessou e eu sabia que estava prestes a morrer, não ia lutar já me sentia derrotada. Então me sentei em um canto encostando na parede de pedra e abracei os meus joelhos.

—Faça logo- Pedi ao Tom minha voz rouca e embargada e fechei os olhos.

Mas não senti um feitiço me atingir ao invés disso senti braços me envolverem em um abraço, quando abri era ele.

—Eu prometo que isso não vai doer nada, você foi uma grande ajuda para mim- Diz ele numa voz que me pareceu genuína- Não morrerá em vão eu prometo.

Me contorci nunca com tanto medo na minha vida antes e pensar que é pelas mãos do meu próprio pai que eu vou morrer. Mas ele é Voldemort, não deve estar sendo nada demais para ele fazer isso. Abri a boca para falar exatamente isso, mas ele não deixou.

—Shhhh é hora- Ele disse pegando a varinha e apontando para mim e se afastou de mim

—Não- Sussurrei levantando em uma última tentativa de resistir.

—Não resista filha, não vai doer- Ele diz e me lança um feitiço não verbal que eu não consegui identificar qual, só senti como se todas as minhas forças fossem roubadas de mim, tanto que não consegui me manter em pé e acabei caindo no chão deitada e a minha vista começou a nublar, ele está certo não dói e sim é como deslizar para um sono tranquilo e profundo.

***

POV Harry

—O Herdeiro de Slytherin- Disse a professora Mcgonagall muito pálida- Deixou outra mensagem logo abaixo da primeira.

Olhei para a parede do corredor e lá estava a mensagem escrita com sangue:

“O Esqueleto dela jazerá na câmara para sempre”

—Quem foi? - Perguntou Madame Hooch- Que aluna?

— Isabelle Weasley- Respondeu um Snape que parecia realmente abatido e preocupado.

Rony e eu ficamos em choque, já não bastava Hermione petrificada agora a Izzy foi levada para a câmara secreta.

—Izzy- Nós dois murmuramos ao mesmo tempo abaixando a cabeça, não podia estar acontecendo, a Izzy não pode morrer, não sei o que seria de mim se ela morresse.

—Lamento muito, cochilei, que foi que perdi? – O Sem Noção do Lockhart pergunta aparecendo todo sorridente e pareceu nem perceber que Snape o olhava com uma expressão muito próxima ao ódio, e pela primeira vez na vida eu concordo com ele em alguma coisa.

—Uma menina foi levada pelo monstro Lockhart e finalmente chegou a sua vez- Snape diz o encarando mesmo não acreditando que ele seja capaz de alguma coisa.

—Minha vez? - Lockhart pergunto confuso e boiando.

—Você não disse que ontem mesmo que sempre soube aonde era a entrada da câmara secreta? - Retrucou Snape com rispidez.

—Está decidido- Disse a Professora Mcgonagall- Deixaremos você cuidar do monstro, afinal suas habilidades são lendárias.

—Muito bem- Disse Lockhart mesmo estando quase tremendo- Eu vou para a minha sala me preparar.

E Lockhart saiu deixando os outros professores sozinhos.

—Vou indo Harry- Diz Rony baixo- Preciso avisar o Percy, Fred, Jorge e os nossos pais.

—Então vamos- Digo e começo a acompanhar o Rony até que ouço os professores voltarem a conversar, então resolvi continuar escutando mesmo o Ron tendo ido embora.

—È sério que vamos deixar a vida da Isabelle nas mãos desse imprestável? - Snape diz parecendo indignado- Aposto meu estoque de Veritaserum que ele vai fugir.

—Oh não diga bobagens Snape- Mcgonagall fala aborrecida- Entendo que está preocupado, mas é a única chance que ela tem, sua afilhada ficará bem.

Por Merlin como assim? O Snape é padrinho da Izzy? Mas como é possível se ele nem conhece os Weasley?

Parece que quanto mais segredos eu descubro aqui menos sentido eles fazem.

***

Foi com certeza o pior dia da minha vida e só haviam se passado algumas horas, visitar Hermione no hospital e depois me sentar no salão comunal da Grifinória com Rony, todos nós incapazes de dizermos qualquer coisa, Percy não estava presente havia despachado uma carta avisando para os pais e depois se trancou no dormitório.

Nunca uma tarde havia se arrastado tanto aqui no salão comunal, sem a Hermione e sem a Isabelle nada parecia mais ter graça e quando chegou a noite.

—Ela sabia alguma coisa- Disse Rony falando pela primeira vez em horas- Sobre a câmara secreta por isso estava tão afastada e distante de nós, tão estranha. Quero dizer ela é puro sangue, não pode haver outro motivo.

