Nas Profundezas do Lago - Dramione - 2ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 9
O aperto do nó


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, olha so quem resolveu aparecer, depois de um bloqueio enorme kkk eu!!
Finalmente vim att essa fic e espero que vocês não tenham me abandonado )=
Espero muito que gostem!!



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Capitulo 09

Vasculhava em cada canto de sua casa o pingente que tinha perdido. Andou pelas salas, pelos quartos, pela biblioteca, por todos os lugares existentes naqueles metros quadrados e nada. Até solicitou a ajuda do seu elfo, Alfredo, para lhe ajudar. Olhou até dentro dos armários para se certificar de que, ele não estava lá. Aurora precisava muito daquele pingente de volta. Tinha passado por tanto lugares, que nem prestou a atenção quando ele tinha caído da pulseira de prata. A cada instante que seguia, ficava mais nervosa com as fantasias que surgiam em sua cabeça. Ela só desejava que ele não estivesse no lugar que estava imaginando. Não resistiu em olhar pela janela de sua sala de estar, quando escutou algumas vozes na rua. Sabia que as investigações na mansão Malfoy ainda aconteciam, mas não esperava avistar Potter indo em direção a sua casa. Fechou as cortinas brancas com rapidez e dispensou o seu elfo. Respirou fundo tentando se concentrar na situação. Esperava que fosse tudo, menos aquele pequeno detalhe que pode deixa-la exposta aos olhos dos outros.

Escutou a campainha tocar, o que a fez olhar mais uma vez pela janela. Discretamente, viu Potter no lado de fora do seu portão a sua espera. Demorou alguns minutos para atende-lo, pois preferiu se olhar no espelho e ajeitar a aparência para não demostrar nervosismo. 

— Srº Potter! Que surpresa! – Disse abrindo a porta depois que viu Harry atravessar o seu jardim. Escolheu esperar dessa vez, do que ir recebe-lo nos portões. – Por favor... Entre! – Deu espaço para que ele passasse. Harry deu um leve sorriso e passou pelas portas de madeira.  – Não recebi nenhum comunicado que viria...

— Peço desculpas por isso, senhora Foster! – Disse Harry de forma tranquila. – Aproveitei que vim ver como andava as investigações da mansão Malfoy e decidi passar por aqui. Espero que não esteja ocupada!

— Imagina! – Disse guiando Harry até a sala de estar. – Aceita um chá? Uma Água?

— Não obrigado! – Agradeceu Harry gentilmente.

— Mas o que gostaria de conversar comigo? – Perguntou se sentando no seu sofá de forma elegante.

— É justamente sobre as investigações... – Harry percebeu a expressão de Aurora mudar levemente, mesmo que ainda estivesse carregando um sorriso singelo. Desde que descobriu as digitais de Aurora no pingente, muitas coisas rondavam a sua mente e é justamente por isso, que ele estava em sua residência.

— Desculpe Srº Potter, mas infelizmente eu não me lembro de mais nada além do que tinha dito a vocês, mas como eu ainda posso ajuda-los?

Harry então tirou o pequeno embrulho que continha o pingente, que ele havia mostrado a Draco e mostrou para a mulher a sua frente.

— A senhora reconhece isso? – Disse mostrando o pingente a ela. Foi ai que o semblante de Aurora mudou por completo, mesmo que estivesse fazendo de tudo para disfarçar.

— Onde o encontraram? – Perguntou soltando um suspiro.

— A senhora esteve na mansão na noite da invasão? – Resolveu responder a sua pergunta com outra. Naquela altura Harry já achava que Aurora escondia algo.

— Estive sim, mas não na noite da invasão! – Disse de forma segura e se ajeitando no sofá. – Como não consegui descobrir que havia invadido, entrei para ver se encontrava alguma coisa de suspeito.

— Encontramos esse pingente com as suas digitais. Por que não nos comunicou que esteve lá na ultima vez que vim?

— Não achei que eu poderia entrar na lista de suspeitos – Disse de forma seria e Harry não gostou daquilo. – Não contei porque não achei que havia necessidade já que o foco do assunto na ultima vez era o invasor.

— Qualquer coisa é importante no ponto em que estamos, senhora Foster! – Disse Harry sério também. – Deveria ter nos contado!

