Entre o amor e a guerra escrita por Ania Lupin


Capítulo 23
(Des)Convites


Notas iniciais do capítulo

Mais um gente, espero que gostem!



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Domingo, 22 de outubro.

Naquela manhã de domingo o sol havia novamente desaparecido. Eram quase dez horas, e chovia forte lá fora, uma chuva tão intensa quanto a de sábado retrasado. Esfriara mais, o suficiente para manter Pichi longe da janela do quarto quente no qual Ginevra ainda dormia, a única ainda ali mesmo naquela manhã tão gelada.

Foi o barulho de outro trovão que a tirou de seu sono, atrapalhando a melhor parte daquele sonho. Já acordou assustada, uma tempestade numa manhã de domingo, que ótimo! Estava se preparando para começar a xingar quando sua mente fez o favor de se lembrar do dia anterior, e do outro, e do bruxo loiro que estava fazendo milagres com seu humor. E pronto, como mágica, tudo parecia perfeito, o dia chuvoso se tornou bonito e os trovões foram temporariamente ignorados.

Pegou uma roupa qualquer e se enfiou no banheiro feminino, ainda esfregando os olhos. Nove horas da manhã e muito sono, parecia que quanto mais ela dormia, mais sua vontade de continuar na cama aumentava. Estremeceu quando a água fria entrou em contato com o seu rosto. Enxaguou-se com a toalha e se olhou no espelho pela primeira vez no dia: tinha um sorriso no rosto logo de manhã. Draco Malfoy, comensal e fazedor de milagres? As duas partes estavam comprovadas.

Saiu do banheiro totalmente acordada, com menos frio do que quando acordou e cantarolando uma musica que todos que estivessem num humor de normal a regular, achariam extremamente ridícula. Ela queria que todos, independente do humor, se danassem.

"Bem humorada hoje, Gina?" A vontade de responder que bem humorada era pouco foi forte, Ginevra quase fazendo uma dancinha da felicidade antes de sentar-se na mesa grifinória.

"E por que não estaria? É domingo, tem comida, não tem aula, e está-"

"Chovendo." Harry apontou o mais que óbvio, o teto do Salão Principal refletindo o clima do lado de fora do castelo. "Guardei alguns bolinhos pra você." ele empurrou um prato cheio dos doces quando Gina sentou-se ao seu lado.

"Nenhum de chocolate?" perguntou, mas não se importou em ouvir a resposta antes de colocar um de baunilha na boca.

"Você está brigada com a Hermione?" A pergunta feita pelo garoto foi a primeira coisa que tirou Ginevra de toda aquela espiral de ótimo humor, e a fez recordar do final de sua noite de sábado.

Sim, tudo indicava que Gina estava séria com ninguém menos que Draco Malfoy - comensal da morte, pedaço cobiçado da sonserina, melhor bruxo que já beijara na vida, doninha irritante pela qual ela estava desenvolvendo os melhores sentimentos -, e tudo indicava que uma de suas melhores amigas não concordava em nada com aquilo. Seus olhos não conseguiram achar Hermione naquele dia.

"Acho que estou." limitou-se a essa resposta, e voltou a atenção para o bolinho, o mastigando com um pouco mais de fúria, o bom humor lentamente sendo empurrado para o fundo de sua mente. Engoliu e fez um bico antes do primeiro gole de chocolate quente - Harry poderia ter ficado simplesmente quieto, não poderia? Abafou um riso - quando que pensaria aquilo há um mês atrás?

"Gina, tem alguém metido nisso?" Mais um riso abafado. Seu pior inimigo, talvez? "Eu conheço Hermione. Ela não costuma ficar chateada sem um bom motivo." Por um acaso o bruxo estaria insinuando, bem levemente, alguma coisa? "Ela não disse nada, por isso que eu estou perguntando. Nem mesmo comentou o porquê da briga de vocês." A ruiva soltou uma respiração aliviada, que nem percebera ter prendido.

Era a última coisa que faltava, Harry Potter descobrir quem ela estava beijando nos corredores daquele castelo. Se bem que...

Seria muito mais fácil se a notícia se espalhasse, não seria?

Não, não seria. Sacudiu a cabeça, tentando afastar aquela vontade - não seria nem um pouco bom se aquilo se espalhasse pelos corredores, por mais que Ginevra quisesse.

"Ok, ok, não precisa responder." o moreno voltou a falar, envolvendo a mão da grifinória com a sua. O que-? "Mas você poderia me dar a resposta do baile, não poderia?"

...