Eu não sabia o que dizer, mas ele pode estar certo, Isabelle andava mesmo muito diferente e até pediu minha capa de invisibilidade emprestada uma vez e não me deu satisfações, e ainda teve a vez em que eu a peguei no flagra e descobri que ela tinha uma cobra clandestina e ainda por cima é ofidioglota

—Vamos ver Lockhart, eu tenho um palpite sobre aonde fica a câmara secreta- Falo pegando a minha capa e o Rony parece se animar.

***

Com a varinha empunhada eu passei pela última porta que leva a câmara secreta, meu palpite estava certo a fantasma Murta que Geme que assombra o banheiro era aquela menina que morreu pelo Basilisco a anos e havíamos até levado Lockhart que tentando apagar a minha memória e a de Rony acabou apagando a sua própria porque havia usado a varinha quebrada do Ron.

Todos os meus pensamentos foram interrompidos quando vi a Izzy deitada no chão em frente a uma estátua, estava inconsciente talvez até morta. Só o pensamento me fez estremecer, então sem pensar duas vezes corri até a minha amiga.

—Izzy- Larguei a varinha no chão e segurei ela pelos ombros, seus cabelos loiros escuros estavam espalhados pelo chão de mármore, seu rosto branco e frio mas mesmo assim linda, só torcia para que ele abrisse os olhos verdes- Por favor não esteja morta, por favor acorde.

—Ela não vai acordar- Disse uma voz indulgente que surgiu do nada.

Um garoto alto, de cabelos negros, o observava encostado à coluna mais próxima. Tinha os contornos estranhamente borrados, como se o estivesse vendo através de uma janela embaçada. Mas não havia como me enganar…

— Tom, Tom Riddle?

Riddle confirmou com a cabeça, sem tirar os olhos de mim.

— Que é que você quer dizer com “ela não vai acordar”? — perguntei desesperado. — Ela não está… Não está…?

— Ainda está viva — disse Riddle. — Mas por um fio.

Arregalei os olhos para ele. Tom Riddle estivera em Hogwarts anos atrás, contudo achava-se ali parado, envolto por uma luz estranha e enevoada, com os seus exatos dezesseis anos.

— Você é um fantasma? — perguntei incerto

— Uma lembrança — disse Riddle com suavidade. — Conservada em um diário durante um pouco mais de uma década.

E apontou para o chão perto dos enormes pés da estátua.

Caído ali encontrava-se o pequeno livro preto que eu encontrei no banheiro da Murta Que Geme. Por um segundo, me perguntuei como aquilo chegara ali – mas havia assuntos mais urgentes a tratar.

— Você tem que me ajudar, Tom — disse, levantando a cabeça da Izzy outra vez. — Temos que tirá-la daqui. Tem um basilisco… Não sei onde está, mas pode chegar a qualquer momento… Por favor, me ajude…

Riddle não se mexeu. E eu suando, consegui levantar metade do corpo da Isabelle do chão e me curvei para apanhar de novo a varinha, mas havia desaparecido e quando vi estava nas mãos dele.

Um sorriso encrespou os cantos da boca de Riddle. Continuava a me encarar , girando distraidamente a varinha.

— Escute aqui — digo com urgência, meus joelhos cedendo sob o peso morto dela — Temos que ir embora! Se o basilisco chegar…

— Ele não virá até ser chamado — disse Riddle calmamente.

Então depositei Izzy outra vez no chão, incapaz de continuar a sustentá-la.

— Que quer dizer? Olhe me dê a minha varinha, posso precisar dela…

O sorriso de Riddle se alargou.

— Você não vai precisar dela.

O Encarei confuso. Havia alguma coisa muito estranha acontecendo ali…

— Como foi que a Izzy ficou assim? — perguntei com a voz lenta.

— Bom, essa é uma pergunta interessante — disse Riddle em tom agradável. — É uma história bastante comprida. Suponho que a razão de Isabelle Weasley estar assim é porque foi teimosa demais para o meu gosto.

— Do que é que você está falando?- Perguntei ainda mais confuso.

— Do diário. Do meu diário. A pequena Isabelle anda escrevendo nele há meses, me contou um pouco sobre a vida de ser uma filha adotada em uma familia pobretona… — Diz ele com desprezo— e eu também contei um pouco da verdade a ela, coitadinha achava mesmo que era uma Weasley.

— Do que é que você está falando? — perguntei, começando a entender menos ainda.

— Você ainda não adivinhou, Harry Potter? — disse Riddle baixinho. — Isabelle é adotada, ela é herdeira de Slytherin e ela abriu a Câmara Secreta. Ela escreveu mensagens ameaçadoras nas paredes. Ela açulou a serpente de Slytherin contra quatro sangues-ruins e a gata daquela aberração do Filch.