— Eu sinto muito! Realmente não achei que fosse importante! Estão desconfiando de mim? – Queria saber.

— Não se trata de desconfiar, mas chegamos num ponto que muitas coisas estão se entrelaçando... O que foi fazer lá?

— Não fiz nada de mais, é verdade! Nem toquei em nada. Só andei pelos cômodos a procura de algo suspeito, mas não tinha nada.

— A senhora tem certeza que não havia nada de suspeito? Em nenhum dos cômodos? – Perguntou de forma provocativa. Harry queria tirar o máximo de informações que conseguia.

— Não que eu tenha percebido. Só o que reparei, foi na cama desarrumada no quarto que era de Lucius e Narcisa, mais nada. Além disso, devo ter deixado cair o pingente quanto estava saindo de lá. Não sou a suspeita no caso.

— Tudo bem senhora Foster! Obrigado pelo esclarecimento. Agora preciso voltar ao trabalho. Qualquer coisa que se lembrar, por favor, comunique o departamento de Aurores! – Pediu ficando de pé e a observando levantar também.

— Pode deixar! – Disse o guiando até a porta como fez quando Harry chegou. – Posso ficar com o pingente?

— No momento não! Tudo o que encontrarmos naquela casa, agora pertence ao Ministério até o fim das investigações. Até mais senhora Foster.

— Até mais querido! – Sorriu para Harry e o observou passando pelo seu jardim e depois andando pela rua em direção à mansão Malfoy. Fechou a porta de casa e respirou fundo. Olhou ao redor de forma pensativa. Assim que se recompôs da intensa conversa, chamou pelo seu elfo:

— Vou precisar da sua ajuda!  

~*~

Harry passou pelos jardins da mansão avistando sua equipe trabalhando. Os mesmo aurores que estiveram dentro da casa, quando iniciaram as buscas, agora haviam trocado de posição para que cada um pudesse colocar as suas habilidades em ação. Ao passar pela sala de estar encontrou com Luigi próximo a cozinha conversando com Rony e alguns colegas. Quando avistou Harry, logo tratou de se pronunciar:

— Achei que não viria para cá hoje!

— Precisei passar na casa de Aurora antes!

— Foi conversar com ela a respeito do pingente que encontramos? – Perguntou Rony.

Harry assentiu.

— Qual foi a justificativa dela?

— Ela esteve aqui, mas conto a vocês com mais detalhes quando chegarmos ao Ministério. – Disse de forma tranquila. – Como estão as coisas por aqui?

— Encontramos algo que gostaríamos que desse uma olhada! – Disse Rony lhe entrando um pergaminho que estava muito amassado e desgastado pelo tempo. – Estava escondido dentro do lustre em um dos quartos no andar de cima.

— Que lugar mais estranho para esconder um papel... – Harry franziu o cenho pegando o papel.

— O lugar mais idiota, mas acredito que era o único lugar que ninguém perderia tempo olhando. É brilhante. – Disse Rony mostrando um pouco de empolgação.

 “Há possibilidade de eu partir e talvez não possa cumprir o que prometi a mim mesmo. Só o que posso deixar é o que tenho guardado na memoria.“

— O que será que Snape quis dizer? – Perguntou Rony intrigado. – E que memorias são essas?

— Não faço a mínima ideia! Não tinha mais nada, além disso? – Perguntou Harry a eles.

— A principio nada. Pedi para o Nott dar mais uma olhada. – Disse Rony.

— Snape passava muito tempo aqui na mansão cuidando do Draco. Tem que haver mais alguma coisa... – Disse Harry de forma pensativa.

— Melhor você ir falar com o Draco. Talvez ele saiba de algo. – Disse Rony

— Não acredito, Rony! Draco mal se lembrava do pingente quando fui conversar com ele na Toca. E ele já esta com problemas demais na cabeça para ter mais um enigma para resolver. Vamos continuar fazendo o nosso trabalho. – Harry então voltou aos seus afazerem depois de conversar com Rony e Luigi. Porem, em momento algum, aquelas palavras lhe deixou.