Outra vez a chuva havia cessado, porém, naquele domingo frio, ninguém seria louco o suficiente para arredar os pés do castelo. Estava frio, a possibilidade de voltar a chover a qualquer momento era grande, e uma garoa fina estava sempre presente, deixando a sensação térmica cada vez mais baixa. Nenhum aluno vai sair do castelo. Pelo menos foi isso que Ginevra pensou quando marcou de se encontrar com um certo sonserino na quarta estufa mais perto da porta de entrada. Estava lá agora, há quase meia hora, sentada perto de vasos grandes laranjas, usados na última aula de Herbologia para replantar mandrágoras.

Suspirou: ele estava atrasado. Ele também iria matá-la, pois não estava com nenhum de seus guarda-costas naquela tarde - mas Draco precisava ser um pouco menos paranoico. Começou a observar um bichinho, muito parecido com uma joaninha, só que azul com pontinhos brancos - ela realmente não queria brigar com ele naquele domingo. Parecia fazer um grande esforço para carregar uma semente, quase duas vezes maior que ele - e eles quase sempre discutiam. Os esforços eram cada vez mais inúteis, já que a semente parecia não querer colaborar de jeito algum - ao menos uma hora a briga sempre rendia bons frutos. Na oitava vez que a semente caiu, o inseto se revoltou e começou a empurra-la como conseguia, arremessando-se contra ela - frutos muito bons, inclusive, tão bons que realmente precisava se controlar para não acabar gerando outros frutos não desejados naquele momento.

Com toda a atenção voltada para o pontinho azul enfezado no chão, Ginevra nem notou a porta da estufa se abrindo. Somente quando pétalas brancas roçaram de leve pelo seu rosto foi que ela viu o loiro de pé, frente a ela. Ele abaixou-se, lhe deu um leve beijo nos lábios - coisa que realmente a surpreendeu, muito mais do que as flores - e lhe entregou o presente. A bruxa teve que sorrir: não era ele quem dava os beijos suaves ali.

"Mais margaridas?"

Ela adorava aquelas flores, e ele parecia saber muito bem disso - graças a Colin. Desde pequena gostava da pequena flor, talvez tivesse sido sua avó que a fizera se apaixonar por aquelas pétalas simplórias, talvez fosse seu irmão mais velho, que sempre colhia uma margarida do jardim nos dias em que Ginevra estava triste. Lembrou-se da primeira margarida - aquela dada no dia em que nada do que acontecia agora se passava pela sua cabeça, no dia em que ela saíra correndo dele no meio da chuva.

"Esse é o agradecimento que eu ganho? Mais margaridas?" Draco reclamou, fingindo indignação. "Esperava mais de você, Weasley. Eu tive o maior trabalho para arranjar essas aqui." reclamou balançando a cabeça, sentou-se ao lado dela.

Se Ginevra tivesse visto a cara de surpresa do sonserino quando o puxou para um beijo mais apaixonado - as margaridas indo para o chão - teria rido, com certeza. Não que ele tivesse demorado mais de um segundo para corresponder o gesto, as mãos puxando a bruxa para mais perto pela cintura, a boca não tardando em achar o pescoço que cheirava como sempre a baunilha.

"Obrigada." ela agradeceu com uma voz rouca, e sentiu o sonserino sorrir contra sua pele.

"Você sabe que vamos brigar, não sabe?" Draco avisou, os lábios tão perto de sua orelha que não conseguiu evitar um arrepio.

"Você poderia brigar comigo enquanto me beija, não poderia?"

"Eu mal consigo pensar enquanto te beijo, bruxa." a resposta veio ao mesmo tempo em que a ruiva sentiu duas mãos irem para baixo de sua camisa - e mais um arrepio, tão geladas! Mas a boca do sonserino abafou o som assustado de Ginevra, que no segundo seguinte se transformava num gemido, e no próximo, o bruxo se afastava. "Assim a última coisa que vou fazer é brigar com você."

"Então não brigue." falou, tentando sem sucesso reaproximar seus lábios dos dele. "O que foi? É por que vim sozinha?"

"Você realmente acha que veio sozinha até aqui?" o loiro disse, dando uma pequena risada. Paranoico. "Eu não gosto de ver você com ele." Draco enfim reclamou, e ela sabia no mesmo instante quem era ele. "O jeito que esse menino olha pra você me incomoda."

"O jeito que as meninas olham para você me incomoda também." Mas as mãos que tentavam o puxar para mais perto não estavam tendo muito sucesso.

"Não posso fazer nada." Maldito.

"Eu também não." a resposta veio no mesmo tom, aqueles olhos cinzas que ela tanto gostava estreitando. "Não me olhe assim, Malfoy." Gina começou, a voz soando séria, mas os olhos continuaram irritados e o sorriso de antes havia sumido. "Draco, pare de ser assim." Tentou novamente um beijo, mais uma vez sem sucesso. "Pára com isso!" falou num tom mais alto, dando um pequeno empurrão no antebraço errado, arrancando uma careta de dor do bruxo. "Droga, não queria-" Foi uma surpresa agradável ser calada por um beijo.