—Não -Digo incrédulo- Ela nunca faria isso. E se fez por quê?

—Porque ela é minha filha -Riddle responde suavemente- Embora a teimosia e insolência dela tenham me dado trabalho, eu consegui encontrar as ameaças certas para motiva-la.

—Suuuuaaaaa fiiiiiilhaaaa?- Pergunto gaguejando.

—Sim, não foi nada planejado é claro ainda estava na escola, achava que lidar com uma garota de 12 anos seria insuportável mas até que não foi ruim, consegui coloca-la por pelo menos um tempo nos trilhos certos para terminar a nobre tarefa de Slytherin dessa vez.

— Bem, você não a terminou — digo em tom de vitória. — Desta vez ninguém morreu, nem mesmo a gata. Dentro de algumas horas a Poção de Mandrágoras estará pronta e todos que foram petrificados voltarão à normalidade outra vez…

— Acho que ainda não lhe disse — falou Riddle em voz baixa — que matar sangues ruins não me interessa mais. Há muitos meses agora, meu novo alvo tem sido… Você.

— Aos negócios, Harry — falou Riddle, ainda com um largo sorriso. — Duas vezes, no seu passado, ou no meu futuro, nós nos encontramos. E duas vezes não consegui matá-lo. Como foi que você sobreviveu? Conte-me tudo. Quanto mais tempo falar — acrescentou brandamente — mais tempo continuará vivo.

As chances com certeza não estavam do meu lado, quanto mais tempo Riddle ficasse ali, mais depressa a vida da Izzy se esgotava… Entrementes,eu reparei de repente que os contornos de Riddle estavam ficando mais nítidos, mais sólidos… Se tinha que haver uma luta entre eu e Riddle, quanto mais cedo melhor.

Até que do alto vi um pássaro vermelho nos sobrevoar e deixou cair perto de mim um chapéu velho.

— Isto é o que Dumbledore manda ao seu defensor! Um pássaro canoro e um chapéu velho! Você se sente cheio de coragem, Harry Potter? Sente-se seguro agora?-Riddle zomba rindo.

Eu não respondo, estou analisando as minhas novas chances que ainda não são poucas afinal ele é herdeiro de Slytherin teria o basilisco na palma da mão e também a minha varinha e eu só tinha a Fawkes e um chapéu.

— Agora, Harry, vou lhe dar uma liçãozinha. Vamos medir os poderes do Lord Voldemort, herdeiro de Slytherin, com os do famoso Harry Potter, e as melhores armas que Dumbledore pôde lhe dar…

Ele se aproximou da estátua e começou a falar em língua de cobra “Venha Basilisco e cumpra os comandos de seu mestre, mate o garoto” E de repente a boca da estátua se abre e de dentro dela são uma cobra gigante.

Sabia que era o basilisco, então fechei os olhos e comecei a correr as cegas.

—Saber a língua das cobras não vai te salvar Potter. Ele só obedece a mim.

Não apenas a você, a Isabelle também. Se ao menos eu conseguisse acorda-la.

***

Alguns minutos depois havia conseguido depistar o Basilisco então corri de volta para perto da Izzy, estava tão desesperado e se ela já estivesse morta?

Então encontrei Tom Riddle segurando a mão dela, não para checar quanto tempo faltava para ela morrer e sim como se realmente não quisesse que ela morresse.

—Por que está fazendo isso?- Pergunto confuso -Ela é sua filha, por que não a salva?

—Não posso Potter. Enquanto ela fica mais fraca eu fico mais forte. E quando Isabelle Riddle morrer, Lorde Voldemort voltará ainda mais vivo- Ele responde mas mesmo assim não larga a mão dela.

Resolvi me aproximar mais da Izzy coloquei a cabeça dela no meu colo e comecei a acariciar os cabelos loiros escuros e lindos dela, não me importava se tinha um Basilisco gigante tentando me matar eu não iria solta-la nunca.

—O quê?- Riddle diz parecendo confuso- Que que você fez Potter?

Toquei a pele da Izzy, não estava mais tão fria quanto antes e sim estava esquentando de alguma forma ela encontrou um jeito de lutar contra o feitiço.

—Mate-o- A voz em ofidioglota dele me tirou do meu devaneio e quando eu dei por mim o Basilisco já estava atrás de mim, vi algo brilhante dentro do chapéu então rapidamente tirei e tomei uma surpresa: Era uma espada, então mesmo nunca tendo pego uma na vida peguei e comecei a tentar me defender do Basilisco .

De repente ouvi uns sibilos no ar bem arrastados que eu não entendi o que significa, olhei para cima e a Fawkes havia voltado dessa vez trazendo a Iris cobra de estimação da Izzy que caiu perto de mim.

