Entre o amor e a guerra escrita por Ania Lupin


Capítulo 9
Penas de algodão doce




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Domingo, 8 de outubro.

Início do dia. Ginevra estava deitada na cama, seu corpo semi-enrolado no cobertor cinza. Vestia uma camiseta, também cinza, que chegava até seus joelhos - uma camiseta antiga de seu irmão Carlinhos, tão grande no corpo da bruxa que era praticamente uma camisola. Seu cabelo estava uma total bagunça - soube disso no momento em que seus dedos grudaram em diversos nós - mas naquele momento não se importava nem um pouco com aquilo. Seus olhos castanhos entraram em contato com o relógio pela quinta vez no dia. Eram sete e quarenta.

Sete e quarenta de um domingo.

Fechou os olhos, tentando recuperar o sono, há muito perdido. Dias - madrugadas - como aquele sempre lhe rendiam uma bela dor de cabeça no final. Fora as olheiras. Fora seu mau humor. Fora seu nervosismo presente até o dia seguinte, quando pouco.

Impossível que ainda seja tão cedo.

A bruxa conseguia ainda ouvir a voz dele, conseguia sentir a umidade daquele lugar. Conseguia lembrar-se de tudo que havia feito naquele tempo. Com certeza hoje ficaria distante de Colin, como sempre ficava. As palavras que havia escrito na parede anos atrás voltavam para sua mente - de olhos fechados tudo ficava tão pior.

Esfregou os olhos com força e levantou a cabeça do travesseiro, olhando outra vez os ponteiros.

E para sua infelicidade, ainda eram sete e quarenta.

...

"Sua ruiva não parece estar no melhor dos dias hoje." comentou Zabini, ambos sonserinos observando a bruxa sentar-se no lugar de sempre.

Por um momento, Draco deixou o exemplar daquele dia do Profeta Diário para dar sua total atenção a mesa grifinória. Realmente, o humor daquela pequena não parecia ser um dos melhores que vira: Ginevra olhava com uma certa fúria para uma outra grifinória sentada ao seu lado, enquanto esta parecia se controlar para não cair na gargalhada.

"Que horas são?" Ele ainda não desviara o olhar.

"Faltam cinco minutos, se é isso que você quer saber." o loiro escuro respondeu ao olhar o fino relógio de bolso. "Malfoy, você tem mesmo noção do que está fazendo?"

Havia contado sobre seu sábado e seus futuros planos para o amigo no fim do dia anterior, e parecia uma ótima ideia noite passada o que ele estava prestes a fazer. Olhando melhor agora, talvez devesse ter mantido sua encomenda para si.

"Com a cara que a ruiva está, é capaz que em quatro minutos seu talvez torne-se um definitivo não, mesmo com você vestido de vermelho e amarelo."

"Eu tenho noção." reafirmou, mais para si mesmo do que para o amigo. "Preciso começar a marcar meu território, não é mesmo? Como você próprio disse na sexta-feira. Só estou seguindo ordens." Tentava se ausentar da culpa de qualquer muito possível futuro erro. "Melhor já deixar desde já a população masculina desse lugar avisada que a ruivinha já é propriedade particular."

"Futura propriedade particular, você quer dizer." Blaise corrigiu.

"Que seja. O importante é que depois de hoje, o mais provável é que nenhuma dessas pragas se atreva a chegar perto. Afinal, que bruxo iria competir com meus presentes?" Voltou enfim a atenção para o jornal.

"Storms tem galeões suficientes para competir." Draco fez cara de pouco caso. "Ele a convidou para sair, não é mesmo? Talvez insista, o rapaz tem fama de ser insistente. E ele ainda é do sétimo anos, já imaginou se ela gosta de rapazes mais maduros?"

"Ela gostava do Potter, por Merlin!" Mais uma vez o loiro parou sua leitura.

"Gostava?"

"Gostava, gosta, como eu vou saber? E eu imagino que a ruivinha pensaria duas vezes antes de se envolver com alguém como Storms." Voltou a folhear o jornal pela terceira vez. "Um minuto agora, estou certo?"