“Só o que posso deixar é o que tenho guardado na memoria“

~*~

No andar de cima, Theodore fazia o seu trabalho com excelência. Verificada cada canto daquele quarto, o qual pertencia Snape, quando ele ainda era apenas um menino no meio de uma guerra. Nada, ele deixava passar naquele ambiente. Apesar de estar muito concentrado no que fazia, sua mente também vagava por outros caminhos. Theodore a todo instante se perguntava quem era aquela mulher e o que ela fazia ali, naquela hora. Theodore estava com raiva de ter sido atrapalhado em um momento tão importante para ele, estava quase tirando de Iris, o que precisava saber sobre Lucius. Theodore tinha certeza que Iris sabia onde Lucius poderia estar. Faltava pouco para ele cumprir o seu papel devidamente e mandar Lucius para o corredor da morte. Era apenas nisso em que pensava. Sabia que não poderia ser pego, pois era esperto demais para se deixar ser visto. Quando sabia que a tal mulher estava indo para o andar de cima, se escondeu, mas ainda pode avistar a sua silhueta antes de sair da casa pelos fundos, deixando a sua vitima jogada em qualquer canto daquela masmorra.

Não encontrou mais nada além de roupas velhas, pertences pessoais de seu professor e algumas anotações escolares. Nada do que pudesse o ajudar, ou que fosse útil para o departamento. Embora tenha planos paralelos, Theodore fazia o seu papel de Auror independente de qualquer coisa. Até porque não podia chamar a atenção, ainda mais de Luigi, que já estava desconfiado de si.

 Desce as escadas encontrando Harry, Rony no Hall de entrada. Rony o viu primeiro e logo foi Harry acompanhando o amigo.

— Encontrou algo a mais? – Rony perguntou.

— Nada! – Disse Theo simplesmente – Talvez devêssemos dar uma olhada na casa de Snape, para vermos se encontramos alguma coisa por lá – Sugeriu.

— É uma ótima ideia! Avise Luigi para ir para lá, por favor! Eu e Rony vamos precisar ir até o Ministério falar com a Hermione.

Theodore assentiu.

— Posso ir com Luigi para ajuda-lo, se não precisarem mais de mim por aqui, claro!

— Seria ótimo. Se organize com ele e nos mantem informados. Esta se saindo muito bem no Departamento, Nott! – Disse Harry gentilmente

— Obrigado! – Agradeceu soltando um sorriso discreto.

~*~

A casa pertencia ao Ministério desde o fim da guerra, como era o caso da mansão Malfoy, quando Draco havia sido preso. Apenas quem tinha acesso eram alguns funcionários mais restritos do Ministério, caso fosse necessário. Com a morte de Snape na guerra, Harry havia pedido que a casa permanecesse como estava, para ser também, uma espécie de memorial para o seu antigo professor.

Com a autorização de seu superior em mãos, Theodore e Luigi andavam pela casa desgastada pelo tempo. Seus olhos estavam atentos a todos os detalhes existentes ali. Theodore avistou uma foto envelhecida em um dos aparadores próximo a biblioteca, era de Narcisa, Lucius e Snape e pareciam que comemoravam algo, pois tinham taças de algum vinho em mãos. Seus sorrisos eram discretos, mas era notável que estavam felizes. Theo não se conteve em segurar o retrato por alguns instantes, enquanto sabia que Luigi andava pelos restantes dos cômodos. Primeiro notou o seu professor, com a sua costumeira capa negra e os cabelos seboso que tanto o caracterizava. Não sabia decifrar a idade exata que tinha na foto, mas acreditava que poderia ser uns anos antes da guerra. Ao seu lado, estava Narcisa, com seus longos vestidos elegantes, de uma verdadeira dama da alta sociedade bruxa. Ao seu lado, estava o seu alvo, que a muito tempo desejava encontrar, Lucius Malfoy, com seus longos cabelos platinados e postura intimidadora, olha-lo com aquele sorriso no rosto, despertou em Theodore, uma raiva maior do que já estava. Theodore não suportava a ideia de Lucius estar foragido, quando a sua única família, estava presa em Azkaban.

— O que tanto olha? – Perguntou Luigi vendo de longe, seu colega olhar o retrato. – Não podemos perder tempo! – Disse se aproximando o olhando de forma ríspida.

— Nada de mais... – Respondeu seco, que fez Luigi cerrar os olhos.