“Saia da frente garoto, eu tenho que salvar a pátria aqui hoje” Iris diz parecendo impaciente e preocupada.

—"O que você vai fazer? “ Pergunto em língua de cobra e saio da frente dando espaço para Iris chegar perto da Isabelle.

Enquanto isso ainda tentava não olhar nos olhos do Basilisco e não deixar ele arrancar nenhuma parte vital do meu corpo.

Riddle nem havia percebido a cobra, estava concentrado na Izzy então tomou um susto quando viu a menina abrir os olhos verdes assustada depois de ter sido picada pela Iris.

—Que diabos- Ela levanta e vê a minha situação então resolve me ajudar: “ Afasta-se dele imediatamente e não se aproxime mais”

Ela falou em ofidioglossia para o Basilisco que recuou na mesma hora.

"Não, mate-o"- Riddle insistiu.

"Se afaste" Izzy diz irritada em ofidioglossia para o basilisco.

E eu vi que o Basilisco ficou confuso, não sabia quem ouvir então ele simplesmente derrubou o Riddle no chão o que fez ele deixar nossas varinhas caírem no chão que foram pegas pela Isabelle na mesma hora. Agora tínhamos uma vantagem.

Só que havia um problema, minha visão começou a borrar e quando olhei para o meu braço lá havia sido cravada uma presa de basilisco, senti o veneno entrar na minha corrente sanguínea e diferente de como ocorreu com a Izzy isso não iria me ajudar.

Mas não liguei corri para ela e a abracei forte, temendo que fosse o último abraço que dariamos. O que não durou muito porque Riddle me puxou para longe dela.

—Incrível como o veneno do basilisco penetra rápido no sangue não é? -Ele diz com deboche- Estará morto em alguns minutos Potter, e você tinha razão eu realmente não quero que ela morra mas você sim.

—Não- Izzy tentou lutar quando Riddle colocou o medalhão de volta no pescoço dela e transferiu o feitiço que antes estava nela para mim -Seu desgraçado.

Senti todas as minhas forças sendo roubadas de mim, e a minha energia também. Iria morrer a qualquer momento e Lorde Voldemort voltaria.

—Não se eu puder evitar- Izzy diz e me passa o diário me lançando um olhar de”Você sabe o que fazer”

E eu realmente sabia, peguei a presa do basilisco do meu braço e rapidamente enterrei nas folhas abertas do diário que soltou um monte de tinta e eu vi que Riddle estava começando a desaparecer é assim aconteceu.

—NÃOOOOO!- Ele grita antes de virar Puff e ser destruído junto com diário.

E Isabelle me abraçou depois que viu que o perigo havia passado.

—Fui eu Harry, mas juro que não tive a intenção. Foi Riddle ele me obrigou, eu sinto tanto -Ela apertou mais o abraço- E pensar que aquele desgraçado é meu pai biológico.

—Ei- Falo tentando conforta-la- Eu sei.

De repente as coisas ao meu redor pararam de ficarem borradas e voltaram a ser nitidas. Olhei para o meu ferimento, não estava mais lá

***

POV Isabelle 

Estava tão mais aliviada, sem palavras para descrever essa sensação.

Harry havia vindo apesar de todo o risco e salvou a minha vida. Tom havia sido destruído junto com aquela porcaria de diário que só me trouxe problema.

Acho que Dumbledore estava certo no final das contas, a verdade pode ser mais dura do que o esperado e com certeza levaria alguma tempo até eu superar completamente.

Mas agora não é hora para isso, depois de ter apertado o Harry em um abraço me dirigi a minha segunda salvadora, cujo veneno havia me dado força suficiente para acordar e salvar Harry do Basilisco.

—Não sei nem como te agradecer Iris, você é a melhor serpente que eu poderia pedir-Falo em língua de cobra acariciando as escamas da cabeça dela.

—Disponha Izzy, você é minha dona é melhor amiga -Iris responde e eu sorrio olhando para ela e para o Harry.

Mas o momento não durou muito porque algo não saía da minha cabeça, quando estava inconsciente um fio perto da mãe, eu encontrei e conversei com alguém muito especial.

Podia ter sido apenas um sonho ou uma alucinação mas algo me diz que não. Algo me diz que eu realmente conversei com a minha avó Mérope Gaunt.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então veremos a misteriosa conversa da Izzy com sua avó no início do próximo capítulo

Curiosos? Vou dar um pequeno spoiler.

Acontece pela mesma razão que Harry conversa com Dumbledore em Relíquias da Morte.

Tá não vou falar mais nada, quero fazer suspense.

Fui, até o próximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "SAGA HP; Sob uma Nova Visão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.