"O que Potter tanto quer com você, afinal?" A cara já estava muito mais amigável.

"Ele me convidou para o baile." Mas a resposta da ruiva fez qualquer traço amigável ir embora, a expressão de antes retornando enquanto o sonserino se levantava. "Eu disse que iria pensar-"

"Você só pode estar brincando!"

"Nós somos amigos, Draco!" Ginevra disse, também ficando de pé - por que Malfoy era tão mais alto?

"Amigos o caralho, ele te olha do jeito que eu te olho!" e ela não conseguiu contestar aquela informação, por mais que quisesse, e seus olhos admitiram sua derrota para o loiro.

As flores voltaram para seus braços, sendo praticamente arremessadas por Malfoy nestes. Mas voltaram para o chão quando ele tentou virar-se para ir, Ginevra tomando cuidado para segura-lo pelo antebraço direito - esperava que as margaridas ficassem inteiras o suficiente para serem postas em um vaso até o final daquela tarde.

"Definitivamente ele não me olha desse jeito." Nunca, e nunca nenhum bruxo conseguiria olha-la da maneira que aqueles olhos cinzas a olhavam - como duas tempestades, que a prendiam de um jeito que nenhum outro havia alguma vez conseguido. "Tudo bem, da próxima vez que ele chegar perto eu digo que Draco Malfoy não gosta da proximidade, o que acha?" ela brincou, e acabou levando mais um olhar severo desgostoso do loiro. "Draco, Potter é inofensivo." Se referiu a sua ex-paixonite pelo sobrenome, esperando que aquilo fosse aliviar um pouco a situação - e deu certo.

"Ele te convidou para o baile." A resposta veio com uma voz bem menos aborrecida, as mãos achando novamente sua cintura, as de Ginevra achando os pontos que ele tanto gostava quando ela apertava no fim das costas. "E se eu te convidar para o baile?" ele disse entre um beijo, recebendo da ruiva uma pequena risada enquanto ela o sentava de volta no banco-tronco, indo para seu colo em seguida. "Eu falo sério." ele continuou quando os lábios da grifinória imitaram os dele mais cedo.

"Você não pode me levar ao baile-"

"É um baile á fantasia, por Merlin!" E mais uma vez, ele a afastava, mais uma vez os olhos irritados. "À fantasia! Com máscaras, e podemos usar alguns feitiços, não é como se fossemos ser reconhecidos-" Mas o sonserino parou de falar, o rosto afundando nas mãos, um suspiro frustrado saindo pelos lábios. "Merda. Merda, Ginevra."

Mas mesmo com a irritação, mesmo com toda aquela frustração, e com todos os impedimentos que havia no relacionamento, naquele instante, Ginevra estava feliz. Ele queria leva-la ao baile. Draco Malfoy, objeto de seu desejo e aparente dono de seu coração queria leva-la ao baile - de todas as meninas que o príncipe da sonserina poderia levar.

"Draco." Afastando alguns fios loiros que insistiam em cair, não conseguiu evitar um beijo terno na testa. "Não vamos mais brigar hoje." Sentiu um arrepio quando os olhos cinzas voltaram a achar os seus castanhos. "Por favor?"

"Eu já disse que você vai ser o meu fim?" ele suspirou, descansando a cabeça no pescoço da ruiva. "O que você respondeu pro idiota?"

"Eu o agradeci pelo convite, mas disse que não participaria daquele baile." Sorriu contente ao ver a expressão do sonserino finalmente suavizar. Quando ele levantou a cabeça, os lábios novamente tão próximos dos dela, achou que fossem continuar o que tinham parado por aquelas besteiras, mas ele novamente a surpreendeu - a pergunta que seguiu sendo quase melhor do que o beijo que esperava.

"Ginevra Weasley," Draco começou, colocando alguns fios ruivos atrás da orelha da grifinória. "Você gostaria de não ir ao baile de dia das bruxas comigo?"

...

"Eu adoraria ir ao baile com você, Colin Creevey." Aqueles olhos verdes brilhavam enquanto Blaise dava enfim sua resposta, puxando o moreno para mais perto de si.

"Não foi uma resposta tão difícil, foi?" o grifinório provocou, um sorriso nos lábios que igualava o que o namorado usava. "Temos outra coisa para discutir."

"Antes ou depois de eu trancar essa sala?" Zabini conseguia fazer perguntas simples ficarem difíceis com aquelas palavras, com as mãos apressadas tirando sua camisa, com a boca que não lhe dava muito direito de resposta. Dizer colloportus e imitar as ações do sonserino eram as ações mais tentadoras no momento.