...

A primeira coisa que a ruiva fez quando se sentou junto aos outros grifinórios foi enfiar a cabeça na mesa. E sentindo a dor de sua ação, ela automaticamente xingou, e muito, e bem alto. Tal ato havia chamado a atenção dos alunos ao seu redor: apesar deste ser o comportamento padrão da jovem bruxa de segunda a sexta, era atípico para um domingo.

"O que foi?" falou num tom hostil para um terceiroanista que a olhava curioso, voltando a colocar a cabeça na mesa, cobrindo-a com as mãos.

Seu maior desejo naquele dia era cavar um buraco e morrer. Acordada desde as cinco da manhã, ficara até as sete para lembrar onde havia deixado a maldita poção que lhe daria um sono sem sonhos. E quando finalmente a achou e tomou, descobriu que a última coisa que ela faria era lhe dar algum vestígio de sono - tinha sido pior do que um café.

O relógio marcava oito horas quando a bruxa levantou e começou a ocupar sua cabeça, não deixando um segundo sequer livre para pensamentos. Tomou um banho rápido, arrumou seu cabelo, lixou as unha, terminou a lição de DCAT, Poções, Transfiguração, adiantou Animagia, colocou até mesmo alguma maquiagem no rosto, e ainda não eram nem dez da manhã. Nunca ficou tão feliz ao ver Sati e Ravenis de pé, rumando para o café. O relógio marcava exatamente cinco para as dez quando a poção - ou tudo que ela já havia feito naquele dia - fez efeito, fazendo-a rastejar de sono até seu habitual lugar na mesa grifinória.

"Aquele garoto está olhando para você outra vez." escutou Ravenis falando enquanto ainda estava de cabeça baixa.

"Que garoto?" sua voz saiu abafada.

"Você sabe que garoto."

Draco Malfoy. O sonserino que sempre tratou todos da sua família mal. O bruxo que havia quebrado o nariz de Harry Potter no começo do ano. A cria de Lúcio Malfoy. O filho do homem de quem toda sua família - ela inclusive - suspeitava ter colocado aquele diário entre seus livros em seu primeiro ano em Hogwarts. O jovem que pediu aulas de Latim. Que a ajudou na última sexta feira. O loiro platinado que tinha lábios quentes e cheiro de grama molhada.

Foi a cantoria de sua amiga morena que a levou para longe daquelas lembranças.

"Draco e Gina, embaixo da árvore, B-E-I-J-"

"Fica quieta!"  falou desesperada, levantando a cabeça no mesmo momento e tentando explodir a amiga com o olhar. "Você é louca? Já pensou se meus irmãos te escutam?" disse numa voz muito mais baixa, o susto deixando-a um pouco mais acordada.

"Raven, deixa a Gina em paz, vamos." era Sati que chegava, colocando um bolinho de mirtilo no prato da ruiva. "Nossa, você está com a pior cara da semana. O que aconteceu?"

Gina apenas voltou para a posição de antes, apertando mais as mãos sobre a cabeça, agradecendo pela japonesa ter aparecido. Voltou a se perguntar porque levantara da cama naquele dia: deveria ter voltado para ela a partir do momento que a poção fizera efeito. Teria aproveitado melhor aquela primeira parte do dia dormindo, enrolada no seu edredom.

E ainda não eram nem dez e meia.

"Não dormi muito bem noite passada." respondeu enfim, levantando um pouco a cabeça para dar uma mordida no doce.

Acabaria dormindo naquela posição, ali mesmo, independente de todo aquele barulho, caso não fizesse uma das coisas que mais detestava: serviu-se de café no instante seguinte, a contragosto. Mas nem o líquido preto parecia estar adiantando muito.