— Deixe esse retrato ai e volte ao trabalho. – Theodore apertou o retrato como reflexo de sua raiva e ao coloca-lo de volta no aparador, a parte de trás do retrato se soltou os revelando algo intrigante.

“Só o que posso deixar é o que tenho guardado na memoria. Pequenos francos em uma caixa de madeira“

Theodore e Luigi se olharam tentando entender o que aquilo significava. Luigi reconheceu o começo do bilhete, por ser o mesmo que foi encontrado na mansão Malfoy.

— Vamos guardar isso e levar ao Potter e ao Weasley – Sugeriu Luigi. – Também vou levar algumas anotações que encontrei no escritório.

Quando Theo estava abrindo a porta para saírem da casa, Luigi parou na frente dele de forma intimidadora. Seu olhar era desconfiado, mas Theo nem se incomodou.

— Eu achei tão estranho, você querer vir... Eu não sei o que está tramando, mas eu irei descobrir, Nott – O olhou de cima a baixo antes de sair pela porta da frente da casa com Theodore em silêncio atrás de si. 

— Harry, Rony, que bom que chegaram... Já estava começando a ficar aflita. – Disse Hermione recebendo os amigos em sua sala no Ministério. Tinha voltado ao trabalho a uns poucos dias, quando Mia também, tinha voltado a escola. – Quais são as novidades?

— Bom... Falei com a Aurora e ela me contou que realmente o pingente é dela e que estava na mansão.

Hermione os escarava incrédula.

— Mas o que ela fazia lá?

— Disse que não foi fazer nada de mais, que só andou pelos cômodos e não tocou em nada. Realmente, não encontramos mais digitais dela em canto nenhuma na casa.

— Porque ela não contou nada para nós? Qual foi a justificativa dela?

— Disse que queria ver se encontrava alguma coisa, já que não sabia quem tinha entrado na noite da invasão. Estava chateada de não ter conseguido ajudar.... Estou desconfiado. Quando eu mostrei o pingente, ela ficou nervosa, mas continuou com o seu jeito de sempre, gentil.

— Eu não sei, mas algo me diz que precisamos ficar de olho nela. Não gostei de saber disso. – Disse Hermione preocupada.

— Vamos ficar... Mas isso não é tudo... – Disse Rony.

— O que foi?

— Como Snape ficou cuidando do Draco na época da guerra, quando Lucius foi preso e Narcisa, morta, encontramos um bilhete dele no quarto em que ficava na mansão.

— Um bilhete? Que bilhete?

Harry entregou o pergaminho que havia sido encontrado para Hermione e esperou que ela lesse tudo com calma. Notou os olhos de sua amiga passando pelo papel de forma rápida, do mesmo jeito que faziam, quando ela pegava algum livro interessante para ler.

 - Não tinha pista nenhuma, além disso?

—Nada. Pedi para Luigi e Nott irem para a casa que era do Snape para ver se encontram mais alguma coisa. A mansão Malfoy tinha virado sede do exercito de Voldemort, Snape não podia deixar algo assim, dando sopa por lá.

Uma batida na porta os fizeram interromper a conversa.

— Com licença! – Pediu Luigi passando na porta com Theodore. – Nott comentou comigo, que poderiam estar aqui. Espero não estar atrapalhando.

— Não, imagina, entrem! – Pediu Hermione gentilmente. – Potter e o Weasley estavam me contando sobre as novidades...

— Fomos até lá e encontramos duas coisas que nos chamaram a atenção.- Disse Luigi.

— Quais seriam?

Luigi então entregou a foto e as anotações que encontraram para Hermione. A mesma olhou atentamente para as coisas e suspirou com calma. Depois de alguns minutos analisando, se pronunciou:

— Eu só consigo tirar uma conclusão disso: Essas memorias tem haver com Lucius... – Aquele afirmação fez o corpo de Theo tremer. - E essa palavra, essa palavra... Eu já a vi em algum lugar, só não sei onde – Disse se referendo as anotações que Luigi tinha lhe entregado junto da foto. – Rigormortis. 


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Notas finais do capítulo

Já quero saber tudo o que acharam kkk s2
Espero que estejam gostando da história (=
Beijão a todos!