"Pergunta difícil." Mas ele tinha prometido contar sobre novidades ao bruxo - ainda mais sobre aquela novidade, discutida com sua amiga no almoço. "Eu descobri quem sabe da Ordem." E Blaise também precisaria acompanhar sua amiga pelas masmorras - nunca que Ginevra pisaria ali sozinha, não enquanto houvesse Marcus Flint naquele castelo. "E a pessoa vai tentar dar um jeito nisso hoje à noite."

"Traduza para mim."

...

Naquela noite, Draco felizmente havia ido mais cedo para o salão comunal, então não era como se Ginevra tivesse que se preocupar em encontra-lo no meio daqueles corredores escuros. Blaise Zabini andava não muito atrás dela, apenas por precaução - Colin andava tão paranoico com aquilo quanto Malfoy, mas ela tentava entender, realmente tentava. Não era como se Marcus Flint a seguisse dia e noite, não era como se ele estivesse esperando, apenas esperando, o dia em que não haveria ninguém ao seu lado para-

Merlin, preferia nem pensar.

Lançou um olhar agradecido ao sonserino quando chegou na entrada da sala de Severo Snape, e bateu uma vez antes de girar a maçaneta. Que ela consiga, e que o comensal não queira mata-la por aquilo - ou fazer algo contra o bruxo em questão. Ou que o bruxo em questão não queira, também, mata-la. Deveria ter falado primeiro com Draco antes de ir atrás de alguma possível ajuda? Mas ele queria ajuda, não queria? Ele precisava de ajuda, e Colin sabia, e por mais que Malfoy não tivesse lhe dito uma palavra, Colin sabia e Colin tinha dito - tudo.

"Professor?" Tarde demais para voltar.

"Senhorita Weasley, por que estou vendo justo a senhorita nas masmorras a essa hora?" o professor de poções perguntou com uma voz indiferente. "Dez pontos." Claro que ele tiraria pontos. "E fale logo."

Então, estou saindo com Draco Malfoy, ele é um comensal e não quer mais ser. Estou saindo com Malfoy, ele é um comensal e precisa matar Dumbledore. Estou saindo com Malfoy e preciso de ajuda para que ele continue vivo. Estou saindo- mas que merda.

"Weasley." A voz já impaciente que a fez dizer as primeiras palavras.

"Eu preciso da sua ajuda para ajudar alguém." O olhar também passou de indiferente para aborrecido - ótimo começo, Ginevra. "Existe um bruxo-"

"Eu realmente não estou interessado na sua vida amorosa, Weasley." A grifinória engoliu seco, sentindo suas bochechas queimarem.

"Não é a minha vida amorosa!" negou, ficando ainda mais nervosa. E se Snape não fosse confiável? Mas todos na Ordem eram, não eram? E ela sabia que Snape estava na Ordem, por mais que ela não estivesse, Ginevra sabia de quase tudo que acontecia ali - ou pelo menos assim achava. "Quer dizer, de certo modo é a minha vida amorosa, mas-"

"Fale." Snape bufou. "Logo."

"O senhor realmente está do nosso lado, não é mesmo?" O professor a olhou confuso por um instante. "O senhor é um comensal." E então, lhe deu um olhar digno de um seguidor de Você-Sabe-Quem. Era ridículo admitir aquilo, mas se olhares pudessem matar, não haveria modo de salva-la.

"Vinte pontos." Pelo menos não a havia mandado embora - ainda. "Posso continuar com isso até zerar sua casa." Ao menos eles tinham muitos pontos. "Trinta pontos." Inferno, sessenta pontos.

"Ele também é um!" confessou, não tinha outro jeito de contar sobre a situação e conseguir alguma ajuda sem revelar aquela parte. "Ele também é um comensal, mas ele é tão novo-"

"A juventude é burra, senhorita Weasley. Tanto ele pela escolha de ser um quanto você, por uma escolha amorosa tão idiota." Foi a resposta dada pelo professor, dando as costas para a grifinória enquanto andava de volta para sua mesa. O olhar parte surpreso parte indignado dado por Severo quando Ginevra segurou a manga de sua capa seria engraçado, não fosse toda aquela situação. Ela continuou a falar antes que pudesse ser novamente cortada, e antes que a próxima fala do diretor da sonserina fosse quarenta pontos.

"Ele não quer ser, e ele está assustado, e se ninguém fizer nada, vai acabar morrendo!" teve que se controlar para não gritar. "Eu posso ser uma idiota por estar defendendo justo ele, mas por favor, por favor-"

Respirou fundo, pausando para recuperar a voz firme, que tinha falhado ao pensar o quanto tudo aquilo podia estar dando errado. Ela tinha que falar quem era, tinha que falar o nome, ele poderia odiá-la depois por isso mas precisava que o sonserino vivesse - melhor um amor não correspondido vivo do que um morto.

O professor surpreendentemente não falara mais nada - esperava quase curioso a continuação da grifinória.

"Eu quero que o senhor ajude Draco Malfoy."


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