Estava com a ideia fixa de voltar para seu quarto após o desjejum quando a primeira coruja entrou pela janela. E logo entrou outra, seguida de outra, e mais outra. Em segundos, mais de vinte corujas entraram no castelo. Aquilo não teria chamado muita atenção, não fosse por dois fatos: as corujas já haviam chegado naquela manhã, e todas as impecavelmente brancas aves sobrevoavam a bruxa ruiva enquanto soltavam pequenos embrulhos sobre seu prato - consequentemente sobre seu bolinho, agora destruído. Não que ela fosse se importar com a destruição do muffin com tudo que havia na sua frente: penas de algodão doce, bombons explosivos, tabletes de nugá, quadrados cor-de-rosa de sorvete de coco, caramelos cor de mel, e pelo menos mais uma dezena de sacos que a ruiva ainda não havia inspecionado. E sobre tudo isso, uma carta.

Espero ter acertado. Mesmo lugar de ontem, cinco e meia?

Não havia assinatura, mas não era necessário. Apenas uma pessoa poderia ser a responsável por tudo aquilo, e a bruxa sabia muito bem quem era. Ginevra voltou sua atenção para um lugar bem improvável, a mesa sonserina, e quando seus olhos encontraram os de um certo loiro, eles estreitaram perigosamente. O olhar dele permanecia calmo, e o bruxo mantinha um sorriso quase sereno no rosto enquanto uma loira, que Gina reconheceu ser Pansy Parkinson, tentava agarrar mais forte o braço dele. Que demônio havia lhe possuído para fazer aquilo? Quem ele achava que era para lhe mandar um estoque de doces para a vida na frente de toda a escola? E por que, lá no fundo, ela tinha gostado daquilo?

É Malfoy. Ele provavelmente só está tentando ferrar com a sua cabeça.

Porque ele, agarra-la na biblioteca, fazia todo o sentido do mundo - Draco Malfoy era um babaca e atitudes babacas eram sua marca registrada. Então ele praticamente a prensando contra uma mesa enquanto colocava os lábios em seu pescoço: totalmente aceitável. Agora, ele ajuda-la naquela noite não fazia sentido. Ele abraça-la naquela noite não fazia sentido. Ele pedir aulas de latim, menor sentido. Ele enviar toda a Honeydukes para ela: sem sentido.

Ela beija-lo.

Não tem nexo isso.

Ginevra não precisava olhar ao seu redor para saber que vários dos olhos daquele salão estavam grudados nela, que não sabia onde enfiar a cara. Não fazia ideia do que seria melhor fazer: responder as perguntas feitas por Harry e Rony, ambos já de pé ao seu lado, mandar Ravenis e Colin - recém chegado - pararem com as provocações e calarem a boca, ou simplesmente sair correndo dali, pegando os doces que conseguisse levar nas mãos.

Havia sido uma boa distração para seu dia? Havia. Ela havia acordado? Consideravelmente. Odiava ter toda a atenção ao seu redor? Mais do que tudo.

"De quem é tudo isso, heim?" ouviu o irmão perguntar, e não demorou nem mais um segundo para guardar o pergaminho dentro do bolso da capa. "Se eu pego esse bruxo abusado que fica se aproveitando da inocência da minha irmã!" Conteve uma risada ao ouvir a frase do ruivo: se ele soubesse quem era o responsável por tudo aquilo, provavelmente entraria em choque. "Ah, ele não vive para ver outro dia!"

"Rony," Gina começou, mas foi cortada pelo bruxo de óculos.

"Gina, você acha legal ficar namorando com um bruxo por mês?" Ela demorou para processar que aquelas palavras tinham saído dos lábios de sua maior paixonite, que ajudava Ronald no interrogatório. "Quem é esse garoto agora? Desde quando você está com ele?"

Se ela achava o que?

"E o que você tem a ver com isso, Harry Potter?" a ruiva levantou bufando, começando a colocar alguns dos sacos dentro dos bolsos de sua casacos, os demais sendo equilibrados em seus braços. "Por que, de repente, você resolveu se preocupar com a minha vida amorosa? Você, e você, e você," disse, olhando para Colin e Raven. "E você!" terminou olhando para o irmão. "Nenhum de vocês quatro tem o direito de ficar me importunando, muito menos de tentar dar de inquisidor pra cima de mim!"

Ginevra viu Harry abaixar os olhos, um pouco envergonhado, muito surpreso. Até Ronald havia se calado: a grifinória, falando com sua paixão ou melhor, ex-paixão daquele jeito era uma coisa que não se via todo o dia, e que nenhum deles esperava. Marchou para fora do salão principal sem mais nenhuma palavra, apenas parando quando estava enfim no seu dormitório, todos aqueles doces sendo despejados sobre a cama.

Na sua cabeça, havia apenas uma pergunta: o que ela faria com tudo aquilo?

...

Naquele fim de tarde era o loiro que jogava impacientemente pedras no lago. Sentado no mesmo tronco de sábado, estava com uma cara emburrada, que piorava cada vez que olhava para a menina apaixonada ao seu lado.

"Já disse que gostaria de ficar sozinho, Pansy." disse, enquanto fugia de mais um beijo que a garota insistia em dar, as palavras de Zabini não saindo de sua cabeça. Quando a mão da bruxa chegou na abertura de sua calça foi que ele desistiu de permanecer sentado. Levantando-se com tudo menos delicadeza, fez a loira acabar no chão. "O que eu te falei?"

Para você, ela é seu passatempo. Para ela, não é bem assim. 

Revirou os olhos. Maldito Zabini.

"Você anda estranho desde segunda-feira." escutava a sonserina falar, olhando para a direção do castelo, esperando não ver nenhum ponto vermelho caminhando em sua direção antes de conseguir livrar-se de Parkinson.

Ele precisava terminar tudo aquilo, ele deveria terminar tudo aquilo agora. Seria um aborrecimento a menos naquele mar de preocupações de seu sexto ano letivo. Parkinson parecia sentir o desejo do rapaz: desde sexta arranjava todos os motivos possíveis para ficar ao lado do sonserino, que já havia esgotado suas desculpas para ficar longe. Agradeceu aos céus quando ouviu um trovão, que anunciava uma chuva próxima.

"Vai chover. Você não vai entrar?"

"Eu gosto de chuva." respondeu grosseiro, voltando para seu lugar no pedaço de tronco. Sentiu a primeira gota de chuva tocar seu rosto, seguida de outra, e outra, e ouviu Pansy falar algo sobre estar frio e o quanto eles se molhariam inteiros. "Essa capa tem um feitiço repelente - mas sinta-se livre para entrar, bruxa."

A jovem olhou-o triste por um segundo, mas a tristeza foi logo substituída por irritação quando esta se levantou e saiu correndo de volta para o castelo com passos pesados. Mal se passaram cinco minutos e as primeiras gotas reais começaram a cair. Mais cinco minutos e a água já caía como se estivesse sendo jogada por baldes. E mais dez minutos para aquele pé d'água tornar-se uma fina garoa.

Draco ainda estava sentado no tronco, molhado dos pés a cabeça - aquela capa não tinha feitiço repelente algum -, quando um par de pernas surgiu na sua frente. O primeiro pensamento que o rapaz teve foi que ele gostava daquelas pernas. Claro, quando olhou um pouco mais para cima e viu as pintas e o cabelo ruivo meio molhado, quis novamente se explodir por achar tão atraente uma Weasley.

Por um momento, houve silêncio: apenas era ouvido o baixo barulho da chuva fina entrando em contato com a água do lago, que lentamente voltava a calmaria usual. Por um momento, ele absorveu cada detalhe da grifinória: o cabelo molhado grudado em alguns pontos do seu rosto, a camisa meio molhada, perigosamente transparente, as pernas sem meias, arrepiadas pelo vento frio.

Aqueles olhos castanhos nem um pouco felizes.

Foi quando ele levantou-se - tão mais alto do que a menina - que ela começou a gritar.

"O que te possuiu para mandar tudo aquilo hoje de manhã?" Mais uma vez Ginevra apontava aquele dedo para ele. Ela era bonita? Linda. Ele queria quebrar aquele dedo? Muito. "Será que VOCÊ NÃO PENSA?" O sonserino resistiu a vontade de estapear aquela mão para longe e bem que tentou se defender, mas a ruiva mal parava para respirar entre uma frase e outra. "Você tem pelo menos uma leve noção," Aquele dedo fino cutucando bem o seu esterno. "Dos problemas que eu poderia ter arranjado?" Ele tinha mandado um estoque quase vitalício de doces e era isso que recebia. "Meu irmão é um inferno em relação à meus garotos e-" E a paciência de Draco Malfoy tinha um limite muito baixo naquele domingo.

"E desde quando eu sou seu garoto?" pegou aquela mão pequena e a segurou firme o suficiente para acabar com aquelas pontadas irritantes em seu peito, ignorando o olhar assustado da jovem.

"Me solta-"

"Eu te mandei tudo aquilo porque eu quis." continuou, não precisando gritar para alcançar um tom ameaçador na voz. "Porque eu posso." Abaixou um pouco seu rosto, quase o igualando na altura do dela. "Agora, se você veio aqui só para gritar comigo," Ela deu um passo para trás, mas ele acompanhou. "Pronto Weasley, já gritou," E outro. "E dessa vez, e somente dessa, eu não vou responder a altura-" E na terceira vez que a ruiva tentou se afastar que aconteceu.

Grama molhada, garota desastrada nata, o resultado daquilo foi um escorregão que acabou levando os dois para o chão. O sonserino até tentou impedir aquele tombo, mas quando suas mãos foram para a cintura da bruxa seus pés já haviam perdido o contato com a terra úmida. Inferno, como ela conseguia faze-lo ficar tão desatento? Num lapso de cavalheirismo, o bruxo a moveu de um jeito para que ela caísse em cima dele, evitando o contrário que aconteceria. Fechou os olhos ao sentir o impacto no segundo seguinte.

"Merda." O mato gelado, assim como a batida da cabeça no chão, não era muito agradável. "Você precisa parar de cair em mim, Weasley. Isso não está sendo muito saudável, eu te garanto."

Não, aquilo definitivamente não estava sendo nem um pouco saudável. Ele conseguia sentir o coração acelerado da grifinória, conseguia sentir a respiração dela no seu pescoço, e aquele maldito cheiro doce que era detestavelmente agradável para suas narinas iria com certeza ficar outra vez em suas vestes. Ainda de olhos fechados, imaginou o quão bom seria joga-la na grama e beija-la de verdade, foda-se a garoa, foda-se se alguém os visse, foda-se o sobrenome. Suas mãos, ainda na cintura da jovem, apertaram ao redor desta involuntariamente, e Draco sabia que precisava tira-la de cima dele quando escutou um quase gemido.

Mas foi ela quem se mexeu primeiro, rolando para o outro lado, os olhos castanhos achando seus cinzas, o olhar agora surpreso, um leve rubor cobrindo a região de suas bochechas e nariz. A bruxa ainda estava suficientemente perto para os lábios do sonserino devorarem aqueles rosas, perto demais para ele conseguir recuperar alguma sanidade e ser o primeiro a falar.

"Amanhã, biblioteca, sete e meia." Ginevra se levantou tão rápido que Draco achou que ela fosse desequilibrar-se e cair novamente - de preferência em cima dele. "Eu dou essas malditas aulas." Ela batia as vestes, tirando alguns pedaços de grama da capa, seu rosto quase da cor de seus cabelos.

Ginevra já havia dado alguns passos quando parou e virou-se, olhando para o bruxo, agora sentado na grama.

"E só para você saber: penas de algodão doce são as minhas favoritas."

Tomou nota mental daquilo, no instante seguinte se perguntando o porquê de precisar se lembrar daquela informação. Observou os cabelos ruivos até eles sumirem no meio das árvores daquele jardim, ainda sentado na grama úmida.

Ele queria beijá-la. Draco Malfoy queria tirar aqueles fios ruivos de cima das pintas que cobriam a pele branca da bruxa, joga-la de volta na grama, pegar forte em sua cintura, e realmente beijá-la.

"Merda."


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